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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Quinta-feira, 05.07.12

MAIS ANTIGO ACHADO ARQUEOLÓGICO JUDAICO DA PENINSULA IBÉRICA FOI ENCONTRADO EM SB MESSINES


Equipa de Arqueólogos Alemães dá a conhecer a descoberta

Arqueólogos da Universidade de Friedrich-Schiller, Jena (Alemanha), encontraram perto de São Bartolomeu de Messines (Silves) a mais antiga evidência arqueológica da Cultura Judaica na Península Ibérica, no decurso da última campanha de escavações realizadas.

Numa placa de mármore, com 40cm x 60cm podemos ler o nome “Yehiel“,  seguido de outras letras ainda não decifradas. Os arqueólogos pensam que  se poderá tratar de lápide funerária. Através de análises de  radiocarbono efetuadas a hastes de veado encontradas junto da lápide foi  possível obter uma datação não posterior a 390 AD. De acordo com o  responsável pelas escavações, Dr. Dennis Graen, da Universidade de Jena,  a mais antiga evidência arqueológica associada à cultura judaica no  atual território português é também uma lápide com inscrição em latim e  uma gravura de um menorah (candelabro com sete braços) datado de 482 AD.  A mais antiga inscrição hebraica que se conhece data do século VI ou  VII AD.
Nos últimos três anos, uma equipa da Universidade de Jena, tem escavado  uma villa romana, descoberta por Jorge Correia, Técnico da Câmara  Municipal de Silves (durante trabalhos de prospeção arqueológicas),  perto da Vila de SB Messines. O projeto tem como objetivo estudar a  economia dos habitantes da Lusitânia que habitavam no barrocal algarvio.  Na realidade a zona costeira beneficia já de bastantes estudos, o que  não sucede com o barrocal e interior do algarve que carecem de estudos  mais aprofundados.
A recente descoberta soma mais um enigma aos muitos que surgiram durante  as investigações. “Estávamos realmente na espectativa de encontrar uma  inscrição em latim quando viramos a laje”, diz Henning Wabersich,  elemento da equipa. Contudo, não foram encontradas inscrições até à data  e nada se conhecia sobre a identidade dos habitantes que aqui  residiram. Após trabalho profundo de análise da lápide por diversos  especialistas, foi possível reconhecer a escrita que se encontrava na  laje, visto que a gravação dos caracteres não apresenta um trabalho  cuidado. “Enquanto procurávamos especialistas, entre Jena e Jerusalém,  para decifrar a escrita, obtivemos de Espanha uma pista” diz Dennis  Graen. “Jordi Casanovas Miro, do Museu Nacional d’Art de Catalunya,  Barcelona (especialista na área das inscrições hebraicas da Penísula  Ibérica) – não tem dúvidas que se lê o nome “Yehiel” – nome que surge na  Bíblia.”  
Neste caso, não se trata apenas de uma data excecional, mas também de um  contexto invulgar. Nunca antes se detetaram evidências judaicas numa  villa romana, explica o arqueólogo de Jena. Durante o império romano,  por volta da data da inscrição, os judeus escreviam habitualmente em  latim, com receio de represálias. O hebraico, tal como se encontra na  referida laje, só passa a ser utilizado após o declínio da supremacia  romana, respetivamente durante o período de migrações populacionais  ocorridas durante o século VI ou VII AD. Ficamos surpreendidos com a  descoberta de reminiscências de romanos – neste caso, Lusitanos  romanizados e judeus habitando juntos num contexto rural,” diz Dennis  Graen. “Julgávamos que situações destas apenas ocorriam em contexto  urbano”.
Geralmente a informação relativa às comunidades judaicas na região  provem na sua maioria de escrituras. “Durante o Concílio de Elvira,  cerca de 300 AD, foram emitidas regras de conduta entre judeus e  cristãos. Isto leva-nos a crer que, na Península Ibérica, a população  judaica seria já bastante numerosa”, explica Dennis Graen – mas as  evidências arqueológicas continuam omissas. “Temos conhecimento da  presença de uma comunidade judaica na cidade de Silves durante a Idade  Média. Essa comunidade esteve presente até à expulsão dos judeus no ano  de 1496.” 
No próximo verão os arqueólogos de Jena retomarão os trabalhos. Até à  data foram escavadas cerca de 160m² da villa romana, apesar de grande  parte das estruturas ainda se encontrarem cobertas. “O nosso desejo é  saber mais acerca das pessoas que aqui viveram,” explica Graen. “E claro  que queremos responder às questões inerentes à inscrição hebraica.” 
Salientamos, ainda, que o Município de Silves apoiou esta equipa de  arqueólogos, ao longo das suas campanhas. Alojamento do pessoal  envolvido nas escavações, apoio técnico nas áreas da topografia,  tratamento de materiais, consultadoria, limpeza e conservação preventiva  de materiais mais frágeis foram algumas das ações nas quais a autarquia  colaborou.

