Terça-feira, 06.09.11
Arqueólogos esperam que Francisco José Viegas anuncie em breve uma nova estrutura de funcionamento (Nuno Ferreira Santos)
Luís Filipe Coelho, até agora subdirector do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) e responsável pela área financeira, será o novo director daquele organismo, substituindo no cargo Gonçalo Couceiro, que pediu a reforma e cessou funções no final de Agosto.
A substituição acontece numa altura em que os arqueólogos aguardam com expectativa a definição do novo modelo de organização a apresentar pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC) de Francisco José Viegas.
O PÚBLICO ouviu vários arqueólogos que se mostram convencidos de que a nova direcção deverá assegurar apenas a actual fase de transição e que em breve serão anunciadas mudanças mais profundas.
"A minha preocupação não tem a ver com quem irá transitoriamente dirigir os organismos [Igespar e Instituto dos Museus e da Conservação], mas sim com a arquitectura da relação futura entre os serviços centrais da SEC e os organismos que dão a cara perante o público, as bibliotecas, os arquivos, os museus", diz Luís Raposo, presidente do ICOM Portugal (Conselho Internacional dos Museus) e director do Museu Nacional de Arqueologia.
"Em períodos de crise, as gorduras que podem ser cortadas são as que estão nas estruturas intermédias", considera Raposo, defendendo que os cortes, a acontecerem, devem ser ao nível das Direcções Regionais de Cultura, dando às estruturas que têm o contacto directo com os cidadãos no terreno "maior capacidade e autonomia".
Para João Tiago Tavares, presidente da Associação Profissional de Arqueólogos (APA), o importante é que, na estrutura de funcionamento que venha a ser definida pela SEC, "a arqueologia não seja menorizada". Isso pode ser feito mantendo a estrutura actual, com as Direcções Regionais, ou com um modelo centralizado, desde que "haja uma articulação dos serviços para que possam funcionar eficazmente".
Uma das críticas frequentes ao actual modelo, explica, tem a ver precisamente com a "sobreposição de competências entre o Igespar e as Direcções Regionais". A APA já pediu uma audiência ao novo secretário de Estado da Cultura, mas ainda não foi recebida.
Fonte: Alexandra Prado Coelho (6 Set 2011). Público: http://www.publico.pt/Cultura/luis-coelho-vai-ser-o-novo-director-do-igespar_1510663
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por noticiasdearqueologia às 12:46
Quarta-feira, 23.03.11
A reestruturação da orgânica do Ministério da Cultura está a gerar preocupações entre arqueólogos e associações de museus.
A Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP) vai reunir com o secretário de estado da Cultura, Elísio Summavielle, a 31 de Março, um encontro que tem como único ponto na agenda a reestruturação em curso no Ministério da Cultura e as suas consequências na tutela arqueológica pública que, consideram, "vai varrer com a arqueologia da estrutura orgânica do Estado"
A reestruturação em curso abrange também o Instituto dos Museus e da Conservação que já fez saber que nove museus vão passar para a tutela das direcções regionais de cultura e um outro passará a pólo museológico dependente de um museu nacional. Uma reorganização que não foi discutida nem com o sector nem com os próprios directores dos museus, como o DN confirmou junto de alguns responsáveis.
fONTE: Marina Marques (19 mAR 2011). Diário de Notícias: http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1809638
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por noticiasdearqueologia às 13:18
Quarta-feira, 25.11.09

O anúncio foi já feito pelo Ministério da Cultura que não adianta a data da tomada de posse.
Gonçalo Vasconcelos dos Santos Couceiro ocupava até agora as funções de director Regional de Cultura do Algarve, nas quais será substituído por Dália Paulo.
Licenciado em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa e mestre pela École Pratique des Hautes Études (Sorbonne), engenheiro electrotécnico pelo Instituto Militar dos Pupilos do Exército, Gonçalo Couceiro foi de 1996 a 2005 consultor para os Assuntos Culturais da Casa Civil da Presidência da República.
Do seu currículo consta ainda ter sido técnico superior da Direcção Regional de Cultura do Algarve, e assessor sénior de Intervenção Urbana na Lisboa’94 - Capital Europeia da Cultura.
O indigitado director do IGESPAR é membro das associações de Estudos Portugueses, e Portuguesa de Historiadores de Arte, bem como do Conselho Geral da Fundação Alter Real.
Para o lugar que Gonçalo Couceiro ocupava no Algarve foi designada Dália Paulo, que desde 2002 era a chefe da Divisão de Museus da Câmara Municipal de Faro.
Dália Paulo é licenciada em História (variante de Arqueologia) pela Universidade de Coimbra, mestre em História da Arte pela Universidade do Algarve, com uma pós-graduação em Arqueologia Romana pela Universidade de Coimbra.
Actualmente, Dália Paulo prepara o doutoramento em Museologia pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
A futura directora Regional de Cultura do Algarve é membro da Associação Portuguesa de Museologia, do ICOM Portugal, da AGECAL - Associação de Gestores Culturais do Algarve e da Associação Profissional de Arqueologia.
