Quarta-feira, 19.09.12
A associação Frauga e a Universidade do Porto (UP) vão promover escavações arqueológicas na localidade de Picote, junto ao Douro Internacional, a partir de Maio do próximo ano. “Este local arqueológico terá sido um importante local durante a ocupação romana, já que ali convergem diversos castros e outras fortificações”, disse o presidente da Frauga - Associação Para o Desenvolvimento Integrado de Picote, José Lourenço. A importância arqueológica da Fraga do Puio tem sido atestada ao longo dos anos através de diversas escavações arqueológicas que têm trazido à superfície alguns achados que despertam a curiosidade dos investigadores. “Pretende-se agora implementar um projecto arqueológico de longo prazo, no sentido de ser desenvolvido um projecto arqueológico que desperte a atenção dos investigadores e de alunos da UP ligados à área da arqueologia”, acrescentou o dirigente associativo. Os responsáveis pela Frauga estão convencidos de que a criação de um campo arqueológico nas imediações da aldeia poderá potenciar o seu desenvolvimento económico. “O protocolo assinado com UP não abrange só o campo da arqueologia, mas será também extensível à língua e cultura mirandesas”, frisou Jorge Lourenço. Todo o espólio resultante das ficará à guarda do ecomuseu “Terra Mater”, uma unidade museológica única na região do Planalto Mirandês, que nos últimos dois anos já acolheu cerca oito mil visitantes.
Fonte: (18 Set 2012). Nordeste: http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=438&id=17733&idSeccao=3920&Action=noticia
Autoria e outros dados (tags, etc)
por noticiasdearqueologia às 22:44
Terça-feira, 19.06.12
O projecto de investigação arqueológica dedicado ao Outeiro do Circo, na pequena freguesia de Mombeja, foi cancelado por falta de apoio por parte da Câmara de Beja, anunciaram os seus responsáveis.
Em comunicado divulgado no blogue do projecto (outeirodocirco.blogspot.pt), Miguel Serra e Eduardo Porfírio lembram que entre 2008 e 2012 realizaram-se quatro campanhas de escavação neste importante sítio arqueológico do Baixo Alentejo, "que contaram com o apoio de diversas instituições", mas que "dependeram sempre do apoio financeiro" da autarquia.
Por isso mesmo, continuam estes responsáveis, em Janeiro de 2012 foi apresentado à Câmara de Beja "um novo pedido de apoio centrado no desenvolvimento de nova fase de investigação do sítio e da região onde se insere, dando cumprimento a um dos objectivos estabelecidos em 2008, que visava a criação de um programa geral de investigação após uma fase de avaliação das potencialidades do sítio arqueológico".
Na prática, a nova fase proposta "permitia um aumento da área de intervenção com naturais consequências em termos de novos conhecimentos científicos, criação de espaços visitáveis, incremento das acções de divulgação e educação patrimonial, entre outras".
Contudo, e "após um longo período sem resposta em relação a este pedido", os responsáveis pelo projecto foram informados na passada sexta-feira, 15, "que a Câmara Municipal de Beja não estaria em condições de confirmar os apoios para o presente ano", o que inviabiliza a continuidade dos trabalhos no local.
Ainda assim, Miguel Serra e Eduardo Porfírio esperam que este não seja o adeus definitivo ao projecto do Outeiro do Circo.
"Sempre nos transmitiram o interesse por parte do executivo neste projecto, que esperamos que se mantenha para uma nova oportunidade a surgir o mais brevemente possível", vincam ambos, garantindo que entre os meses de Julho e Outubro se irão manter algumas das actividades já agendadas para o local, nomeadamente visitas organizadas, acções de formação e oficinas de arqueologia experimental.
Fonte: (19 Jun 2012). Correio Alentejo: http://correioalentejo.com/?diaria=7386
Autoria e outros dados (tags, etc)
por noticiasdearqueologia às 23:25
Terça-feira, 29.11.11
Escavações arqueológicas realizadas no interior do castelo de Alfaiates, no concelho do Sabugal, revelaram que o monumento foi construído no local onde existiu um castro lusitano, disse hoje à Lusa o arqueólogo responsável pelos trabalhos.
