A associação Frauga e a Universidade do Porto (UP) vão promover escavações arqueológicas na localidade de Picote, junto ao Douro Internacional, a partir de Maio do próximo ano. “Este local arqueológico terá sido um importante local durante a ocupação romana, já que ali convergem diversos castros e outras fortificações”, disse o presidente da Frauga - Associação Para o Desenvolvimento Integrado de Picote, José Lourenço. A importância arqueológica da Fraga do Puio tem sido atestada ao longo dos anos através de diversas escavações arqueológicas que têm trazido à superfície alguns achados que despertam a curiosidade dos investigadores. “Pretende-se agora implementar um projecto arqueológico de longo prazo, no sentido de ser desenvolvido um projecto arqueológico que desperte a atenção dos investigadores e de alunos da UP ligados à área da arqueologia”, acrescentou o dirigente associativo. Os responsáveis pela Frauga estão convencidos de que a criação de um campo arqueológico nas imediações da aldeia poderá potenciar o seu desenvolvimento económico. “O protocolo assinado com UP não abrange só o campo da arqueologia, mas será também extensível à língua e cultura mirandesas”, frisou Jorge Lourenço. Todo o espólio resultante das ficará à guarda do ecomuseu “Terra Mater”, uma unidade museológica única na região do Planalto Mirandês, que nos últimos dois anos já acolheu cerca oito mil visitantes.
Fonte: (18 Set 2012). Nordeste: http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=438&id=17733&idSeccao=3920&Action=noticia
O castro de Salreu, um dos mais conhecidos sítios arqueológicos de Estarreja, vai ser alvo de escavações arqueológicas, que começam hoje e vão durar duas semanas.

Resultados dos trabalhos vão ser apresentados em Setembro. (Paulo Ricca/Arquivo)
Os trabalhos vão envolver uma equipa de 12 pessoas, entre arqueólogos e estudantes, e surgem no âmbito de um projecto de investigação desenvolvido pelo Centro de Arqueologia de Arouca, que irá decorrer nos próximos quatro anos na bacia do rio Antuã.
O primeiro sítio a ser intervencionado é o castro de Salreu, um tipo de povoado da Idade do Ferro, que já estava referenciado desde há alguns anos, contou à Lusa o coordenador do projeto, António Silva.
“Havia uma série de indícios que confirmavam o sítio como um local de interesse arqueológico, nomeadamente alguns achados de superfície, a própria topografia e o topónimo castro”, acrescentou o arqueólogo.
Com estas pesquisas, pretende-se efectuar uma primeira avaliação do local no que respeita ao estado de conservação dos vestígios, estrutura do povoado e cronologia da sua ocupação.
“Vamos ver que estruturas é que estão conservadas, que tipos de materiais aparecem e ver o potencial do sítio, quer em termos de investigação quer em termos de musealização”, adiantou António Silva.
Os trabalhos financiados pela Câmara de Estarreja envolvem um investimento de dez mil euros e contam com a colaboração da Junta de Freguesia de Salreu e da Fundação Solheiro Madureira.
O projeto abrange ainda outros sítios arqueológicos da região, designadamente o castro de Ul, em Oliveira de Azeméis, e o povoado de S. Julião da Branca, em Albergaria-a-Velha.
Os resultados serão apresentados nas II Jornadas do Património de Estarreja a realizar a 23 de setembro.
O Centro de Arqueologia de Arouca é uma associação de investigação e defesa do património que desde há mais de 25 anos realiza trabalhos arqueológicos por todo o Entre Douro e Vouga.
Fonte: (25 Jul 2011). Lusa/Público: http://www.publico.pt/Local/castro-de-salreu-em-escavacoes-arqueologicas-durante-duas-semanas_1504655
A Citânia de Sanfins, em Paços de Ferreira, vai voltar a acolher uma campanha de escavações arqueológicas, o que já não acontecia há 17 anos.
Os trabalhos vão arrancar dia 30 de Agosto e serão coordenados por Armando Coelho, da Universidade do Porto.
As escavações contarão com o apoio de cerca de duas dezenas de alunos do Curso de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, incidindo na zona junto ao cemitério medieval, onde estão sinalizadas 34 sepulturas.