Fonte: (13 Nov 2009). Jornal Hardmúsica: http://hardmusica.pt/noticia_detalhe.php?cd_noticia=3550
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por noticiasdearqueologia às 22:04
Segunda-feira, 18.05.09
Os serviços do IGESPAR oriundos das instalações de Belém onde vai ser construído o Museu dos Coches estarão na Cordoaria Nacional até finais de Julho, disse quinta-feira à Lusa o sub-director daquele instituto.
João Pedro Cunha Ribeiro garantiu que as obras de adaptação da Cordoaria Nacional, a cargo da Parque Expo, começam nos próximos dias e terão a duração de dois meses.
O sub-director do IGESPAR afirmou que a abertura da biblioteca de Arqueologia no Torreão Poente da Cordoaria «pode demorar um pouco mais», para salvaguarda dos documentos. «A direcção fez questão de que fossem os técnicos da biblioteca a realizar a operação, quer no empacotamento quer na abertura das caixas e posterior arrumação».
A biblioteca foi encerrada a 7 de Maio porque «não era possível fazer a mudança» se estivesse em funcionamento, comentou aquele responsável.
A transferência de alguns serviços para o Palácio da Ajuda, um dos alvos de contestação por parte da Associação Profissional de Arqueólogos (APA) e da Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP), num comunicado divulgado quinta-feira, teve «alguns percalços que estamos a tentar ultrapassar», esclareceu Cunha Ribeiro.
«Está projectada a transferência dos serviços remanescentes para Cordoaria Nacional. O processo está em curso e as obras começam dentro de dias. Quando entrarmos em fase de obra, prevemos o prazo de dois meses para lá instalarmos os serviços.Temos a expectativa de tê-los a funcionar até ao fim de Julho».
As obras de demolição em curso no terreno do futuro Museu dos Coches «só podem ser levadas até ao fim quando tivermos instalações alternativas». Assim, está a ser feito o isolamento com tapumes dos pavilhões onde ainda funcionam serviços, para minimizar os efeitos da obra e para salvaguardar os materiais em arquivo. «Em nenhum momento se encontrará em perigo a integridade do espólio arqueológico ali depositado», assegurou o sub-director do IGESPAR, que é professor de Arqueologia.
Diário Digital / Lusa
Fonte: (15 Mai 2009). Diário Digital: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=388282
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por noticiasdearqueologia às 10:08
Quinta-feira, 31.07.08
As unidades de arqueologia que estão nas antigas Oficinas Gerais de Material do Exército onde vai ficar o novo Museu dos Coches, ainda não têm futuras instalações.
O Centro de Investigação Paleo-Ecologia Humana e Arqueo-Ciências (CIPA) e a Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática (DANSA) são duas destas unidades.
O CIPA é dirigido pela especialista em Ana Cristina Araújo. O centro está naquelas instalações desde a década passada. "Começou do zero e é hoje uma referência na investigação, pelas suas colecções únicas na Península Ibérica e até europeias", salientou a especialista em arqueozoologia Marta Moreno que trabalha ali como cientista convidada. Para a cientista, o desaparecimento deste centro representaria um retrocesso na arqueologia portuguesa.
As colecções são constituídas por esqueletos inteiros de várias espécies de animais. Mas também tem herbários, pólens e carvões (materiais calcinados) que servem de comparação aos achados arqueológicos.
Na unidade DANSA é possível impregnar madeiras antigas em soluções aquosas de cera solúvel. A "jóia da coroa" desta divisão, instalada numa antiga oficina de viaturas do exército, são duas pirogas encontradas nas margens do rio Lima, com cerca de 2.300 anos.
"Nós funcionamos como os bombeiros, temos de, às vezes, rapidamente intervir para salvaguardar peças", assinalou Francisco Alves que dirige a DANSA. O arqueólogo afirmou à Lusa que cabe à tutela encontrar um espaço novo, explicando que este "tem de ter as condições mínimas, nomeadamente tanques com certas dimensões".
O espaço tem também uma biblioteca especializada, com 50.000 volumes correspondentes a cerca de 35.000 títulos e que segundo a responsável Fernanda Torquato, uma consulta anual de cerca de 2000 utentes.
O "espólio tem sido aumentado graças às permutas promovida pela revista Arqueologia" e, devido à sua especificidade, não pode ser integrada na Rede de Bibliotecas Públicas "nem absorvida por outra biblioteca", acrescenta a responsável.
A Cordoaria Nacional, na Junqueira, e o Quartel do Conde de Lippe, na calçada da Ajuda, são dois dos espaços que têm sido apontados para albergar estes centros de investigação. Não houve até ao momento confirmação oficial.