Segundo Marcos Osório, coordenador do Gabinete de Arqueologia do Município do Sabugal, as intervenções realizadas no âmbito do projeto de implementação de iluminação na fortificação, deram resposta "à questão relativa às origens mais recuadas de Alfaiates, confirmando a existência de um povoado que recua à Idade do Ferro".
O arqueólogo assegurou que foi possível determinar que o castelo "está localizado na zona onde existia o povoado castrejo da Idade do Ferro", tendo sido encontrados "restos da muralha do castro lusitano" daquela época.
"Só não estávamos à espera que [o castro lusitano] se encontrasse exatamente sob o castelo", admitiu, acrescentando que foram detetados níveis de ocupação associados a lareiras e fossas de detritos, ricos em espólio cerâmico e metálico.
Do espólio recuperado nas escavações, realizadas entre abril e outubro, Marcos Osório destacou a cerâmica pintada a duas cores, duas mós manuais circulares, uma agulha em osso para trabalhar o couro, uma conta de colar em pasta vítrea, três fíbulas de bronze dos últimos séculos a.C. (antes de Cristo) e outros artefactos metálicos.
Entre os materiais de cronologia mais recente, apontou um fragmento de cachimbo de cerâmica do século XVII, "uma das primeiras peças deste tipo descobertas na região".
O arqueólogo referiu que os resultados das sondagens arqueológicas confirmaram também "que o castelo é uma construção quinhentista de raiz e não recua à época medieval".
Adiantou que o Gabinete de Arqueologia do Município do Sabugal também efetuou escavações no exterior do castelo de Vilar Maior, entre fevereiro e outubro, sob a orientação do arqueólogo Paulo Pernadas, que revelaram "os alicerces da primitiva barbacã (muro de defesa do fosso das muralhas) manuelina, que rodearia por completo” o atual castelo.
"Esta construção era conhecida de uma gravura datada de 1509, mandada fazer pelo rei D. Manuel, e foi agora finalmente encontrada e confirmada", revelou.
Foram também encontrados "vários vestígios materiais dos primeiros habitantes do local, datados da Idade do Bronze", bem como “quatro sepulturas escavadas parcialmente na rocha, no próprio largo defronte do castelo, que devem recuar a períodos anteriores ou contemporâneos da construção da fortificação", acrescentou.
Segundo Marcos Osório, de entre os materiais encontrados serão posteriormente selecionados os melhores para enriquecerem o espólio de alguns dos períodos históricos presentes no Museu do Sabugal.
Fonte: (10 Nov 2011). Agência Lusa. http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/1199945
Autoria e outros dados (tags, etc)
por noticiasdearqueologia às 13:06
Quinta-feira, 11.02.10
O povoado de Porto Torrão, que está a ser escavado perto de Ferreira do Alentejo, é o maior do período calcolítico achado em Portugal e vai "revolucionar" e "reescrever" a pré-história do Baixo Alentejo, asseguram arqueólogos.
O sítio arqueológico, com cinco mil anos e uma área de cerca de 100 hectares "superior" à vila de Ferreira do Alentejo (Beja), "é o maior do calcolítico" em Portugal, disse à Agência Lusa a arqueóloga Ana Rodrigues.
As escavações no povoado, conhecido desde os anos 80 do século XX, começaram em 2008 através de uma intervenção de emergência para salvaguarda dos vestígios através de registo e graças a achados durante obras do Alqueva.
Autoria e outros dados (tags, etc)
por noticiasdearqueologia às 22:01
Quinta-feira, 24.01.08
A Câmara Municipal da Moita está a realizar escavações arqueológicas no Alto do Gaio, freguesia do Gaio-Rosário.
Esta intervenção vem confirmar a extensão do povoado neolítico antigo, datado de 6 000 A.C. na zona do Gaio-Rosário, sendo o povoado mais antigo do concelho da Moita. Fragmentos de cerâmica decorada e de diferentes tipos de ferramentas, bem como estruturas de combustão foram alguns dos objectos já recolhidos nesta intervenção.