Fonte: (28 Mai 2012). Algarve Digital. http://www.algarvedigital.pt/algarve/index.php?name=News&file=article&sid=5846

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por noticiasdearqueologia às 21:02

Quinta-feira, 14.10.10

Silves: Encontro de Arqueologia dias 21 e 22 de outubro

A “Arqueologia e as outras ciências” é o tema da oitava edição do Encontro de Arqueologia de Silves, que vai decorrer nos dias 21 e 22 deste mês no Pavilhão de Feiras e Exposições daquela cidade algarvia, informou hoje a autarquia em comunicado.
Arqueoceramologia e testes térmicos em argila do Algarve aplicados ao estudo de matérias primas de cerâmicas romanas, a cerâmica do açúcar de Aveiro, geofísica e geoarqueologia, arqueozoologia, arqueometalurgia e datações são alguns dos painéis organizados para o certame, que vai decorrer no Pavilhão de Feiras e Exposições FISSUL, em Silves.
O “Encontro de Arqueologia de Silves” é organizado pela Câmara Municipal de Silves, Universidade do Algarve e Direcção Regional de Cultura do Algarve.

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por noticiasdearqueologia às 13:47

Terça-feira, 18.05.10

Nova fase de obras no centro histórico de Silves


Esta primeira fase da intervenção centrar-se-á nas questões arqueológicas e iniciar-se-á na Travessa do Hospital e na rua da Arrochela, já que são zonas de comprovada sensibilidade arqueológica. Posteriormente, os trabalhos serão alargados à Rua do Pelourinho, à Rua Gregório Nunes Mascarenhas Neto e à Rua Nova dos Carmos.


Os trabalhos arqueológicos serão realizados pela empresa Geoarque e serão fiscalizados pela Câmara Municipal de Silves (CMS), nomeadamente pela Divisão de Obras Municipais e pelo Sector de Arqueologia. Prevê-se que, em algumas fases da obra, haverá mais de 30 arqueólogos e técnicos desta área a trabalhar no local, dada a complexidade da operação.


A autarquia promoverá, igualmente, o contacto permanente com os moradores, contacto esse que se inicia já este dia 18, pelas 16h00, com uma reunião no auditório dos Paços do Concelho, durante a qual se darão algumas informações sobre a forma como decorrerão os trabalhos e se responderão a questões colocadas pelos moradores.Esta primeira fase da intervenção centrar-se-á nas questões arqueológicas e iniciar-se-á na Travessa do Hospital e na rua da Arrochela, já que são zonas de comprovada sensibilidade arqueológica. Posteriormente, os trabalhos serão alargados à Rua do Pelourinho, à Rua Gregório Nunes Mascarenhas Neto e à Rua Nova dos Carmos.


Os trabalhos arqueológicos serão realizados pela empresa Geoarque e serão fiscalizados pela Câmara Municipal de Silves (CMS), nomeadamente pela Divisão de Obras Municipais e pelo Sector de Arqueologia. Prevê-se que, em algumas fases da obra, haverá mais de 30 arqueólogos e técnicos desta área a trabalhar no local, dada a complexidade da operação.


A autarquia promoverá, igualmente, o contacto permanente com os moradores, contacto esse que se inicia já este dia 18, pelas 16h00, com uma reunião no auditório dos Paços do Concelho, durante a qual se darão algumas informações sobre a forma como decorrerão os trabalhos e se responderão a questões colocadas pelos moradores.


Fonte: (17 Maio 2010). Jornal do Algarve: http://www.jornaldoalgarve.pt/artigos.aspx?id=15112

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por noticiasdearqueologia às 20:05

Sábado, 03.10.09

Arqueólogos alemães estudam vestígios romanos em Silves


Um grupo de investigadores da Alemanha está a realizar escavações no Vale de Silves, perto de Messines, onde se encontram vestígios de ocupação romana.


 A Câmara de Silves apoia a realização deste projecto de investigação, financiado pela Universidade de Jena (Alemanha), custeando o alojamento dos arqueólogos que se encontram no concelho.


 As escavações estão a ser realizadas no Vale de Silves, mais precisamente na freguesia de São Bartolomeu de Messines (Corte e Barradas de Cima).


