Domingo, 23.09.07
Paleontologistas norte-americanos resolveram uma suspeita de anos ao demonstrar que o Velociraptor, o dinossauro com 'mau feitio' do filme Jurassic Park, afinal tinha penas, sugerindo que, se estivesse vivo, hoje seria uma espécie de avestruz estranha.
As conclusões dos investigadores de dois museus norte-americanos de História Natural, o American Museum of Natural History e o Field Museum of Natural History, estão descritas num artigo publicado hoje na revista Science.
Os cientistas sabem desde há vários anos que muitos dinossauros tinham penas e suspeitavam de que o Velociraptor seria um deles, provavelmente semelhante às actuais aves que não voam, como a avestruz.

O que os cientistas fizeram agora foi documentar a presença de penas num antebraço fóssil de um velociraptor desenterrado na Mongólia em 1998. Descobriram no espécime claras indicações de protuberâncias de penas grandes e outras saliências de penas pequenas, ancoradas no osso através de ligamentos. As saliências das penas também podem ser vistas em muitas das espécies dos actuais pássaros e são mais evidentes em pássaros com grande capacidade de voo.
"A falta de protuberâncias de penas não significa necessariamente que o dinossauro não tinha penas, mas encontrar protuberâncias de penas num velociraptor significa que ele definitivamente tinha penas", disse Alan Turner, o autor principal do estudo e paleontólogo no American Museum of Natural History e na Columbia University, em Nova Iorque.
"Isso é algo que já suspeitávamos, mas ninguém tinha sido ainda capaz de provar", sublinhou.
Até agora, os cientistas tinham descoberto apenas sinais de penas em fósseis de dinossauros descobertos numa determinada espécie de sedimentos de lagos, que favoreciam a preservação de pequenos animais.
O velociraptor ("Velociraptor mongoliensis", que significa "ladrão veloz") era um dinossauro carnívoro e bípede que caçava em bando.
Os investigadores salientam que "o tamanho deste dinossauro foi muito exagerado no filme 'Jurassic Park'" e que o espécime deste estudo, considerado normal, tinha cerca de 91 centímetros de altura, aproximadamente 1,5 metros de comprimento e pesava 13,5 quilos.
Dado que tinha asas anteriores relativamente pequenas quando comparadas com as de um pássaro actual, os autores sugerem que talvez um seu antepassado tenha perdido a capacidade de voar, mas tenha mantido as penas para proteger os ovos no ninho, controlar a temperatura ou ajudar em manobras como mudar de direcção enquanto corria.
"Quanto mais aprendemos acerca destes animais mais descobrimos que basicamente não há diferença entre os pássaros e os seus relativamente próximos antepassados dinossauros, como o velociraptor", disse Mark Norell, responsável pela secção de paleontologia do American Museum of Natural History e co-autor do estudo.
"Ambos tinham fúrculas ('ossos da sorte'), chocavam os ovos, tinham ossos ocos e eram cobertos de penas", realçou, considerando que "se animais como o velociraptor estivessem vivos hoje, a nossa primeira impressão seria a de que eram uns pássaros com ar muito estranho". O primeiro espécime de velociraptor foi descoberto precisamente pelo Museu Norte-americano de História Natural durante uma expedição à Mongólia, em 1925.
In: (20 Set 2007). Lusa: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/RDSXJ8pQ54RUOaAKSzkqIA.html
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por noticiasdearqueologia às 00:02
Quinta-feira, 13.09.07
A primeira fase da expedição desenrolou-se numa área menos explorada no deserto de Gobi (Mongólia), conhecida pela Bayn Shire, que embora já visitada por paleontólogos, tem muitos locais inexplorados.
A equipa, que já enfrentou uma tempestade de areia com ventos de 90 km/h e um dia com temperatura de 52 graus centígrados, recolheu vários ossos, dentes, crânios, ovos de dinossauros e esqueletos quase completos, «o que é raro», indicou o português.
«A localidade é incrivelmente rica e novas descobertas ocorrem todos os dias», indicou o investigador do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa, cuja missão tem a duração de 34 dias.
Na lista de achados enumerada pelo português destaca-se um esqueleto quase completo de um dinossauro saurópode.
«Poderá ser uma nova espécie, mas ainda tem de ser feito trabalho suplementar», indicou o português, revelando ainda a descoberta de dentes de saurópode com um formato desconhecido até ao momento e que poderá representar uma nova forma de processar (mastigar) plantas entre estes animais.
