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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
A investigação, com recurso à técnica radio-métrica com urânio e tório, foi
efetuada em 50 pinturas paleolíticas de 11 grutas localizadas nas regiões
espanholas das Astúrias e Cantábria, incluindo as grutas de Altamira, El
Castillo e Tito Bustillo.
Em El Castillo, os peritos detetaram uma gravura que creem ter mais de 40 800
anos. São, por exemplo, marcas de mãos que se julga terem sido feitas por um
Neandertal.
Até há bem pouco tempo, a gruta Abri Castanet, em França, reclamava ter a
imagem rupestre mais antiga da Europa, com 37 mil anos.
Na descoberta agora divulgada participaram 11 investigadores, incluindo o
português João Zilhão, especialista em arqueologia pré-histórica e antigo
coordenador do projeto do Parque Arqueológico do Vale do Côa.
O estudo, publicado hoje pela revista Science, concluiu que a prática
artística pré-histórica começou na Europa talvez dez mil anos antes do que os
cientistas previam e pela mão do homem de Neanderthal, que terá morrido há cerca
de 40 mil anos.
Fonte: (15 Jun 2012). Diário de Notícias: http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.a
Espanha reclama da empresa de caçadores de tesouros norte-americana, a Odyssey Explorer, uma fortuna avaliada em 500 milhões e euros. Na semana passada, um novo recurso no Tribunal de Atlanta adiou a decisão de entregar o ouro e a prata a Espanha. Os destroços do local de pilhagem na nau "Nuestra Señora de las Mercedes", conforme foi explicado em tribunal, estão ao largo do Cabo de Santa Maria, Faro. Portugal não vai reclamar o tesouro.
Um tesouro avaliado em 500 milhões de euros resgatado do fundo do mar, em 2007, em plena costa marítima portuguesa, está a ser alvo de uma dura disputa judicial nos Estados Unidos. Na semana passada, mais um recurso da empresa de achados marítimos Odyssey Marine Explorer deu entrada no Supremo Tribunal de Atlanta para invalidar uma decisão do Tribunal de Tampa, Florida, que declarava que a fortuna em moedas de ouro e prata - terá sido encontrada a 21 milhas da costa algarvia na Zona Económica Exclusiva (ZEE), em frente ao cabo de Santa Maria, Faro - devia ser entregue à Coroa Espanhola.
O caso arrasta-se na justiça norte--americana desde Maio de 2008. O achado terá sido em Maio de 2007, quando a empresa Odyssey fretou um avião e voou de Gibraltar para os EUA com 500 mil moedas em ouro e prata, lingotes de cobre e estanho, caixas de ouro... um total de 17 toneladas da nau Nuestra Señora de Las Mercedes.
O arqueólogo subaquático Alexandre Monteiro, da Universidade Nova, tem acompanhado com atenção este caso. Recorda ao DN que o trabalho da Odissey Explorer remonta a 2005, quando a empresa firma um contrato com o Reino Unido para encontrar o navio HMS Sussex naufragado em 1694 perto de Gibraltar. "Fizeram na altura várias incursões em Cádis", explica o arqueólogo. Contudo, o explorador Greg Stemm, da Odyssey, já estaria na perseguição dos destroços do Nuestra Señora de Las Mercedes. "Havia muita documentação acerca da localização do navio afundado, e era tentador para este tipo de empresas procurá-lo", diz o arqueólogo.
Também Filipe Castro, arqueólogo subaquático que se encontra na Universidade do Texas, conhece bem a história no navio espanhol.
"A empresa Odyssey recuperou a carga de um navio que tudo indica ser a Nuestra Señora de las Mercedes . Este navio espanhol foi afundado ao largo da costa portuguesa no início do século XIX durante um acto de pirataria da armada inglesa", explica Filipe Castro. O arqueólogo da universidade texana considera que "Espanha parece ter demonstrado em tribunal que o salvamento desta carga era ilegal e o processo está em vias de ser decidido, a favor da Espanha, que já ganhou dois processos em tribunais americanos contra caçadores de tesouros [os dos navios Juno e Galga]. Creio que a única coisa pendente neste processo é um último apelo, que toda a gente crê que vai ser resolvido contra a Odyssey", considera Filipe Castro.
