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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Autoridades ainda não sabem se são humanas ou não.
Um conjunto de ossadas foi descoberto esta terça-feira, em Lisboa, na Rua D.Pedro V, junto ao Príncipe Real, segundo apurou o tvi24.pt.
Fonte da PSP adiantou que as ossadas foram descobertas pelas 14 horas na sequência de umas obras que estão a ser realizadas num estabelecimento comercial. «Não se sabe ainda se as ossadas são humanas ou não», explicou.
A mesma fonte adiantou que há cerca de cinco anos houve na mesma zona uma descoberta semelhante, levando a suspeitar que aquele seja o local de um antigo cemitério.
A PSP e a PJ foram chamados ao local e agora as ossadas deverão ser transportadas para o Instituto de Medicina Legal para averiguar a sua origem.
Fonte: CLC (12 Out 2010). TVI24.pt: http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/escava
Longa fila e grande entusiasmo à entrada, mas um ar de desilusão à
saída pelo pouco que há para ver
Numa iniciativa associada às comemorações das Jornadas Europeias do
Património, a Câmara Municipal de Lisboa reabriu ontem as galerias
romanas da Rua da Prata. Com acesso gratuito, até ao meio da tarde
cerca de 800 visitantes já por ali tinham passado. Porém, à saída,
muitos confessavam-se desiludidos.
Clara Antunes disse que foi atraída ao local pelas "notícias que foi
vendo", mas, ao regressar das entranhas da Baixa lisboeta, a jovem
revelou que "esperava mais, pois tinha expectativas muito elevadas".
Clara queixava-se, sobretudo, "do pouco que havia para ver" e do facto
de no interior "haver muita água, o que tornou a visita
desconfortável".
Muitos outros visitantes, jovens e adultos, acrescentavam outras
queixas. João Martins lamentava o "intenso cheiro no interior",
enquanto Ana Paula Ventura, comerciante na Rua dos Correeiros, que fez
a visita pela manhã, disse "não valer a pena o tempo de espera", para
depois "ver nada".
A fila para a entrada, cujo acesso se faz pela Rua da Conceição,
estendia-se até à Rua dos Correeiros. Mas em outras ocasiões já foi
bem pior. Conta uma das responsáveis pela visita, Isabel Cameira,
arqueóloga do Museu da Cidade, que no ano passado, "durante o
fim-de-semana, a fila chegou a ter cinco horas de espera", e houve
quem para ali se deslocasse às cinco da manhã para serem os primeiros
a entrar". Muitos turistas também são atraídos à visita simplesmente
pela confusão que observam naquele local.
Em grupos de pouco mais de 20 pessoas, os visitantes descem à história
de Lisboa de forma calma. Começam por ver pequenos espaços dispostos
lateralmente utilizados na época romana como compartimento, passam por
arcos em cuidada cantaria de pedra almofadada e abóbadas, onde são
visíveis as marcas das tábuas de madeira que serviram para a sua
construção. O ponto alto da visita é a "Galeria das Nascen-
tes", também chamada "Olhos de Água", que ostenta a fractura a partir
da qual brota a água que invade o recinto.
No interior, uma guia do Museu da Cidade descreve durante pouco mais
de dez minutos a história do local, "construído pelos romanos na
primeira metade do século I a.C., e redescoberto em 1771 durante a
reconstrução da cidade de Lisboa na sequência do terramoto de 1755".
A funcionalidade da obra durante a época romana esteve ligada às
"actividades portuárias e comerciais", explica a guia, acrescentando
que "propostas mais recentes indicam tratar-se de um criptopórtico",
construção empregue "em terrenos instáveis ou de topografia irregular
para criar uma plataforma de suporte a outras edificações.
O monumento abre durante os três dias pela primeira e única vez este
ano devido às condições de acessibilidade do local e às "fissuras
existentes nas quais não se pode prever o impacto de visitas
constantes", explicou a arqueóloga.
Fonte: Ana Nunes (27 Set 2008). Público
Achados arqueológicos vão obrigar a desviar o traçado inicialmente previsto para a conduta da Simtejo, que deu origem às escavações
Os arqueólogos que estão a fazer escavações no Largo do Chafariz de Dentro, em Alfama, para aferir do estado de conservação de uma muralha (a fernandina, do século XIV) "esbarraram" numa outra, construída no século XVI e até agora totalmente desconhecida. Foram ainda achadas loiças, cerâmicas e vidros de luxo, uma espécie de "brindes" inesperados, que vão agora engrossar o espólio do Museu da Cidade.
A substituição de uma conduta de saneamento da Simtejo - que obrigaria a esventrar o Largo do Chafariz de Dentro - foi a oportunidade de ouro para os arqueólogos partirem para o estudo da Muralha Fernandina. "Já se sabia que seria interceptado um troço na obra de saneamento. O que ninguém sabia era o estado de preservação, uma vez que parte foi desmantelada em 1765 para a construção do edifício da Alfândega de Lisboa", explicou ao JN Rodrigo Banha da Silva, do serviço de arqueologia do Museu da Cidade.
Afinal, a Muralha Fernandina encontra-se em bom estado de preservação. Além desta, do século XIV, os arqueólogos detectaram outra, do século XVI, erguida para servir de reforço à original. "Foi uma surpresa. Isto demonstra que Lisboa foi, de facto, um império à escala mundial. Essa época de esplendor trouxe melhoramentos ao nível das infra-estruturas. As muralhas não foram excepção. Além de terem uma função defensiva eram portas de entrada", explica o arqueólogo.
Segundo o responsável, a muralha do século XVI está assente em barrotes de madeira e ainda permanece no local a cofragem de madeira que serviu de alicerce à Muralha Fernandina. "Ficámos também muito surpreendidos com a variedade, quantidade e exuberância dos materiais encontrados, tais como cerâmicas, loiças e vidros de luxo", salientou.
Uma vez que a Muralha Fernandina está bem preservada, optou-se por alterar o traçado da conduta da Simtejo, para minimizar os danos na infra-estrutura classificada como monumento nacional. A muralha atravessa o Largo de uma ponta à outra, seguindo o eixo da Rua dos Remédios. A ideia é desviar a conduta (para o lado do rio Tejo) de forma a causar o mínimo de destruição.
Fonte: Telma Roque, Bruno Castanheira (15 Mar 2008): Jornal de Notícias: http://jn.sapo.pt/2008/03/15/pais/escava
‘Lisboa: Arqueologia de uma cidade marítima plurimilenar’ é o título da conferência que Blot proferirá sábado de manhã no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, integrada no ciclo ‘Memórias do Mar - Aventuras Transoceânicas’.
«Na minha palestra - explicou - irei fazer um percurso mental de investigação, percorrendo a evolução cronológica das estruturas portuárias na região que hoje chamamos Lisboa, desde que há estruturas habitacionais na informal praia fluvial há 2.800 anos».
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