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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...


Segunda-feira, 25.11.13

Arqueólogos escavam sítio "raro" da idade do ferro que barragem do Sabor vai inundar

Arqueólogos escavam sítio raro da idade do ferro que barragem do Sabor vai inundarReuters
 

A EDP tem em fase final de estudo um dos "mais raros" povoados da idade do ferro posto descoberto em Portugal, fruto de dois anos de escavações em Crestelos (Mogadouro) na zona do Baixo Sabor, que ficará submerso. Para a equipa de investigadores, o local de escavações divide-se em duas partes, ou seja, um povoado defensivo construído nas partes mais altas das margens do rio Sabor e um local "raro" da idade do ferro em pleno vale do Sabor.

 

Contrariamente ao que é normal nos povoados deste período, construídos no topo de elevações por motivos essencialmente defensivos, este estende-se por uma zona de vale.

"A expectativa inicial era de que o sítio fosse de ocupação do período romano. À medida que fomos escavando, descobrimos uma ocupação interessante da idade do ferro, com indícios da idade do bronze, e até mesmo do calcolítico", explicou à Lusa Sérgio Pereira, arqueólogo responsável pelos trabalhos de investigação.

"Na parte mais baixa descobrimos um povoado aberto com outro tipo características de implantação mais raras, o que o torna praticamente num local único Portugal", frisou.

No entanto, a explicação para esta descoberta "rara" tem por base um modelo de ocupação que ainda não foi sondado em outros pontos do país.

"Por norma, escava-se os povoados que estão localizados nos cabeços e colocados em pontos estratégicos e por casualidade, foi posto a descoberto um povoado num ponto mais baixo do que o habitual neste tipo de povoamento", acrescentou Sérgio Pereira.

Segundo os arqueólogos, o local revela vestígios de ocupação que começaram no século VII antes de Cristo e que se estende pelo período romano, idade média e idade moderna, até aos dias de hoje.

"Quando iniciámos a intervenção no sítio arqueológico de Crestelos, foram feiras oito sondagens de diagnóstico, numa área com 32 metros quadrados, e na reta final dos trabalhos temos mais de um hectare escavado (10.700 metros quadrados) ", explicou o arqueólogo.

Por seu lado, José Antonio Pereira, diretor de escavações, refere que este lugar se está a revelar " ser único" para esta região.

"Temos encontrado sedimentos que vão desde há 4.500 anos até à atualidade, mas com uma densidade de ocupação desde a segunda idade do ferro", destacou.

Já o espólio é composto "por milhares de peças muito variadas" como objetos em cerâmica, metais, vidro e indústria lítica, entre outros objetos que contam a história do local.

"Interessante tem sido a descoberta de zonas funcionais como cabanas com lareira central, o que lhe confere um uso doméstico ao local", acrescentou José António Pereira.

O local foi amplamente ocupado" ao longo dos diversos pontos cronológicos" sobretudo até ao período medieval.

"Na zona do vale de Crestelos, o grande período de ocupação vai desde o século III até século I Antes de Cristo, embora haja indícios de ocupação anterior que vão até ao calcolítico ", calculam os investigadores no local.

O sítio arqueológico de Crestelos fica na freguesia de Meirinhos e começa agora ser selado, para ficar submerso com o enchimento gradual da albufeira da barragem do Baixo Sabor previsto para o final de 2013 início de 2014.

Ao contrário do que é comum no noroeste português, o povoado "ocupa essencialmente a zona de vale".

Fonte: (18 Nov 2013). Lusa/RTP: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=696608&tm=4&layout=121&visual=49

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por noticiasdearqueologia às 13:34

Segunda-feira, 25.11.13

Livro “Ourivesaria Arcaica Portuguesa” apresentado na Loja dos CTT de Santarém

Os CTT Correios de Portugal organizam no próximo dia 13 de Novembro às 16.30 na Loja de Santarém, Rua Rua Dr. Teixeira Guedes, uma sessão de autógrafos do livro Ourivesaria Arcaica Portuguesa que contará com a presença do co-autor do livro, Virgílio Ferreira.

Os CTT Correios de Portugal organizam no próximo dia 13 de Novembro às 16.30 na Loja de Santarém, Rua Rua Dr. Teixeira Guedes, uma sessão de autógrafos do livro Ourivesaria Arcaica Portuguesa que contará com a presença do co-autor do livro, Virgílio Ferreira.