Em Dezembro do ano passado, o juiz Steven Merryday decidiu (entretanto a Odyssey meteu recurso da decisão) que "a inevitável verdade é que o Nuestra Señora de las Mercedes é um navio da Marinha espanhola e que os destroços deste navio de guerra, toda a carga e também vestígios humanos que existam são património natural e legal de Espanha".
Os tribunais norte-americanos por onde esse caso tem passado tiveram contacto com várias localizações do achado. Numa primeira fase, a Odyssey disse que o tesouro estava a bordo do navio Black Swan e que tinha sido resgatado das profundezas ao largo de Gibraltar em águas internacionais. Depois, que o salvamento das peças tinha sido ao largo de Gibraltar, também em águas internacionais. Por seu lado, os advogados da Coroa Espanhola argumentaram que o tesouro tinha sido resgatado em águas territoriais espanholas num zona em Gibraltar onde estão vários navios submersos. "Segundo a lei do Almirantado, se o achado for em águas internacionais poderá pertencer a quem o encontra", explica o arqueólogo Alexandre Monteiro. Por outro lado, tratando--se de um navio de guerra, há a considerar o Estado de Bandeira da embarcação. "Neste caso pertence a Espanha", adianta o arqueólogo.
Portugal entra no jogo espanhol com um primeiro e-mail que partiu da Embaixada de Portugal em Madrid, a 21 de Junho de 2007 - um mês após Greg Stemm ter mostrado à imprensa, na Florida, o fabuloso tesouro que posteriormente, em tribunal, disse ter encontrado "algures" no oceano Atlântico nos destroços do navio Black Swan.
No e-mail do gabinete do embaixador Moraes Cabral, a que o DN teve acesso, pede-se ao então secretário de Estado da Defesa para ajudar Espanha nas buscas do Nuestra Señora de Las Mercedes.
Com a classificação de "Urgente e Reservado" e com o explícito pedido para que a mensagem não fosse "oficializada": "Espanha manifestou desejo de verificar, 26 quilómetros a sul do cabo de Santa Maria (Faro) em ZEE, com um barco da Marinha... se algo foi remexido no local onde estará um galeão espanhol que, segundo aqueles, terá sido "pirateado" por uma empresa privada Odyssey... Espanha propõe fazer a coisa com a presença de oficiais portugueses a bordo".
Segundo o DN apurou, a Marinha ordenou que dois oficias portugueses subissem a bordo de um navio da armada espanhola para as respectivas buscas ao largo de Faro com um Rove (pequeno submergível comandado a partir da superfície). Com os dados colhidos na operação, designada como de "carácter científico", a localização oficial do achado passa a ser em águas territoriais portuguesas. Portugal passa então a ser referido nos tribunais da Florida como o local do afundamento do Nuestra Señora de las Mercedes.
Portugal passa então, no plano teórico, como Estado costeiro onde se encontra naufragado o navio espanhol, a ter direito a parte do achado. Fonte diplomática contactada pelo DN descarta a hipótese. "Ficaríamos muito mal no retrato. Daria a ideia de que estamos com um comportamento idêntico aos dos caçadores de tesouros. Não devemos ter essa postura." Oficialmente para o Ministério dos Negócios Estrangeiros "Portugal assinou a Convenção de Genebra no que se refere a achados arqueológicas. O que for encontrado submerso em Portugal e que seja espanhol será entregue ao seu país de bandeira e vice-versa. É um acordo internacional que assinámos e que respeitamos".
O tesouro que está a ser disputado judicialmente tem também como reclamante o Peru (local de onde proviria o ouro e a prata). Em relação a este pedido, não se registou nenhuma audiência nos EUA.
Um tesouro muito cobiçado ao longo de anos
Missões A busca pelo tesouro que estava afundado ao largo de Faro não é recente, nem fruto de acasos. "Havia relatos escritos dessa batalha marítima ao largo de Faro", explica o arqueólogo Alexandre Monteiro.
