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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...


Terça-feira, 28.08.12

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Um grupo de arqueólogos ao serviço da EDP está a colocar a descoberto, na zona do Baixo Sabor que ficará submersa após a construção da barragem, uma série de "importantes de achados arqueológicos" que vêm provar que aquela região já era ocupada desde o Paleolítico Superior.



Os arqueólogos estão a descobrir milhares de placas de pedra com gravuras, pertencentes à chamada "arte rupestre móvel", principalmente no sítio arqueológico da ribeira do Medal, situado na freguesia de Meirinhos, concelho de Mogadouro, que tem vindo a revelar-se um importante ponto arqueológico do Paleolítico Superior.

"Apesar de esta unidade arqueológica não estar no seu sítio original, já que foi deslocada pela ação do tempo, os instrumentos e arte encontrados encontram-se bem preservados e os fragmentos achados são aos milhares", disse a arqueóloga Joana Carrondo.


A arte encontrada é, quase toda ela, é feita por incisões em placas de xisto móveis que podiam ser transportadas de um lado para o outro, estando situada cronologicamente entre 10 mil e 15 mil anos antes de Cristo.


"Já foram encontradas mais de um milhar de placas com gravuras de arte figurativa, das quais uma centena são zoomorfos, ou seja, representam animais, como cavalos ou auroques", acrescentam os arqueólogos no local.


O sítio arqueológico é já considerado pelos especialistas, como "o maior local" de descoberta de elementos representativos da chamada arte rupestre móvel do Paleolítico Superior em todo a região do Baixo Sabor.


As escavações revelam que o sítio do Medal foi importante em toda a região do Baixo Sabor, no que diz respeito à ocupação de comunidades pré-históricas de caçadores-recoletores.


Segundo a arqueóloga e consultora da EDP Maria de Jesus Sanches, o sítio arqueológico do Medal é, ao longo de todo o trajeto do rio Sabor, desde a nascente à foz, o único local que se conhece em que as comunidades do Paleolítico Superior pararam, não só para gravarem as rochas, mas também manterem outras atividades coletivas como a caça ou recoleção de outros alimentos.


"Trata-se sem dúvida de um acampamento onde houve muita atividade" acrescentou a investigadora.


Agora os arqueólogos só esperam que os milhares de fraguentos já encontrados "colem entre si" para poderem ser comparados com a "panóplia de gravuras descobertas no vizinho vale do rio Côa", um outro afluente do Douro e na região espanhola de Siega Verde.


"A importância deste sítio arqueológico depende de outros, para se poderem comparar com outros locais já bem datados cronologicamente", frisou Maria de Jesus Sanches.


"Agora é importante analisar os fragmentos para se poder comparar esta arte com outros exemplares encontrados um pouco por toda a Europa", acrescentou a investigadora.


A informação recolhida está inscrita em relatórios que são enviados mensalmente para a tutela do IGESPAR.


Os trabalhos de arqueologia decorrem na área da albufeira que abrange os quatro concelhos da região do Baixo Sabor (Mogadouro, Macedo de Cavaleiros Alfandega da Fé e Torre de Moncorvo) que ficará submersa aquando do enchimento da albufeira da barragem do Baixo Sabor, programado para 2013.


Fonte: (16 Ago 2012). RTP: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=579728&tm=4&layout=121&visual=49


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por noticiasdearqueologia às 13:32

Quarta-feira, 20.06.12

Mina de carvão esconde pelo menos cinco desses animais pré-históricos.

Mina de carvão esconde pelo menos cinco desses animais pré-históricos.
Local a céu aberto fica 80 quilômetros a leste da capital Belgrado.


Arqueólogos encontraram um campo raro de fósseis de mamutes na Sérvia. Estima-se que no local haja restos de pelo menos cinco desses animais gigantes que viveram ali há milhares de anos.




O diretor do Parque Arqueológico de Viminacium, Miomir Korac – que aparece de branco à esquerda da foto abaixo – e colegas trabalham em uma mina de carvão a céu aberto na pequena cidade de Kostolac, 80 quilômetros a leste da capital.


