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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Domingo, 04.10.09

Ardi: A nova mãe da Humanidade

Afinal, o chimpanzé não é o antepassado remoto do homem. Ambos provêm de outro símio que terá habitado a Terra há seis ou sete milhões de anos.


A história da humanidade voltou a recuar no tempo agora que os cientistas concluíram o estudo de Ardi, um hominídeo que viveu há 4.4 milhões de anos numa região que actualmente faz parte da Etiópia.


Com 1,20m e 50 quilos, esta fêmea vagueou pela floresta milhões de anos antes da famosa Lucy, nome de baptismo do esqueleto de um outro hominídeo descoberto em 1974, tido até agora como o mais remoto antepassado do Homem.



Nova luz sobre a evolução

O estudo de Ardi lançou uma nova luz sobre a evolução do Homem, disse o antropólogo C. Owen Lovejoy da Universidade de Kent, EUA.


Ao contrário do que se pensava até agora o antepassado mais remoto do homem não será um grande símio semelhante a um chimpanzé. Com efeito, os cientistas garantem agora que o Homem e o chimpanzé terão seguido caminhos paralelos a partir de um antepassado comum.


"Ardi não é esse antepassado comum, mas nunca tínhamos chegado tão perto", afirmou Tim White, director do Centro de Investigação da Evolução Humana da Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA.


White acredita que essa criatura a partir da qual Homem e macaco evoluíram, terá vivido há cerca de seis ou sete milhões de anos.


Mas Ardi tem muitos traços que actualmente não se encontram nos actuais macacos africanos, o que permite concluir que estes terão evoluído consideravelmente desde de que partilharam com o Homem o tal antepassado comum.


 


Das árvores para o solo

O estudo de Ardi, que começou em 1994, ano em que foram descobertos os primeiros ossos, permitiu concluir que viveria na floresta e que poderia subir às árvores usando os membros superiores e inferiores, mas o desenvolvimento dos seus braços e pernas revelou que passariam pouco tempo empoleirados. No solo, eram capazes de caminhar sobre os membros inferiores.


Sob a designação científica Ardipithecus ramidus, que significa "símio do chão", foi esta descoberta cientificamente documentada em 11 artigos ontem publicados na revista "Science".


Para David Pilbeam curador do Museu de Arqueologia e Etnologia de Harvard, "esta é uma das descobertas mais importantes no estudo da evolução da Humanidade".


Fonte: Randolph E. Schmid (2 Out 2009). Expresso/Associated Press: http://aeiou.expresso.pt/ardi-a-nova-mae-da-humanidade=f539212

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Sábado, 16.02.08

Um dente com 40.000 anos

http://noticias.sapo.pt/foto/807849



 Foto@EPA/Waltraud Grubitzsch

Michael Richards, do Instituto para a Antropologia da Evolução, apresenta um dente de um Neandertal com 40.000 anos. Com a mais moderna tecnologia laser, uma equipa de cientistas de Leipzig, na Alemanha, e da Universidade de Durham em Inglaterra, examinaram este "velho" dente descoberto na Grécia. Os cientistas afirmam que a análise ao dente revelou que o homem que tinha este dente passou grande parte da sua infância bem longe da Grécia.


Fonte: (13 Fev 2008). http://noticias.sapo.pt/foto/807849




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Terça-feira, 05.02.08

Novos olhares sobre o Neanderthal

 








Imagem: Knut Finstermeier, Instituto Max Planck para a Antropologia Evolucionária. Original da reconstituição do Neanderthal: Reiss Engelhorn Museums, Mannheim.



Os neandertais pareciam relegados ao esquecimento depois de desapareceram dos seus últimos redutos ibéricos, há cerca de 30 mil anos. O Max Planck de Antropologia Evolucionária em Leipzig tem sido crucial em trazer para a ribalta da ciência este ramo extinto da árvore filogenética humana. Para além do trabalho desenvolvido no âmbito do projecto do genoma Neanderthal, o instituto tem dado outras contribuições inestimáveis para um melhor entendimento dos nossos parentes extintos.
O que se sabe a respeito da aparência dos neandertais deriva da análise e
reconstituição de fósseis. Mas, como cabelo e pele não foram preservados, essa aparência é muitas vezes fruto de conjecturas e extrapolações por parte dos paleontólogos. Um facto deveras curioso, que contraria a imagem que as reconstituições dos Neandertais cimentam, foi anunciado há uns meses nas páginas da Science: algumas populações deste parente do homem moderno terão sido ruivas e de pele clara.
A colaboração de uma equipa do Max Planck com os grupos de Carles Lalueza-Fox na Universidade de Barcelona e Holger Römpler em Harvard, analisou amostras de ADN de dois espécimes descobertos na Europa – um, com cerca de 43 mil anos, encontrado no norte de Espanha; e outro, de 50 mil anos, descoberto em Itália.
Os autores do trabalho identificaram uma
nova variação do gene receptor melanocortina 1(MC1R) nos dois exemplares e, depois de excluirem contaminação, estudaram a actividade da proteína produzida por essa variante em culturas de células humanas. O resultado sugere que a versão neandertal do gene, não encontrada nos humanos modernos, tinha o mesmo efeito na produção de melanina que a versão contemporânea tem.
O MC1R foi identificado por uma equipe de dermatologistas da Universidade de Edimburgo (Escócia) liderada pelo Prof. Jonathan Rees e controla a produção de melanina, ou antes de duas variantes deste polímero, a eumelanina, de cor castanha ou preta, e a feomelanina, com coloração amarela ou avermelhada. A melanina é responsável não só pela coloração da tez como do cabelo: pessoas brancas produzem menos melanina que pessoas morenas; no cabelo preto existe praticamente só eumelanina, enquanto o cabelo ruivo possui quase exclusivamente feomelanina.
Outro gene cuja evolução nos humanos nos permitiu desenvolver uma das nossas características mais únicas, a linguagem, foi igualmente identificado nos neandertais na mesma altura por uma equipa liderada por Svante Pääbo. Em colaboração com Johannes Krause, também do Max Planck em Leipzig, e com a mesma equipa espanhola ( que descobriu dois exemplares Neanderthal na caverna de El Sidron, no norte de Espanha) os cientistas
publicaram na edição de 6 de Novembro da revista Current Biology um artigo que indica que os neandertais partilhavam connosco duas mutações cruciais no gene FOXP2.
O gene está presente em mamíferos e aves, mas a variante humana apresenta duas diferenças cruciais em relação à correspondente em chimpanzés. Sabe-se que o FOXP2 permite, entre outras coisas, o controle neurológico delicado dos músculos da boca, mas muitos outros genes estão envolvidos na nossa capacidade de falar. A nova descoberta sugere, mas não comprova, que os neandertais poderiam falar como os humanos.
«Não existe, no que diz respeito ao FOXP2, razões para pensar que os neandertais não fossem capazes de falar como os humanos. Mas, obviamente, existem muitos outros genes envolvidos na linguagem e na fala», referiu Pääbo.
Embora não seja concludente sobre as capacidades de vocalização dos neandertais, este resultado indica que as mutações «humanas» do FOXP2 acontecerem antes de as linhagens Neanderthal e Sapiens se terem separado terem se separado, há cerca de 370 000 anos.


 









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por noticiasdearqueologia às 22:51


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