As escavações inserem-se na campanha de prospecção arqueológica que a Câmara Municipal da Moita está a efectuar em todo o concelho, prevendo-se que, em Abril, estejam classificados 30 sítios arqueológicos.
Fonte: (24 Jan 2008). Rostos.pt: http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=141725&mostra=2
Autoria e outros dados (tags, etc)
por noticiasdearqueologia às 22:56
Terça-feira, 09.10.07

Foto: Poblado fenicio de Dña. Blanca, Cádiz
Los arqueólogos creen haber encontrado vestigios de la ciudad más antigua de la Península. Arqueólogos de tres yacimientos gaditanos rastrean entre las piedras la que creen que es la ciudad más antigua de Península, la Gadir fenicia. Pero, dónde, exactamente? La respuesta definitiva todavía sigue oculta bajo el subsuelo. Una gran mayoría de investigadores sostiene que ese asentamiento está bajo el casco antiguo de la capital gaditana.
Los sondeos mostraron en 2002 muros de lo que podría ser una ciudad del siglo VIII antes de Cristo.
Algún experto lo ha situado en El Puerto de Santa María y recientes hallazgos apuntan hacia Chiclana. Los trabajos arqueológicos afrontan estos días una etapa decisiva. Cada golpe de pico en la piedra es un reto desafiante a la Historia.
Hace 12 años que José María Gener y otros colegas arqueólogos presentaron un proyecto para excavar en el solar que dejaba el Teatro Cómico de Cádiz. "Era un lugar estratégico porque se encuentra en la zona más alta de la ciudad, sobre un promontorio y cerca de la costa". Hasta entonces habían aparecido piezas de diversa importancia, las más valiosas de corte funerario, pero ninguna podía demostrar la existencia de un asentamiento urbano consolidado. En 2002 se dio el primer paso, un paso de siete metros de profundidad en ese solar. Los sondeos descubrieron muros, tapias de lo que podría ser una ciudad levantada en el siglo VIII antes de Cristo. "Fue una puerta a la esperanza que se abría", recuerda Gener.
Sólo fue el principio de una investigación que estos días continúa, con hallazgos de gran relevancia. Acaba de salir a la luz otro muro datado en el mismo siglo. "Necesitamos hacer una excavación más extensa para saber hacia dónde van a esos muros. No sabemos si son viviendas de un asentamiento o almacenes de una industria", explica el actual director de los trabajos, Juan Miguel Pajuelo. La aparición de objetos cotidianos, como vasijas, platos y cuencos, les animan a pensar que son casas pero, de momento, no pueden certificarlo.
En El Puerto de Santa María sí que ha aparecido claramente una ciudad. Desde los años setenta, las investigaciones encabezadas por Diego Ruiz Mata permitieron saber mucho más sobre la civilización fenicia, entonces apenas conocida. En el poblado de Doña Blanca aparecieron restos de casas, murallas de fortificaciones, un puerto y ánforas, que demostraban las relaciones comerciales establecidas. Piezas también del siglo VIII antes de Cristo. Durante mucho tiempo, Ruiz Mata defendió este yacimiento como prueba fundamental para situar Gadir. Ahora aboga por restar importancia al topónimo. "Los griegos hablaron de las islas de Gadir. Es mejor hablar de un concepto plural, donde Cádiz podía tener su importancia y el Puerto también".
A este debate se ha unido Chiclana, un municipio que festejó en 2003 los 700 años de su fundación. El hallazgo de un yacimiento fenicio en el Cerro del Castillo con estructuras murales ha puesto en evidencia aquella celebración porque el origen de la ciudad podría remontarse a casi 3.000 años. El modelo fenicio también se cumple. Cerca de la costa, sobre un promontorio y, además, a la vera del río Iro. Uno de los arqueólogos responsables, Juan Cerpa, se aferra a los libros históricos para mantener la teoría de que Chiclana puede acoger el asentamiento más antiguo. La civilización recaló en Sancti Petri, un islote próximo a Chiclana, donde se cree que los fenicios pudieron levantar el templo de Melkart. "Si algo de verdad tienen los textos, nos encontramos con el primer poblamiento fenicio en cuanto a la fundación de Gadir. Es absurdo que, si tienes un santuario y has fundado un templo, te lleves la ciudad a 40 o 50 kilómetros", que es la distancia a la que se encuentran Cádiz y El Puerto de Santa María.
