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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...


Sexta-feira, 26.08.11

Ferreira do Alentejo: Escavações na Villa Romana do Monte da Chaminé




20 voluntários das licenciaturas e mestrados em arqueologia de várias universidades do país vão participar nas escavações na Villa Romana do Monte da Chaminé em Ferreira do Alentejo.




Nesta segunda-feira arranca, para se prolongar até ao dia 16 de Setembro, mais uma campanha de escavações arqueológicas na Villa Romana do Monte da Chaminé.


São cerca de 20 voluntários das licenciaturas e mestrados em arqueologia de várias universidades do país que vão participar nesta campanha.


Os trabalhos de campo vão incidir sobretudo na área agrícola da Villa Romana que tem vindo a ganhar importância com a aparecimento de novas e interessantes estruturas desde que foram retomadas as escavações depois de um interregno de 20 anos como afirmou Aníbal Costa, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo.


Ainda segundo Aníbal Costa existe a intenção de candidatar este projecto a fundos comunitários para que este sítio arqueológico possa ser “musealizado” e visitado pelas pessoas.


Entretanto hoje e no dia 29 o serviço educativo do Museu Municipal, no âmbito do projecto de tempos livres “Oficina de Arqueologia”, vai levar 30 crianças para que possam ser durante dois dias “verdadeiros arqueólogos”.


Fonte: Inês Patola (2011-08-22). Rádio Voz da Planície: http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?q=C/NEWSSHOW/45171



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por noticiasdearqueologia às 12:46

Quarta-feira, 15.09.10

Novas escavações no Monte da Chaminé

"Villa" poderá ser superior à de Pisões no concelho de Beja

FERREIRA DO ALENTEJO. Nova etapa das escavações vai decorrer até 17 de Setembro mas ainda há muito por descobrir.



Após 20 anos parados, os trabalhos arqueológicos na "villa" foram retomados em Agosto de 2008.




Os trabalhos arqueológicos na villa romana do Monte da Chaminé, em Ferreira do Alentejo, recomeçaram em Agosto, para os arqueólogos continuarem a escavar a casa principal do sítio e a zona agrícola anexa.
A décima campanha arqueológica na villa, que foi ocupada entre os inícios do século I até ao século V d.C. e descoberta em 1981 a cerca de três quilómetros de Ferreira do Alentejo, vai decorrer até 17 de Setembro.
No terreno, além da historiadora Sara Ramos e dos arqueólogos Clementino Amaro e Maria João Pina, os responsáveis científicos, estão estagiários e recém-licenciados em arqueologia de várias universidades portuguesas.
A equipa, divida em dois grupos, vai continuar a escavar o centro da casa principal da zona residencial – o peristilo – e a área que os arqueólogos pensam ser a zona agrícola da villa, explicou Maria João Pina.
As escavações de um grupo "vão incidir no peristilo, que é bastante grande e cuja dimensão total, cerca de 22 metros quadrados, foi definida no ano passado", e as do outro "vão concentrar-se na zona agrícola", onde foram descobertas duas estruturas, precisou a arqueóloga.
Uma das estruturas poderia ser um celeiro e a outra um lagar de azeite, "mas ainda há muitas incógnitas", disse.
As primeiras seis campanhas de escavações na villa romana do Monte da Chaminé decorreram entre 1981 e 1988, quando os trabalhos foram suspensos devido a "indisponibilidade" de Clementino Amaro, que descobriu o sítio juntamente com o arqueólogo Manuel Barreto.
Durante aquele período foram descobertas e escavadas várias estruturas que fazem parte da casa principal da villa, ou seja, "uma parte do peristilo e três divisões circundantes: uma que talvez será uma zona de jantar e as outras duas poderão ser quartos", lembrou a arqueóloga.
Anexo à casa, na zona agrícola da villa, continuou, foram descobertas e parcialmente escavadas as duas estruturas, que poderão ser um celeiro e um lagar de azeite.
Após 20 anos parados, os trabalhos arqueológicos na villa foram retomados em Agosto de 2008 e, desde então, "tem sido possível pôr a descoberto toda a parte restante do peristilo e da zona agrícola".
"Estão a surgir muitas surpresas", como os fragmentos relacionados com um peregrino de Santiago de Compostela, descobertos há cerca de dois anos, numa camada posterior à do período romano, salientou Maria João Pina.
Os vestígios encontrados até agora, entre estruturas e o "vasto e rico" espólio exumado, que pode ser apreciado no Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, apontam para uma villa "muito importante" e que teve "vários contactos com diferentes zonas do império romano".
"É uma villa romana rica, interessante e não sei se não será superior à de Pisões", situada perto de Beja, classificada de Interesse Público e um dos atractivos turísticos daquele concelho, frisou.
"Do ponto de vista museológico, histórico e até turístico, a villa é muito importante para o concelho de Ferreira do Alentejo e a intenção da Câmara e dos investigadores envolvidos é avançar com a investigação do sítio, que ainda requer vários anos de trabalho".