O Nuestra Señora de Las Mercedes foi ao fundo durante uma batalha que aconteceu em 1804 com os navios ingleses Amphion e Indefatigable. Perderam a vida 250 pessoas.
O arqueólogo Vieira de Castro, num trabalho publicado em 1988 na Revista Portuguesa de Arqueologia, refere que "desde os anos sessenta que o tesouro perdido consta abundantemente na bibliografia dos tesouros perdidos". "Os comandantes ingleses estimaram a posição da batalha entre oito e dez léguas a sudoeste do cabo de Santa Maria", diz no estudo.
Segundo o arqueólogo, que se encontra a trabalhar na Universidade do Texas, a caça ao tesouro afundado terá começado em 1982, quando um grupo de investigadores pediu autorização à Capitania do Porto de Faro para prospecção numa determinada área a sudoeste de Faro, muito próximo da costa. Os investigadores acabaram por abandonar o projecto.
Em 1986, segundo a investigação de Vieira de Castro, duas empresas inglesas -"a SubSea Offshore, Ldt e a Divetask Salvage, Lda" - requereram autorizações para resgatar o tesouro. Foram indeferidas. Em 1993, a New Era, Lda, avançou com outro pedido. Também não foi concedido. Em Março de 1997, o relato de um oficial da Marinha portuguesa, membro da Associação Arqueonáutica, informa que um navio da Marinha "havia interceptado um navio norueguês. Estava fora de águas territoriais e procurava a fragata Nossa Señora de Las Mercedes.
Não foi levado a sério pelas autoridades portuguesas. Os relatos de buscas pelo Nossa Señora de Las Mercedes não param até que em 1996 a corveta portuguesa António Enes intercepta ao largo do cabo de Santa Maria o navio oceanográfico norueguês Geograph. Não assumiram que procuravam o tesouro espanhol. Disseram que estavam à procura de um porta-aviões inglês ali naufragado durante a Segunda Guerra Mundial.
Uma história em que pelo lucro vencem, até ao momento, os americanos da Odyssey Explorer. Sem autorização retiraram no fundo no mar português o tesouro espanhol. A disputa promete continuar a arrastar-se na justiça norte-americana.
Guerra em várias frentes
A guerra entre a Coroa espanhola e a Odyssey Explorer está aberta desde 2007 em várias frentes.
Se Espanha está a ganhar na justiça americana (com os sucessivos recursos da empresa), não ganha em casa. Em Agosto, o capitão do Odyssey Explorer, William Vorus, foi considerado inocente pelo Tribunal de Algeciras. Recusou a entrada no seu navio, no início de 2007, de elementos da Guardia Civil que suspeitavam que no Odyssey Explorer se encontravam objectos arqueológicos alvos de pilhagem.
O tribunal espanhol considerou que a recusa do capitão foi justificada. As autoridades deveriam ter consultado as Baamas, onde o navio está registado. Tal procedimento não foi feito.
Fonte: LUÍS FONTES (19 Nov 2010). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interio
El arqueólogo del Consell Joan Ramon reconoce que ahora «no es urgente», pero que se ha de intervenir - Dice que ya se ha perdido una tercera parte y que es difícil actuar porque parte es de propiedad privada.
El arqueólogo del Consell de Ibiza, Joan Ramon, advirtió ayer del
riesgo de erosión que sufre la península donde se halla el poblado
fenicio de sa Caleta, uno de los más importantes del Mediterráneo
Occidental. Lo hizo durante la primera jornada del encuentro de
gestores de los lugares declarados Patrimonio de la Humanidad que se
celebra entre ayer y hoy en el Polvorín de Dalt Vila y en el que
participan casi un centenar de personas.
Joan Ramon explicó en su ponencia, en la que abordó los bienes
arqueológicos de la declaración de Patrimonio de la Humanidad de Ibiza
(sa Caleta y Puig des Molins), que «la erosión se está comiendo la
península» y que si ahora mismo «no es una cuestión urgente», no podía
determinar en qué estado se encontrará la zona cuando pasen dos
generaciones si no se interviene.
Este especialista en la cultura púnica explicó que no sólo el terreno
es «vulnerable» al efecto de la erosión, sino también «la estructura»
del yacimiento arqueológico.
