Domingo, 09.08.09
Fig. 1. View of the Punta Teglia promontory. Its rocky cliff is only 260 m away from the archaeological site.
(Photo: D. Bartoli, ProMare)
After a first season of research in 2007, when SBAToscana collected evidence of a large concentration of black-glazed pottery and Late Graeco-Italic amphoras, SBAToscana and ProMare inspected the site in October 2008. It was then confirmed that, at 18 m of depth, a large concentration of black-glazed bowls, cups, and plates was spread over an area of ca. 60 x 40 m on a seafloor characterized by a massive growth of posidonia oceanica intermixed with some sandy spots. It was therefore likely that an ancient ship was lost in the proximity (Fig. 2).
Fig. 2. General view of the underwater site, seen from its eastern end. It is visible the sandy area where most of the black-glazed artifact are located; on the left the wall of posidonia which might cover the main portion of the cargo, and remains of the hull. (Photo: A. Pareti, SBAToscana).
It was not clear, however, if the remains of the merchantman which carried the artifacts could have survived under the thick layer of seagrass, and if a merchantman was present at all - the ship could have simply capsized, spread its cargo all over the area, and crashed on the sharp rocks of the nearby promontory. The lack of the typical "amphoras' mound" that characterizes the majority of the known Graeco-Roman shipwrecks, represented the main challenge for researchers that could not locate the main portion of the cargo, if it exists.
It was necessary to verify if, next to the sandy spot with the highest concentration of artifacts, an excavation trench at the base of the posidonia could reveal further remains of the cargo - and possibly a portion of the hull itself. After selecting the area next to the highest concentration of artifacts and dividing it into four grids of 8 x 8 m (Fig. 3), the area was spike-probed at regular intervals to check if beneath the posidonia's roots harder material (possibly pottery) was present (Fig. 4). Markers were used to evidence these anomalies (Fig. 5), and the spot with the highest concentration of them was chosen and divided into a smaller, 4 x 4 m grid, where the actual excavation took place (Fig. 6).
Figs. 3-6. Different phases of the work in Capraia: creating the survey grids, spike-probing, leaving markers on the seafloor, and creating the excavation grid. (Photos: A. Pareti, SBAToscana)
An underwater metal-detector was also used to locate metallic signals such as the copper and iron nails of the ship's hull, which were indeed found both in the excavation area and in the sand; all the artifacts were positioned and mapped using trilateration, offsets measurements, and a detailed site plan was created using Site Recorder 4® (Figs. 7-9).
Figs. 7-8. Metal-detector operations at Capraia, and offset measurements of an artifact.
(Photo 7: D. Bartoli; Photo 8: P. Holt, ProMare)
At the end of the 2009 field work season, the small excavation trench provided new clues to prove that a ship did sink in Capraia, but its wooden remains, if present, have not been located yet. Several copper and iron nails testify to the presence of wooden planks in this spot on the seafloor (Figs. 10-11).
Figs. 10-11. An iron and a copper nail coming from the excavation area.
(Photos: D. Murphy, D. Bartoli, ProMare)
Some diagnostic artefacts such as a bronze Roman coin dated to the first half of the second century B.C. (Fig. 12), one black-glazed guttus (Figs. 13-14), and a well-preserved oil-lamp (Fig. 15) were found also during the 2009 campaign.
Fig. 12. Roman bronze assis with representation of a ship's bow..
(Photo: A. Pareti, SBAToscana)
Figs. 13-14. The guttus as it appeared on the seafloor at the time of discovery, and on land. (Photos: D. Bartoli, ProMare; A. Pareti, SBAToscana)
Figs. 15-16. The black-glazed oil-lamp. (Photos: A. Pareti, SBAToscana)
Two lead fishing-weights (one left on the seafloor), found close to the bronze coin and in association with a little bronze blade might represent evidence of an ancient fishing net lost on this site, with the necessary tools ready to clean the newly-caught fish (Figs. 17-18).
Figs. 17-18. A lead fishing weight (to the left), found in association with a small bronze simpulum' handle (to the right). The wooden handle did not survive (Photos: D. Murphy, ProMare; A. Pareti, SBAToscana)
More artefacts such as broken roof tiles (Fig. 19), ancient blown glass (Fig. 20), three amphora necks (Fig. 21-23), and several black-glazed artefacts (Figs 24-25) testify to the importance of this site which needs to be studied, even in absence of the main cargo, as a quite uncommon example of an assemblage of small, light, highly-mobile artefacts, which have been distributed over a large area of the seafloor by the constant action of the sea currents which are strong in the area.
