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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Quinta-feira, 19.03.09

Lagos inicia novas sondagens para descobrir vestígios do passado


Arrancam hoje mais trabalhos de sondagens para tentar descobrir vestígios do passado arqueológicos na cidade de Lagos. Desta vez, tratam-se de sondagens do tipo geoarqueológico, na Rua da Barroca, trabalho que está a ser desenvolvido no âmbito da obra de requalficação da frente ribeirinha que está a decorrer em Lagos, desde Abril de 2008.


"A cidade de Lagos está a proceder a uma das maiores obras de requalificação urbana de que há memória na cidade", frisa a autarquia, acrescentando que o projecto visa "revalorizar a história e melhorar a relação da cidade com a sua frente de mar".


 


No âmbito deste vasto projecto está também em curso a construção do parque de estacionamento subterrâneo da frente ribeirinha, que irá pôr a descoberto grande parte da muralha de Lagos, na zona confinante com a Rua da Barroca. As escavações serão precedidas de trabalhos arqueológicos na área do parque de estacionamento e, também, na Rua da Barroca.


 


"As condicionantes arqueológicas definidas pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) e pela Direcção Regional de Cultura do Algarve estabelecem a obrigatoriedade de execução de sondagens do tipo geoarqueológico na Rua da Barroca. Este tipo de sondagem foi escolhido tendo em consideração a dimensão da rua e a estabilidade das habitações, evitando assim, maiores perturbações", adianta a Câmara de Lagos.


 


A direcção dos trabalhos é conduzida por Oswaldo Arteaga Matute, professor catedrático do Departamento de Pré-história e Arqueologia da Universidade de Sevilha, e decorrerão "por um período máximo de vinte dias".


 


A autarquia explica ainda que, embora o método adoptado não exija a execução de escavação arqueológica convencional, que inviabilizaria o tráfego de peões, irá, no entanto, produzir algum ruído. "Esta situação poderá, pontualmente, e durante alguns dias, condicionar a normal vivência na Rua da Barroca."


 


Os trabalhos irão decorrer apenas em dias úteis (de segunda a sexta-feira) e das 8h00 às 18h00.


Fonte: (19 Mar 2009). Jornal do Algarve. http://www.jornaldoalgarve.pt/artigos.aspx?id=9796

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por noticiasdearqueologia às 23:02

Segunda-feira, 21.07.08

Monte Molião volta a receber estudantes de arqueologia

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Pelo terceiro ano consecutivo, no âmbito de um protocolo entre a Câmara de Lagos e a Faculdade de Letras de Lisboa, estudantes de arqueologia juntam-se, no Monte Molião, em Lagos, para descobrir os vestígios que correspondem à antiga Lacobriga, local que marca a origem da cidade.


Ana Arruda, professora da Faculdade de Letras, explicou ao «barlavento» que «os espólios recolhidos até agora são muito abundantes e estão em excelente estado de conservação. Dominam os vasos cerâmicos, mas também há moedas, vidros, anzóis, anéis e os pesos de rede».

Está ainda prevista a divulgação dos trabalhos, mediante a realização de jornadas para apresentação dos resultados das escavações, abertas à população. No ano passado, esta iniciativa foi um sucesso.

Fonte: Varela, Ana Sofia (16 Jul 2008). O Barlavento.on linehttp://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=25433

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por noticiasdearqueologia às 22:56

Quinta-feira, 17.07.08

Mais vestígios de salgas romanas foram descobertos em Lagos

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Um estudo feito antes do início das obras do UrbCom em Lagos levou a que fossem encontradas «estruturas romanas e tardo-romanas, correspondentes a uma área industrial para preparação de peixe – as salgas -, que estiveram em uso desde meados do século II até ao século VI, sob o chão actual», ou seja, com 1400 a 1800 anos, revelou a arqueóloga Elena Morán. «Sabíamos que assim que começássemos as obras de requalificação da rede de saneamento da Rua 25 de Abril e da Rua Silva Lopes, no âmbito do projecto UrbCom, iríamos encontrar vestígios romanos», revelou ao «barlavento» Elena Móran, arqueóloga da Câmara de Lagos. «É uma zona muito sensível a nível arqueológico», justificou.

Assim, um estudo feito antes do início das obras levou a que fossem encontradas «estruturas romanas e tardo-romanas, correspondentes a uma área industrial para preparação de peixe – as salgas -, que estiveram em uso desde meados do século II até ao século VI, sob o chão actual», ou seja, com 1400 a 1800 anos, revelou a arqueóloga.

Além de duas salgas, nas ruas que sofreram as obras, foram encontrados vestígios daquilo que o departamento de arqueologia da autarquia pensa que poderá ser a lixeira de uma fábrica de cerâmica romana.

A Câmara de Lagos já tinha contratado um grupo de profissionais com experiência nos «complexos industriais de derivados de peixe, da época romana», o que contribuiu para a preservação do património e para a rapidez da conclusão do estudo.

Assim, foram realizadas «escavações de sondagens equidistantes, que permitiram identificar as estruturas arqueológicas» e as infra-estruturas existentes.