De hecho, Ramon explicó que por los estudios geológicos que se han
realizado se sabe que se ha perdido por el efecto de la erosión una
tercera parte del yacimiento, que data del siglo VII A.C. El técnico
indicó que el Consell es propietario de la parte sur del poblado y que
todavía «un porcentaje bastante grande» del terreno está en manos de
propietarios particulares, que, según dijo, «no pueden asumir
inversiones muy altas» para tratar de reducir los efectos del viento y
el oleaje de la costa.
A principios de año el Consell anunció que había iniciado contactos
con los seis propietarios de los terrenos colindantes al antiguo
poblado fenicio para tratar de adquirirlos. También se informó de que
se había encargado un peritaje sobre el valor de esta zona, que ocupa
una superficie de 23.000 metros cuadrados y donde también se
encuentran restos arqueológicos aún sin excavar.
En este sentido, Joan Ramon recalcó en su ponencia que el yacimiento
de sa Caleta «no es sólo lo que se ve, sino mucho más» e indicó que al
tratarse de una propiedad privada en su día se tuvo que «enterrar»
parte de los hallazgos.
Expropiación beneficiosa
La institución también pretende conservar las antiguas instalaciones
militares, construidas en los años 40, y reconvertir la edificación
existente en un centro de interpretación del poblado y de la cultura
púnica en general.
Precisamente, Ramon señaló en su intervención que se debe recuperar
esta batería de defensa en la costa y los pasos subterráneos porque
«forman parte de nuestra historia». «Es reversible», dijo Ramon en
relación a la recuperación de estos elementos, y destacó, en contra de
lo que en principio cualquiera podría pensar, que la construcción de
las instalaciones militares fue «positivo» para conservar el poblado
fenicio, ya que el Ministerio de Defensa expropió los terrenos, lo
cual evitó que «la incipiente urbanización que empezaba a devastar el
territorio» afectase a esta área, hoy en día «totalmente protegida».
El arqueólogo del Consell reconoció que el vallado metálico que rodea
al yacimiento es «antiestético» y crea problemas. «No se da abasto
restituyendo trozos de la valla corroídos por la erosión marina», dijo
Joan Ramon, que informó de que se está «a punto» de arreglar el último
tramo que se vino abajo (ver imagen). Señaló que la valla metálica
deberá ser sustituida, aunque reconoció que la aplicación de cualquier
otro sistema para proteger el poblado fenicio sería «más complejo».
Joan Ramon cerró su intervención hablando de la zona de Puig des
Molins, fundamentalmente de la necrópolis. Dijo que se trata de un
bien muy extenso y en un buen estado de conservación, aunque lamentó
que cada vez esté «más estrangulado» por el desarrollo urbanístico de
la ciudad.
Por su parte, el profesor de la Universidad de Barcelona Joan
Santacana explicó en otra ponencia el proyecto de museización de Dalt
Vila. En su intervención, Santacana reconoció que «la gente no viaja a
Ibiza para ver las murallas, pero se las encuentra». Destacó que un
bien patrimonial sólo es «imbatible» a la acción del hombre cuando
adquiere «un valor importante de contemporaneidad», y que eso se
consigue a través de «la educación».
Fonte: E. Rodríguez (8 Out 2009). Diario de Ibiza.
Odyssey Marine Exploration no tiene derecho ni a una sóla de las
monedas rescatadas del naufragio de «La Mercedes», puesto que es un
buque de Estado. Pero es que ni siquiera puede reivindicar ya las
fortunas privadas que se hundieron con la fragata, puesto que España
indemnizó antes de 1870 a todas las víctimas que pudieron probar que
sus propiedades estaban a bordo del barco hundido a traición por el
inglés el 5 octubre de 1804 (hace justo ahora 204 años). Esto es lo
que se desprende de la investigación histórica y jurídica realizada
por el abogado José María Lancho.