Fonte: (3 Set 2010). Correio Alentejo: http://www.correioalentejo.com/index.php?go=lista&lista=2&id=10128

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por noticiasdearqueologia às 13:24

Domingo, 10.01.10

NA QUINTA DO ERVEDAL, EM CASTELO NOVO: Escavações revelam termas romanas

A Quinta do Ervedal "reúne todas as potencialidades para vir a constituir um ponto de referência na arqueologia da Beira Interior"

Na Quinta do Ervedal, em Castelo Novo, as escavações arqueológicas da campanha de 2009 revelaram a existência de dois complexos termais da época romana, classificados como "importantes".


Recorde-se que as escavações estão a decorrer na Quinta do Ervedal sob a direcção técnica dos arqueólogos do Museu Arqueológico Municipal José Monteiro, do Fundão, que tem como director João Mendes Rosa.


Fonte: António Tavares (6 Jan 2010). Gazeta do Interior:  

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por noticiasdearqueologia às 17:12

Domingo, 09.08.09

Descobertos vestígios do que se pensa ter sido a casa de campo de Vespasiano

Arqueólogos britânicos e italianos descobriram na província de Rieti, centro de Itália, vestígios do que crêem ter sido a casa de campo em que o imperador Tito Flavio Vespasiano (9-79 d.C.) passava o Verão.


Os arqueólogos, segundo noticia hoje o diário italiano La stampa, identificaram o perímetro da construção e descobriram materiais que decoravam e davam forma a esta antiquíssima «villa», situada a noroeste da região de Lácio e que pertencia a alguém poderoso, tendo em conta as salas de recepção, as termas e as colunatas que restam.


O esplendor da construção reflecte-se sobretudo na sala principal da «villa», na qual são visíveis incrustrações de mármore policromático proveniente do norte de África.


Foi precisamente esta sala, que antigamente teria paredes revestidas de mármore, que levou os arqueólogos a pensar que o proprietário da «villa» era Vespasiano, fundador da dinastia Flavia e imperador do Império romano desde 69 d. C. até à morte.


"Não encontrámos ainda qualquer inscrição, pelo que não há certezas. Mas a época, a qualidade dos ambientes, o local, a unidade desta 'villa' e o facto de não haver outras em redor leva-nos a pensar que era uma residência da dinastia Flávia", disse Filippo Coarelli, responsável pela descoberta, em declarações ao La stampa.


Não muito longe daquele local, já no município de Cittareale, localizou-se a casa de Falacrinae, um povoamento romano onde nasceu Vespasiano, o que sustenta ainda mais a teoria de que a «villa» pertenceria ao imperador que mandou construir o Coliseu de Roma.


Os arqueólogos pensam ser provável que Vespasiano tenha querido regressar vitorioso, já convertido em imperador, ao sítio onde nasceu e que por isso decidiu construir ali a sua casa de campo, uma residência de que o cronista Suetónio falou no livro "De vitta caesarum" (A vida dos césares).


O escritor romano (70-140 d.C.) falava de uma casa de campo em "montes próximos da cidade de Rieti" na qual Vespasiano passava o Verão.


