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Os sepulcros, esculpidos na pedra e com hieróglifos no exterior, estão a cerca de 400 metros a sudoeste da famosa pirâmide em degraus Zoser, e foram descobertos por uma equipa de arqueólogos egípcios.
Um dos túmulos pertence a um homem, identificado como Aia Mat, que ocupou vários cargos de responsabilidade - como, por exenmplo, o de supervisor dos sacerdotes - durante o reinado de Unas.
O outro é de uma cantora chamada Zanja e está decorado com uma pintura da artista, que aparece de pé e com uma flor de lótus.
O comunicado do Conselho não precisa se no interior dos túmulos se encontravam as múmias dos dois.
Fonte: RMM (22 Dez 2008). Lusa/RTP: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?art
Arqueologia. Estrutura com 4300 anos. Foto: Diário de Notícias
"É uma descoberta muito importante. Estamos acostumados a encontrar um túmulo ou uma estátua, mas hoje anunciamos o achado da pirâmide de uma rainha", disse Hawas.
Quatro milénios depois da sua construção, ainda se mantêm de pé cinco metros da estrutura original. A pirâmide mediu no passado 15 metros, com uma inclinação de 51 graus.
Os restos foram localizados no complexo funerário de Saqara, onde também se encontra a famosa pirâmide em escada de Zoser e que fez parte da necrópole de Mênfis.
Na apresentação, o arqueólogo realçou que se trata "de uma das pirâmides mais importantes da quinta dinastia" do Império Antigo.
Sesheshet, rainha do Egipto, foi a mãe do rei Titi (2323-2291 a.C.), o primeiro faraó da sexta dinastia, cuja pirâmide se encontra a poucos metros da que hoje foi apresentada.
"Ainda não entrámos na câmara da pirâmide", assinalou Hawas, prognosticando que, no seu interior, se encontrarão "inscrições que falam de Sesheshet".
A pirâmide, como muitas outras, foi saqueada. Ainda hoje é visível um largo buraco por onde se supõe que os ladrões tenham entrado.
Os peritos localizaram durante as escavações uma capela construída no Império Novo, na qual se conservam restos de escrita faraónica, e uma parte do revestimento da pirâmide.
Hawas chegou à conclusão de que este monumento foi construído para Sesheshet depois de ter estudado o contexto histórico e de serem feitas outras descobertas na zona, onde dirige investigações desde 1988.
O arqueólogo mencionou um "papiro médico" em que a rainha pedia conselho sobre problemas que tinha com o seu cabelo.
Segundo Hawas, as pirâmides das duas mulheres de Titi, Khuit e Iput I, já foram localizadas, não havendo conhecimento de mais rainhas ligadas a este faraó.
Por esta razão, e apesar da ausência de provas definitivas, Hawas está convencido "a cem por cento" de que os restos pertencem à pirâmide da rainha Sesheshet.
Com mais este achado, o catálogo arqueológico do Egipto inclui 118 pirâmides das quais se conserva pelo menos parte da superstrutura. Hawas acredita que ainda há mais por desenterrar.
"Eu digo sempre que se desconhecem os secretos que escondem as areias do Egipto", sentenciou.
Fonte: (11 Nov 2008). LUSA / RTP: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?art
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