Os Correios portugueses dão assim mais um passo na prossecução de um trabalho de divulgação e valorização da cultura e património português que tem vindo a ser feito ao longo de décadas. Como este livro os CTT dão uma nova vida a mais de 1500 peças que se encontram expostas sobretudo no Museu Nacional de Arqueologia e que representam o que de melhor existe da joalharia antiga nacional

Esta colecção que foi sendo formada ao longo de mais de um século, integra peças de um período compreendido entre a Idade do Bronze e a época visigótica. A maior parte da procedência destas peças concentra-se no Norte do território português, devido à riqueza da mesma em material aurífero. Segundo o arqueólogo e co-autor do livro Virgílio H. Correia esta é a primeira vez que é traçado «um panorama completo da evolução da produção de jóias no Ocidente da Península Ibérica desde os primeiros adornos conhecidos, provenientes de sepulturas do III milénio antes de Cristo, até aos últimos adornos contemporâneos da época das grandes migrações do século VI depois de Cristo».

Os CTT Correios de Portugal orgulham-se assim de contribuir para o estudo e divulgação deste património arquitectónico, pretendendo que o mesmo chegue não só ao público mas conhecedor, como investigadores, arqueólogos ou amantes da joalharia, mas também ao público mais jovem que ainda não tomou contacto com este pedaço da História do que é hoje Portugal.

Esta edição em livro é o resultado de meses de trabalho que deram também origem a uma emissão filatélica onde foram editados três tipos de selos, que tiveram por base um levantamento fotográfico realizado localmente pelo Museu Nacional de Arqueologia e Direcção-Geral de Património Cultural/ADF. O Design dos mesmos esteve a cargo do Atelier B2.

O Livro a Ourivesaria Arcaica em Portugal, editado pelos CTT Correios de Portugal está à venda em todas as estações dos CTT pelo preço de 37,00€.

Fonte: João Baptista (11 Nov 2013). O Robatejo. http://www.oribatejo.pt/2013/11/11/livro-ourivesaria-arcaica-portuguesa-apresentado-na-loja-dos-ctt-de-santarem/

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por noticiasdearqueologia às 13:22

Sexta-feira, 07.06.13

Arqueólogos gallegos logran las primeras dataciones de carbono 14 en la orfebrería de los castros

Tras conseguir muestras en piezas como el Tesoro de Recouso y analizarlo en Miami concluyen que datan del siglo II a. C.

Toma de una muestra de un pendiente del tesoro de Recouso.

Toma de una muestra de un pendiente del tesoro de Recouso.

 

Un grupo de arqueólogos gallegos del Instituto de Ciencias del Patrimonio (CSIC) ha logrado obtener las primeras dataciones de carbono 14 para piezas de orfebrería castreña de Galicia. Los resultados sitúan su origen en torno al siglo II a. C o principios del I a.C.

Las muestras, que se analizaron en un laboratorio de Miami -el más importante del mundo dedicado a las pruebas del carbono 14- pertenecen a dos conjuntos emblemáticos en Galicia, el Tesoro de Recouso, expuesto en el Museo de las Peregrinaciones y de Santiago, y el Tesoro de Calvos de Randín, conservado en el Museo de Ourense.

"Hasta ahora, las dataciones de esta orfebrería se hacían comparando con piezas afines de otras zonas de la Península Ibérica o por asociación con otras piezas como monedas que aparecían en excavaciones arqueológicas, pero son procedimientos que tienen sus limitaciones y que no aseguran los resultados", explica Lois Armada, investigador principal del proyecto. "La ventaja del carbono 14 es que es una prueba científica, ajena a la subjetividad del arqueólogo, y que data directamente la pieza y no el contexto que le rodea, por lo que los resultados son muy fiables", añade.

En el proyecto se analizaron unos 150 objetos de oro, plata y bronce depositados en museos y centros de investigación de Galicia, Madrid, Barcelona y Portugal. Además de la prueba del carbono 14, que se realizó en tres muestras, se utilizaron otras técnicas arqueométricas no agresivas como la Fluorescencia de Rayos X y la Microscopía Electrónica de Barrido. "Obtener las muestras para el carbono 14 no es sencillo en piezas pequeñas como son la orfebrería", justifica el experto.