Na imagem, eles se concentram na remoção de uma presa de mamute.


mamute 1 (Foto: Marko Drobnjakovic/AP)

Presa de mamute é retirada da terra em mina de carvão a céu aberto na Sérvia (Foto: Marko Drobnjakovic/AP).


No lugar, os arqueólogos também identificaram um túmulo da época romana. Os esqueletos estão bastante preservados.


 


Túmulo romano (Foto: Marko Drobnjakovic/AP)

Túmulo da época romana é encontrado por arqueólogos próximo a Belgrado (Foto: Marko Drobnjakovic/AP).

 


Estudantes de arqueologia já estudam os restos de um mamute achado na mina de carvão em Kostolac. Os jovens tiram fotos e analisam o fóssil do animal pré-histórico.


 


Mamute 2 (Foto: Marko Drobnjakovic/AP)

Estudantes de arqueologia fotografam fóssil de mamute achado na Sérvia (Foto: Marko Drobnjakovic/AP).





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por noticiasdearqueologia às 22:27

Terça-feira, 29.11.11

Arqueologia: Primeiros caçadores na América têm 14 mil anos

Uma ponta de lança descoberta juntamente com ossadas de um mastodonte revelou que o Homem já caçava este mamífero pelo menos mil anos antes da cultura Clovis, considerada como a mais antiga da América do Norte, revela um estudo.

A investigação, publicada na quinta-feira na revista científica Science, concluiu que havia caçadores na América do Norte há pelo menos 14 mil anos.


Com este novo estudo, citado pelas agências internacionais, caiu por terra a tese de que os Clovis foram os primeiros povoadores da América do Norte, há 13 mil anos.


Fonte: (21 Out 2011). Diário Digital / Lusa: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=60&id_news=537721

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por noticiasdearqueologia às 13:13

Domingo, 26.07.09

Arqueologia: Flautas com 35.000 anos descobertas em gruta alemã

Velhas flautas de marfim com mais de 35.000 anos foram encontradas no sudoeste da Alemanha, constituindo os mais velhos instrumentos musicais conhecidos do Paleolítico Superior, segundo um estudo revelado hoje na revista Nature.


Doze pedaços de uma flauta em osso, de 21,8 centímetros de comprimento e oito de diâmetro, foram encontrados em Setembro de 2008 na gruta alemã de Hohle Fels, podendo atingir idades entre os 37.000 e os 29.000 anos.


O instrumento é talhado em osso de asa de abutre-fouveiro, também conhecido por grifo, revelam Nicholas Conard e Susanne Münzel, da Universidade de Tübingen, e Maria Malina, da Academia das Ciências de Heidelberg.



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por noticiasdearqueologia às 23:04

Sábado, 27.06.09

Descoberta de uma flauta com cerca de 35 mil anos

Gruta de Hohle Fels revela início da cultura musical do «homo sapiens sapiens».



Flauta com 35 mil anos
Flauta com 35 mil anos

Uma equipa de arqueólogos anunciou a descoberta, no passado Outono, de uma flauta em osso e dois fragmentos de flautas de marfim. A descoberta foi feita em Hohle Fels, a gruta no Sul da Alemanha (Ulm) onde em Maio foi encontrada uma escultura feminina, intitulada imediatamente de Vénus de Hohle Fels e que é considerada a mais antiga representação humana.

A flauta em osso com cinco orifícios é o instrumento musical mais completo encontrado numa caverna, numa região onde nos anos mais recentes foram encontrados vários fragmentos deste instrumento.

Uma flauta de três orifícios feita de marfim de mamute, bem como duas flautas feitas de osso das asas de cisne-branco e várias esculturas de animais foram descobertas há alguns anos atrás numa outra gruta. Mas, até agora, os artefactos eram raros e não estavam datados com precisão suficiente para suportar teorias mais vastas sobre o início de uma tradição musical. Os primeiros indícios sólidos de instrumentos musicais vieram de França e da Áustria, mas a sua datação é muito mais recente do que 30 mil anos.