Según el citado jurista, que ha rebuscado en archivos y libros de la
época, el proceso se alargó durante décadas y fue penoso para un
erario exhausto por las guerras. Pero lo cierto es que, en diciembre
de 1869, se emitía una Instrucción que regulaba las caducidades de las
reclamaciones de aquellas víctimas que debían ser indemnizadas por el
apresamiento de buques de la Real Armada a manos de Inglaterra. Al
unirse con Gran Bretaña contra Napoleón, España se comprometió a
resarcir a las víctimas y lo hizo.
En 1824 se abrió el plazo para reclamar por las presas realizadas por
Inglaterra antes de 1808, es decir, veinte años más tarde de la
catástrofe de «La Mercedes». Era la España del Vuelva usted mañana de
aquel Mariano José de Larra transmutado en Fígaro, donde la burocracia
podía agotar la paciencia y la energía de aquellas desesperadas
familias durante varias generaciones.
Es posible, según afirma Lancho, imaginar «la situación en que se
encontraban estas familias y comprender la precariedad de un Estado,
el español, que apenas sobrevivía tras las guerras napoleónicas,
mientras América iniciaba su proceso revolucionario y estallaban los
primeros conflictos civiles» en el reinado de Fernando VII.
El caso es que el artículo 9 de esa Instrucción de 1869 explica que
los demandantes de indemnizaciones debían presentar «en el plazo de un
año a contar desde el 21 de julio último (de aquel 1869), en las
oficinas de la deuda, bajo pena de caducidad (...) los documentos que
acreditan el apresamiento del buque, el hecho del embarque del
metálico, géneros y efectos apresados, el valor de estos y el del
buque». Es decir, que tenían que probar su demanda.
«La Mercedes», exento
Pero el caso de «La Mercedes», y el resto de los buques apresados en
la traicionera batalla del Cabo de Santa María, fue tan doloroso
-provocaría la guerra con Inglaterra- que quedaban exentos de toda
prueba los demandantes de «las fragatas de guerra Mercedes, Fama,
Medea y Santa Clara por la notoriedad de sus apresamientos», destaca
Lancho.
El motivo de que España se comprometiera a indemnizar a las víctimas
no fue otro que el cambio de alianzas, tras las guerras napoleónicas
que volvieron a unir como aliados a Madrid y Londres, que se habían
declarado la guerra tras el hundimiento de «La Mercedes», una guerra
que en el mar terminaría con la tragedia de Trafalgar.
El caso es que el resto de las víctimas de los apresamientos corsarios
de los ingleses necesitaba un testimonio del Almirantazgo inglés o del
Tribunal que declaró buena la presa en cada caso. Asimismo debían
«aportar el protesto del capitán del buque y el testimonio expedido
por la comandancia de marina en que hubiera estado matriculado el
buque».
Para el hecho del embarque de bienes, un testimonio sacado del
registro de la Aduana del puerto de salida o expedido por el
Almirantazgo inglés o el Tribunal que declaró buena la presa. Servían
también los conocimientos de los capitanes, maestres o patrones de los
barcos, las pólizas de seguros. etc.
Los demandantes podían sumar otras pruebas como los testimonios de los
libros de comercio. Además, aquellos que quisieran justificar la
propiedad y el valor del buque, debía aportar la escritura de
adquisición o certificación expedida por el Almirantazgo inglés o el
Tribunal que dispuso de la presa «siempre que constara la propiedad
del buque y el precio de la venta del mismo», añade Lancho. Y, por
último, también se aceptaba la certificación emitida por la
Comandancia de Marina a la que «hubiesen correspondido los buques
apresados, donde constara la matrícula y los arqueos de verificados».
El tiempo pasaba y no todas las víctimas tuvieron la suerte de reunir
la documentación necesaria. Por ello, en diciembre de 1870 aún se
publicaban varias cuantiosas reclamaciones caducadas de algunos
herederos. Es el caso de Faustino del Campo, que reclamaba 100.000
reales de vellón de «La Mercedes» y 2.000 de la «Santa Clara». Él y
tantos otros vieron caducar sus derechos por no presentar las pruebas
exigidas en el citado artículo 9.
Fonte: JESÚS GARCÍA CALERO (13 Out 2008). ABC / MADRID.
