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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Terça-feira, 13.09.11

Escola de gladiadores descoberta na Áustria

Um grupo de arqueólogos descobriu as ruínas de uma escola de gladiadores nos arredores de Viena, na Áustria. Descrito como "sensacional", o achado irá fornecer novas informações sobre a vida dos lutadores que viveram durante o Império Romano.
No local, 45 quilómetros a leste da capital austríaca, existem ainda vestígios da sala de treino aquecida em que os homens se preparavam. A escola foi encontrada por baixo da antiga aldeia romana de Carnuntum, que conta com um dos anfiteatros mais ricos alguma vez descoberto. Segundo a equipa de arqueólogos, esta é a primeira escola de gladiadores a ser descoberta fora de Itália.
As imagens de radar mostram um complexo, rodeado de paredes grossas, com 40 quartos onde os lutadores viviam e que, de acordo com a AFP, eram tão pequenos que lá dentro mal se conseguia andar.
Frank Humer, um dos arqueólogos envolvidos na descoberta, explicou que "os paus de madeira tradicionalmente usados pelos gladiadores para derrotarem o seu rival durante os treinos ainda são visíveis no meio da arena da escola". Em entrevista à revista alemã "Der Spiegel", Humer afirmou que a descoberta apenas foi possível graças aos avanços significativos no equipamento para pesquisar e perfurar o solo, que permitiu aos arqueólogos identificar claramente as estruturas soterradas. "Agora sabemos o que está lá em baixo e podemos levar o nosso tempo antes de decidir se devemos escavar", sublinhou.
Segundo as autoridades austríacas, o início das escavações ainda não tem data marcada, uma vez que a equipa necessita de elaborar um plano para conservar o mais possível das ruínas. "Quando alguém tem um ferimento grave, primeiro é preciso fazer uma série de radiografias, antes de o cirurgião fazer o seu trabalho", justificou Wolfgang Neubauer, director do Instituto Ludwig Bolzman para a Prospecção Arqueológica e a Arqueologia Virtual.
Além da arena e dos alojamentos, a escola conta ainda com um espaço de treino aquecido que os lutadores deviam usar no Inverno, balneários, escritórios administrativos. A palavra gladiador vem do termo latino "gladius", que significa espada, e durante o Império Romano estes homens - muitas vezes criminosos, prisioneiros de guerra e escravos - eram atiçados uns contra os outros ou contra animais selvagens para entretimento do público. A maioria morria de forma violenta em combate, mas se pelo destino se tornavam famosos podiam ser libertados. Eram muitas vezes admirados pela sua coragem, homenageados em peças de arte e enterrados em túmulos ornamentados em sinal de respeito.
Frank Humer contou que as imagens obtidas por radar mostram ainda um espaço que poderá ser o cemitério dos gladiadores. "Para o arqueólogo o próximo passo é construir um modelo do tamanho real da escola. Se correr bem, podemos até não ter de escavar - vamos ter a possibilidade de a deixar debaixo da terra, onde não será danificada", afirmou.
Com cerca de 50 mil habitantes, Carnuntum era a capital da província romana da Panónia, que ocupava a Áustria e grande parte dos Balcãs. Os especialistas dizem que a escola foi fundada a meio do século i a. C. Estes combates sangrentos atingiram o pico entre o século i a. C. e o ii d. C. e continuaram até ao século iv, quando o cristianismo passou a religião oficial do império.
Os gladiadores foram responsáveis por uma das maiores revoltas contra o império. Em 73 a. C., 200 gladiadores, comandados por Espártaco, revoltaram-se e libertaram milhares de escravos, tendo sido preciso vários exércitos romanos para os derrotar.

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por noticiasdearqueologia às 12:52

Sábado, 12.06.10

Cemitério de gladiadores é descoberto na Inglaterra

Ossadas encontradas em York estão decapitadas e têm marcas de mordidas de animais



Foto: Reprodução/York Archaeological Trust


Esqueleto encontrado em York: decapitação e oferendas seriam provas que o cemitério era de gladiadores romanos



 

Dúzias de esqueletos sem cabeça escavados de uma construção no norte da Inglaterra parecem ser os restos de gladiadores romanos. Um deles tinha marcas de mordida de leão, tigre, urso ou algum outro grande animal, disseram arqueólogos nesta segunda-feira (7).


Especialistas acreditam que novas provas forenses sugerem que os ossos pertenceram à lutadores profissionais, que muitas vezes era mortos durante espetáculos para grandes multidões.


A maior parte das ossadas era masculina e parecem ser mais altas e fortes do que o padrão da época, com sinais de desgaste osteomuscular, como um braço mais forte que outro, que sugere treinamento com armas pesadas desde a adolescência.


A equipe que estuda a escavação também afirma que uma das melhores pistas foram marcas de dentes de um animal carnívoro, encontradas no quadril e ombros de um dos esqueletos. “A presença das mordidas é uma das provas mais contundentes que havia uma arena por aqui. É altamente improvável que este indivíduo tenha sido atacado por um tigre enquanto voltava para casa,” explicou Michael Wysocki, especialista em antropologia forense e arqueologia que estudou os esqueletos. Ele acredita que as mordidas foram a causa da morte do homem.


York, a 322 quilômetros ao norte de Londres, foi uma das maiores cidades do país na época do Império Romano, e os arqueólogos acreditam que grupos de gladiatores vindos de Roma devem ter excursionado para encenar seus espetáculos de luta, embora nenhuma arena ainda tenha sido encontrada na cidade. Wysocki diz que os gladiadores muitas vezes eram decapitados como um ato de misericórdia, após sofrerem ferimentos mortais durante as lutas. Todos os esqueletos foram enterrados com cerâmicas, animais e outras oferendas, sugerindo que eles eram cidadãos respeitáveis e não criminosos.


Mas alguns dizem que é preciso mais provas para garantir que o cemitério de York era exclusivo para gladiadores. “É um sítio muito intrigante, mas estou cético. Identificar gladiadores é arriscado,” disse Jim Crow, chefe do departamento de arqueologia da Universidade de Edinburgo. “Pode ter havido uma série de circunstâncias para que esses homens tenham perdido suas cabeças – eles podem ter sido soldados decapitados por alguma razão”.


Jenny Hall, curador sênior de arqueologia romana do Museu de Londres, diz que é improvável que 80 lutadores tenham morrido enquanto se apresentavam em York porque seus espetáculos eram caros e muitas das lutas eram coreografadas.


“Sabemos que os gladiadores excursionavam pelo Império, mas sabe-se muito pouco sobre a presença deles na Grã-Bretanha, “ disse Hall. “Eles devem ter se apresentado a governadores ou pessoas da elite, mas em raras ocasiões”.


O Fundo Arqueológico de York disse que não é a primeira vez que se encontra um cemitério desse tipo, mas este é um dos mais preservados. O único que se compara está em Éfeso, na Turquia, diz Wysocki, que leciona na University of Central Lancashire. Os restos vistos por lá estão fragmentados e não tão completos como os de York.


Fonte:(07 Jun 2010). Último segundo:http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/cemiterio+de+gladiadores+e+descoberto+na+inglaterra/n1237655502830.html

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por noticiasdearqueologia às 18:07


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