Próximo de Cittareale, no município de Cascia, já na região da Umbria, foram igualmente descobertos restos de um antigo fórum romano, numa praça de reunião popular de 60 por 100 metros, adornada com colunas, templos e edifícios públicos.


Estes dois achados arqueológicos permitem, segundo Filippo Coarelli, entender um pouco melhor o processo de romanização de uma zona que até ao ano 209 antes de Cristo era habitada por povos que não falavam latim.


Fonte: (06 Ago 2009). Lusa/Fim-Expresso: http://aeiou.expresso.pt/arqueologia-descobertos-vestigios-do-que-se-pensa-ter-sido-a-casa-de-campo-de-vespasiano=f529562

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por noticiasdearqueologia às 21:36

Sexta-feira, 17.07.09

Espólio do Sítio da Herdade da Defesa em Alvalade propriedade do Município - Escavações arqueológicas encontraram provável vila rústica romana

A Câmara Municipal de Santiago do Cacém incorporou o espólio proveniente da escavação realizada no sítio arqueológico da Herdade da Defesa 3 em Alvalade.



 O espólio encontra-se já depositado no Museu Municipal para ser posteriormente estudado e mais tarde para ser exposto ao público.

 A Herdade da Defesa que fica em Alvalade é um local que os arqueólogos consideram de grande interesse, que lhes permite afirmar que houve ocupação naquele território desde a idade do Bronze.

 O espólio mais antigo encontrado na Herdade remonta ao século XIX. As escavações foram feitas por Leite Vasconcelos, fundador do Museu Nacional de Arqueologia, na altura Museu de Etnografia e Arqueologia.

Ele fez as primeiras escavações e encontrou na altura várias sepulturas da idade do Bronze.

 Para além do espólio da idade do Bronze, Leite Vasconcelos encontrou também no final do século XIX, início do século XX, espólio Romano, nomeadamente Necrópoles.

 Agora no âmbito das obras da REFER foram feitas novas escavações na Herdade da Defesa e ao fazer-se esse acompanhamento arqueológico foi encontrada uma provável vila rústica romana muito importante.

 É o espólio dessa vila que se encontra agora depositado no Museu Municipal. São mais de mil peças, destaque para os vestígios das estruturas da vila, de um provável lagar ou de vinho ou de azeite. Foram ainda encontrados materiais de escória em ferro, o que significava que no local havia uma fundição. Destaque ainda para materiais nobres de arquitectura das casas, como por exemplo frescos, mosaicos e mármore.

 Foram encontrados também outros materiais de construção como bases de coluna, que só as vilas mais importantes tinham.

 Ânforas, materiais feitos de osso para usar no cabelo, anzóis, conchas e búzios foram também descobertos no local.

O espólio é muito variado e rico e tem agora que ser estudado. Ele irá ficar em exposição no futuro Núcleo Museológico de Alvalade.   


Fonte: Câmara Municipal de Santiago do Cacém: http://www.cm-santiagocacem.pt/Actualidade/Noticias/Paginas/Esp%C3%B3liodoSitiodaHerdadedaDefesaemAlvaladepropriedadedoMunicipio.aspx

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por noticiasdearqueologia às 00:22

Segunda-feira, 22.06.09

Júlio Barroso garante que vestígios arqueológicos nos Palmares não estão em risco

Foto


Após denúncia ao Igespar, um técnico da entidade foi ao local e viu que havia afectação dos vestígios devido a construção do «Palmares Resort». Câmara de Lagos foi informada de que qualquer obra com impacto no subsolo deveria ser suspensa.


«Os vestígios arqueológicos estão fora da área de intervenção da obra» do Projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN) dos Palmares, junto à Meia Praia e à Ria de Alvor, garantiu ao «barlavento» o presidente da Câmara de Lagos.

Os trabalhos de terraplanagem para a execução do PIN «Palmares Resort» tinham deixado a descoberto vestígios arqueológicos, que poderiam indicar a existência de uma villa romana, situação denunciada pelo investigador de arqueologia João Velhinho, tal como o «barlavento» revelou em Abril.