O saurópode é um quadrúpede herbívoro de pescoço comprido, que atingia mais de 15 metros de comprimento.
Foram ainda encontrados vários esqueletos incompletos, incluindo crânios de dinossauros ceratopsideos (pequenos bípedes herbívoros) de duas espécies Yamaceratops e de uma espécie possivelmente desconhecida até à data.
O paleontólogo descobriu uma ‘bone-bed’, uma camada geológica repleta de ossos, com pelo menos 10 dinossauros anquilossauros (dinossauros couraçados, quadrúpedes e herbívoros).
Nestes dias de trabalho também foram descobertos ovos e cascas de, pelo menos cinco, tipos diferentes de dinossauros, parte de crânios de dois dinossauros carnívoros, vários ossos de terizinossauros, um tipo de dinossauro teropode, raro e caracterizado por enormes garras nas patas anteriores.
Foram também encontrados parte do crânio e outros ossos de crocodilos, tartarugas, pterossauros e um possível mamífero.
Estão ainda a ser definidas algumas questões relativas às camadas geológicas onde está a ser desenvolvido o trabalho, incluindo a possibilidade de uma datação muito mais precisa.
A Mongólia é uma das áreas mais ricas do mundo em vestígios de dinossauros do Cretácico, período que terminou há aproximadamente 65 milhões de anos, mas em comparação com o período Jurássico, com cerca de 150 milhões de anos, fica atrás de Portugal.
(11 Set 2007). SOL: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=54987
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por noticiasdearqueologia às 01:10
Sexta-feira, 07.09.07
O asteróide que caiu na Terra há cerca de 65 milhões de anos, e que pode ter provocado a extinção dos dinossauros, tem, agora, uma origem conhecida. Um estudo checo e norte-americano revelou que este asteróide, com dez quilómetros de diâmetro, que embateu contra a superfície terrestre, teve por sua vez origem numa outra colisão, ocorrida há 160 milhões de anos.

O estudo do Southwest Resarch Institute, dirigido por William Bottke, concluiu que, há cerca de 160 milhões de anos, um asteróide com 60 quilómetros de diâmetro embateu no asteróide Baptistina. Este, com 170 quilómetros, fragmentou- -se em vários pedaços formando uma cintura de asteróides, conhecidos hoje por família Baptistina. Esta situa-se entre Marte e Júpiter e, depois do embate, era composta por 140 mil fragmentos com mais de um quilómetro de diâmetro e 300 com mais de dez quilómetros. Depois da colisão, alguns destes fragmentos circularam pelo sistema solar. Calcula-se que a cratera de Chicxulub, na península do Iucatão, no México, com 180 quilómetros de diâmetro, e que pode ser a razão próxima da extinção dos dinossauros, é consequência do embate de um desses asteróides da família Baptistina.
No entanto, antes da Terra, a Lua também foi atingida. A cratera lunar de Tycho, com mais de 108 milhões de anos, tem a mesma origem. Outras crateras foram encontradas em Vénus e em Marte. O estudo de sedimentos provou que as crateras tinham elementos em comum. Esta descoberta tem como base de apoio cálculos de computador, que através dos dados disponíveis permitiram este retrocesso no tempo. A fiabilidade da conclusão está acima dos 90%.
"As nossas simulações sugerem que cerca de 20% dos asteróides que estão perto da Terra podem pertencer à família Baptistina", diz William Bottke. O asteróide mais conhecido, o Apophis, com 250 metros, é também o mais temido, uma vez que se calcula (teme?) que este possa embater contra o nosso planeta em 2036.
A extinção dos dinossauros é um tema que levanta discussão. Sabe-se que a sua extinção aconteceu entre o fim do período cretáceo e o princípio do período terciário. Mas ninguém sabe ao certo a razão da extinção. A teoria mais aceite por cientistas e arqueólogos prende-se com a queda de um asteróide, na superfície terrestre (Chicxulub). Este embate causou uma explosão com uma potência muito superior à das armas nucleares, que pode ter matado muitos animais na altura do embate. Acredita-se que originou condições climatéricas adversas, resultando na possível extinção dos dinossauros.