La datación obtenida "coincide con lo que pensábamos, aunque había disparidad de criterios", apunta Armada. Así, explica, "algunos grupos opinaban que no había habido orfebrería en los castros gallegos hasta la llegada de los romanos, mientras que nosotros defendíamos que hay continuidad desde el bronce final en la tradición de orfebrería en el noroeste de España". "Los resultados demuestran que hubo una transformación importante a partir del siglo III a. C., que fue un momento de cambios en el ámbito castreño por el comercio con el Mediterráneo y porque comenzaba a haber una mayor concentración de población en los castros por lo que empieza a realizar piezas de orfebrería más pesadas", añade el arqueólogo.

El proyecto, financiado por la Xunta de Galicia, comenzó en 2010 y finalizó recientemente. Sin embargo, tras la experiencia adquirida, los investigadores tienen la intención de continuar en esta línea de investigación.

Entre los conjuntos estudiados destaca el tesoro de Recouso, hallado en el castro de Recouso (Oroso, A Coruña). Se compone de 16 arracadas (pendientes) de oro, 3 lingotes de aleación oro-plata-cobre, una masa de fundición y pequeños elementos. "Es uno de los conjuntos más destacados de la orfebrería castreña del noroeste y no se había estudiado en profundidad", concluye Armada.

Fonte: A. Mauleón (05.06.2013): Faro de Vigo: http://www.farodevigo.es/sociedad-cultura/2013/06/05/arqueologos-gallegos-logran-primeras-dataciones/823060.html

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por noticiasdearqueologia às 00:54

Quarta-feira, 19.09.12

Universidade do Porto vai escavar Fraga do Puio

A associação Frauga e a Universidade do Porto (UP) vão promover escavações arqueológicas na localidade de Picote, junto ao Douro Internacional, a partir de Maio do próximo ano. “Este local arqueológico terá sido um importante local durante a ocupação romana, já que ali convergem diversos castros e outras fortificações”, disse o presidente da Frauga - Associação Para o Desenvolvimento Integrado de Picote, José Lourenço. A importância arqueológica da Fraga do Puio tem sido atestada ao longo dos anos através de diversas escavações arqueológicas que têm trazido à superfície alguns achados que despertam a curiosidade dos investigadores. “Pretende-se agora implementar um projecto arqueológico de longo prazo, no sentido de ser desenvolvido um projecto arqueológico que desperte a atenção dos investigadores e de alunos da UP ligados à área da arqueologia”, acrescentou o dirigente associativo. Os responsáveis pela Frauga estão convencidos de que a criação de um campo arqueológico nas imediações da aldeia poderá potenciar o seu desenvolvimento económico. “O protocolo assinado com UP não abrange só o campo da arqueologia, mas será também extensível à língua e cultura mirandesas”, frisou Jorge Lourenço. Todo o espólio resultante das ficará à guarda do ecomuseu “Terra Mater”, uma unidade museológica única na região do Planalto Mirandês, que nos últimos dois anos já acolheu cerca oito mil visitantes.


Fonte: (18 Set 2012). Nordeste: http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=438&id=17733&idSeccao=3920&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 22:44

Terça-feira, 19.07.11

Famalicão descobre no Castro das Eiras as raízes mais remotas do concelho


Vila Nova de Famalicão tem em curso um plano escavações arqueológicas que estão a pôr a descoberto as suas raízes mais remotas enquanto povoação organizada e permanente. O ponto central é o Castro das Eiras, em Pousada de Saramagos, desenvolvido no âmbito do projecto “Iron Age II – Arqueologia e Defesa do Património Natural”.


Fonte: (19 Jul 2011) Ávaro Magalhães:  Diário do Minho: http://www.diariodominho.pt/conteudo/43521/Famalic%C3%A3o%20descobre%20%20no%20Castro%20das%20Eiras%20%20as%20ra%C3%ADzes%20%20mais%20remotas%20%20do%20concelho%20

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por noticiasdearqueologia às 13:35

Sexta-feira, 06.05.11

Évora: Exposição mostra trabalhos arqueológicos em necrópole com 2 700 anos

conventodosremedios“Vinha das Caliças: Uma Necrópole da Idade do Ferro” é a exposição itinerante inaugurada em Évora, em que é feita a apresentação dos trabalhos arqueológicos efetuados naquela necrópole, descoberta junto à barragem do Pisão (Beja).

