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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Terça-feira, 26.11.13

Arqueólogos descobrem templo com 3 mil anos no Peru

O templo é formado por um sistema de câmaras subterrâneas com figuras de serpentes, felinos e aves. Ele está localizado a 2,8 mil metros de altitude.

 

Arqueólogos peruanos encontraram um templo cerimonial de 3 mil anos que era usado para prestar culto aos deuses da cultura pré-inca Chavin na região de Lambayeque, informou nesta quinta-feira o diretor do projeto, Walter Alva.

"Descobrimos um templo cerimonial de 3 mil anos de antiguidade que servia como recinto secreto onde os sacerdotes celebravam cultos aos seus deuses", disse Alva à AFP.

O "Oráculo de Congona", como seus descobridores o denominam, tem plataformas perfeitamente construídas com um sistema de câmaras subterrâneas com figuras de serpentes, felinos e aves que adoravam os povoadores da cultura Chavin, explicou o arqueólogo.

"É um santuário estrategicamente situado na parte alta de um vale agrícola. Estamos falando de estruturas muito bem talhadas, onde se vaticinava os destinos dos antigos habitantes", informou o estudioso na cidade de Chiclayo, a 750 quilômetros de Lima.

Alva afirmou que foram encontrados dois monólitos, em forma de coluna cilíndrica e talhados com iconografia de felinos da cultura Chavin.

O arqueólogo disse que após esta descoberta se propõe como hipótese que cada vale da região Lambayeque possui na parte alta um templo dedicado ao culto da água e da fertilidade. "Esta descoberta comprova que a cultura Chavin se expandiu até zonas muito afastadas", acrescentou.

O templo, descoberto há um mês, fica na comunidade rural de Congona, no distrito de Cañaris, a 2,8 mil metros de altitude.

A cultura Chavin (900-200 AC) foi uma civilização pré-inca que se desenvolveu e teve seu centro de desenvolvimento no distrito de Chavin de Huantar, localizado na região de Ancash.

Os moradores de Chavín se espalharam por grande parte da região andina abrangendo ao norte até os departamentos (estados) de Lambayeque e Cajamarca e ao sul até os departamentos de Ica e Ayacucho.

Fonte: (31.Out.2013). Terra.com: http://noticias.terra.com.br/ciencia/arqueologos-descobrem-templo-com-3-mil-anos-no-peru,91cac1b721f02410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

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por noticiasdearqueologia às 21:39

Quinta-feira, 12.09.13

Arqueólogos descobrem no Peru peças do período pré-inca

Uma equipe de pesquisadores descobriu um complexo arqueológico em Chavín de Huántar, no Norte do Peru. No local, foram encontradas peças esculpidas em forma de cabeças, feitas em pedra, do período-pré-inca. A estimativa é que as obras de arte tenham mais de 2 mil anos.

O chefe do grupo de pesquisadores, o arqueólogo norte-americano, John Rick, destacou que as peças têm formato humano, mas são semelhantes também a alguns animais.

As peças em pedra foram localizadas quando os pesquisadores faziam escavações na região. As cabeças esculpidas têm 39 centímetros de largura e 43 de altura e pesam, em média, 250 quilos. Rick disse que pela expressão nas esculturas, as faces parecem estar soprando ou assobiando.

Segundo o arqueólogo, as cabeças em pedra eram colocadas em cima das fachadas, em locais elevados. De acordo com ele, havia centenas dessas peças. Pelos estudos do período pré-inca, havia crenças na evolução do animal para o homem, daí a avaliação do pesquisador de que há traços de animais mesclados com humanos.

Desde 2004, a organização norte-americana Global Heritage Fund, a Universidade de Stanford e a companhia mineradora Antamina financiam projetos de investigações arqueológicas e de conservação em Chavín de Huántar.

Fonte: (28.08.2013). Agência Brasil: http://www.ribeiraopretoonline.com.br/internacional/arqueologos-descobrem-no-peru-pecas-do-periodo-pre-inca/70867

 

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por noticiasdearqueologia às 19:32