N: (07 Set 2007). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/2007/09/07/ciencia/colisao_condenou_dinossauros.html
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por noticiasdearqueologia às 22:14
Sábado, 01.09.07
Arqueólogos descobriram os restos fossilizados dos maiores dinossauros que terão pisado terras australianas. Os dois Titanossauros, descobertos em 2005 e 2006 no estado de Queensland, a Sul da Austrália, dão um alerta para a riqueza do passado pré-histórico deste país.
Cooper e George, assim baptizados, foram descobertos há dois anos por agricultores da cidade de Eromanga, mas a descoberta e a investigação foram mantidas em segredo. Agora, Scott Hocknull, do Museu de Queensland, veio revelar o achado.
Com grandes caudas, longos pescoços e cabeças pequenas, os Titanossauros são as mais pesadas criaturas que habitaram a terra. Os ossos fossilizados da perna que foram encontrados medem cerca de 6 ou 7 metros. O úmero — osso longo da pata dianteira — de Cooper pesa 100 quilos e mede cerca de 1,5 metros.
Os cientistas sugerem que os dois dinossauros podem ter medido, pelo menos, 26 metros e habitaram o território australiano há 98 milhões de anos.
Na Austrália descobertas como estas são raras devido à enorme dimensão do território e à fraca densidade populacional. A descoberta permite compreender o crescimento dos grandes dinossauros e a forma como se deslocavam neste país. "Se não compreendermos o que aconteceu aos nossos animais e plantas no passado, não podemos saber o que irá acontecer no futuro", disse Hocknull.
(s/ data). Reuters/O Público: http://www.publico.clix.pt/pesoemedida/noticia.asp?id=1292843
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por noticiasdearqueologia às 23:07
Segunda-feira, 27.08.07
O paleontólogo Octávio Mateus estará a partir do dia 20 no deserto de Gobi, na Mongólia, e vai tornar-se o primeiro português a seguir as pistas de Roy Chapman Andrews, tido como o verdadeiro Indiana Jones.
Integrado numa equipa de 15 especialistas norte-americanos, japoneses, sul-coreanos, canadianos e mongóis, o investigador do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa será o único representante europeu na missão que vai durar 34 dias.
Depois de ter participado em várias expedições em África, Laos, Cambodja, Brasil ou Estados Unidos, o investigador desloca-se pela primeira vez à Mongólia, um dos cinco "Grandes" países quanto à existência de fósseis de dinossauros. Este "top" é ainda composto pelos Estados Unidos, Argentina, China e Canadá.
A Mongólia é uma das áreas mais ricas do mundo em vestígios de dinossauros do Cretácico, período que terminou há aproximadamente 65 milhões de anos, mas em comparação com o período Jurássico, com cerca de 150 milhões de anos, fica atrás de Portugal.
"Queremos encontrar novos esqueletos de espécies conhecidas, mas melhor seria encontrar uma nova espécie. Tenho esperança em encontrar um esqueleto relativamente completo e uma novidade, mas é sempre promissor trabalhar num deserto muito rico em fósseis", disse Octávio Mateus à agência Lusa.
No local onde foi descoberto o velociráptor, também conhecido como ladrão veloz e uma das "estrelas" do livro e filme Parque Jurássico, o português indica como exemplo de descoberta interessante um carnívoro.
O convite para a expedição ao deserto de Gobi - onde a temperatura média anual é de -2,5 graus a +2,8 graus e os valores extremos chegaram a 38 e -43 graus numa região e 33,9 e -47°graus numa outra - aconteceu devido à colaboração de alguns anos do investigador português com a Universidade Metodista do Sul, localizada em Dallas (Texas, Estados Unidos).
"Esta é uma oportunidade de vida que tinha de aceitar. Também será uma honra apoiar um país como a Mongólia, assim como será uma aventura estar num local muito difícil de trabalhar", resumiu o paleontólogo, que já participou na identificação de sete novas espécies.
Para explicar a sua paixão por dinossauros, este português socorre-se de um provérbio que envolve outro tipo de animal: "filho de peixe sabe nadar".
A sua família está desde sempre ligada ao Museu da Lourinhã e o gosto pelos assuntos de história natural levaram-no, há pelo menos 20 anos, a integrar escavações e a seguir a carreira profissional de paleontólogo.
Quanto ao "verdadeiro" Indiana Jones, Roy Chapman Andrews, foi investigador do Museu de História Natural de Nova Iorque, onde começou em 1906 como varredor e assistente no departamento de taxidermia. Em 1934 chegou a director da instituição.