Un equipo de expertos del Museo Arqueológico Nacional de Madrid ha descubierto a unos 120 kilómetros al sur de El Cairo un conjunto de antigüedades faraónicas que datan de hace más de 4.000 años, según ha informado la prensa egipcia.
Los arqueólogos españoles encontraron tres puertas 'falsas' de tumbas y fabricadas de roca, y dos mesas de ofrendas en la localidad de Egnasia, provincia de Bani Suef, precisó el ministro egipcio de Cultura, Faruq Hosni, citado por la prensa.
El hallazgo se produjo durante excavaciones llevadas a cabo últimamente por el equipo de arqueólogos, encabezado por la reputada experta española Carmen Pérez Die, subrayó el ministro. Las piezas datan del Primer Periodo Intermedio de la Época faraónica (2040-2191 a.C.).
Asimismo, el secretario general del Consejo Supremo de Antigüedades (CSA), el egiptólogo Zahi Hawass, reveló que las tres puertas fueron descubiertas en una tumba que fue destruida e incendiada durante periodos consecutivos de la historia.
Las puertas ficticias, según la creencia faraónica, eran para que el alma del difunto se comunicara con la vida que continuaba en el exterior de las criptas.
También, los expertos encontraron en el lugar restos de muros de otros mausoleos que fueron construidos con adobes y bloques de piedra caliza, y fragmentos de vasijas de cerámica, que probablemente datan de a fines del Imperio Antiguo faraónico (2700- 2200 a.C.).
Por último, Pérez Die afirmó que han limpiado y restaurado las puertas, y concluyeron de hacer lo mismo con los artefactos encontrados en las anteriores temporadas de excavaciones que han realizado en la zona.
La arqueóloga española, que inició hace alrededor de 24 años las excavaciones en el área, ha logrado desenterrar importantes vestigios de Heracleópolis Magna, la capital de Egipto durante las dinastías IX y X.
Fonte: (24 Fev 2008). EFE, El Cairo / El Mundo.es / Terrae Antiquae: http://terraeantiqvae.blogia.com/2008/02
La construcción de gasoductos, parques eólicos, líneas de alta velocidad y recientemente el último tramo de la autovía Córdoba-Antequera, están aportando en los últimos cinco años al conocimiento del pasado de Antequera más información que en los últimos cincuenta. Esto es especialmente significativo en dos estadios de la historia del municipio: la época romana y el Calcolítico. Respecto a este último período, destaca el poblado de Los Silillos, de 4.500 años de antigüedad, uno de los lugares que fueron habitados por los constructores de los dólmenes, y en el que se han estudiado un total de 52 silos de pequeño tamaño que contenían cerámicas, metalurgia y restos de animales.
Estos datos se han conocido en el transcurso de una rueda de prensa en la que han estado presentes el alcalde de la ciudad, Ricardo Millán, la concejala de Patrimonio Histórico, Ana Navarro, y el arqueólogo municipal, Manuel Romero.
Con respecto a la época romana, las cifras hablan por sí mismas: de apenas 15 yacimientos de esta época que se incluían en al PGOU de 1985, ahora son más de 180 con los que cuenta el municipio de Antequera. El último que se ha excavado es la necrópolis romana del Cortijo San Juan. El yacimiento se conocía desde 1998 y su delimitación fue incluida como cautela en las obras de la autovía Córdoba-Antequera, que lo afectaba parcialmente. La excavación arqueológica, de carácter preventivo, que se ha realizado sobre la superficie de la traza ha documentado un total de 99 enterramientos, 95 incineraciones y cuatro inhumaciones, todas ellas datables dentro de una horquilla que oscila entre la segunda mitad del siglo I d.C al II d.C.
El estudio de esta necrópolis de San Juan, junto a otras que se han excavado en los últimos años, como la de las Maravillas y Arroyo Villalta en Bobadilla o la de La Quinta en el propio casco urbano de Antequera, ha proporcionado información y documentación de primer orden sobre los ritos funerarios de nuestros predecesores desde el siglo I a.C al VI d.C.