A equipa de arqueólogos, liderada por Nicholas J. Conard, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, acreditam que esta descoberta demonstra a existência de uma bem estabelecida tradição musical no momento em que os seres humanos modernos colonizaram a Europa.

A datação por carbono 14 indica data anterior a 30 mil anos mas não é muito precisa. Por isso, vários materiais associados à descoberta foram testados em dois laboratórios independentes – em Inglaterra e na Alemanha – sendo utilizados métodos diferentes. Os cientistas chegaram a uma conclusão semelhante – a flauta tem pelo menos 35 mil anos. Nicholas J. Conard acredita mesmo que deverá ter perto de 40 mil anos e provavelmente data da colonização daquela região. Nos sedimentos em que se encontravam as flautas estavam também objectos líticos e artefactos de marfim, bem como lascas de pedras e ossos de animais capturados.

Tudo indica que este local foi habitado logo no início da colonização da Europa pelo homo sapiens sapiens entre 40 mil e 10 mil anos antes do homem de Neandertal, nativo daquela zona, se extinguir. Ao contrário do ser humano moderno, não existe nenhuma evidência de que os Neandertais tivessem uma cultura musical.

A característica mais significativa deste artefacto é o material de que é feito: uma cavidade óssea de um grifo. De resto, não é raro encontrar esqueletos de grifo nestas cavernas. A flauta tem 21,6 centímetros e está praticamente completa, inclui mesmo a extremidade onde se sopra. Faltam, contudo, 5 centímetros correspondentes à extremidade inferior.

Já em 2004, o investigador tinha descoberto uma flauta de marfim de 17 centímetros com três orifícios na gruta Geissenklösterle também perto de Ulm. Friedrich Seeberger, de uma empresa alemã especializada em música antiga, reproduziu em madeira esta flauta de marfim. Nas experiências com a réplica, descobriu que a antiga flauta produzia uma série de notas comparáveis às flautas modernas. Não foi ainda feita uma réplica da actual descoberta, mas os arqueólogos acreditam que pelas suas características terá ainda uma gama maior de possibilidades harmónicas.

Os arqueólogos sugerem que a música naquela época poderia ter contribuído para a manutenção de grandes redes sociais e talvez tenha ajudado a facilitar a expansão demográfica e territorial do homem moderno.


Fonte: (25 Jun 2009). Ciência Hoje: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=32758&op=all

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por noticiasdearqueologia às 00:54

Quinta-feira, 14.05.09

Descoberta Vénus pré-histórica




Arqueólogos alemães descobriram na região do Danúbio-Alb (Sul) a mais antiga estatueta conhecida de uma figura humana, uma vénus com seios e vulva desproporcionados, talhada em marfim de mamute há cerca de 40.000 anos.


Descoberta a mais antiga estatueta da figura humana




O achado causou sensação, porquanto lança uma nova luz sobre as primeiras expressões artísticas do homem primitivo na Europa e presumivelmente no mundo, informou Nicholas Conard, professor de arqueologia da Universidade de Tubinga e responsável das escavações.





A figura, de apenas seis centímentros, foi encontrada em Setembro de 2008 durante escavações numa gruta de Hohle Fels, perto da localidade de Scheklingen, no estado alemão de Baden-Württemberg, mas a descoberta foi mantida em segredo até agora.


"Ficámos sem fala ao vê-la", confessou Conard, ao apresentar pela primeira vez em público a figura, que descreveu como "uma peça cheia de energia e muito expressiva".


O colega de Conard nas escavações, Pau Mellars, escreve num artigo a publicar quinta-feira pela revista científica "Nature" que a nova Vénus é quase pornográfica à luz dos valores estéticos e morais da actualidade.


Quando foi achada, a cerca de 20 metros da abertura da gruta, a vénus, que será exposta a partir de Setembro no Kunstgebäude de Estugarda, estava partida em seis pedaços e faltam-lhe o braço e o ombro esquerdos, que os arqueólogos alemães estão esperançados em encontrar.