Na altura, havia duas estruturas arqueológicas mais a Sul que ainda não tinham sido danificadas. No entanto, a Norte, na área onde houve a movimentação de terras, eram visíveis sobre o terreno vestígios de cerâmica em terra sigilata, vidros e bocados de ânforas, que podem ter sido partidas pelas máquinas.

Após a denúncia feita por João Velhinho ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), esta entidade enviou um técnico à zona onde está a ser construído o empreendimento turístico para confirmar a veracidade da afectação dos vestígios.

Além dos vestígios e de duas estruturas, o «barlavento» sabe ainda que o arqueólogo do Igespar teria identificado menires que poderiam estar em risco numa outra zona junto ao empreendimento.

As informações recolhidas pelo técnico levaram aquela entidade a emitir um ofício à «Câmara Municipal de Lagos chamando a atenção para esta situação», avançou fonte da assessoria do Igespar.

«Nesse ofício, referia-se ainda que qualquer obra com impacto no subsolo deveria ser suspensa até que fosse garantida a presença de um arqueólogo no local», acrescentou ainda a porta-voz daquele Instituto.

Esta salvaguarda já estava prevista no Plano de Urbanização da Meia Praia, mas poderá até nem ter sido respeitada, visto que havia vestígios arqueológicos na zona e as obras não pararam.

Por outro lado, o facto de ter sido feito um levantamento prévio para o Plano de Urbanização da Meia Praia e de então ter sido identificada apenas uma zona de interesse patrimonial (Sete Figueiras), dispensava o acompanhamento permanente de um arqueólogo.

A verdade é que foi necessária a denúncia ao Igespar e a emissão de um ofício por aquela entidade para a Câmara decidir colocar os seus serviços de arqueologia a acompanhar a obra.

«Os serviços de fiscalização e arqueologia da Câmara Municipal estão a acompanhar a obra», garantiu também Júlio Barroso.

Ainda assim, o autarca disse que «todos os condicionalismos da licença foram cumpridos», reafirmando que aqueles vestígios encontrados agora e referenciados pelo Igespar no ofício «estão fora da área de intervenção da obra».

O facto é que, segundo João Velhinho, já pode ter sido destruído, com a movimentação de terras, o que poderá ter sido um tanque de um impluvium, a zona central de uma casa romana onde era recolhida a água da chuva.

Era também nesse local, onde foram feitos os trabalhos de terraplanagem, que se encontrava o maior volume de vestígios da cerâmica em terra sigilata e de ânforas partidas.

As estruturas podem mesmo ter sido de uma villa ou quinta romana, com actividades industriais, como a produção do garum (pasta de peixe) e de ânforas para a exportar. Mais a Norte, poderá ainda ter existido uma necrópole, segundo as indicações de João Velhinho.

Através dos vestígios visíveis à superfície do terreno, o investigador supunha que a villa romana teria tido «uma certa importância, até porque há cerâmica em terra sigilata, que era fina e importada. Justificava a qualidade da vida de um senhor que tinha posses». E a quantidade de fragmentos daquele material é enorme.


Fonte: Ana Sofia Varela (18 Jun 2009). O Barlavento, on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=33822

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por noticiasdearqueologia às 23:51

Domingo, 26.04.09

Vestígios de villa romana podem estar em risco com PIN dos Palmares

Os trabalhos de terraplanagem para a execução do Projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN) do Palmares Resort, junto à Meia Praia e à Ria de Alvor, deixou a descoberto alguns vestígios arqueológicos, que poderão indicar a existência de uma villa romana no local.


No entanto, António Pinto Coelho, director de projectos do grupo Onyria, promotor do resort, garantiu ao «barlavento» que a informação não tem fundamento, «devendo tratar-se claramente de um equívoco».


Foto

Fundo de ânfora na zona em obras no resort dos Palmares, na Meia Praia




O alerta partiu de João Velhinho, investigador de arqueologia, que até já enviou uma denúncia ao director regional de Cultura do Algarve Gonçalo Couceiro.

Em declarações ao «barlavento», o investigador explicou que, apesar de duas estruturas, que poderão ter sido uma «casa romana e um forno», ainda não terem sido danificadas na sua totalidade com as movimentações de terra, na semana passada já eram visíveis «vestígios de cerâmica em terra sigilata, vidros e bocados de ânforas», que podem ter sido partidas pelas máquinas. A reportagem do «barlavento» constatou isso mesmo no local.