Figs. 19-20. A roof tile from the site (to the left), and a sherd of late Roman-Medieval blown-glass (to the right)
(Photos: D. Muphy, ProMare)
Figs. 21-25. Three amphora necks from the site, and a black-glazed bowl with four palmettes decorating it.From left to right: a Dressel 20 amphora neck, a Rhodian and Dressel 1A (?) types.
(Photos: D. Bartoli, ProMare).
Fonte: (Jul 2009). Promare.org: http://www.promare.org/notes_from_the_field/capraia.html
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por noticiasdearqueologia às 21:43
Quinta-feira, 23.07.09
Uma equipe de arqueólogos usando tecnologia de sonda para escanear o fundo do mar descobriu um "cemitério" de cinco navios da Roma antiga em boas condições, na costa da pequena ilha italiana de Ventotene.
As embarcações comerciais, do período entre o 1o século a.C. ao 5o século d.C., estão numa profundidade a mais de 100 metros do nível do mar e se incluem entre os navios naufragados descobertos em águas mais profundas no mar Mediterrâneo nos últimos anos, disseram os pesquisadores nesta quinta-feira.
Parte de um arquipélago, situado a meio caminho entre Roma e Nápoles, na costa oeste da Itália, Ventotene historicamente servia como local de abrigo durante o mau tempo no Mar Tirreno.
"Parece que os navios buscavam um local seguro para ancorar, mas não conseguiram", disse Timmy Gambin, chefe da área de arqueologia da Aurora Trust (www.auroratrust.com). "Por isso, em uma área relativamente pequena encontramos cinco embarcações que naufragaram... um cemitério de navios".
As embarcações estavam transportando vinho da Itália, valioso molho de peixe da Espanha e norte da África e um misterioso carregamento de lingotes de metal da Itália, possivelmente para serem usados na construção de estátuas ou armamento.
Gambin disse que os destroços revelaram um padrão de comércio no Império Romano: primeiro, Roma exportava seus produtos para suas províncias, mas depois começava gradualmente a importar delas mais e mais artigos que antes produzia.
Na época romana, Ventotene, conhecida como Pandataria, era usada como local de exílio de nobres romanos que caíam em desgraça com o poder. O imperador Augusto enviou para lá sua filha Julia por ter cometido adultério. No século 20, o ditador italiano Benito Mussolini usou a ilha distante como prisão para opositores políticos.
Por causa da profundidade em que se encontram, os navios permaneceram intocados por centenas de anos.
Fonte: Daniel Flynn. (23 Jul 2009). O Globo:http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/07/23/arqueologos-acham-cemiterio-de-navios-romanos-que-afundaram-756939668.asp
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por noticiasdearqueologia às 23:14
Segunda-feira, 25.08.08
A Baía de Angra do Heroísmo continua a revelar-se uma «arca» de vestígios arqueológicos do século XVI ao XX, com o aparecimento de três novos «sítios» descobertos por uma equipa de nove investigadores de arqueologia marítima.
José António Bettencourt, responsável pelos trabalhos arqueológicos, revelou à Lusa que foram localizados um novo naufrágio, denominado «Angra J», um túmulo de lastro de embarcação e um terceiro com uma densidade de vestígios que vão do século XVI ao século XX.
«Junto do naufrágio, que mantém grande parte da sua estrutura de madeira e que é um local com elevado potencial de investigação, foi também localizado um canhão em ferro e um apito em bronze [século XVI], que se supõe fosse usado para chamar a tripulação e que já foi enviado para o Centro de Conservação e Restauro», adiantou o arqueólogo.
No mesmo local, foi ainda recolhida uma «concreção» (solidificação) que os técnicos pensam «corresponder a uma espada», bem como outros objectos em metal e cerâmicas. Os investigadores localizaram, também, junto do túmulo de lastro, uma «anforeta» e outras cerâmicas mais comuns.
O terceiro sítio agora sinalizado, onde existe uma densidade de vestígios que vão do século XVI ao século XX, deverá estar relacionado com a sua utilização como fundeador - zona de ancoragem e actividades portuárias.
Dez locais de naufrágios assinalados
O trabalho dos arqueólogos estende-se a uma intervenção num outro naufrágio, denominado «Angra B» - um navio do século XVI ou princípio do século XVII -, no sentido de ser finalizado «o seu registo, de forma exaustiva, em termos de planta, fotografia e análise descritiva».
Na Baía de Angra, ilha Terceira, estão sinalizados, a partir de agora, dez locais de naufrágios denominados de «Angra», numerados de «A» a «J», e cerca de duas dezenas de sítios com interesse arqueológico. Dois deles são parques arqueológicos e abertos ao turismo subaquático desde 2006.