De igual modo, entre Janeiro e Fevereiro, no âmbito da requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos, obras que ainda estão a decorrer, a Câmara de Lagos contratou uma empresa de arqueologia.

Os profissionais fizeram «sondagens de diagnóstico para a caracterização da muralha setecentista, do Castelo dos Governadores, bem como dos diferentes cais, na perspectiva de uma eventual valorização», contou a arqueóloga. As estruturas tinham sido soterradas na década de 40 do século XX para a construção da Avenida da Guiné.

Desta vez, as escavações arqueológicas tiveram lugar entre o Castelo dos Governadores, onde fica agora o Hospital, e a antiga Casa da Dízima.

Naquele local existiam duas portas que, articuladas com a muralha setecentista e funcionando como antecâmara da cidade, permitiam a circulação entre muros e o acesso ao Cais da Ribeira.

«A porta que dava acesso ao Cais da Ribeira foi entaipada e o cais foi alteado por outro numa cota superior», afirmou Elena Móran.

«Também foram efectuadas algumas sondagens para identificar o alinhamento da muralha setecentista, e uma outra para identificar o cais da Guiné», acrescentou.

Fonte: Varela, Ana Sofia (16 Jul 2008): Barlavento, on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=25432

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por noticiasdearqueologia às 22:09

Quinta-feira, 16.08.07

Arqueólogos em busca da antiga Lacobriga (Lagos)

O Monte Molião , na entrada da cidade de Lagos, poderá ser o que resta da antiga Lacobriga das fontes clássicas. Terá sido este o local sitiado pelas tropas comandadas por Metelo e que Sertório «libertou». Na vertente sul do Monte Molião , em frente à actual cidade de Lagos, foram descobertos fornos do Alto Império romano.



São pelos menos esses os indícios que os trabalhos arqueológicos de campo que estão a decorrer este ano, levados a cabo pela equipa liderada Ana Margarida Arruda, da Faculdade de Letras de Lisboa, no Monte Molião , têm trazido à luz do dia.
Este sítio, localizado frente à cidade, do outro lado da ribeira, tornou-se uma referência incontornável da arqueologia algarvia e a sua identificação com a Lacobriga referida nas fontes clássicas (povoação antiga que teve um papel importante nas guerras lusitano-romanas ) tem levado à criação de toda uma mistificação arqueológica em torno do local.
Pela sua importância, mas também como uma forma de conhecer e preservar as origens de Lagos e dos lacobrigenses, a Câmara local, em conjunto com a Universidade de Lisboa, começou, no Verão passado, a primeira campanha de escavação arqueológica sistemática no Monte Molião .
Os trabalhos de 2006 vieram ajudar a desenterrar um passado bem longínquo, uma vez que a ocupação do sítio ocorreu entre finais do século IV antes de Cristo e os inícios do século II d.C , ou seja, entre 2400 a 1800 anos atrás.
Estas descobertas vêm sustentar a existência de uma ocupação pré-romana naquele sítio, que, embora tivesse sido presumida por anteriores investigadores, nunca tinha sido confirmada no terreno, com escavações arqueológicas, como aconteceu agora.
Este ano, os arqueólogos e dezenas de alunos foram mais longe e fizeram sondagens de micro-topografia e prospecção geofísica.
Segundo o arqueólogo Pedro Lourenço, responsável pelos trabalhos na zona A, «estes trabalhos mostram-nos que esta era uma zona densamente povoada. Encontramos aqui estruturas que poderão fazer parte de um grande edifício público», esclareceu.
Associadas a essas estruturas, que datam do século I e II da era cristã, foram recolhidos numerosos materiais arqueológicos, sobretudo cerâmica, moedas, vidros e anzóis, que, segundo Pedro Lourenço, indicam que «esta zona tinha actividade piscatória».
Mas foi o lado Sul do Molião que trouxe mais surpresas, este ano. «Aqui podem ver-se grandes áreas com tijolos, estruturas circulares que correspondem a fornos. Determinámos que são da época romana, do período do Alto Império, datados dos séculos I e II d.C », explicava ao «barlavento» Patrícia Bargão , arqueóloga responsável pelas escavações na área C.
«Poderão ser fornos domésticos, comunitários, ou poderão ser fornos de cerâmica comum», acrescentou.
Mas a ocupação deste esporão iniciou-se, contudo, em época pré-romana. As estruturas encontradas e que estão escavadas na rocha demonstram uma ocupação mais antiga, correspondente à segunda Idade do Ferro, séculos IV/III antes de Cristo, disse Patrícia Bargão .
Os vestígios desta época poderão ter pertencido a habitações ou espaços domésticos.
Segundo Elena Morán , arqueóloga da Câmara de Lagos, as populações que habitaram o Monte Molião nesta altura «estavam incluídas nos circuitos comerciais mediterrâneos, a avaliar pelas importações de cerâmicas gregas já identificadas».
Mara Dionísio (11 de Ago 2007). O Barlavento Algarvio
http :/ www.barlavento.online.pt index.php /noticia?id=17250

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por noticiasdearqueologia às 23:34


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