Aquelas duas estruturas poderão, contudo, nem correr perigo, visto que António Pinto Coelho garante que, nessa zona, junto ao acesso para o molhe poente da Ria de Alvor, no Vale de Lama, não está prevista uma intervenção.

O local situa-se «entre a linha de caminho de ferro e a Ria de Alvor, sendo considerada no PUMP [Plano de Urbanização Meia Praia] como área natural, a qual não é passível de transformação», justificou o director do projecto.

No entanto, segundo João Velhinho, já terá sido destruído, a Norte do caminho de ferro, o que poderá ter sido um tanque de um impluvium, a zona central de uma casa romana onde era recolhida a água da chuva. É também aí que se encontra o maior volume de vestígios da cerâmica em terra sigilata e de ânforas partidas.

O investigador supõe, através dos vestígios visíveis à superfície do terreno, que a villa romana teria tido «uma certa importância, até porque há cerâmica em terra sigilata, que era fina e importada. Justificava a qualidade da vida de um senhor que tinha posses». E a quantidade de fragmentos daquele material é enorme.

António Pinto Coelho garantiu que «o único sítio arqueológico existente em Palmares e constante do relatório do Plano de Urbanização da Meia Praia é o sítio de Sete Figueiras 1, relativamente ao qual foram tomadas as medidas de delimitação e de defesa previstas na lei. Durante a execução dos trabalhos, não foram encontrados quaisquer vestígios arqueológicos». E garante, se tivessem sido encontrados, as obras teriam que parar.

No entanto, João Velhinho assegura existir «um levantamento arqueológico» com dados sobre essa villa romana, tendo a autora informado a administração do resort já há alguns anos.

As estruturas podem mesmo ter sido de uma villa ou quinta romana, com actividades industriais, como a produção do garum (pasta de peixe) e de ânforas para a exportar. Mais a Norte, poderá ainda ter existido uma necrópole.

O certo é que, quer tenha fundamento ou não, sem as escavações e sem o acompanhamento de um arqueólogo na obra, não será possível ter certezas.

E João Velhinho estranha que, numa zona onde têm surgido frequentemente importantes vestígios arqueológicos, não tenha sido feita uma campanha de prospecções antes do início de quaisquer obras.

O Palmares Resort é um projecto PIN, que ascende aos 300 milhões de euros de investimento, implantado em 200 hectares, com um hotel de cinco estrelas, spa, 450 moradias e apartamentos turísticos, onde se prevê ainda a ampliação do campo de golfe de 18 para 27 buracos.


Fonte: Ana Sofia Varela (25 Abr 2009): O Bralavento, on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=32505

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por noticiasdearqueologia às 21:35

Domingo, 31.08.08

Meda: Campanha arqueológica na Coriscada revela povoamento neolítico e aldeia rural romana

Uma campanha arqueológica no Vale do Mouro, Coriscada, revelou um povoamento neolítico com sete mil anos e permitiu descobrir uma aldeia romana que os arqueólogos acreditam ser uma "revolução" no estudo do país rural da época.

Quando se pensava que o local, no concelho da Meda (distrito da Guarda), teria tido apenas duas ocupações - nos séculos III e IV depois de Cristo (d.C.) -, as escavações de 2008 revelaram novos achados do período Neolítico, com a presença de materiais em sílica e lascas de quartzo.

Este local foi inicialmente referenciado por elementos do Centro Sócio-Cultural da Coriscada em 2001, mas só dois anos depois uma equipa coordenada pelos arqueólogos António Sá Coixão e Tony Silvino iniciou as campanhas de investigação no Vale do Mouro.





Todos os anos chegam a trabalhar neste sítio cerca de 50 pessoas, não remuneradas, deslocando-se de França e de outras zonas de Portugal nos meses de Julho e Agosto.