O primeiro parque, «Naufrágio do vapor Lidador», navio brasileiro de transporte de passageiros e mercadorias, que afundou em 1878, está localizado a dez metros da costa da baía e a sete metros de profundidade.
O segundo, um «Cemitérios de Âncoras», onde ancoravam as naus e galeões dos séculos XVI e XVII, localiza-se a 500 metros da costa e a uma profundidade variável entre os 16 e 40 metros.
Para além destas reservas, o Governo Regional pretende abrir mais duas nas ilhas do Pico e Flores, onde se encontram afundados os navios «Caroline» (1901), que controlava o mercado europeu de adubos, e o «Slavónia» (1909), um navio inglês de passageiros.
Paralelamente, as autoridades regionais estão a elaborar a Carta Arqueológica Subaquática dos Açores (CASA) que visa criar um banco de dados informatizado, constituído por informações das mais diversas fontes. A CASA vai permitir ainda a criação de um roteiro específico de turismo de parques arqueológicos subaquáticos na região.
Fonte: (25 Ago 2008). Portugal Diário: http://diario.iol.pt/sociedade/acores-baia-angra-do-heroismo-arqueologia-artefactos-naufragios/984528-4071.html
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por noticiasdearqueologia às 18:57
Quinta-feira, 01.05.08
An archaeologist displays shipwreck loot: a Spanish gold coin, three Portuguese silver coins and brass dividers.
It had nothing to protect it from the fierce weather off a particularly bleak stretch of inhospitable coast. It sank, only to be found last month by men seeking other treasure.
"If you're mining on the coast, sooner or later you'll find a wreck," archaeologist Dieter Noli, who is researching the ship's origins, said in an interview Thursday, describing De Beers geologists stumbling on the wreck April 1 as they prospected for diamonds off Namibia's southwest coast.
Top archaeologist Dieter Noli uses his hat to count the daily take of gold coins from the shipwreck.
Namdeb Diamond Corp., a joint venture of the government of Namibia and De Beers, had cleared and drained a stretch of seabed, building an earthen wall to keep the water out so geologists could work.
Noli said one of the geologists first saw a few ingots, but had no idea what they were. Then they found what looked like cannon barrels, but weren't sure.
The geologists stopped the brutal earth-moving work of searching for diamonds and sent photos to Noli, who had done research in the Namibian desert since his university days in Cape Town in the mid-1980s and since 1996 has advised De Beers on the archaeological impact of its operations in Namibia.
The find "was what I'd been waiting for for 20 years," Noli said. "Understandably, I was pretty excited. I still am."
Bruno Werz, of the Southern Africa Institute of Maritime Archaeological Rresearch, poses with two astrolabes.
Noli's original specialty was the desert, but because of Namdeb's offshore explorations, he had been preparing for the possibility of a wreck, even learning to dive.
He had also studied maritime artifacts with an expert from his university days, Bruno Werz, whom he has brought in to help research the Namdeb wreck.
Judging from the notables depicted on the hoard of Spanish and Portuguese coins and the type of cannons and crude navigational equipment, the ship went down in the late 1400s or early 1500s, around the time Vasco de Gama and Columbus were plying the waters of the New World, "a period when Africa was just being opened up, when the whole world was being opened up," Noli said.
Noli compared the remnants found -- the ingots, ivory, coins, coffin-sized timber fragments -- to evidence at a crime scene.
"The surf would have pounded that wreck to smithereens," he said. "It's not like `Pirates of the Caribbean,' with a ship more or less intact."
He and Werz are trying to fit the pieces into a story. They divide their time between inventorying the find in Namibia and researching in museums and libraries in Cape Town in neighboring South Africa, from where Noli spoke by phone Thursday.
Eventually, they will go to Portugal, whose ships were particularly active in the area 500 years ago, or Spain to search for records of a vessel with similar cargo that went missing.
"You don't turn a skipper loose with a cargo of that value and have no record of it," Noli said.
The wealth aboard is intriguing. Noli said the large amount of copper could mean the ship had been sent by a government looking for material to build cannons. Trade in ivory was usually controlled by royal families, another indication the ship was on official business.
On the other hand, why was the captain still holding so many coins? Shouldn't they have been traded for the ivory and copper?
"Either he did a very, very good deal. Or he was a pirate," Noli said. "I'm convinced we'll find out what the ship was and who the captain was."
What sent her down may remain a mystery. But Noli has theories, noting the stretch of coast where it met its fate was notorious for fierce storms and disorienting fogs. In later years, sailors with sophisticated navigational tools avoided it. The only tools found aboard Noli's wrecks were astrolabes, which can be used to determine only how far north or south you have sailed.
