Filme: Lusa/SAPO: http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/9
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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Mosaicos romanos da antiga cidade de Cetóbriga descobertos em escavações arqueológicas.
O Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal/Assembleia Distrital de Setúbal promove a apresentação dos mosaicos romanos da antiga cidade de Cetóbriga (Setúbal), postos a descobertos em escavações arqueológicas que realizou em 2008 e 2009, no mais importante fórum internacional dedicado ao estudo deste património cultural.
Assim, no próximo dia 19 de Outubro será apresentada uma comunicação sobre este tema, por Carlos Tavares da Silva, Joaquina Soares e Licínia Wrench no XI Congresso Internacional, organizado em Bursa (Turquia), pelo International Committee for the Conservation of Mosaics.
A presente acção de divulgação junto dos estudiosos do tema reforçará a posição de Setúbal no mapa do turismo cultural e abrirá novos caminhos para a intervenção do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal nos domínios da investigação e da conservação.
Fonte: (16 Out 2009). Rostos.pt: http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=1
Dois mosaicos dos séculos III e IV estão entre os achados arqueológicos das escavações efectuadas pelo Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS) no centro histórico da cidade.
"São achados arqueológicos que comprovam a importância económica da cidade de Setúbal naquela época", disse à Lusa Carlos Tavares da Silva, responsável pelas escavações do MAEDS, durante uma visita guiada a alguns dos locais onde foram encontrados vestígios arqueológicos da época romana e do período islâmico.
"A autarquia está a dar apoio ao nível do estudo e da conservação dos mosaicos da Rua António Joaquim Granjo. Foi a autarquia que alugou a casa para as escavações, estando prevista a musealização daquele espaço", acrescentou o arqueólogo do MAEDS.
Além do mosaico da Rua António Joaquim Granjo, e de outro semelhante numa casa particular da rua Arronches Junqueiro, as escavações do MAEDS, perto do Miradouro de São Sebastião, permitiram também descobrir um reservatório de água do século X (d.C.) - que fornecia água a Cetóbriga (Setúbal na época romana)- e um cemitério do período islâmico.
Segundo Carlos Tavares da Silva, trata-se de uma "zona sepulcral em que o morto era colocado com as pernas ligeiramente flectidas e com a cara virada para Meca. O morto, como era característico do ritual islâmico, não tinha caixão nem espólio".
"Até agora recuperámos cinco esqueletos", disse o arqueólogo, adiantando que ainda só foi escavada uma pequena parte do antigo cemitério islâmico.
Durante a vista guiada aos dois mosaicos em casas particulares das ruas António Joaquim Granjo e Arronches Junqueiro, a directora do MAEDS, Joaquina Soares, salientou a importância da preservação dos vestígios "in situ", ou seja, nos locais onde foram encontrados.
Uma ideia corroborada pelo arqueólogo Carlos Tavares da Silva, que também sublinhou a importância da nova atitude dos proprietários de edifícios onde são encontrados vestígios histórico da cidade de Setúbal, que mostraram interesse na preservação daquele património arqueológico.
O percurso efectuado por dezenas de setubalenses interessados em conhecer o património histórico da cidade incluiu uma breve passagem pelas instalações musealizadas da antiga Região de Turismo Costa Azul, onde o chão de vidro permite observar um conjunto de tanques da época romana utilizados para a salga de peixe.
Trata-se de um exemplo dos muitos vestígios arqueológicos da baixa da cidade de Setúbal, que evidenciam a importância económica da antiga Cetóbriga, durante a ocupação romana, com base na produção e exportação de sal para outros países europeus.
Fonte: (19 Mai 2009). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/Interio
A descoberta de um cemitério islâmico, na baixa setubalense, pode antever a existência de um núcleo, do mesmo período, “bem mais importante”. Para o arqueólogo Carlos Tavares da Silva, a descoberta da necrópole islâmica, “que pode corresponder exactamente ao período de finais do século X”, é “extremamente importante”, dado que, “até ao momento, os achados arqueológicos islâmicos na cidade eram bastante reduzidos”.
As explorações levadas a cabo pelo Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS), na rua Francisco Augusto Flamengo, deixaram a descoberto, numa primeira fase, algumas estruturas do século XVII, que “se encontravam revestidas de tijoleira”. No entanto, as escavações seguintes, que “prosseguiram em profundidade”, puseram a descoberto “indícios da existência de um cemitério, de carácter muçulmano”. “O MAEDS pressupõe isso pelo facto de os corpos estarem virados para Meca, sem quaisquer espólios, nem caixões”, adianta o arqueólogo.
A SIMARSUL, responsável pela construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Barreiro/Moita, localizada na área de influência do sítio arqueológico da Ponta da Passadeira, reconhece a importância cultural desse património histórico da Península de Setúbal, manifestando, desta forma e no âmbito da sua assumida conduta de responsabilidade social, o seu contributo para a sua preservação.
