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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Há vários anos que cinco pirogas milenares, consideradas como um dos mais importantes achados arqueológicos em Viana do Castelo, aguardam, em água, por um delicado tratamento que permita a recuperação e consequente exposição pública. Um processo cada vez mais moroso e que a própria autarquia admite que não se concretize a curto prazo. “O tratamento será feito num País nórdico, o problema é que surgiram outros achados de outras partes que precisam de tratamento e as pirogas vão ter que aguardar uns anos na fila”, afirmou Defensor Moura, presidente da autarquia. Tratam-se de pirogas monóxilas – construídas a partir de um único tronco de madeira -, que variam entre 3,85 e 6,61 metros de comprimentos, encontradas em vários pontos do leito do rio Lima nos últimos vinte anos. A mais antiga destas, segundo a datação feita por técnicos e a conhecer em breve com a publicação do estudo, terá mais de 2000 anos e as restantes cerca de metade desse tempo. As duas mais recentes “apareceram” entre 2002 e 2003. A maioria das pirogas foram achadas na envolvente das freguesias de Lanheses e Moreira de Geraz do Lima, exactamente no ainda hoje conhecido como Lugar da Passagem, inserido no roteiro medieval dos caminhos de Santiago (de Compostela, Galiza). Há vários anos que a conservação destas pirogas está a cargo do Instituto Português de Arqueologia Subaquática envolvendo ainda o Ministério da Cultura. “Estão protegidas, em água com um produtos próprios, para assegurar que não se deterioram. Mas o processo para conservação definitiva não tem sido fácil”, admite a autarquia, uma das entidades impulsionadoras da reabilitação destas pirogas. O objectivo da Câmara de Viana do Castelo é que, depois de reabilitadas, as pirogas fiquem em exposição no município num novo espaço museológico. “Quando forem tratadas virão para Viana do Castelo para serem expostas. É uma garantia”, sustentou Defensor Moura, presidente da autarquia. As canoas ou pirogas talhadas num só tronco de árvore constituem, segundo os especialistas, o tipo de embarcação mais antigo de vários continentes.
Fonte: (24 Jul 2008). Falcão do Minho : http://www.falcaodominho.pt/jornal/index.p
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