Patente ao público até 30 de junho, a mostra pode ser visitada no Convento dos Remédios, de segunda a sexta-feira, divulgou o município de Évora.

Os trabalhos arqueológicos na necrópole, com cerca de 2 700 anos, foram financiados pela Empresa de Desenvolvimento das Infraestruturas do Alqueva (EDIA), pelas necessidades de prosseguir as obras de construção de um canal de rega.

Com cinco dezenas de sepulturas escavadas no substrato de base – a caliça -, que dá nome ao local, o recinto funerário é do tamanho de um campo de futebol, tendo sido escavado em 2009.

Fonte: (03 Mai 2011). Rádio Diana FM: http://www.dianafm.com/index.php?option=com_content&view=article&id=23801:evora-exposicao-mostra-trabalhos-arqueologicos-em-necropole-com-2-700-anos&catid=19:alentejo&Itemid=44

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por noticiasdearqueologia às 13:46

Quarta-feira, 15.09.10

Escavações arqueológicas retomadas na Citânia de Sanfins 17 anos depois


A Citânia de Sanfins, em Paços de Ferreira, vai voltar a acolher uma campanha de escavações arqueológicas, o que já não acontecia há 17 anos.


Os trabalhos vão arrancar dia 30 de Agosto e serão coordenados por Armando Coelho, da Universidade do Porto.


As escavações contarão com o apoio de cerca de duas dezenas de alunos do Curso de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, incidindo na zona junto ao cemitério medieval, onde estão sinalizadas 34 sepulturas.


Quando esta campanha de escavações terminar, o que deverá ocorrer a 10 de Setembro, vai realizar-se no Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins uma sessão de encerramento, para apresentação dos resultados.


A Citânia de Sanfins é uma das estações arqueológicas mais significativas da cultura castreja do Noroeste peninsular e da proto-história europeia.


Está classificada como Monumento Nacional desde 20 de Agosto de 1946.


As primeiras escavações foram ali realizadas em 1895 por Francisco Martins Sarmento e José Leite de Vasconcelos.


A última intervenção arqueológica realizou-se em 1993.


Fonte: (9 Set 2010). JOrnal TVS: http://www.jornaltvs.net/noticia.asp?idEdicao=200&id=29084&idSeccao=3106&Action=noticia


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por noticiasdearqueologia às 13:49

Terça-feira, 31.08.10

Descoberto próximo de Beja um dos maiores povoados fortificados da Idade do Bronze


A terceira campanha de escavações arqueológicas no Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel) termina hoje e já é possível concluir que se está perante um dos maiores povoados fortificados da Idade do Bronze Final (1200-800 a.C.) do Sul da Península Ibérica.





O povoado, com cerca de 17 hectares, figura entre os maiores conhecidos desta época O povoado, com cerca de 17 hectares, figura entre os maiores conhecidos desta época (Foto: DR)





Durante as escavações realizadas nesta última campanha, que arrancou no início de Agosto, foi possível compreender como se estruturava a complexa muralha, que tem uma dimensão muito superior à inicialmente esperada pelos investigadores. É composta por um muro periférico de contenção a uma rampa de barro que consolidava a base de uma muralha na zona mais elevada. A conclusão dos arqueólogos é que toda a estrutura "servia como arma intimidatória mesmo a grandes distâncias".
O povoado, com cerca de 17 hectares, figura entre os maiores conhecidos desta época e que normalmente não ultrapassam os 5 a 6 hectares, "o que lhe permite atribuir um papel capital no controlo de um vasto e rico território no centro dos férteis "barros negros" de Beja.
Sabe-se também que o Outeiro do Circo não se encontrava isolado, mas dominaria uma vasta rede de pequenos sítios de planície que fariam a exploração deste território. É o caso de Arroteia 6, um pequeno povoado aberto, localizado a menos de um quilómetro do Outeiro do Circo. Este sistema defensivo apresenta-se muito complexo e "com raros paralelos no território nacional", acentuam os arqueólogos. Os trabalhos de pesquisa dirigidos pelos arqueólogos Miguel Serra e Eduardo Porfírio, membros do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto e da empresa de arqueologia Palimpsesto, dão continuidade aos realizados em 2008 e 2009.
Em anteriores escavações foi registada a presença de vários derrubes que fariam parte da muralha, juntamente com muitos fragmentos de cerâmica enquadráveis na Idade do Bronze, bem como vestígios de épocas mais recentes e outros de períodos mais recuados, comprovado na descoberta de um braçal de arqueiro.

