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O município de Moura vai promover uma sessão sobre “Arqueologia no Castelo de Moura: nove anos de escavações”. Santiago Macias, responsável pelas escavações, explicou à Rádio Pax que nesta iniciativa vai ser feito um balanço do que tem vindo a ser escavado e das descobertas que têm sido feitas e a contribuição que estas têm tido para um melhor conhecimento da história da cidade e do concelho. O arqueólogo referiu ainda que nesta sessão vão ser perspectivadas futuras de investigações. Para Santiago Macias “é altura de dizer o que ficou para trás, o que já foi identificado e pensar no trabalho a desenvolver futuramente”.
A palestra “Arqueologia no Castelo de Moura: nove anos de escavações” está aberta ao público e decorre na Biblioteca Municipal de Moura pelas 18h30.
Fonte: (1
As obras de requalificação paisagística da Alcaçova do Castelo revelaram a presença de vestígios arqueológicos importantes.
Foi descoberta uma estrutura do século XVI que serviu como instalações militares até ao século XVIII . Obras posteriores no século XIX destruiram parte, nomeadamente as casas quinhentistas do século XVI, sendo visíveis as estruturas islâmicas.
As escavações foram comparticipadas pelo Instituto Português de Arqueologia e pela Câmara Municipal. Estes achados poderão ser visitados em breve na Alcáçova do Castelo de Moura
Fonte: (13 Jan 2008). Rádio Planície: http://www.radioplanicie.com/gestao/noti
«Surpreendentemente, temos achado muitos fragmentos que fizeram parte de edifícios que existiram no castelo entre os séculos V e VII d.C.», revelou hoje à agência Lusa o coordenador científico das escavações, Santiago Macias.
Segundo o arqueólogo, além dos fragmentos das cancelas, foram também descobertos vestígios de pilastras e capitéis, que, «apesar de serem de pequenas dimensões, possuem uma grande importância científica para a história da arquitectura».
Por outro lado, continuou, trata-se de vestígios que, juntamente com outros achados, permitem concluir que o castelo de Moura, sobretudo a zona da alcáçova, «terá tido uma importante ocupação humana durante milhares de anos e em vários períodos da sua história».
Esta é uma das conclusões preliminares das seis campanhas de escavações arqueológicas feitas nos últimos cinco anos no castelo e que vão ser apresentadas terça-feira, às 18:30, na Adega da Mantana, em Moura.
À primeira campanha, realizada como acompanhamento das obras de reabilitação do recinto do castelo promovidas pela autarquia local em 2002, seguiram-se, a partir de 2003, as restantes cinco, integradas num projecto autónomo de investigação científica centrado na alcáçova do castelo.
«Tem sido um trabalho extremamente lento», frisou Santiago Macias, explicando que, «ao contrário de outros locais, onde os níveis da Idade Média estão a 20 ou 30 centímetros do solo, no castelo de Moura os níveis chegam a estar a três e quatro metros de profundidade».
No entanto, salientou, «os trabalhos arqueológicos têm progredido a um bom ritmo e já permitiram escavar e pôr a descoberto várias centenas de metros quadrados na zona da alcáçova».
Neste local, o mais alto do castelo, explicou o arqueólogo, «existe uma série de sedimentos, ou seja, deposições de várias construções que terão sido feitas sucessivamente ao longo dos vários períodos da história do castelo».
Entre elas, destacou, foram achadas e estão a descoberto «estruturas militares dos séculos XVII e XVIII, como casernas e quartéis, que terão sido usados durante e após a Guerra da Restauração da independência portuguesa» (1640-1668).
Mais abaixo, continuou, «já são detectáveis os níveis das construções do século XVI, quando o alcaide (presidente da Câmara) da época residia dentro do castelo».
Além de apresentar as conclusões preliminares e mostrar os principais objectos achados nas escavações, o balanço, salientou Santiago Macias, vai também servir para «explicar às pessoas, de forma acessível, como se faz, que conclusões se podem extrair e qual a importância de uma escavação arqueológica para a valorização e preservação de um monumento».
«É precisamente isto que estamos a fazer no castelo», frisou Santiago Macias, adiantando que as escavações na alcáçova, apoiadas pelo Instituto Português de Arqueologia, vão continuar até 2013, para «tanto quanto possível, deixar à vista testemunhos das várias épocas em que o castelo foi ocupado».
«Em termos arqueológicos, mais do identificar a época ou o período de ocupação mais importante, importa compatibilizar o interesse científico dos achados com as obras de recuperação do castelo», salientou.
Graças ao projecto, salientou, «os vestígios dos vários níveis das diferentes épocas de ocupação do castelo não vão ser destruídos».
«Pelo contrário, vão ser identificados, preservados e ficar à vista para serem apreciados pelos visitantes», disse.
In: Diário Digital / Lusa: 16-07-2007 15:27:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?se
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