Talhada com grande pormenor, a figura tem os órgãos genitais muito marcados, com seios e vulva de um tamanho desproporcionado, em contraste com a pequenez dos braços, pernas e cabeça, acabados com menos esmero.


Os arqueólogos não duvidam de que a nova vénus europeia é uma representação artística da fertilidade e que pode ter sido objecto de algum tipo de culto ou ritual.


Na gruta de Hohle Fels foram descobertos nos últimos 100 anos 25 figuras talhadas em marfim, quase todas representando animais, e também uma flauta, considerada o instrumento musical mais antigo do mundo.


A nova vénus confirma que o homem pré-histórico talhava, não apenas figuras de animais, mas também humanas, no princípio do período aurignaciense, algo que apanhou de surpresa a equipa arqueológica alemã.


Nicholas Conard não exclui a possibilidade de, na região, ter vivido há 40.000 anos o primeiro grupo humano com uma cultura própria.



Fonte: (14 Mai 2009). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/Interior.aspx?content_id=1231886




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por noticiasdearqueologia às 22:51

Quarta-feira, 10.12.08

Foz Côa/10 anos: Parque sem modelo de gestão concretizado



 



Nos 10 anos da classificação do Vale do Côa como Património Mundial da UNESCO, é o modelo de gestão deste território que importa concretizar, afirma a directora do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC), Alexandra Cerveira Lima.


 


 


Com o Museu de Arte e Arqueologia do Vale do Côa prestes a abrir portas, já em 2009, dando assim corpo ao compromisso formal assumido pelo Estado Português com a UNESCO e a Região, Alexandra Cerveira Lima, aguarda por um modelo de gestão territorial, que vai muito mais além do futuro museu.




"O Parque Arqueológico terá de ser formalmente criado através da promulgação de um Decreto Regulamentar - como nos parques naturais -, definindo quais as suas competências no contexto do território que delimita, bem como nos objectivos específicos a que se propõe", afirma.


Apesar de concordar ser agora o "momento oportuno" para as decisões "que o Museu, como estrutura complementar do PAVC, vai obrigar a tomar", Alexandra Cerveira Lima diz que "é tempo de concluir o projecto do parque" e "consolidar a sua estrutura funcional".


"O museu cumpre a função de centro de acolhimento e de interpretação de toda uma região, mas o território do parque em si mesmo, que se define como um vasto museu ao ar livre, terá de se manter monitorizado, conservado, investigado, fruído e visitado, com as populações que o habitam", insiste.


Actualmente o PAVC, "sem capacidade de actuação no território e sem autonomia", tem uma despesa corrente de cerca 750 mil euros ano, "em que pesam até um terço do orçamento os serviços de guardaria", correspondendo aos 11 guardas que se revezam pelos três núcleos de visitação pública.


"O PAVC aguarda igualmente um novo modelo jurídico e administrativo que lhe permita autonomia e decisão nas parcerias públicas e privadas, que são essenciais para os cenários de desenvolvimento desta região", conclui Alexandra Cerveira Lima.


Em 1996 foi criado o PAVC e, um ano depois, entregue ao então governo de António Guterres um relatório científico, que viria a confirmar a importância dos achados paleolíticos no Vale do Côa, fixando assim, os 17 quilómetros do curso final do rio Côa e um território `tampão` de cerca de 20.000 hectares.


Já poucos se recordam, passados 14 anos, daquela "revelação" que transformou definitivamente os destinos da arqueologia portuguesa, num "processo revolucionário arqueológico em curso", recorda Alexandra Cerveira Lima.


"Na sequência do qual foi igualmente decidido autonomizar a arqueologia com a criação de um instituto, cujo primeiro director foi arqueólogo João Zilhão, bem como o projecto de candidatura do território do Vale do Côa à Lista do Património Mundial da UNESCO", salienta.


A elevação do vale a Património Mundial sonhava-se ainda sob a forma de relatório ao Comité do Património Mundial da UNESCO até que, em 1997, o seu director-geral, Federico Mayor, visita as gravuras da Penascosa, deixando desde logo antever a sua classificação.