Los arqueólogos José María Gener y Juan Miguel Pajuelo no creen en esta teoría. "En Chiclana todavía hay mucho trabajo que hacer. Todavía tienen que diferenciar si es una ciudad fenicia o un poblado indígena previo", sostiene Gener. El actual responsable del yacimiento de Doña Blanca, Francisco Alarcón, cree que los hallazgos de Chiclana son sólo "complementarios" a la labor desarrollada en Cádiz y El Puerto. Su antecesor en este cargo, Diego Ruiz Mata, califica de "temeridad" identificar los restos chiclaneros con Gadir. "Es una contienda innecesaria. Es mejor hablar de estado fenicio que tuvo en la bahía de Cádiz una importancia mayúscula. Es historia universal, porque estamos hablando del que puede ser el asentamiento más antiguo de Occidente", dice.
Un broche con muchas pistas
En el solar del antiguo Teatro Cómico de Cádiz un pequeño objeto se ha convertido en gran protagonista. Entre vasijas, cuencos y platos ha llamado la atención una fíbula. Es un broche de bronce que solía usarse de ornamento para los vestidos en época fenicia. Su estupenda conservación ha movido a los arqueólogos responsables de estos trabajos a solicitar información a una de las mayores expertas en orfebrería antigua del país, Alicia Perea, que trabaja como investigadora en el Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC).
De momento, Perea ha visto la fíbula sólo por una fotografía. Esta imagen le ha permitido realizar una primera aproximación a la pieza. "Por la tipología podemos situarla en el siglo VII antes de Cristo, en un contexto de ambiente fenicio", detalla. El broche puede dar muchas más pistas. "Tiene un significado social. Es un elemento del vestido que no usa todo el mundo porque es un objeto de lujo y caro. No todos tienen acceso a él y menos a este tipo concreto por su decoración y por su calidad", sostiene la experta. Esa alta calidad se demuestra, según mantiene, en el perfecto estado de conservación en el que ha aparecido.
Los arqueólogos del Cómico creen que la investigación de este objeto puede ofrecer datos interesantes, aunque no determinantes, para demostrar que en ese solar se levantó una ciudad fenicia. "Siempre se le pudo caer a alguien", sostiene José María Gener. Para Alicia Perea, por encima de todo, el broche de bronce es un paso firme para el yacimiento. "Encontrar una pieza que te feche este periodo concreto es complicado". Los responsables deberán ahora decidir si la fíbula se queda en Cádiz, donde se le podría hacer un análisis químico elemental, o se envía a Madrid o Sevilla, ciudades que cuentan con aceleradores de partículas para examinar los elementos traza que permitirán concretar su origen más a fondo.
In: Pedro Espinosa (8 Out 2007).
El País.com: http://www.elpais.com/articulo/cultura/primer/Cadiz/elpepucul/20071007elpepicul_1/Tes
Terrae Antiqvae: http://terraeantiqvae.blogia.com/2007/100802-el-primer-cadiz.php
Autoria e outros dados (tags, etc)
por noticiasdearqueologia às 01:14
Sábado, 08.09.07
Povoado com 3.000 anos descoberto em Vila Franca de Xira pode ser muito importante para estudar a presença fenícia no Vale do Tejo.
A descoberta de peças cerâmicas de origem fenícia num povoado pré-histórico que está a ser alvo de escavações arqueológicas nos arredores de Vila Franca de Xira poderá ser determinante para conhecer melhor os primeiros contactos que os mercadores fenícios estabeleceram, há cerca de 2800 anos, com as populações indígenas do Vale do Tejo.
Os materiais ali encontrados nos últimos meses serão agora estudados e datados com recurso à técnica de carbono 14, admitindo-se que os primeiros contactos estabelecidos com a aldeia dos finais da Idade do Bronze descoberta no Vale de Santa Sofia tenham ocorrido antes da fixação de entrepostos comerciais fenícios (feitorias) em aglomerados mais populosos que então existiam nas zonas das actuais cidades de Lisboa (Olisipo), Almada (Almaraz) e Santarém.