Novas colaborações

Outra presença constante são os numerosos fragmentos de barro cozido, que poderão ter feito parte da estrutura da muralha, sugerindo-se a sua utilização como ligante para preenchimento de lacunas na construção, à semelhança do que se propôs para outros povoados muralhados da mesma época
As escavações integram-se no projecto de investigação A transição Bronze Final/1.ª Idade do Ferro no Sul de Portugal. O caso do Outeiro do Circo e são apoiadas pela Câmara de Beja, Junta de Freguesia de Mombeja e a empresa de arqueologia Palimpsesto.
Através da formalização de novas candidaturas, os responsáveis do projecto contam, no futuro, envolver outras instituições para prosseguir as investigações na estação arqueológica, que já em 1989 mereceu uma primeira apreciação num projecto elaborado pelos arqueólogos Rui Parreira e Teresa Matos Fernandes, sobre O Bronze do Sudoeste na Região de Beja, no então Instituto Português do Património Cultural.


Fonte: Carlos Dias (27 Ago 2010). Público: http://www.publico.pt/Cultura/descoberto-proximo-de-beja-um-dos-maiores-povoados-fortificados-da-idade-do-bronze_1453085



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por noticiasdearqueologia às 13:47

Terça-feira, 09.02.10

Construção de residência universitária revela a muralha mais antiga do Porto


Os vestígios vão ser preservados no local, incorporando o projeto de uma residência universitária que deverá estar pronta dentro de dois anos.



“Sabíamos que existia ocupação deste período, mas nunca tínhamos encontrado nenhuma estrutura. É uma muralha castreja, da idade do Ferro.


Segundo os especialistas, será do século II antes de Cristo”, explicou à Lusa Vítor Fonseca, da empresa Arqueologia e Património, responsável pelos trabalhos arqueológicos da obra da empresa Novopca no morro da .


À custa desta e de outras descobertas, o projeto de arquitetura foi revisto quatro vezes: das 150 camas inicialmente previstas, apenas vão ser instaladas 140, e aos cinco mil metros quadrados de construção somaram-se mais dois mil, porque as escavações deixaram a descoberto o piso -1 do edifício.


“Os custos aumentaram e a rentabilidade diminuiu. Mas temos a noção de que estes achados têm de ser mantidos. É uma articulação complicada. Por um lado valorizam o edifício, por outro condicionam”, descreve Patrícia Santos, da Novopca.


Este é um dos casos em que a importância da descoberta obriga à sua musealização, ajustando o projeto sem destruir a estrutura e permitindo a sua fruição pública, explica Belém Campos Paiva, arqueóloga da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN).


A entidade, tutelada pelo Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR), é responsável por acompanhar de perto os trabalhos no centro histórico portuense.


E não tem tido mãos a medir: desde que a SRU foi constituída, em 2004, já foram feitas intervenções em cerca de 200 prédios (150 através de contratos e cerca de 40 através de parcerias que incluem os quarteirões de Carlos Alberto, Corpo da Guarda, Cardosas ou Morro da Sé), revelou à Lusa Rui Quelhas, administrador executivo da Porto Vivo.


Na DRC Norte, tanta intervenção obrigou a um trabalho acrescido e à criação de uma “linha verde, com mais reuniões e marcadas em menos tempo”, admite a diretora Paula Silva.


“Foram encontradas muitas coisas, muito interessantes, porque o Porto é uma cidade sobreposta, é um sítio com muita história”, acrescenta.


Dependendo da avaliação feita pela tutela aos vestígios encontrados, eles podem ser transferidos para museus ou pode criar-se uma espécie de memorial no local.


“No caso das estruturas (muros, alicerces, lageados), sempre que o projeto permite opta-se por não desmontá-las. Depois dos registos, é colocada uma proteção, e a obra prossegue como planeado. Caso a importância patrimonial o justifique, pode optar-se por deixar uma memória visível ou contar a história do lugar criando um espaço adequado”, descreve Belém Campos Paiva.


A preservação pelo registo é outra das hipóteses, esclarece João Pedro Cunha Ribeiro, subdiretor do IGESPAR.