Quinta-feira, 25.07.13

Descoberta mulher mumificada de período pré-inca no Peru

Arqueólogos peruanos descobriram o corpo mumificado de uma mulher que teria sido sacrificada no santuário Cao Viejo, pertencente à cultura pré-inca Moche, dos séculos II e VIII d.C., na região La Libertad (norte). O chefe dos arqueólogos da Fundação Wiesse, Régulo Franco Jordán, disse à imprensa que a descoberta aconteceu há um mês, mas foi divulgada somente agora por medo dos saqueadores.
A mulher mumificada teria entre 17 e 19 anos e foi enterrada em posição de decúbito ventral, com a cabeça orientada para o oeste e com um dos braços esticados. "Estava no santuário ('huaca') Cao Viejo do complexo arqueológico El Brujo, no distrito de Ascope, em La Libertad", acrescentou. "Os restos da mulher foram encontrados debaixo do último andar do pátio cerimonial da 'huaca' que, de acordo com a estratigrafia do templo, corresponde à ocupação final moche, aproximadamente entre os séculos VII e VIII d.C.", explicou Franco Jordán.
Há um mês, a equipe encontrou os restos mortais dessa mulher sacrificada na plataforma superior da "huaca" de Cao Viejo. Segundo o arqueólogo, o surpreendente da descoberta "é que, na iconografia moche, sempre se observa os homens como objeto de sacrifício e, por isso, traz uma reviravolta nas nossas investigações".
"Causa muita surpresa encontrar uma mulher e, muito mais, saber que foi enterrada em posição de decúbito ventral com a cabeça orientada para o oeste, onde fica o mar, e com um dos braços esticados, postura que - além de anormal - é muito diferente do que se conhecia até agora", comentou. Em 2006, a equipe de Franco Jordán descobriu no santuário Cao Viejo uma mulher tatuada que depois foi chamada de "a senhora de Cao", ou "Dama de Cao", uma governante da cultura mochica que, acredita-se, governou o norte do atual Peru no século IV d.C. (AFP)

Fonte: (13.07.2013). Cruzeiro do Sul: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/486495/descoberta-mulher-mumificada-de-periodo-pre-inca-no-peru

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por noticiasdearqueologia às 22:09

Quarta-feira, 15.05.13

Arqueologia subaquática quer revelar civilizações submersas

 Arqueologia subaquática quer revelar civilizações submersas foto Mariana Bazo/Reuters

O lago Titicaca, a 4 mil metros de altitude na Cordilheira dos Andes, entre a Bolívia e o Peru, esconde restos de civilizações com mais de 2 mil anos, que um inovador projeto de arqueologia subaquática pretende revelar.

"É o primeiro projeto de escavação subaquática" na Bolívia, disse à EFE o investigador belga Christophe Delaere, diretor do projeto "Huinaimarca", promovido pelo Ministério da Cultura da Bolívia e pela Universidade Livre de Bruxelas (ULB), para investigar inúmeros locais da costa colombiana, especialmente a cultura pré-Inca Tiwanaku, que estão atualmente sob a água.

O projeto, previsto para três anos e desenvolvido em conjunto por especialistas de ambas as instituições, foi lançado em Abril de 2012 com levantamentos geofísicos.

Em fevereiro os primeiros mergulhos permitiram localizar e identificar seis sítios arqueológicos subaquáticos na parte inferior do lago Titicaca, na Bolívia.

Delaere disse à EFE que "há quase 600 quilómetros quadrados de território de cultura Tiwanaku na água" e que estas escavações já permitiram encontrar muros domésticos, estruturas cerimoniais e modelos de terraços agrícolas.

Espera-se que a terceira fase do projeto, que será decisiva para o futuro da investigação, comece em junho e julho, altura em que a equipa pretende usar sofisticadas técnicas arqueológicas subaquáticas, com a ajuda de vinte arqueólogos da Bélgica, Bolívia, Peru, Espanha, França e Itália, a maioria deles mergulhadores científicos especializados em arqueologia subaquática.

Fonte: (11.Mai.2013). Jornal de Notícias: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=3214495#_page0

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por noticiasdearqueologia às 21:09