"Sending a ship toward Africa in that period, that was venture capital in the extreme," Noli said. "These chaps were very much on the edge as far as navigation. It was still very difficult for them to know where they were."
Noli has found signs worms were at work on his ship's timber, and sheets of lead used to patch holes, indications the ship was old when it set out on its last voyage.
Imagine a leaky, overladen ship caught in a storm. The copper ingots, shaped like sections of a sphere, would have sat snug. But the tusks -- some 50 have been found -- could have shifted, tipping the ship.
"And down you go," Noli said, "weighed down by your treasure."
Spanish gold coins, Portuguese silver coins minted in the late 1400s or early 1500s were found, as well as dividers used for measuring distance on a map during navigation.
Fonte: (30 Abr 2008) CNN.com: http://edition.cnn.com/2008/WORLD/africa/05/01/Namibia.shipwreck.ap/index.html
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por noticiasdearqueologia às 22:49
Quinta-feira, 01.05.08
Uma equipa de arqueólogos turcos exumou de um antigo porto bizantino de Istambul 31 navios, que constituem, na sua avaliação, a mais vasta frota medieval até agora descoberta.
Fazem parte do conjunto caiques à vela utilizados no transporte de cereal e mármore e navios militares bizantinos a remos.
O balanço da exploração, iniciada em finais de 2004 no Eleuterion, porto fundado pelo imperador Teodósio I (364-395) na margem europeia do Mar de Marmara, ultrapassou todas as expectativas.
«Nunca antes foram exumados tantos navios dos séculos VI, VII, IX, X e XI. Eles tapam um grande buraco no conhecimento que temos da tecnologia naval na época bizantina», declarou Metin Gökçay, um dos arqueólogos da missão.
Os navios, dos quais subsistem sobretudo os cascos - atingindo alguns 25 metros de comprimento - - fornecem igualmente preciosas informações sobre as rotas marítimas de ligação da capital de um império então no auge da sua potência com o resto do mundo.
«Os navios chegavam aqui vindos de todos os cantos do império.Encontrámos objectos procedentes do Egipto, de Chipre, da Crimeia, da Rússia, da Roménia, da Bulgária...», assinalou o arqueólogo Mehmet Ali Polat, segundo o qual «é excepcional encontrar-se num mesmo local objectos de tantas origens diferentes».
Durante vários séculos, assinalou Gökçay, o Eleutérion recebeu o milho e a cevada enviados do Egipto para alimentar Constantinopla, populosa capital do império romano de 330 a 395 e, depois, do Império romano do Oriente ou Império bizantino.
«Mas no século VII» - referiu - «os árabes derrotaram os bizantinos, que perderam o controlo do Egipto. E verifica-se que, no século IX, os bizantinos estabelecem relações comerciais com os russos, à medida que estes se convertem ao cristianismo».
Além dos navios, os arqueólogos trouxeram à luz do dia importantes vestígios do próprio porto: as fundações de um farol, um quebra-mar, os alicerces de uma igreja e cerca de 20 metros da muralha do imperador Constantino I (274-337), até agora conhecida unicamente pelos textos que sobre ela se escreveram.
Por esclarecer continua o mistério que rodeia o naufrágio de dezenas de embarcações no cais. Os arqueólogos privilegiam, por agora, a hipótese de um tsunami que teria varrido o porto no século VI.
Fonte: (29 Abr 2008). Lusa/SOL: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=91177
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por noticiasdearqueologia às 09:29
Sexta-feira, 21.12.07
O Governo chinês vai recuperar um navio mercante que se afundou há 800 anos quando transportava um carregamento de porcelana pela rota da seda, no mar do Sul da China, anunciou hoje a agência oficial chinesa.
"É uma operação sem precedentes no campo da arqueologia subaquática tanto na China como no estrangeiro", afirmou à agência Nova China, Zhang Wei, director do Centro de Arqueologia Subaquática do Museu Nacional.
Zhang referiu que, tradicionalmente, os arqueológos realizariam um trabalho de escavação das relíquias no barco afundado e só depois tentariam resgatar o navio para a superfície.
No caso do "Nanhai Número 1", o nome que foi dado ao navio, que significa "Mar do Sul da China Número 1", os arqueólogos lançaram uma operação no início de Maio para arrancar os destroços do barco do lodo envolvente num enorme cesto de aço, para proteger as relíquias e o navio, especificou a imprensa.
A recuperação deverá começar no sábado "se o tempo colaborar", afirmou Wu Jiancheng, responsável pelo projecto de recuperação, citado pela Nova China, a agência noticiosa chinesa.