“A lei do património exige, como princípio único, a preservação pelo registo. Muitas vezes, o material encontrado é volátil e não exige preservação no local. Os achados podem não ter a monumentalidade que exija a sua musealização e, nesses casos, fica o seu registo”, nota.




Fonte: (8 Fev 2010). LUSA.


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por noticiasdearqueologia às 23:05

Sexta-feira, 31.07.09

Fenícios viveram em Lagos há 2800 anos.


Estudos geoarqueológicos recentemente levados a cabo na Rua da Barroca comprovam a ocupação desta zona no séc. VIII /VII a.C. Foram na passada Sexta-Feira, divulgados dados que alteram, por completo, o conhecimento do passado histórico de Lagos. A descoberta de que a História de Lagos é muito mais vasta do que se pensava até agora, pode mudar o futuro em termos históricos.


Achados arqueológicos, na sua maioria cerâmicas, apresentados em Conferência de Imprensa, vieram comprovar que a ocupação em Lagos,  por fenícios, será tão antiga como a fundação do 1º templo em Cartago, remontando ao séc. VIII / VII a.C..

Estas descobertas, realizadas no âmbito de sondagens geoarqueológicas levadas recentemente a cabo na Rua da Barroca, foram transmitidas no passado dia 24, em primeira mão, pelo Prof. Doutor Oswaldo Arteaga Matute, Professor Catedrático do Departamento de Pré-história e Arqueologia da Universidade de Sevilha e Director Científico dos trabalhos desenvolvidos e uma referência internacional nesta área.
 


 



Estudos geoarqueológicos na Rua da Barroca


Esta sondagem geoarqueológica consistiu em 28 perfurações, numa extensão de 282 metros, com uma profundidade máxima de 9 metros e envolveu apenas quatro técnicos.


Com esta técnica pioneira em Portugal, e utilizada pela primeira vez em Lagos, é possível estudar os sedimentos depositados no subsolo sem recorrer à escavação arqueológica convencional. Consiste em fazer uma pequena perfuração no solo, através de sondas, extracção e estudo da amostra.

Esta é, aliás, a aposta e o “método do futuro”, garantiu o Professor Oswaldo Arteaga, tendo em conta que “é muito mais económico, mais seguro, mais confortável, menos poluente (já que não existem entulhos), implica redução no pessoal e disponibiliza uma grande quantidade de informação”.


Estudos geoarqueológicos na Rua da Barroca


Para este estudioso, a geoarqueologia pretende “superar a arqueologia urbana, mas sempre partindo dela”. “É preciso entender o passado, para compreender e criticar o presente e podermos contribuir para os conhecimentos do futuro”, afirmou.


Estudos geoarqueológicos na Rua da Barroca


O Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Júlio Barroso, lembrou que estes trabalhos foram desenvolvidos “numa das mais simbólicas e míticas ruas da nossa cidade, que conviveu directamente, durante muitos anos, com a Ribeira de Bensafrim e o mundo”. Recordando que já era certa a ocupação de Lagos por cartagineses, gregos e romanos, “o facto de se ficar agora a saber que esta ocupação remonta ao séc. VIII ou VII a.C., e por fenícios, é um marco importantíssimo na História de Lagos”.


Uma certeza partilhada pelo Director Regional de Cultura do Algarve, Gonçalo Couceiro, que adiantou ser “importante que haja progresso e revitalização nas cidades, mas é fundamental que haja sempre lugar para a arqueologia, que desenvolve trabalhos no sentido de poder revelar dados muito significativos para a história do nosso passado”. Adiantando que, hoje em dia, “a arqueologia continua a ser uma matéria muito controversa”, sublinhou o “trabalho inovador que se desenvolveu, pela primeira vez no país, aqui em Lagos, recorrendo-se à geoarqueologia”.


Os custos destes trabalhos geoarqueológicos, representaram um investimento na ordem dos 12 mil euros, que serão suportados pela EL,SA, consórcio responsável pela construção dos Parques de Estacionamento da Frente Ribeirinha e Parque da Cidade, área onde os mesmos decorreram.



Fonte: (27 Jul 2009). C.M.Lagos: http://www.cm-lagos.pt/portal_autarquico/lagos/v_pt-PT/pagina_inicial/noticias/achados_arqueologicos_barroca_2009.htm

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por noticiasdearqueologia às 23:25


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