Adquiridos em 1996, os guias e os jipes para "o começo de uma estrutura de visitação pública", o Parque Arqueológico foi-se "adaptando ele próprio à posterior criação de legislação", quando essa "figura legal não estava ainda contemplada", definição que chega apenas em 2001 e 2002.


Para a directora do PAVC, o Parque e o Museu do Côa são ainda realidades pouco claras na sua natureza, para a opinião pública geral, e cujo modelo de gestão e a definição de paternidade está ainda por registar.


Fonte: (5 Dez 2008)Lusa/Fim: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=376447&visual=26&tema=5


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por noticiasdearqueologia às 18:48

Quarta-feira, 10.12.08

Descubren en Rusia esculturas del Paleolítico fabricadas con colmillos de mamut

Si Dios creó a Eva de una costilla de Adán, los cazadores de la Rusia paleolítica creaban figuras femeninas a partir de colmillos de mamut. Hace 20.000 años Rusia occidental era un paraíso terrenal poblado por mamuts y bisontes que constituían la dieta principal de los cazadores de la llamada cultura Konstenki-Avdeevo del paleolítico superior.


En lo que va de década los arqueólogos rusos Hizri Amirjanov y Serguei Lev han encontrado en el yacimiento de Zaraysk, 155 kilómetros al sureste de Moscú, dos figuritas de mujer, un bisonte con las patas rotas y otros objetos cónicos tallados a partir de colmillos de mamut que conforman un raro y preciado tesoro para poder entender la dimensión artística y espiritual de nuestros antepasados.

La revista Antiquity acaba de publicar estos hallazgos realizados en los últimos años en el yacimiento de Zaraysk, una caja de sorpresas de la paleontología rusa destapada en 1980 donde se acumulan restos de una antigüedad de entre 22.000 y 16.000 años. El tallado de colmillos de mamut se halla en las encías mismas del arte prehistórico.

"El significado del hallazgo reside en su rareza. No se trata de herramientas, que los arqueólogos encuentran a menudo en yacimientos de este tipo, si no de la manifestación de una cultura espiritual. Se trata de una de las primeras manifestaciones de arte creativo en este territorio y de un ejemplo de la imagen estética de nuestros antepasados", explica Hizri Amirjanov, jefe del departamento de Edad de Piedra del Instituto de Arqueología de la Academia de las Ciencias de Rusia.

La mayor parte de los objetos están tallados en marfil de colmillo de mamut, materia prima que obtenían de sus trofeos de caza o bien de restos de ejemplares muertos. Los investigadores llaman la atención sobre el hallazgo de numerosos huesos de crías de mamut, prueba de que la caza se centraba en las presas más vulnerables.

Un hallazgo de las dos venus de Zaraysk (una de 17 centímetros y otra inacabada de mayor tamaño) reabre el debate sobre si estas figurillas rechonchas (que se hallan diseminadas desde Siberia hasta España) simbolizan el culto a la fertilidad o son objetos votivos, juguetes o adornos. En los años 30 fueron halladas varias venus muy expresivas en la región de Voronezh, que se unieron a la colección extendida desde Europa del sur hasta los Urales.

La omnipresencia de estas venus paleolíticas (que cuenta con raros ejemplares incluso en Siberia) es para Amirjanov una manifestación de la primigenia unidad europea. "Yo diría que estas figuritas son el marcador de la unidad cultural de Europa en tiempos remotos. De Gaulle marcaba las fronteras de Europa desde el Atlántico hasta los Urales, pero la vida ya marcó esta frontera mucho tiempo atrás, hace 20.000 años", asegura.

La joya del descubrimiento es un bisonte también de marfil de mamut cuyo uso como objeto religioso ha sido documentado por los arqueólogos. Amirjanov explica que la figura era utilizada como totem en rituales mágicos anticipatorios antes de la cacería: primero imitaban la caza de la estatuilla, le rompían las patas, le pintaban el pecho con alguna pintura y luego organizaban funerales.