Wu referiu que serão necessárias cerca de duas horas para elevar o navio até à superfície. O responsável estima que estariam entre 50 mil a 70 mil peças quando o navio se afundou devido a uma forte tempestade.
O barco de 30 metros data da época da dinastia Song (1127-1279), originária do Sul da China. Foi descoberto em 1987, a mais de 20 metros de profundidade, na costa chinesa, perto de Yangjiang, na província de Guangdong, no sudoeste do país.
Pratos de porcelana de esmalte verde e outras peças de porcelana de sombra azul foram algumas das raras antiguidades encontradas nas primeiras explorações do navio.
Segundo o jornal China Daily, a mercadoria do navio também incluía ouro e jóias.
Uma oficial do gabinete de resgate de Guangzhou, que está encarregado da recuperação do navio e das raridades, sob tutela do Ministério das Comunicações, confirmou a existência desses artigos no barco, pedindo anonimato, de acordo com a política do gabinete.
No sábado, uma grua vai levantar o enorme cesto para trazer o navio à superfície e conduzi-lo para um porto onde será colocado numa piscina de vidro instalada num museu criado especialmente para este trabalho.
A piscina tem as mesmas condições ambientais (temperatura e pressão) do local onde o navio se encontrava até então e "vai ser selada depois da inserção do navio e do lodo no local", afirmou à Nova China Feng Shaowen, responsável pelo gabinete cultural da cidade de Yangjiang.
Feng acrescentou que os visitantes poderão acompanhar os trabalhos de recuperação do navio através da superfície da piscina.
Até agora, os arqueólogos chineses identificaram mais de dez locais onde podem existir navios submersos ao longo da antiga rota da seda por via marítima.
A escavação do Nanhai Número 1 vai ser um trabalho de pesquisa fundamental para entender a história da rota marítima da seda, do comércio internacional chinês, do intercâmbio cultural, da porcelana, da construção naval e dos métodos de navegação, explicou o director do Centro de Arqueologia Subaquática do Museu Nacional.
Há 2.000 anos, os comerciantes chineses começaram a transportar loiça chinesa, seda, outros têxteis e produtos chineses para fora da China através de uma rota com partida nos portos de Guangdong e Fujian, no Sul da China, para outros países do Sudoeste asiático, da África e da Europa.
Tanto a rota marítima como a rota continental da seda, que estabelecia a ligação terrestre entre a Ásia e a Europa, foram as pontes que ligaram as antigas civilizações do Oriente e do Ocidente.
In: (21 Dez 2007). Lusa / VZP: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/r4jN4t9hyBMmgpMiKcAeDA.html
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por noticiasdearqueologia às 22:02
Domingo, 26.08.07
No âmbito da iniciativa espanhola para a valorização do património cultural subaquático, o objectivo era encontrar alguns vestigios arqueológicos e aumentar o volume de documentação sobre a geofísica da baía de Cartagena. No fundo do mar, entre algumas âncoras romanas e dois barcos dos séculos XIX e XX, estava um navio romano do século I a.C. em bom estado de conservação.
"Um barco é uma descoberta pouco frequente, mas é muito importante. Estes barcos preservam muitas vezes as cargas que são muito interessantes em termos arqueológicos", disse Carlos Batata, especialista em arqueologia romana. "Estes navios faziam a ligação comercial entre Roma e a Península Ibérica e permitem conhecer melhor o comércio da altura", disse.
A iniciativa partiu Museu Nacional de Arqueologia Marítima e do Centro de Investigacões Arqueológicas Submarinas e teve o apoio técnico e logístico da Aurora Trust, uma organização norte-americana sem fins lucrativos que ajuda países, instituições e empresas privadas a explorar o oceano e todos os recursos culturais, biológicos e físicos submersos.
O PUBLICO.PT perguntou a Carlos Batata o que se faz com um barco afundado há mais de dois mil anos: "É feita uma escavação como se se estivesse em terra. Faz-se a quadriculagem do espaço e recolhem-se os objectos, identificando as posições. Tiram-se fotografias e desenha-se o barco. Depois pode ser removido e há meios de conservação cá fora, mas a partir daí a deterioração é rápida".
"Em Portugal, os únicos vestígios subaquáticos encontrados foram algumas âncoras nas Berlengas", disse o especialista. "Suspeita-se que haja barcos destes afundados no Tejo porque os pescadores costumam encontrar alguns objectos na zona de Vila Franca de Xira. Ainda não se investigou a fundo, há falta de meios. Estamos a perder coisas únicas que vão sendo destruídas pelas actividades marítimas".
Marta Ferreira dos Reis (24-8-2007). O Público. http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1303122
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por noticiasdearqueologia às 23:59