Quando esta campanha de escavações terminar, o que deverá ocorrer a 10 de Setembro, vai realizar-se no Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins uma sessão de encerramento, para apresentação dos resultados.
A Citânia de Sanfins é uma das estações arqueológicas mais significativas da cultura castreja do Noroeste peninsular e da proto-história europeia.
Está classificada como Monumento Nacional desde 20 de Agosto de 1946.
As primeiras escavações foram ali realizadas em 1895 por Francisco Martins Sarmento e José Leite de Vasconcelos.
A última intervenção arqueológica realizou-se em 1993.
Fonte: (9 Set 2010). JOrnal TVS: http://www.jornaltvs.net/noticia.asp?idEdicao=200&id=29084&idSeccao=3106&Action=noticia
A memória de um antigo castro romano que existia em Perre, Viana do Castelo, e que foi parcialmente destruído aquando das obras de construção de uma auto-estrada vai ficar perpetuada num núcleo museológico a instalar naquela freguesia
Hoje será assinado um protocolo entre a Câmara de Viana do Castelo e a EuroScut Norte para instalação daquele núcleo museológico na antiga escola primária de Perre.
O castro, com mais de 2.500 anos, foi parcialmente destruído aquando das obras de construção do troço Viana do Castelo - Caminha da A-28.
No núcleo museológico ficará o espólio arqueológico achado durante as escavações que precederam o avanço das obras daquela via, sobretudo peças de cerâmica.
As escavações puseram ainda a nu avenidas e arruamentos em pedrado, o que, segundo os arqueólogos, provam que aquele castro seria «bastante povoado».
A Junta e Assembleia de Freguesia de Perre tentaram impedir a destruição do castro, nomeadamente através dos tribunais, mas sem sucesso.
Estima-se que metade do castro tenha sido destruída pelas máquinas.
Fonte: (7 Jan 2009). Archport.
A Câmara de Santo Tirso abre hoje um centro interpretativo de apoio à estação arqueológica de Monte Padrão, uma iniciativa que visa contribuir também para valorizar a candidatura da rede luso-galaica de castros a Património Mundial.
Entidades do Norte de Portugal e da Galiza estão neste momento a "reunir condições" para formalizar à UNESCO uma candidatura comum dos castros da euro-região ibérica a Património da Humanidade, afirmou à Lusa o presidente da autarquia, Castro Fernandes.
"Neste contexto, o lançamento do centro interpretativo em Monte Padrão será certamente um excelente `upgrade` para a candidatura", acrescentou.
Castro Fernandes disse que o castro de Monte Padrão tem sido procurado sobretudo por especialistas e grupos escolares e manifestou a esperança de que, com a construção do centro interpretativo, passe a atrair também o público em geral, "com reflexos positivos também ao nível do fomento turístico".
O centro interpretativo custou 500 mil euros, dos quais 300 mil foram suportados pelos cofres da autarquia e o restante por fundos do Plano Operacional Regional - Área da Cultura.
A estrutura integra uma sala de serviços educativos, com equipamento multimédia, um espaço de exposição permanente, área de recolha de materiais, salas de restauro e de apoio administrativo.
O castro de Monte Padrão foi classificado monumento nacional em Junho de 1910 e as primeiras escavações no local ocorreram 40 anos depois.
"É, no entanto, a partir de 1980 que se intensificam acções com o propósito de promover a protecção, estudo e valorização da estação arqueológica", esclareceu fonte autárquica, em comunicado.
A mais antiga ocupação no Monte Padrão reporta-se ao Bronze Final, período cronológico a que, genericamente, corresponde o período de formação da cultura castreja.
Os indicadores que revelam a ocupação do povoado neste período consistem num conjunto de cerâmicas datáveis dos séculos IX/VII antes de Cristo e em alguns instrumentos líticos como mós de cela, machados de pedra polida e lâminas de sílex.
Na época romana a estrutura do povoado viria a sofrer profundas alterações motivadas por uma intensa ocupação entre os séculos I e IV.
Este momento de ocupação conserva um conjunto arquitectónico formado por uma área residencial com várias domus, com pátio central lajeado, e outros edifícios de características diversas.
A secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos, preside à inauguração do centro interpretativo, numa cerimónia marcada para o final da tarde de hoje.
Fonte: JGJ (20 Abr 2008). LUSA: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=341038&visual=26&tema=5