Segunda-feira, 03.10.11

370 túmulos Incas descobertos no Perú

370 túmulos Incas descobertos no Perú


Foto © Reuters

Trezentos e setenta túmulos Incas foram encontrados a mais de 3700 metros de altitude nas montanhas do Peru, no sítio cultural de Chinisiri em Chumbivilcas, noticiou a Reuters quarta-feira. Os diferentes tipos de túmulos têm entre 500 a 600 anos e alguns guardam ainda os restos mortais dos falecidos.
Os túmulos foram encontrados no alto das montanhas e os arqueólogos acreditam que estes sepulcros tenham sido ali instalados entre os anos de 1400 a 1500 d.C.
Alguns dos túmulos contêm ainda com os restos mortais dos falecidos que eram colocados dentro de cestas feitas de vime à sua medida, uma técnica que permitia economizar espaço.
Segundo explicou à Reuters Jorge Atauconcha, diretor da zona arqueológica de Chumbivilcas, os povos que habitavam esta área recorriam a diferentes técnicas para enterrar os seus mortos.
"Existem vários estilos de enterro. Temos túmulos que são quadrangulares, circulares, alguns estão emparedados na rocha, temos alguns que estão em buracos, e outros debaixo do piso de pedra ", contou Atauconcha.
Os 370 túmulos que se situam à direita da bacia dos rios Chinisiri e Kerone começaram a ser catalogados no dia 12 de junho e os especialistas acreditam que o local possa guardar mais túmulos e artefatos, no entanto, o terreno tem sido difícil de explorar.

Fonte: (15 Jun 2011). Boas Notícias.pt: http://www.boasnoticias.pt/noticias_370-túmulos-Incas-descobertos-no-Perú_6924.html

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por noticiasdearqueologia às 13:35

Quarta-feira, 27.07.11

Encontrada tumba de sacrificador pré-hispânico no Peru



"Encontramos a tumba em perfeito estado de um sacrificador da cultura Lambayeque com seus facões de cobre e oferendas humanas a seu redor", disse à AFP Wester, diretor do museu Bruning de Lambayeque, encarregado dos trabalhos de pesquisa.


O arqueólogo explicou que esse antigo personagem pré-hispânico de cerca de 20 a 30 anos de idade "desempenhou um papel importante nas cerimônias dos sacrifícios humanos" da cultura Lambayeque, localizada na região Lambayeque, a 791 km de Lima.


"Trata-se de um sacrificador, ou seja, da pessoa encarregada dos sacrifícios humanos, porque tem um facão na altura da pélvis, adicionalmente tem outro nos pés e mais um colocado como oferenda", afirmou Wester.



Assegurou que "a reiteração desse instrumento (facão) faz pensar que este personagem usava o objeto para participar dos rituais de sacrifício".

A tumba foi encontrada em um local denominado "cerimonial da fertilidade e da água", há uma semana no complexo arqueológico Chotuna Chornancap.


Junto à tumba foram encontrados restos humanos, facões cerimoniais entre os quais se destaca um com lâmina de cobre de cerca de 20 centímetros, vasilhas de cerâmica, uma vestimenta confeccionada com algodão nativo e uma série de discos laminados de cobre, entre outros objetos.


A cultura Lambayeque ou Sicán surgiu por volta do século VIII, manteve-se até 1375 e teve seu apogeu entre os anos 900 e 1100.


Essa civilização cultuava o "senhor de Sicán", o personagem da cultura religiosa mais prestigiado do norte do Peru durante 600 anos.


Durante os 200 anos de apogeu dessa cultura, existiram de sete a oito "senhores de Sicán", que representavam o poder celestial na terra. Eram descritos fisicamente com máscaras de olhos alados e orelhas pontudas, afirmou o arqueólogo.


Fonte: (14 Jul 2011). AFP: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gT48iQ_ZQBjb27WSByMSCz0qAGsg?docId=CNG.0d1619f5023d9184feb2f2f12b1621b7.bb1


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por noticiasdearqueologia às 13:51

Quarta-feira, 25.05.11

Arqueólogos encontram três tumbas com 2.500 anos de idade no Peru


Cerâmicas também foram achadas na região de Lambayeque.
Informação foi passada pelo pesquisador Francisco Valle Riestra.




 


Arqueólogos peruanos descobriram três tumbas de quase 2.500 anos da cultura pré-hispânica Cupisnique e cerâmicas de alto nível estilístico na região de Lambayeque (norte do país), informou neste sábado (14) o pesquisador Francisco Valle Riestra.






"As tumbas se encontravam a dois metros de profundidade no complexo arqueológico Ventarrón, lugar que tem sido saqueado por vândalos entre os anos 80 e 90", disse Riestra.


Segundo ele, os esqueletos estão em um estado ruim de conservação devido a umidade local. Para o arqueólogo Walter Alvam, diretor do Museu das Tumbas Reais de Sipán, a descoberta dará novas luzes sobre a origem e a forma com foi consolidada a civilização ao norte do Peru.