Fonte: (31 Jul 2007). Público/Lusa:http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1337164&idCanal=59
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por noticiasdearqueologia às 22:58
Domingo, 08.06.08
O arqueólogo José d'Encarnação lançou um abaixo-assinado manifestando a sua preocupação quanto ao futuro de serviços do extinto Instituto Português de Arqueologia (IPA), nomeadamente a biblioteca e o arquivo, que reuniu numa semana cerca de mil assinaturas.
A biblioteca e arquivo do ex-IPA encontram-se instalados provisoriamente desde a década de 1990 em antigas instalações militares na Avenida da Índia, junto a Belém, Lisboa, cujos terrenos deverão albergar o novo Museu dos Coches.
José d'Encarnação disse à Lusa que, segundo o novo plano para a frente ribeirinha lisboeta, até 01 de Setembro "aqueles edifícios têm de ser deitados abaixo, não se vislumbrando para onde irá a maior biblioteca especializada de arqueologia do país e o arquivo onde se guardam os materiais descobertos e relatórios das escavações".
João Pedro Cunha Ribeiro, subdirector do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico) que integra os serviços do extinto IPA à luz do PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado), afirmou à Lusa que está "atento ao problema".
"Acompanhamos com preocupação um problema que afectará serviços essenciais do IGESPAR, que não tem autoridade para encontrar novas instalações", afirmou.
O responsável afirmou que "não há nenhuma informação oficial de que se tenha de sair a 01 de Setembro".
Para Cunha Ribeiro, "mais preocupante e a exigir uma prioridade maior é a instalação do Arquivo de Arqueologia".
O Arquivo, além da documentação em papel, armazena matérias das escavações e tanques "onde se guardam em água, com produtos específicos, certos materiais".
"Há ainda um laboratório e tudo isto tem de ser instalado em condições", acrescentou.
"Há escavações a decorrer todos os dias que não se podem fazer parar por decreto e este arquivo é a salvaguarda da arqueologia nacional", sublinhou.
O responsável adiantou à Lusa que estão a ser estudadas hipóteses, "que garantam um espaço com dignidade e centralidade".
A Biblioteca resultou da cedência em regime de comodato pela Alemanha, aquando da extinção da delegação em Lisboa, à avenida da Liberdade, do Instituto Arqueológico Alemão, em 1999.
Cunha Ribeiro afirmou que "a tutela está a par da situação" e que nada está em risco, pois "a biblioteca será reinstalada num espaço que surgirá".
"Sabemos que a biblioteca é muito utilizada, por várias razões e não só por arqueólogos como público interessado e estudantes universitário e tem de ter necessariamente centralidade", disse.
O subdirector do IGESPAR afirmou "compreender a preocupação dos arqueólogos", mas garantiu "que não está em risco o desaparecimento da biblioteca".
Outra questão que preocupa os arqueólogos é a possível extinção da Revista de Arqueologia. Porém, Cunha Ribeiro afirmou que "terá de ser repensada, mas não terminará".
O responsável afirmou que "há que fazer restrições por questões orçamentais e voltar talvez ao seu modelo inicial, mais modesto".
A revista, segundo José d'Encarnação "permitia aos arqueólogos darem a conhecer os seus trabalhos e era permuta com outras bibliotecas e universidades estrangeiras, que enriqueciam a Biblioteca de Arqueologia".
Fonte: (7 Jun 2008). Lusa:
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/b1776ec3a6e202e4835d4d.html#page=1
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por noticiasdearqueologia às 15:46
Quarta-feira, 24.10.07
A delegação de Trás-os-Montes do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR) dispõe apenas de um técnico para fazer a cobertura dos distritos de Bragança e Vila Real.
Antigamente o serviço estava a cargo do IPA-Instituto Português do Património Arqueológico, e dispunha de mais funcionários.
A nova remodelação trouxe uma mudança de nome e uma redução de funcionários. No entanto, na região o trabalho é muito. Estão referenciados cerca de quatro mil sítios arqueológicos, o que torna complicado concluir a inventariação do património que estava a ser realizada há vários anos. Dos quatro mil, dois mil já estão georeferenciados e inventariados.
O trabalho começou há 10 anos, e 60 por cento do território está inventariado. Em falta estão os concelhos de Montalegre, Mirandela, Torre de Moncorvo, Miranda do Douro, Chaves e casos pontuais junto ao Douro. Os sítios foram observados, alvo de georeferenciação, através de JPS, e monitorizados. “A maioria das aldeias foram visitadas, estão na base de dados, sabemos onde estão”, explicou Luís Pereira, da delegação de Trás-os-Montes.
A inventariação dos sítios arqueológicos, considerada fundamental para a gestão adequada do território, está a decorrer a um ritmo lento devido à falta de recursos humanos. Tanto mais que se trata de um trabalho moroso que exige deslocações e investigação bibliográfica. A região é considerada “muito rica” por Luís Pereira.
(Cont. notícia) In: G.L. ( 23 Out 2007). O Informativo: http://www.o-informativo.com/content/view/1298/51/
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por noticiasdearqueologia às 19:00