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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Terça-feira, 28.09.10

Alcácer do Sal: Escavações arqueológicas revelam passado desconhecido

Numa área de apenas 220 metros quadrados foi descoberto um manancial de vestígios que abarca 26 séculos e dá a conhecer o que era a vida nesta cidade desde a Idade do Ferro, passando pelos períodos romano e muçulmano, até ao século XIX.


As escavações arqueológicas na Igreja do Espírito Santo, em Alcácer do Sal, estão já na fase final e revelaram contornos do quotidiano portuário e fora de muralhas, pouco conhecido até agora.


Enquanto a zona dentro de muralhas é sobejamente conhecida, tendo sido alvo de profundo estudo que resultou até na abertura ao público, em 2008, da Cripta Arqueológica do Castelo de Alcácer do Sal - que resulta de uma escavação num a área de mais de mil metros quadrados - a zona junto ao Sado, ocupada e com forte movimento de pessoas e mercadorias desde tempos imemoriais, tem visto o seu estudo limitado ao acompanhamento arqueológico de obras públicas e particulares com incursão no subsolo.


As escavações na Igreja do Espírito Santo – tal como na área do largo do Rato, a menos de 50 metros e realizadas em 2007 - vieram alterar esta realidade, dando uma nova visão da ocupação espacial junto ao rio, assim como da importância dos contactos comerciais efectuados com povos como os Fenícios, Gregos e Cartagineses, que transformaram Alcácer desde o séc. VII/VI a.C., num dos núcleos urbanos mais importantes de Portugal.


Tudo começou com as obras de modernização do Museu Municipal Pedro Nunes, que funciona naquela igreja do século XIV desde 1914. O município não quis desperdiçar a oportunidade de conhecer um pouco mais do passado da cidade e, em vez de simplesmente avançar com a intervenção de restauro, resolveu levantar o lajeado e proceder a prospecção arqueológica, o que permitiu analisar a forma como a zona da nave foi sendo reutilizado enquanto espaço para enterramentos e entender o tipo de ocupação anterior à construção deste imóvel.


Os primeiros níveis detectaram cerca de 60 enterramentos, do século XV/XVI ao século XIX e materiais associados ao culto dos mortos. A análise antropológica das ossadas permite também conhecer doenças, alimentação e outros hábitos. Ao baixar o nível do terreno, os arqueólogos identificaram três graus de ocupação humana, presumivelmente entre o séc. III/IV a.C. e o séc. X/XI d.C., compostos por estruturas correspondentes a pequenas habitações e um nível de lixeira de um possível forno de produção de cerâmicas, havendo uma preponderância de vestígios romanos.


Entre os achados, destaque para fragmentos de cerâmica (nomeadamente importada) e algumas peças inteiras; restos de comida, que revelam não só o tipo de culturas agrícolas, como a alimentação praticada na época; e um dolium (enorme contentor para colocar cereais) datado da época romana.


Há dois anos que a Igreja do Espírito Santo acolhe as escavações, sempre de porta aberta para receber turistas ou simples curiosos interessados por arqueologia.


Fonte: (20 Set 2010). O Setubalense: http://www.osetubalense.pt/noticia.asp?idEdicao=539&id=18293&idSeccao=4035&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 19:16

Terça-feira, 04.08.09

Enterramento romano descoberto em Álcacer do Sal

Um enterramento do período romano tardio, inédito no concelho de Alcácer do Sal, foi descoberto durante os trabalhos preparatórios para a construção da nova escola secundária da cidade.


Segundo a Câmara Municipal de Alcácer do Sal, estes vestígios, que serão agora datados e estudados, não vão atrasar as obras de construção do novo equipamento escolar, previstas decorrer "em simultâneo com as escavações arqueológicas".


A construção do novo estabelecimento de ensino é da responsabilidade da empresa Parque Escolar e os vestígios romanos foram encontrados durante as sondagens arqueológicas obrigatórias que antecedem o arranque dos trabalhos no terreno.


Uma das arqueólogas responsáveis pelas escavações e posterior acompanhamento das obras, Vanessa Mata, explicou hoje à agência Lusa que foi encontrado um "esqueleto inteiro de uma mulher jovem do período romano".


"Encontra-se num razoável estado de conservação e já foi escavado e levantado por uma antropóloga", acrescentou, referindo que "nada mais foi encontrado" em posteriores sondagens arqueológicas nas imediações, para detectar outros enterramentos do mesmo período.


"É estranho este esqueleto estar aqui enterrado sozinho, mas não descobrimos mais nada. Há várias hipóteses, uma delas a existência de uma necrópole, mas caso esta exista pode estar mais afastada", afirmou Vanessa Mata.


Os arqueólogos pensam que o esqueleto agora descoberto indicia que a mulher teria "alguma importância" social ou pertencia a uma "família abastada", já que foi encontrado diverso espólio associado ao enterramento do corpo.


"Tinha muito espólio associado, nomeadamente potes em cerâmica para oferendas, um anel, uma lucerna e uma moeda", para pagar ao barqueiro a passagem para a outra vida, disse.


"Não só é o primeiro enterramento desta época em Alcácer do Sal (os que encontraram até agora eram por cremação), como ganha valor pelo espólio associado", frisou a arqueóloga, citada pelo município.


Também no concelho de Alcácer do Sal, mas na localidade de Torrão, começaram esta semana outras sondagens arqueológicas prévias à construção de um novo estabelecimento de ensino, o Centro Escolar local.


A arqueóloga Catarina Cabrita, da autarquia, explicou à Lusa que as sondagens vão prolongar-se durante todo o mês, junto a achados romanos já identificados na localidade - "uma cisterna ou tanque romano", precisou -, para detectar se existem mais vestígios na zona.


Fonte: (4 Ago 2009). Diário Digital: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=402590

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por noticiasdearqueologia às 23:40

Sexta-feira, 18.04.08

Cripta de Alcácer abre ao público


Os visitantes podem encontrar vestígios de outras eras e outros povos. As ruínas partilham o espaço com as vitrinas onde estão expostos os artefactos encontrados. Foi em 1993 que as ruínas foram descobertas, quando se começou a converter o antigo convento numa pousada.



Este ano a 18 de Abril celebra-se o património religioso e espaços sagrados. Nesse sentido, serão hoje abertos vários locais religiosos, habitualmente encerrados, num conjunto de mais de 400 iniciativas, entre visitas guiadas, seminários e palestras a acontecer em 150 localidades diferentes, no continente e Açores.


No Mosteiro da Batalha pode participar num peddy-paper, em Alcobaça ateliers pedagógicos de artes plásticos acolhem alunos do 1º ciclo, no Parque Arqueológico do Vale do Côa decorre a actividade “ pequenos arqueólogos” e em Tomar entre as 20h e as 22h pode participar na actividade que o leva a conhecer o Convento de Cristo à noite.


Fonte: (18 Abril 2008). Sapo Notíciashttp://noticias.sapo.pt/info/artigo/816263.html

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por noticiasdearqueologia às 12:22


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