"Excavaron una fosa de 60 centímetros de diámetro y 80 de profundidad, en cuyo fondo construyeron un pequeño podio en el cual colocaron la estatua y después la cubrieron con tierra", explica el arqueólogo.

En la feria para millonarios que se celebró el pasado fin de semana en Moscú había curiosos ajedreces con piezas de marfil de mamut. Salvando las distancias y los milenios, quizá sea el mismo instinto primitivo de la propiedad lo que mueve hoy al oligarca ruso a pagar hasta 150.000 euros por estas joyas únicas que sus antepasados fabricaban hace 20.000 años.

Fonte: Daniel Utrilla (3 Dez 2008). El Mundo Digital:  http://www.madrimasd.org/informacionIDI/noticias/noticia.asp?id=37301&sec=2

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por noticiasdearqueologia às 18:24

Domingo, 31.08.08

”Grutas do Almonda são caso único em Portugal”

Só quando se fala em achados de fósseis humanos, como aconteceu o mês passado, as pessoas despertam para o que se passa nas Grutas do Almonda. Desde 1988 que equipas voluntárias e profissionais se dedicam durante dois meses por ano, a ”escavar” as grutas de Torres Novas, na procura de sinais que ajudem a melhor conhecer a história. Este ano, a campanha arqueológica na Gruta da Oliveira resultou no achado de fósseis humanos. Mais tempo houvesse e o resultado seria melhor, já que, no entender de João Zilhão, responsável pelos trabalhos, muito há ainda por descobrir nas grutas da nascente do Almonda.

 

Desde o final da década de 80 (tirando dois anos de interregno devido a outros projectos e falta de financiamento) que se sucedem as campanhas arqueológicas no sistema de Grutas do Almonda, considerado pelo Ministério da Cultura, ”imóvel de interesse público”. O primeiro passo neste trabalho foi dado pela Sociedade Torrejana de Espeleologia e Arqueologia (STEA), que descobriu os primeiros utensílios em pedra, que desencadearam todo o trabalho que se seguiu. Isto, em 1987. Desde então, o trabalho tem continuado e o resultado de tantos anos de exploração, materializado em achados, poderia ser muito maior, não fosse a falta de financiamento que condiciona a evolução da investigação.




A campanha deste ano, que decorreu entre Junho e Julho, na Gruta da Oliveira, trouxe boas notícias e um incentivo à continuação das escavações: a descoberta de fósseis humanos do Neandertal, segundo contou João Zilhão. Uma falange e um úmero, como continuou o arqueólogo, e dois outros elementos ainda em fase de diagnóstico, terão sido encontrados na gruta e são testemunhos importantes da pré-história e do homem Neandertal e elementos chave na discussão que se desenvolve à escala internacional, sobre a evolução humana. Disto, não tem dúvidas João Zilhão. Achados importantes e que se vêm juntar a outros já efectuados nas mesmas grutas: ”Até agora, de Neandertais da Gruta da Oliveira temos uma falange da mão, um cúbito, dois úmeros direitos, um fragmento do crânio e uma tíbia”.


Porque onde há fumo, há fogo, Zilhão suspeita que não muito longe dos achados deste ano, outros vestígios de vida humana existirão. Mas o ritmo de trabalho é lento, uma vez que não há financiamento para campanhas mais alargadas e, por isso mesmo, segundo o arqueólogo, haverá trabalho para mais 20 anos nas Grutas do Almonda, até se descobrir tudo o que o imóvel tem para oferecer aos estudiosos. Enquanto não se encontrarem mais fósseis humanos de relevo para o estudo da pré-história, a gruta, por si só, e como afirmou João Zilhão, oferece já elementos importantes para perceber a forma de vida de outrora: ”A jazida já nos dá importantes informações sobre o modo de vida, como era a paisagem dessa região, que animais existiam, como eram explorados pelos caçadores desse período – 30 a 100 mil anos antes do presente – e qual o papel que aquela gruta desempenhava no sistema de povoamento dos caçadores. Esta jazida dá informações sobre essa época, como mais nenhuma dá”, alerta João Zilhão.


