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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
In: Francisco Mangas (21 Nov 2007). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/2007/11/21/tema/bestia
A “rocha nº1” do Sítio do Fariseu é uma espécie de sortido de todas as figuras que se podem encontrar no Vale do Côa. Numa operação conjunta com a EDP, as águas do Rio Côa vão descer para que a equipa do Parque Arqueológico possa fazer uma réplica, a integrar o futuro Museu do Côa As águas do Rio Côa vão baixar a partir de amanhã para que possa ser feita uma réplica da "rocha nº 1" do Sítio do Fariseu. "É uma das mais importantes do Parque Arqueológico do Vale do Côa", anunciou Martinho Baptista, director do Centro Nacional de Arte Rupestre (CNART), ali sedeado. Numa operação acordada com a EDP e que segundo Martinho Baptista "é rara", o nível das águas vai baixar cerca de três metros, permitindo às equipas do Parque Arqueológico realizar uma cópia que vai integrar o futuro Museu do Côa.
"Já fomos avisados que o nível vai começar a baixar quarta-feira. É preciso esperar alguns dias e depois os trabalhos podem avançar", o que deverá acontecer na próxima semana, refere.
Segundo explicou, a EDP vai controlar a descida das águas com as comportas da barragem do Pocinho, no Rio Douro. A "rocha nº1" costuma estar submersa a três metros de profundidade e é uma das mais importantes do parque. "Tem 86 gravuras rupestres, parte das quais estiveram tapadas com sedimentos desde o paleolítico, o que permitiu fazer uma boa datação", destaca Martinho Baptista. De acordo com aquele responsável, as gravuras têm mais de 20 mil anos e a rocha junta um pouco de todos os tipos de figuras que se podem encontrar no Vale do Côa.
Por outro lado, a qualidade das gravuras, "é o melhor exemplo de discurso arqueológico do Côa", pela diversidade e divisão em diferentes ciclos.
UMA SEMANA DE TRABALHO
"A partir do momento em que esteja concluída a descida das águas, precisamos de uma semana para trabalhar", refere, acrescentando que a oportunidade vai ser aproveitada para serem feitas escavações no local. Sem precisar meios humanos e materiais, Martinho Baptista garante, no entanto, que "todo o pessoal do parque arqueológico está mobilizado para esta operação".
O equipamento a usar para a realização da réplica está em análise, mas "em princípio deverá ser feita recorrendo a equipamento laser, para garantir a máxima precisão e evitar que se toque na rocha", conclui.
Notícia continua in: (13 Nov 2007). Diário XXI: http://diarioxxi.com/?lop=artigo&op=3417
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