Fonte: (14 Mai 2011). France Presse / Globo: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/05/arqueologos-encontram-tres-tumbas-com-2500-anos-de-idade-no-peru.html




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por noticiasdearqueologia às 19:55

Segunda-feira, 21.03.11

Linhas de Nazca são mistério há 1.500 anos no Peru

Perto do mar, no deserto de Nazca, chove meia hora a cada dois anos. O vento bate furioso e o sol queima as pedras. Não há plantas "nem sequer um cacto. E nessa solidão árida mora um dos maiores mistérios da arqueologia: as chamadas Linhas de Nazca. São desenhos gigantescos feitos no chão, que somente podem ser observados do ar e que permaneceram ocultos por quase 1.500 anos, ocupando grande extensão do deserto. Quem fez e para que, ninguém sabe ao certo, ainda que as teorias sejam muitas.



Desenhos feitos no chão como os de Nazca são chamados de geoglifos. Alguns deles representam animais e plantas e há também alguns com figuras humanas. Eles têm medidas variadas (de 20 a 140 metros) e, à primeira vista, se parecem com desenhos na areia perto do mar. Mas, na verdade, são sulcos que tiram a camada superior do chão, queimado por milhares de anos de sol e que por isso fica mais escuro, quase preto. Assim, as figuras são vistas do alto como desenhos mais claros sobre um fundo escuro. Mas, vistas do solo, é impossível detectá-las: são somente irregularidades do chão. Foi por isso que somente se soube das linhas em 1939, quando um arqueólogo americano, Paul Kosok, descobriu os desenhos por acaso, enquanto voava buscando antigos canais de irrigação.


Linhas de Nazca despertam a curiosidade     Linhas de Nazca despertam a curiosidade


 


Alem das figuras representativas, há linhas e figuras geométricas de quilômetros de extensão. O estudo destas linhas descobriu coincidências matemáticas e astronômicas, o que fez com que o conjunto fosse chamado de "o maior calendário do mundo". O fato também alimentou teorias das mais diversas, desde que as linhas foram feitas por extraterrestres até que o povo que as criou, da chamada cultura nazca, tinha descoberto como voar em globo. Os arqueólogos mais sérios acreditam que o conjunto fosse uma mistura de calendário agrícola, com informações sobre o clima, e de culto aos deuses.


Outro mistério que envolve as linhas de Nazca está em sua idade e em sua incrível preservação. Datar o conjunto não foi uma tarefa simples para os especialistas, que concluíram que a criação foi em algum momento entre 500 e 650 anos de nossa era. Por que os desenhos na areia não foram apagados pelo tempo é resultado de uma feliz coincidência: o clima seco, a composição do chão, que fixa especialmente os materiais, e um fenômeno muito particular que faz o próprio calor da superfície criar um colchão de ar quente, que o protege do vento.


Para conhecer esta maravilha, é preciso chegar em Nazca, cerca de 400 km ao sul de Lima, capital do Peru. A cidade não pode ser considerada bela e limpa: não traz outros atrativos além das linhas e do museu María Reiche, dedicado à obra desta estudiosa da Cultura Nazca. Ainda assim, é o segundo ponto mais visitado no país, depois de Cusco. Ali, paga-se entre 90 e 120 dólares em um voo com duração de meia hora. Mas é o suficiente para ver as figuras mais famosas: o homem cabeçudo, a árvore, as mãos, o macaco, a aranha e o beija-flor, um dos símbolos do Peru. Os voos são realizados em aviãozinhos e não são recomendados a pessoas de estômago frouxo (ou coração fraco): para mostrar as figuras, o piloto é obrigado a virar para um lado e outro, constantemente.


Fonte: Andrés Bruzzone (19 Mar 2011). Terra.com:http://vidaeestilo.terra.com.br/turismo/interna/0,,OI5005333-EI14045,00-Linhas+de+Nazca+sao+misterio+ha+anos+no+Peru.html


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por noticiasdearqueologia às 13:00

Quinta-feira, 14.10.10

Arqueólogos descobrem idioma perdido no Peru


Carta do século XVII traz números traduzidos para língua antiga. Detalhes foram publicados na revista científica ‘American Anthropologist’.




Manuscrito traz lista de números em espanhol e sua tradução para idioma extintoManuscrito traz lista de números em espanhol e sua
tradução para idioma extinto
(Foto: divulgação via Reuters)




Arqueólogos anunciaram nesta quinta-feira (23) ter descoberto um idioma perdido falado por indígenas do norte do Peru. Eles encontraram uma carta do século XVII, que trazia, no verso, números em espanhol e sua respectiva tradução para a linguagem desconhecida. O achado ocorreu em Trujillo, cerca de 560 quilômetros ao norte da capital Lima. As escavações foram realizadas nas ruínas de um complexo habitado por monges dominicanos por cerca de dois séculos. A carta estava sob um amontoado de adobe (tijolo grande de argila acrescido de palha ou capim).