Quem visita a nascente do Almonda, nas traseiras da fábrica de papel Renova, não imagina que aí se encontre tal riqueza. João Zilhão não tem reservas em afirmar que o sistema de grutas do Almonda é, à escala da Península Ibérica, uma das poucas que dá informação de tanta qualidade: ”Em termos arqueológicos, para a pré-história, este é um sistema de jazidas único no país e com poucos paralelos a nível mundial. Não vou dizer que é uma jazida, no estado actual de desenvolvimento, para ser merecedora da classificação de património mundial. No caso de grutas arqueológicas, isso resulta em grande medida dos achados que lá se fazem e da relevância que têm para certos problemas, nomeadamente relacionados com a evolução humana”. Um título que apenas não merece, no entender de Zilhão, porque a falta de investimento, não permite uma exploração condigna, que resulte em um número significativo de achados: ”O apoio reduzido que temos tido significa que a exploração do sistema do Almonda vá muito devagar e, embora o potencial seja enorme, os achados que foram feitos até agora são de relevância nacional e, em alguns aspectos, europeia. E é, seguramente, uma das mais importantes do país”, garante o estudioso.


Mas porquê? ”As pessoas que vêm à nascente vêem a água a brotar por cima da parede da represa e o lago, que tapa a galeria por onde actualmente o rio desemboca à superficie. Ali confluem dois rios subterrâneos. Como é uma escarpa muito alta, o rio hoje está a nascer aquela cota, mas em anos anteriores ele nascia mais alto. De cima para baixo, vamos tendo vestígios de habitação de há 200/300 mil anos. A meia encosta está a Gruta da Oliveira onde encontramos vestígios de 30 mil a 100 mil anos, depois, logo por cima da nascente há duas - uma que está em exploração, que é a Lapa dos Coelhos e que corresponde ao período a seguir (10 mil a 30 mil anos) e, logo por cima da nascente, a Galeria da Cisterna, onde encontrámos, nas primeiras escavações, um cemitério da época dos primeiros agricultores (de há 6 mil, 7 mil anos). Esta diacronia num único lugar, é caso único em Portugal. Há um caso parecido em Espanha, que é a Tapuerca e não conheço na Europa outra situação parecida. Temos aqui todas as etapas da pré-história”, explicou João Zilhão.


O investigador não tem dúvidas de que o sistema de Grutas do Almonda tem imenso potencial sub-aproveitado e deixa umas dicas: ”Com os achados da Gruta do Almonda, faz-se um museu completo da pré-história do território português. Uma coisa que é realista e viável, é começar aqui um pequeno museu, como não se pode fazer nem no Museu Nacional”.


Os fósseis humanos entretanto achados em Torres Novas, ao longo destes 20 anos de campanhas, encontram-se no Centro de Investigação de Paleontologia Humana e Afrociências, juntamente com o esqueleto do Menino do Lapedo, a fim de poderem ser estudados em conjunto, como contou Zilhão. Os restantes achados estão em Torres Novas, na sede da STEA e uma parte no Museu Nacional de Lisboa e na universidade.


 


O perfil da região


O sistema das Grutas do Almonda deixa, por si só, perceber qual foi o perfil da região em tempos idos: ”Era uma terra de caçadores, nas margens do Almonda, com manadas de cavalos a pastar ao longo do rio. Um bosque aberto, parecido com a savana de África, com grandes carnívoros como leões, panteras, hienas, e pequenos grupos humanos. Em tudo o que é hoje a área do concelho, haveria talvez vinte pessoas, que exploravam tudo, gruta em gruta, ao ar livre, vivendo da caça. Ao longo do tempo inventando coisas novas, desenvolvendo tecnologias”, terminou João Zilhão.


 


 


 




 


 


Fonte: Inês Vidal (22 Ago 2008). Jornal Torrejano: http://www.jornaltorrejano.pt/edicao/noticia/?id=594&ed=633

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por noticiasdearqueologia às 11:53

Quarta-feira, 27.08.08

El neandertal no era más tonto

Su desaparición no puede atribuirse a un déficit tecnológico - Un estudio de sus herramientas refuta la teoría de que el 'Homo sapiens' fuera más avanzado.