O investigador ficou conhecido com as expedições que levou a cabo no deserto de Gobi, entre 1922 e 1930, onde descobriu por exemplo os primeiros ninhos de ovos de dinossauros.
PL (6 de Agosto de 2007). Lusa/fim: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/w1q9ADu8vzUADIcUUjmWKQ.html
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por noticiasdearqueologia às 00:32
Quinta-feira, 23.08.07
Doze fósseis de pegadas de dinossauro, encontrados num lago a norte de Espanha, são a primeira evidência científica que comprova que alguns dinossauros conseguiam nadar.
O rasto de 14 metros de comprimento é constituído por seis pares assimétricos de pegadas, cada um com cerca de 50 centímetros de comprimento e 15 de largura. A distância entre cada pegada sugere que este dinossauro dava passos com um intervalo entre os 2,43 e os 2,71 metros, com uma profundidade de 3,2 metros.
A equipa de paleontólogos acredita que o nadador é um Terópode, que engloba a grande família dos dinossauros carnívoros, incluindo o Tyrannosaurus rex, que habitou a região há 125 milhões de anos.
Os vestígios de ondulação, existentes na superfície das pegadas, indicam que o dinossauro nadou contra a corrente. “O dinossauro nadava com movimentos alternados das duas patas traseiras” refere o co-autor do estudo, Loic Costeur, do Laboratory for Planetology and Geodynamics da Universidade de Nantes, em França.
“Os movimentos são semelhantes aos usados pelos bípedes modernos, incluindo os pássaros aquáticos” refere o Costeur. Com a ajuda de um computador será possível revelar mais acerca da anatomia e a biomecânica deste dinossauro.
A possibilidade dos dinossauros nadarem foi levantada há vários anos mas, até agora, não existia qualquer evidência que o comprovasse. A descoberta abre caminho a novas investigações.
O estudo, liderado pelo investigador espanhol Ruben Ezcarra, da Fundação para o Patrimonio Paleontologico da La Rioja, será publicado em Junho na revista científica norte-americana "Geology".
In: AFP (15 Ago 2007). O Público: http://www.publico.clix.pt/pesoemedida/noticia.asp?id=1294952
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por noticiasdearqueologia às 23:54
Quinta-feira, 02.08.07
Várias ossadas de dinossáurios encontradas em Andrés, Pombal, confirmaram a existência da mesma espécie nos continentes europeu e americano, constituindo um caso único deste género, a nível mundial, anunciou o Museu de História Natural.

Numa conferência de imprensa realizada junto às escavações, vários especialistas salientaram a importância da descoberta de ossadas de allosaurus fragilis, uma espécie que só havia sido identificada nos Estados Unidos, confirmando, também através da paleontologia, as migrações destes animais entre os dois continentes, há 150 milhões de anos. Então, a Europa e a América estavam unidas numa única massa de terra, separada por um pântano de grandes dimensões, e os dinossáurios circulavam livremente entre os dois continentes, explicou Fernando Barriga, um dos directores do Museu de História Natural. Há cerca de duas semanas, uma equipa de investigadores daquele departamento da Universidade Nova de Lisboa esteve no local, encontrando mais vestígios deste dinossáurio carnívoro, nomeadamente vários ossos do crânio. "Isto é muito importante porque é o primeiro caso em que se encontram os ossos do crânio" de um dinossáurio terópode "tão bem conservados", disse o paleontólogo Galopim de Carvalho, que também esteve presente na reunião. 
De acordo com Pedro Dantas, que coordenou os trabalhos de escavação, foram também encontrados vários ossos dos membros e da zona púbica, além de várias amostras de fauna e flora da época. "Os ossos apresentam-se geralmente muito bem conservados e completos", mas estavam muito separados, o que indica que existem mais achados no terreno por descobrir, considerou este responsável. Até ao momento, os achados indicam a existência de dois allosauros, que têm um comprimento entre sete a oito metros, com uma altura de dois metros. No Jurássico Superior, "as terras imersas da América do Norte e da Península Ibérica estavam muitíssimo mais próximas entre si do que se encontram hoje, dado que o Oceano Atlântico de então, na sua parte norte, estava apenas no início da sua abertura", explicou Pedro Dantas. Nessa época, alguns animais, entre os quais os allosaurus, "terão conseguido transitar de um lado para o outro", aumentando a sua área de distribuição.