El peso de la tradición ibérica; el cambio de rito de incineración a inhumación a finales del siglo II d.C.; los recintos funerarios; las diferencias sociales y económicas de la población; las primeras muestras del Cristianismo (ya en momentos muy tardíos: finales del siglo V d.C.); datos medioambientales (procedentes de las analíticas del material utilizado para la combustión de las incineraciones y de los propios ajuares); circulación monetal (el rito de colocar la moneda para pagar al barquero Caronte); mercados y relaciones fluidas con el imperio (los ajuares en muchísimos casos son de importación); patologías, esperanza de vida y en algunos casos hasta las diversas profesiones de los difuntos en vida… Ésta es parte de la información que están aportando estos yacimientos, que se excavan como medida previa a la construcción de las infraestructuras de utilidad pública, casi todas de ámbito estatal.
Pero el panorama es aún, si cabe, más sorprendente para los yacimientos del Calcolítico, la época prehistórica correspondiente a la Edad del Cobre. Es una fase intermedia entre el Neolítico y la Edad del Bronce, en el periodo entre el 3.500 y el 1.800 a.C.
Si hasta hace apenas cuatro años tan sólo se conocían los lugares de enterramiento (los impresionantes dólmenes antequeranos, la necrópolis de cuevas artificiales de Alcaide -entre Antequera y Villanueva de Algaidas-, Ferradores en la Sierra de Humilladero y el Tardón en la Sierra de las Pedrizas), hoy ya conocemos dónde y, lo más importante, cómo vivían los constructores de los dólmenes.
A los poblados de la Colina del Quemao o el denominado “KM. 129”, excavados con motivo de la construcción de la línea de alta velocidad entre Córdoba y Málaga, hay que sumar el último y más significativo de los yacimientos que se han documentado de esta época, cuyo topónimo es ya revelador: Los Silillos. Las excavaciones han puesto al descubierto parte de un poblado, de carácter estacional, con una antigüedad de 4.500 años (Calcolítico Pleno).
Diversas muestras de Carbono 14 han sido enviadas a un laboratorio especializado de Upsala, en Suecia, para poder calibrar estas fechas. Pero los resultados no dejan lugar a dudas: 52 silos excavados en el terreno natural, con restos de alimentos, de actividad metalúrgica (moldes de fundición para el cobre), cerámicas (algunas de ellas pintadas y decoradas, algo poco frecuente para este momento histórico), restos de fauna entre los que destaca una gran cornamenta de ciervo y otra de carnero (que en estos momentos están siendo estudiadas por José Antonio Riquelme Cantal, especialista en Zooarqueología). Los estudios de arqueobotánica y material lítico por lámina delgada, junto a la caracterización de las pastas cerámicas y arcillas del entorno, se están realizando en la Facultad de Ciencias de la Universidad de Málaga (UMA). Las analíticas de isótopos de plomo del material metálico se están realizando en la Universidad del País Vasco.
Todos estos datos se están procesando y serán dados a conocer el próximo mes de diciembre mediante una publicación del Ayuntamiento de Antequera. Además, el área municipal de Patrimonio Histórico tiene previsto divulgar estas intervenciones para todos los ciudadanos, y en especial para los escolares, mediante una exposición de carácter temporal que se espera esté lista la próxima primavera.
Este yacimiento ha sido excavado parcialmente entre el mes de julio y parte de agosto de este año, y el conocimiento de su existencia se debe a una de las prospecciones que, con carácter preventivo tal y como establece la legislación autonómica en materia de patrimonio, se han realizado en el área que estaba prevista para la construcción del aeropuerto antequerano. La casualidad ha querido que una modificación, que se ha realizado en la construcción de la autovía Córdoba-Antequera, en concreto en la rotonda de salida desde la autovía hacia la ciudad (la naturaleza del terreno ha aconsejado a los ingenieros responsables del proyecto ampliar los taludes, y por tanto la superficie afectada es mayor que la inicialmente prevista) haya obligado a excavar un 20 por ciento de este yacimiento de 180.000 metros cuadrados, con los resultados ya comentados.
Los trabajos de excavación han sido coordinados en todo momento por la Oficina Arqueológica del Centro Municipal de Patrimonio Histórico del Ayuntamiento de Antequera, en estrecha colaboración con la Delegación Provincial de Cultura de la Junta de Andalucía.
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