O arqueólogo Sá Coixão afirmou à Lusa que o projecto tem quatro anos, que termina em 2009, o IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico) apoia as escavações com cerca de 12.500 euros/ano, mas o especialista admite que a campanha "não duraria uma semana" se não fosse também assegurada pela Câmara Municipal da Meda e pela Junta de Freguesia da Coriscada.

Sobre as revelações que a campanha permitiu desvendar, Sá Coixão afirma-se convicto de que "como as gravuras do Vale do Côa marcaram uma época, estas descobertas vão marcar um tempo, em que ainda se pensava num interior rural romano 'pobretanas' onde não se podia viver bem".

"Nos inícios do século I d.C., terá sido ali edificada uma vila [quinta] e já no século III d.C., um senhor abastado, à custa do rendimento agrícola gerado com vinho, cereais e azeite e também da exploração mineira do ferro, estanho, prata ou chumbo, terá reconvertido a vila chamando técnicos para o revestimento de salas de mosaico, edificar balneários, lagares e ferrarias", explicou o arqueólogo à agência Lusa.

Sá Coixão admite que, numa época áurea, é forte a probabilidade de "esse senhor ter-se valido de operários livres criando um 'Vicus' [aldeia] onde os deuses e festividades passariam a ter algum cunho colectivo", algo que pode revolucionar a história conhecida da aldeia romana, defende.

Numa recente visita a este local, o professor catedrático e investigador de Pré-História e Arqueologia Jorge de Alarcão afirmou que "teria que reescrever tudo sobre o Portugal rural romano", conta.

Já o arqueólogo luso-descendente Tony Silvino iniciou esta parceria não oficial com Sá Coixão, que costuma vir fazer as suas "férias arqueológicas" a Portugal.

O especialista traz sempre consigo um grupo de especialistas nas diversas áreas, como o vinho, vidro, cerâmica, metais e arquitectura e, juntamente com outra equipa da Universidade do Porto, 'esgravata' por paixão os segredos da história.

Tony Silvino afirma que a classe "geralmente pensa já ter descoberto tudo sobre a época romana, mas o interior deste país revela-nos o contrário".

Os primeiros anos de trabalhos centraram-se na zona do Balneário Romano e em 2006 foi descoberto um painel de mosaico policromático, presentemente a ser restaurado em Conímbriga, figurando o Deus Baco junto de uma Menade, antes nunca encontrado em regiões interiores de Portugal.

No último dia de campanha de 2007, fez eco na imprensa nacional e estrangeira uma descoberta 'endinheirada' de um tesouro monetário com cerca de seis mil moedas, provavelmente envoltas num saco, tendo sido encontrado um resto de tecido que surpreendeu os arqueólogos pela sua sobrevivência.

A campanha deste ano está a terminar, mas deixa aberta uma exposição permanente de achados no Centro Sócio-Cultural da Coriscada.

O objectivo é sensibilizar a população, adquirir a confiança e empenho necessários das gentes locais, para que o sonho de musealizar o terreno possa ser realidade um dia.


Fonte: (29 Ago 2008). Público/Lusa: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1340974

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por noticiasdearqueologia às 11:28

Segunda-feira, 25.08.08

Descobertos restos de "villa" da época romana na ilha de Wight

Uma equipa de arqueólogos britânicos descobriu os restos de uma espectacular "villa" da época romana na ilha de Wight, no sul de Inglaterra.


Construída há cerca de 1800 anos, segundo os peritos, a "villa" tem o tamanho de uma piscina olímpica - mede 15 metros de largura e 45 de comprimento - e a forma de uma igreja, com uma nave central e duas laterais.


"É um edifício impressionante, absolutamente magnífico. Devia ser visível várias milhas em redor", descreve hoje no diário "The Times" Barry Cunliff, professor de arqueologia em Oxford encarregado das escavações.


O edifício teria mais de seis metros de altura e estaria apoiado em colunas de madeira, precisou Cunliff, segundo o qual poderia comparar-se a um grande salão medieval.


A parte destinada a residência tinha um sistema de aquecimento debaixo do solo e, na parte destinada a usos comunais, faziam-se reuniões e dirimiam-se disputas legais ou relacionadas com limites de terrenos.