Os resultados das escavações arqueológicas efectuadas em Vila Franca desde o Verão de 2006, no âmbito da preparação da obra de construção do parque urbano de Santa Sofia, poderão ter grande importância para o conhecimento das relações iniciais dos fenícios com as populações ibéricas.
"A ocupação fenícia na zona do Tejo tem sido estudada na óptica dos grandes entrepostos comerciais. Na óptica do colonizador e não do colonizado. Daí serem estas descobertas muito importantes e interessantes para a comunidade científica, porque neste sítio os fenícios inter-
agiram com o mundo indígena", sublinha João Pimenta, um dos dois arqueólogos que têm trabalhado com o museu municipal local neste projecto.
O especialista salienta que foi descoberta uma ânfora fenícia e outros materiais que atestam a presença dos mercadores originários do extremo oriental do Mediterrâneo (actual Líbano) nesta zona do Tejo.
Os fenícios trouxeram para as comunidades locais um conjunto de técnicas e de produtos até então desconhecidos, designadamente a escrita, a produção de vinho e de azeite, as técnicas de redução do ferro, j. Este metal existia enquanto minério, mas as populações da Europa ocidental não sabiam trabalhá-lo, a roda de oleiro e novas soluções arquitectónicas.
Na Península Ibérica procuravam sobretudo minérios, mas trocavam também produtos alimentares com as populações indígenas. A zona de Vila Franca já seria, na altura, rica em gado e alguns animais selvagens.
O povoado pré-histórico descoberto em 2006 numa encosta do Vale de Santa Sofia, junto à parte baixa do chamado bairro do Bom Retiro, terá cerca de 3000 anos. Os arqueólogos João Pimenta e Henrique Mendes julgam que os habitantes aproveitaram o vale abrigado, abundante em águas e os terrenos férteis para fixarem esta aldeia, situada junto à ribeira de Santa Sofia,
que desagua no Tejo a cerca de 400 metros - há 3000 anos poderia estar mais próxima do grande rio ibérico.
Na segunda fase de escavações, iniciada em Junho, foram postas a descoberto as bases em pedra calcária de duas cabanas ovais, assim como estruturas de combustão e áreas de lixeira.
Nestas, João Pimenta salienta que foram descobertas grandes quantidades de conchas de amêijoa, berbigão e ostras, que demonstram que os habitantes também faziam a apanha de marisco.
Embora as escavações e os estudos ainda não estejam concluídos, Henrique Mendes e João Pimenta julgam que os materiais detectados se podem situar nos séculos VIII ou VII antes de Cristo.
"O Bronze Final é muito pouco conhecido no Vale do Tejo, tem pouca informação e é pouco investigado. É a primeira vez que surgem cabanas com esta dimensão no Vale do Tejo. Tínhamos alguma coisa na zona de Alpiarça, mas não com esta dimensão", frisou.
Os arqueólogos escavaram uma área com cerca de 100 metros quadrados, mas o povoado estendia-se certamente para o topo da encosta. O arqueólogo Henrique Mendes realça, também, a técnica utilizada na construção das cabanas, que, para além da base em pedra onde assentariam os troncos de suporte da estrutura, eram constituídas por coberturas de canas entrelaçadas e palha, mas tinham um reforço em barro prensado.
Os pedaços da ânfora fenícia descoberta permitem concluir que teria cerca de um metro de altura. "Ter uma ânfora cheia de vinho tinha um valor extraordinário.Seriam oferecidas pelos mercadores em troca de alguma coisa, talvez de minérios ou de sal", sustentou João Pimenta, referindo que no povoado de Santa Sofia também foram descobertas pequenas peças decorativas em bronze, outro tipo de cerâmicas que incluem grandes vasilhas para armazenar cereais e mós para os moer.
N: Jorge Talixa (06 Set 2007). O Público.
Autoria e outros dados (tags, etc)
por noticiasdearqueologia às 23:59