Sergivs: Apesar da notícia já não ser actual serve para reforçar a importância da investigação em Portugal e o contributo que pode dar à ciência, contribuindo de igual modo para o reconhecimento do país e dos investigadores portugueses no seio da comunidade científica internacional.
In: (27-02-2007). Notícias do Centro.
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por noticiasdearqueologia às 23:04
Terça-feira, 24.07.07
Afinal, o filme "Jurassic Park", sobre a vida dos dinossauros, não está assim tão afastado daquilo que realmente aconteceu na época jurássica. Um estudo realizado por paleontólogos da Universidade da Califórnia, pelo Museu Nacional de História Natural e pelo Museu Field, divulgado pela revista "Science", revelou que os dinossauros coexistiram com os seus antepassados pelo menos durante 15 ou 20 milhões de anos, antes de se tornarem donos do mundo.
Os cientistas estudaram fósseis descobertos numa pedreira do norte do estado do Novo México, nos Estados Unidos da América, e deitaram por terra a ideia que existia antes sobre a história destes animais. "Até agora, os paleontólogos pensavam que os precursores tinham desaparecido antes do aparecimento dos dinossauros", explica Kevin Padian, professor de biologia da Universidade da Califórnia.

Estes animais gigantescos surgiram no período Triássico, há entre 235 e 200 milhões de anos, e dominaram o planeta no período Jurássico, há entre 200 e 120 milhões de anos.
Assim, a conquista do planeta foi menos violenta do que aquilo que se pensou até agora.Randall Irmis, um dos autores da investigação, conta que a descoberta dos ossos de dinossauros (embora não fossem esqueletos completos) foi importante para perceber o "ritmo da mudança", permitindo-lhes concluir que "se houve uma competição entre estes precursores e os dinossauros, esta foi muito prolongada". Na pedreira onde foram encontrados os 1300 espécimes de fósseis de dinossauros, Randall Irmis e Sterling Nesbitt, dois autores do estudo, encontraram também fósseis de antecessores de crocodilos, peixes e anfíbios que existiram há cerca de 215 milhões de anos.
Os cientistas continuam as buscas na área onde encontraram todos estes vestígios e tencionam ainda vir a tirar mais conclusões acerca dos grandes animais.
Helga Costa (24-07-2007). Jornal de notícias. http://jn.sapo.pt/2007/07/24/sociedade_e_vida/dinossauros_como_filme.html
Foto: http://www.cineclub.de/images/2001/jurassic_park1.jpg
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por noticiasdearqueologia às 22:05
Quarta-feira, 18.07.07
O Museu da Lourinhã exporá até ao final do mês a maxila do maior dinossauro carnívoro terrestre conhecido, o torvossauro tanneri, um achado de um jovem holandês que andava a fazer prospecção nas arribas do concelho.
A maxila possui 63 centímetros de comprimento e vários dentes, cada um deles com 20 centímetros, pertencentes a um animal de 11 metros de comprimento e duas toneladas, muito idêntico ao "tiranossaurus rex" do Cretácio Superior.
Trata-se do maior dinossauro carnívoro terrestre alguma vez encontrado no mundo, que viveu no Jurássico Superior, uma vez que o crânio a que pertenceria a maxila teria cerca de 158 centímetros, sendo superior a um outro dinossauro da mesma espécie encontrado anteriormente nos Estados Unidos (com 118 centímetros).
O achado foi divulgado hoje pelo Oertijd Museum, um museu localizado em Boxtel, cidade do sul da Holanda, que adquiriu uma réplica do crânio a que corresponderia a maxila encontrada.
A reconstituição desta parte do esqueleto foi efectuada por Aart Wallen, um holandês que colabora com o Museu da Lourinhã na construção de réplicas e que é o pai do jovem Jacob Wallen, que em 2003 fez a descoberta.
«Ambos estavam a fazer prospecção nas arribas do concelho e foi mesmo o filho que encontrou um pequeno vestígio que, ao ser escavado, se revelou como a maxila do crânio de um torvossauro», explicou à Agência Lusa a conservadora do museu, Carla Abreu, mostrando-se satisfeita pelo achado ter sido doado à instituição.
In: Diário Digital / Lusa: 03-07-2007 17:18:19
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=284069
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por noticiasdearqueologia às 01:43