“Nossas investigações determinaram que esse pedaço de papel registra um sistema numérico de uma linguagem que foi perdido durante centenas de anos”, disse Jeffrey Quilter, arqueólogo do Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia da Universidade Harvard. O idioma nunca mais teria sido ouvido a partir do século XVI ou XVII, segundo Quilter.


A língua é aparentemente influenciada pelo quéchua (ou quíchua), ainda falado por milhões de pessoas da região andina. Pode, ainda, ser uma versão escrita de uma língua da era colonial à qual os espanhóis se referiam em registros históricos como “pescadora”.


A carta, enterrada nas ruínas da igreja de Magdalena de Cao Viejo, no sítio arqueológico de El Brujo, foi achada em 2008. Mas os cientistas decidiram manter a descoberta em segredo até que a pesquisa apresentando evidências sobre o idioma perdido fosse publicada, este mês, na revista científica “American Anthropologist”.


“Acho que muitas pessoas não fazem ideia de quantas línguas eram faladas nos tempos pré-contato [entre colonizadores e nativos]”, disse Quilter.




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por noticiasdearqueologia às 13:50

Sábado, 10.10.09

Homem é descoberto em meio a sacerdotisas em tumbas pré-incas


Em uma descoberta "inesperada", um homem de elite empunhando um chocalho foi encontrado enterrado entre sacerdotisas poderosas da sociedade pré-inca moche no Peru, anunciaram arqueólogos.


Cercado por primitivas "máquinas de fumaça", assim como ossos humanos e de lhamas, o corpo estava entre vários outros enterrados em uma tumba de duas câmaras que data de 850 a.C., disse o arqueólogo Luis Jaime Castillo Butters, da Universidade Católica do Peru, em Lima.


A tumba continha um caixão de madeira decorado com cobre e uma máscara dourada sobre uma plataforma elevada. Dentro do caixão "foi onde encontramos o objeto principal do enterro, e esse sujeito era um homem", disse Castillo.


"Após 18 anos de escavação em San José de Moro, estávamos esperando outra mulher", acrescentou. "Mas isso tende a acontecer (na arqueologia) - espere o inesperado". "Máquinas de fumaça", sacrifícios de lhama? Os Moche eram uma sociedade fragmentada de agricultores que ocuparam as costas áridas do Peru entre 100 a.C. e 1000 d.C.


Desde 1991, Castillo lidera escavações em San José de Moro, um centro cerimonial regional e cemitério da elite moche na costa norte do Vale Jequetepeque. O sítio já revelou sete nobres sacerdotisas enterradas, uma indicação do forte papel da mulher na sociedade moche, afirma Castillo.


Este ano, a equipe de Castillo iniciou as escavações na primeira tumba moche de câmara dupla conhecida. O trabalho foi parcialmente financiado pelo Comitê de Pesquisa e Exploração da National Geographic Society.


Pinturas em cerâmicas moche já conhecidas normalmente descrevem uma cerimônia ritualística em que um caixão é baixado até uma tumba como a que mantinha o homem com o chocalho.


Os funerais, observou Castillo, eram motivo de celebração e permitiam a transição ininterrupta do poder de um governante para outro. Sacerdotisas vivas provavelmente realizavam tais enterros em festivais anuais ocorridos em San José de Moro.


Na nova tumba, a equipe descobriu uma rampa que levava à primeira câmara, que continha os ossos de um jovem de um lado e de uma lhama em um canto. O humano e as lhamas "podem ter sido sacrificados para o propósito do enterro", disse Castillo.


Vasilhas de cerâmica de cerca de 38 centímetros de diâmetro se amontoavam no chão ao longo das paredes e cobriam vãos. As vasilhas grandes estavam cheias de garrafas pequenas e grossas de cerâmica. Essas garrafas deviam ser aquecidas e jogadas nas vasilhas cheias de líquido para criar um efeito de névoa e vapor enquanto os corpos eram descidos para a tumba durante o funeral, disse Castillo.


Uma porta lacrada fechava a entrada da segunda câmara. Dentro do segundo quarto, pintado de vermelho e amarelo, os arqueólogos encontraram os restos mortais de duas mulheres e um homem em mortalhas simples. O trio podia ser um sacrifício, mas por enquanto a equipe não tem certeza de seus papéis exatos.