 Os trabalhos de campo arrancaram este ano e prevê-se que possa decorrer por mais quatro e, apesar de se encontrarem numa fase inicial, permitiram já confirmar a existência de uma villae romana (propriedade agrícola de grande dimensão) no sítio da Corte e indícios de uma estrutura fortificada no sítio de Barradas, que poderá corresponder a um acampamento militar, um aquartelamento de uma guarnição militar para controlo de zona mineira, ou a um pequeno vicus (povoado civil geralmente situado nas proximidades de uma unidade administrativa ou de uma zona mineira).


Esta primeira fase de trabalhos de campo teve início no princípio de Setembro e culminará no final da primeira semana de Outubro, envolvendo cerca de 12 participantes alemães, entre estudantes de arqueologia, arqueólogos e geofísicos e dois arqueólogos dos serviços de arqueologia municipal. Os primeiros resultados serão já apresentados no próximo Encontro de Arqueologia do Algarve, a decorrer entre 22 e 24 de Outubro, na Sala de Colóquios da Fissul.


O Vale do Arade é uma região ainda muito mal caracterizada sob o ponto de vista da romanização. Tal facto e a circunstância da actual cidade de Silves, ou o vizinho Cerro da Rocha Branca, ter podido configurar um pequeno oppidum (centro político de uma área administrativa do império romano), que cunhou moeda com a inscrição CILPES e de onde emanava o poder, despertou o interesse por esta região de uma equipa de arqueólogos alemães, ligados à Universidade de Jena.


Contactos desenvolvidos com a autarquia permitiram que se definissem áreas de potencial ocupação romana na freguesia de Messines (Corte e Barradas de Cima), locais que, sujeitos numa primeira fase a prospecções de campo e prospecções geofísicas, confirmaram ocupação romana, encontrando-se agora a ser intervencionadas arqueologicamente.


Fonte: (02 Set 2009). Jornal do Algarve: http://www.jornaldoalgarve.pt/artigos.aspx?id=11635

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por noticiasdearqueologia às 23:24

Sábado, 21.03.09

Achados arqueológicos expostos no museu de Silves

O Museu Municipal de Arqueologia de Silves tem patente a mostra “Reservas em Exposição”, até ao próximo dia 30 de Maio.


O objectivo desta exposição é mostrar espólio arqueológico proveniente de três escavações realizadas na área urbana da cidade de Silves: castelo, rua da Arrochela e residência paroquial.


 


“Este legado é apenas uma amostra dos inúmeros achados encontrados nestas zonas”, frisa a organização, acrescentando que entre as diferentes matérias encontradas estão peças de metal (cobre, bronze e ferro), osso e pedra.


 


Ainda assim, a maioria dos bens apresentados na exposição correspondem a produções cerâmicas, sendo que “este é o tipo de material mais comum encontrado nas escavações até hoje efectuadas nas zonas mencionadas”, adiantam os responsáveis.


 


As peças que agora são exibidas no museu foram conservadas e restauradas e que têm permanecido em reserva neste museu.


 


Fonte: (20 Mar 2009). Jornal do Algarve: http://www.jornaldoalgarve.pt/artigos.aspx?id=9817

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por noticiasdearqueologia às 23:19

Quinta-feira, 31.01.08

Cerâmicas dos séculos XV e XVI motivam exposição no Museu de Arqueologia de Silves

Copos, panelas e púcaros em cerâmica são apenas algumas das peças que estarão em exposição, a partir de sexta-feira, dia 1, e até 1 de Abril, no Museu Municipal de Arqueologia de Silves.


Foto


A mostra, denominada «Cerâmicas dos Séculos XV – XVI no Museu», apresenta peças que retratam precisamente a parte prática da produção de cerâmica.
Estas peças deixam muitas vezes de ser simples objectos de barro cozido, para se tornarem em objectos de demonstração de riqueza e cultura, como se pode observar nas majólicas e porcelanas, que chegavam à cidade de Silves pelas rotas das Descobertas e do comércio ao longo do século XV e XVI.
Esta exposição exibe o mais importante espólio cerâmico proveniente da área urbana de Silves.
Tal espólio divide-se em dois tipos, em relação aos locais de produção e origem geográfica: as produções locais e regionais e as produções extra-fronteiras (importadas), como são os casos dos fragmentos de porcelanas chinesas, descobertas em inúmeras campanhas de escavações arqueológicas.


30 de Janeiro de 2008 | 14:34
Fonte: Dionísio, Mara (29 Jan 2008). O Barlavento on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=21392

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por noticiasdearqueologia às 22:38


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