A "villa", recentemente descoberta, é comparável em escala a outra situada nas imediações da localidade de Pulborough e à sala do palácio romano de Fishbourne, ambas situadas perto de Chichester, no condado de West Sussex, também no sul de Inglaterra.


Perto dela fica a "villa" de Brading, descoberta na ilha de Wight em 1879 e famosa pelos seus famosos mosaicos representando pavões reais, símbolos da vida eterna, Orfeu domando as feras e tritões transportando ninfas às costas.


Crê-se que esta última "villa" pertenceu a Allectus, que, no ano 293 d.C., assassinou Carausius, comandante das hostes romanas que se tinha proclamado imperador da província da Bretanha (Britannia em latim).


Fonte: (19 Ago 2008). Lusa/RTP: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=359581&visual=26&tema=5


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por noticiasdearqueologia às 18:50

Segunda-feira, 11.08.08

Oeiras: Villa romana pode vir a ser área de interesse arqueológico

O património do Concelho de Oeiras pode vir a ficar com mais uma área de interesse arqueológico. Durante Julho foi feita a prospecção da vila romana de Leião, perto de Porto Salvo, conhecida desde a década de setenta do século passado.

“Trata-se de uma zona com 100 metros por 80, quase a área de um campo de futebol”, explica por telefone ao PÚBLICO João Luís Cardoso, director do Centro de Estudos Arqueológicos da Concelho de Oeiras.

Apesar de já se conhecer a existência do local há décadas, o risco de se urbanizar uma área que até agora só tinha sido cultivada, torna urgente a necessidade de conhecê-la cientificamente e verificar o grau de importância da vila. “É um local absolutamente intacto. Não há construção ulterior ao abandono da vila”, explica o arqueólogo que também é professor catedrático da Universidade Aberta.



A região de Lisboa´é rica em vestígios romanos


 Durante o mês de Julho, uma equipa formada pelo Centro de Estudos Arqueológicos do concelho, pelo GEOTA - Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente do por estudantes e professores de arqueologia estudaram o local. A Câmara de Oeiras apoiou o projecto com dez mil euros.

Houve recolha de material à superfície e posteriormente uma empresa alemã contratada, utilizou a técnica do sonar, para fazer uma sondagem ao solo. “O georadar permitiu a identificação de estruturas arqueológicas enterradas”, disse o especialista. E o que se viu foram muros ortogonais, que “aparentam configurar a parte urbana da vila”. Para além disso sabe-se que existem fragmentos de estuque pintados e placas de mármore de revestimento.

À volta da capital Olisipo, o nome romano da cidade de Lisboa, foram edificadas muitas vilas, que cultivavam terrenos à volta. Cada vila romana continha uma parte rural e uma propriedade urbana, onde vivia o proprietário e que tinha várias construções.

Existem vestígios que datam de uma altura imediatamente anterior à chegada dos romanos à região, entre os séculos III e I antes de Cristo. “Estas vilas podem estender-se até ao século IV ou V depois de Cristo”, explica o arqueólogo. Mas ainda se sabe muito pouco.

Toda a prospecção feita até agora foi não intrusiva. Em Setembro iniciam-se as escavações para se perceber o grau de importância do local. Se estiver bem preservado, para além do valor científico, pode tornar-se numa área de interesse arqueológico, com importância do ponto de vista cultural e educacional.

“Tudo indica que pode vir ser uma área de interesse arqueológico”, explica o arqueólogo. Perto da região, o achado só é comparável à vila romana de Freiria, no Concelho de Cascais e a uma vila romana que está debaixo de um edifício do século XVIII do centro histórico de Oeiras.

O relatório final está previsto para 2009. Cabe ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico avaliar se a área deve ser só preservada por registo documental ou se a sua importância patrimonial e científica justifica a delimitação de uma área de interesse arqueológico. Nesse caso, qualquer construção teria de respeitar o traçado da vila romana, que poderia ser integrada no circuito turístico e cultural do concelho e do país.

Fonte: (08 Ago 2008). Público: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1338268&idCanal=14

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por noticiasdearqueologia às 21:24


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