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Arqueólogos britânicos e italianos descobriram na província de Rieti, centro de Itália, vestígios do que crêem ter sido a casa de campo em que o imperador Tito Flavio Vespasiano (9-79 d.C.) passava o Verão.
Os arqueólogos, segundo noticia hoje o diário italiano La stampa, identificaram o perímetro da construção e descobriram materiais que decoravam e davam forma a esta antiquíssima «villa», situada a noroeste da região de Lácio e que pertencia a alguém poderoso, tendo em conta as salas de recepção, as termas e as colunatas que restam.
O esplendor da construção reflecte-se sobretudo na sala principal da «villa», na qual são visíveis incrustrações de mármore policromático proveniente do norte de África.
Foi precisamente esta sala, que antigamente teria paredes revestidas de mármore, que levou os arqueólogos a pensar que o proprietário da «villa» era Vespasiano, fundador da dinastia Flavia e imperador do Império romano desde 69 d. C. até à morte.
"Não encontrámos ainda qualquer inscrição, pelo que não há certezas. Mas a época, a qualidade dos ambientes, o local, a unidade desta 'villa' e o facto de não haver outras em redor leva-nos a pensar que era uma residência da dinastia Flávia", disse Filippo Coarelli, responsável pela descoberta, em declarações ao La stampa.
Não muito longe daquele local, já no município de Cittareale, localizou-se a casa de Falacrinae, um povoamento romano onde nasceu Vespasiano, o que sustenta ainda mais a teoria de que a «villa» pertenceria ao imperador que mandou construir o Coliseu de Roma.
Os arqueólogos pensam ser provável que Vespasiano tenha querido regressar vitorioso, já convertido em imperador, ao sítio onde nasceu e que por isso decidiu construir ali a sua casa de campo, uma residência de que o cronista Suetónio falou no livro "De vitta caesarum" (A vida dos césares).
O escritor romano (70-140 d.C.) falava de uma casa de campo em "montes próximos da cidade de Rieti" na qual Vespasiano passava o Verão.
Próximo de Cittareale, no município de Cascia, já na região da Umbria, foram igualmente descobertos restos de um antigo fórum romano, numa praça de reunião popular de 60 por 100 metros, adornada com colunas, templos e edifícios públicos.
Estes dois achados arqueológicos permitem, segundo Filippo Coarelli, entender um pouco melhor o processo de romanização de uma zona que até ao ano 209 antes de Cristo era habitada por povos que não falavam latim.
Fonte: (06 Ago 2009). Lusa/Fim-Expresso: http://aeiou.expresso.pt/arqueologia-des
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