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Os restos de Pere o Grande, monarca da Coroa de Aragão, cujos despojos são os únicos da dinastia nunca profanados, foram localizados intactos num túmulo no mosteiro de Santa Maria de Santes Creus, Tarragona, noticia hoje El Pais online.
A descoberta é da responsabilidade de uma equipa de arqueólogos da Generalitat (governo da Catalunha) e coincide com a celebração do 850.º aniversário do complexo cisterciense.
Segundo o jornal, os restos do monarca, filho de Jaume I e figura-chave na história da Coroa, encontram-se num sarcófago de pedra, aparentemente embalsamados, envolvidos num tecido, estando o o crânio coberto por uma espécie de capacete.
Pere o Grande, III de Aragão, I de Valência e II de Barcelona, foi também rei da Sicília durante um mandato decisivo na história da Coroa (1276-1285).
O achado permitirá esclarecer as causas da morte do rei e bem assim a autenticidade dos restos de Jaume I o Conquistador (1208-1276), seu pai, enterrado no mosteiro de Poblet com dois crânios de características similares no mesmo sarcófago.
A Generalitat - informa o jornal madrileno - analisará o ADN de Pere o Grande para determinar as suas características físicas e genéticas, a dieta alimentar, e reconstruirá o seu rosto.
Os técnicos acederam ao sarcófago real introduzindo neste uma câmara, um sistema não intrusivo que captou as primeiras imagens do crânio do rei.
Pere o Grande foi o primeiro monarca da Coroa a ser sepultado no mosteiro de Santes Creus, e pelo rito europeu, o que implicou embalsamar o corpo.
Os trabalhos confirmaram também que o corpo foi sepultado com abundantes substâncias aromáticas florais, como era costume na época.
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