Outro jovem não-identificado estava sentado de pernas cruzadas, enquanto uma máscara estava lá para qualquer um ver. A máscara é semelhante à encontrada no caixão do homem de elite, fazendo Castillo suspeitar que ela talvez tenha sido deixada para trás de outro caixão que havia sido misteriosamente removido.


Dentro do caixão do homem, seus ossos, uma máscara e um longo bastão com sinos pendurados, além de outros objetos de metal, estavam desarranjados. A desordem sugere que o caixão passou por uma jornada longa e sacolejante antes de chegar ao complexo de tumbas, acrescentou Castillo.






O Chocalho da Face Enrugada

A surpresa de descobrir um enterro masculino de elite entre as sacerdotisas fez Castillo e seus colegas vasculhar a arte moche em busca de explicação. De princípio, o longo bastão com sinos parecia notavelmente similar ao chocalho empunhado por um arquétipo bem conhecido da arte moche. "Acho que o cara com o chocalho é esse aí", disse Castillo.


O arquétipo é conhecido como Aia Paec, ou 'Face Enrugada', uma figura central em cenas de enterro. Ele é normalmente mostrado descendo o caixão na tumba ao lado de outro personagem humano chamado Iguana.


Ao lado de Iguana e uma mulher, provavelmente uma das sacerdotisas, Aia Paec também é mostrado em algumas cenas presenteando um líder com uma concha decorativa. De acordo com Castillo, Aia Paec e Iguana eram funções herdadas. Quando a pessoa que desempenhava a função morria, ele ou ela deveria ser enterrado e uma nova pessoa no mundo dos vivos assumiria o seu papel.


"Parece que todas essas figuras estavam relacionadas e ligadas", disse Castillo.


 


 


 


 


Transição de Poder?

Foram descobertos tantos enterros de elite femininos que alguns arqueólogos acreditam que as mulheres dominavam a estrutura de poder dos Moche.


Mas como governantes masculinos e femininos estão representados na arte moche, fica difícil acreditar que a civilização tenha sido 'estritamente dominada por mulheres', disse Castillo.


"Acho que seria mais possível ter sociedades em que o poder feminino estivesse ao lado do poder masculino", acrescentou. "Portanto, a descoberta de um enterro de elite masculino provavelmente vai nessa direção."


Mas o antropólogo Steve Bourget, especialista em arte moche da Universidade do Texas, em Austin, suspeita que o homem no caixão não tenha sido o primeiro residente da tumba.


Ele cita o fato de o caixão ter sido encontrado encostado numa parede do que pode ser considerada uma câmara excepcionalmente vazia. De acordo com Bourget, é possível que alguns habitantes das tumbas tenham sido removidos na época moche.


"Talvez o que você tivesse lá fosse uma dessas chamadas sacerdotisas ao lado de outras pessoas e acabaram não removendo aquele sujeito", disse. A ideia do recém-descoberto homem como uma figura de apoio no enterro de uma mulher importante se encaixaria melhor na noção de Bourget de que a sociedade moche tardia passava por uma transição em direção a uma estrutura de poder dominada por reis cercados de mulheres influentes. "Vejo isso na iconografia, mas também observo isso no sítio de San José de Moro", disse.


A disposição do complexo de tumbas, afirmou, sugere a tumba de um rei, ou reis, cercada por tumbas-satélites de sacerdotisas. Essa estrutura de poder prevaleceu em sucessivas culturas da costa peruana, os Chimu e mais tarde os Labayeque, observou ele.


No entanto, Castillo, o líder da escavação, disse que o novo homem pode, ao invés disso, ser parte de uma disposição complexa de enterros que colocaria o homem moche em posição de igualdade em relação às sacerdotisas.


A nova descoberta, acrescentou, pode não ser a primeira que sustenta sua perspectiva de partilha de poder entre homens e mulheres. Em 2008, sua equipe encontrou uma sacerdotisa numa tumba ao lado da que contém o homem de elite. "Eles pareciam ser uma imagem espelhada, com o homem de um lado e a mulher do outro."


Fonte: Tradução: Amy Traduções (2 Out 2009). Terra.com: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4017697-EI238,00-Homem+e+descoberto+em+meio+a+sacerdotisas+em+tumbas+preincas.html




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por noticiasdearqueologia às 23:09


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