Fonte: (23 Abr 2009). Distrito,on line: http://www.distritonline.pt/seccoes.php?n
As escavações arqueológicas iniciadas no passado mês de Janeiro no antigo Recolhimento da Anunciada que abrigava órfãs, viúvas e meretrizes, permitiram descobrir as ossadas de pelo menos 45 mulheres (recolhidas), anunciou a Câmara de Setúbal, escreve a Lusa.
«Estamos a proceder à exumação dos 45 corpos de mulheres, entre os 18 e os 70 anos, que foram enterrados com muita dignidade e respeito, entre 1736 e 1836/37, nas quatro alas do claustro», disse a antropóloga Natalie Antunes Ferreira, durante uma visita às escavações no antigo edifício.
Mulheres desprotegidas socialmente»
«A maior parte das mulheres tem grinaldas de flores e véus, anéis, moedas. E nota-se que a indumentária foi cuidada e dispendiosa, o que não condiz com a condição de mulheres desprotegidas socialmente», acrescentou.
Natalie Ferreira salientou ainda o facto de as ossadas encontradas pertencerem a mulheres órfãs, viúvas, mendigas e meretrizes, que foram tratadas com grande dignidade quando morreram, situação que, disse, «era pouco comum para pessoas desprotegidas».
Segundo a Câmara de Setúbal, o Recolhimento da Anunciada foi criado em 1745 com o objectivo de acolher as mulheres mais desfavorecidas do bairro de Troino, designadamente órfãs e viúvas de pescadores perdidos no mar, numa época em que tinham um estatuto social diminuído, sendo duplamente oprimidas, tanto pela pobreza, como por serem mulheres.
Reconvertidas para casarem com colonos
Tanto quanto se sabe, os Recolhimentos também acolhiam prostitutas e outras mulheres de grupos marginais, de modo a serem reconvertidas e enviadas para os vários territórios do império, para aí casarem com colonos.
De acordo com a documentação distribuída pela autarquia, o Recolhimento da Anunciada tem um «modelo arquitectónico inspirado na arquitectura conventual de raiz beneditino cisterciense, com o típico claustro, refeitório comum, capela, sala do capítulo e cozinha, existindo, também, um dormitório colectivo e pequenas casas independentes onde a recolhidas pernoitavam».
A descoberta arqueológica no antigo Recolhimento da Anunciada, na Avenida Luísa Todi, foi anunciada quinta-feira durante uma visita da presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira.
Fonte: (13 Mar 2009). IOL Diário: http://diario.iol.pt/sociedade/setubal-e
A ideia de candidatura do achados romanos da cidade de Setúbal, em conjunto com os de Tróia, a património mundial pode ser admitida mas, para já, “as escavações continuarão junto do prédio onde este ano foram encontrados mosaicos romanos do século III antes de Cristo”, avança Carlos Tavares da Silva. O arqueólogo anuncia que “foram encontrados mosaicos romanos que evidenciam a presença, em Setúbal, de um prédio que terá sido, em tempos, pertencente a uma família aristocrata ou um edifício público da época romana”, descoberta feita durante as obras num prédio privado junto ao Museu de Arqueologia e Etnografia do distrito de Setúbal (MAEDS).
Esta nova descoberta em Setúbal vem comprovar a teoria de que aqui se “podem ter fixado famílias romanas e desmente a doutrina de que na cidade apenas se situaram indústrias da época ligadas à piscicultura”. A descoberta leva a crer que os achados pertencem a uma família aristocrata, pela qualidade do material e da presença da cor vermelha nos mosaicos. Segundo Joaquina Soares, directora do MAEDS, “a presença da cor vermelha em mosaicos da época do alto império romano verifica-se em situações em que os seus donos tinham possibilidade de os importar do Norte de África”. “A excelente qualidade dos materiais agora encontrados e o admirável trabalho na sua colocação” são também um fundamento da teoria, avança Joaquina Soares, acrescentando que, embora “os trabalhos estejam no início, espera-se encontrar o que outrora foi um edifício de grandes dimensões”.
Os mosaicos romanos agora encontrados situam-se na rua António Joaquim Granjo, próximo da avenida Luisa Todi, em Setúbal, mas a descoberta ainda não se encontra aberta ao público. Joaquina Soares informa que, neste sentido, a autarquia do concelho em conjunto com a Assembleia Distrital de Setúbal “concordaram alugar o espaço para o tornar num espaço museológico, após a conclusão dos trabalhos, decisão que a proprietária do edíficio aceitou”.
Joaquim Gonçalves, presidente da Assembleia Distrital de Setúbal, apresenta esta decisão como uma forma de a “memória da cidade de Setúbal ser preservada”, o que, a seu entender, é uma “mais valia para o turismo, pois não só a construção de empreendimentos capta mais visitantes, pois a cultura também tem um papel predominante”. Joaquim Gonçalves aponta a “falta de turismo cultural como um mal nacional” mas acrescenta que “as mentalidades estão a mudar”, considerando este projecto em concreto como “um sinal dessa mudança”.
Fonte: Júlio Costa (10 Abr 2008). Setúbal na Rede: http://www.setubalnarede.pt/content/inde
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