El misterio de por qué se extinguieron los neandertales no podía tener una solución tan fácil. Durante décadas los libros de arqueología han defendido que fue por las herramientas: su tecnología no era tan avanzada como la sapiens -nosotros-, y de ahí su decadencia. Pero arqueólogos británicos y estadounidenses han pasado tres años fabricando, golpe a golpe,instrumentos neandertales y sapiens, y han comparado el resultado. Su conclusión es que ambas tecnologías son igual de eficaces y prácticas. "Los neandertales no eran más tontos, eran distintos", dicen los autores.










 










Juan Luis Arsuaga: "Lo único que no hacían era pintar"





"Nuestro hallazgo derriba un pilar de la teoría, largamente aceptada, de que el Homo sapiens era más avanzado", asegura Metin Eres, primer autor del trabajo que se publica en Journal of Human Evolution. "Es hora de que los arqueólogos empiecen a buscar otras razones por las que los neandertales se extinguieron, mientras que nuestros antepasados sobrevivieron. Tecnológicamente, no hay ventajas claras de unas herramientas frente a otras".


Tras convivir con el Homo sapiens durante 10.000 años en Europa, los neandertales se extinguieron hace 28.000. Y no se sabe por qué. En los últimos años, los paleoantropólogos han encontrado muchas evidencias de que los neandertales no eran esos brutos que se vieron superados por una especie inteligente. Por eso Antonio Rosas, del Museo Nacional de Ciencias Naturales (CSIC), que investiga en neandertales, dice que estas conclusiones no le sorprenden. Marcus Bastir, su colega, añade: "Los neandertales estaban muy bien adaptados. Cuidaban a sus enfermos, y, por tanto, tenían una estructura social y un lenguaje. Practicaban enterramientos... Debió de haber varios motivos para su extinción".


Durante mucho tiempo, neandertales y sapiens fabricaron el mismo tipo de herramientas, generando lascas de piedra. La llegada del Paleolítico Superior supuso un cambio tecnológico para los sapiens, que empezaron a producir hojas, más estrechas. "Siempre se había creído que el cambio condujo a una mayor eficiencia tecnológica", explican los autores del trabajo. La fabricación de hojas se asociaba una producción más eficaz y a la obtención de más filo cortante por cantidad de materia prima. Sin embargo, estas afirmaciones "no habían sido sometidas a pruebas sistemáticas", escribe Eren.


Durante tres años, él se dedicó a generar lascas y hojas, analizando el resultado con programas informáticos. El equipo midió el número de herramientas producidas, su filo, la eficiencia en el uso de la piedra y la duración del proceso. Concluyeron que la fabricación de hojas aprovechaba peor la materia prima y no producía más filo. "En resumen, que nuestra producción de hojas no fue estadísticamente más eficaz".


¿Por qué, entonces, los sapiens optaron por las hojas? Tal vez por motivos culturales o simbólicos. "Colonizar un continente no es fácil. Y hacerlo durante la Edad del Hielo es aún más duro", señala Eren. "Así que para el sapiens


pudo servir de pegamento social, una forma de crear redes de apoyo. Así, en tiempos de sequías o carestías estas redes funcionarían como seguros de vida, favoreciendo los intercambios y el mercado entre miembros del mismo equipo".


La idea podría casar con lo que dice Juan Luis Arsuaga. "La mente no fosiliza, así que siempre se ha recurrido a evidencias indirectas, como las herramientas, para decir que los neandertales eran menos inteligentes. Pero lo único que veo distinto es la capacidad simbólica. No encontramos diferencias en lo desarrollado de la sociedad, en el uso del fuego, en la economía... Lo único que no hacían los neandertales era pintar". La solución al misterio de la extinción neandertal podría estar en el Museo del Prado.





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por noticiasdearqueologia às 22:24


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