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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Sábado, 03.11.07

Museu de Conímbriga interessa-se pelo Vale de Mouro




 

Uma equipa do Museu Monográfico de Conímbriga iniciou quarta-feira, em Vale de Mouro, concelho de Mêda, estudos referentes à conservação de mosaicos.
O arqueólogo Sá Coixão, que orienta as escavações, afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS que, nesta deslocação da equipa chefiada por Virgílio Correia, director do Museu de Conimbriga, vai ser estudado um protocolo tendente à conservação do material recolhido no local, em 5 de Outubro, designadamente um “tesouro” constituído por 4.526 moedas datadas do século IV, duas chaves, uma picareta/machado, uma foice, cavilha e uma corrente de ferro (lares). Adiantou que o local, presumivelmente, foi ocupado ainda nos finais do século IV e início do século V, baseando essa hipótese numa moeda encontrada no local.
Sá Coixão é de opinião que o conjunto arqueológico que está a ser estudado, desde 2003, possa ocupar uma área maior do que a correspondente aos três hectares adquiridos para as escavações, evidenciando o aparecimento de outras estruturas num outro local distanciado do núcleo central de Vale de Mouro e outros vestígios de relevância.
Citou como exemplo a inscrição ELEU TERIO VOXOR F.C. (A mulher de Eleutério a mandou fazer), explicando que é possível datar este nome do século V, já no período cristão.
“Isto prova que o local teria sido povoado mesmo no século V, já período cristão, sendo a área, onde aparecem cerâmicas e tégulas, muito vasta, prolongada por terrenos ocupados por olivais e mato”, disse.
Por isso, Sá Coixão alvitra a hipótese de ser necessário adquirir mais dois ou três hectares para exploração arqueológica e ter aqui existido um templo paleocristão.
As escavações do sítio de Vale de Mouro permitiram pôr a desoberto a área termal com as salas do caldarium, tremorum e frigidorum, condutas, estruturas de uma casa senhorial que teria uma entrada em arco de que aparecerem aduelas, mosaicos, fornos, lareiras, a sala central e corredor, banheiras.
A descoberta mais relevante na campanha deste ano foi a localização do local que teria sido possivelmente a “Casa do Ferreiro” onde foram encontradas as 4.526 moedas e espólio em ferro, escórias e muros.

In: José Domingos (3 Nov 2007). Diário as Beiras: http://www.asbeiras.pt/?area=guarda&numero=51420&ed=02112007

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por noticiasdearqueologia às 08:28

Quarta-feira, 10.10.07

Descoberto em Mêda tesouro romano do século IV

Um tesouro romano do século IV, com 4526 moedas de cobre e bronze, foi encontrado no sítio arqueológico do Vale do Mouro, Coriscada, concelho de Meda, no âmbito de uma campanha a decorrer desde Julho, informou hoje o arqueólogo responsável.


As moedas estavam dentro de um saco de serapilheira, escondido numa parede, “juntamente com objectos de ferro. Provavelmente, a casa teria pertencido a um ferreiro”, disse António Sá Coixão.
O achado foi feito na quinta-feira passada, no último dia daquela campanha arqueológica. “Estava no local com dois homens, já a elaborar os desenhos finais, mas mandei fazer uma sondagem”, contou o arqueólogo.
“Os homens começaram a abrir uma vala e um deles chamou-me a atenção, dizendo que estavam lá umas paredes. Foi nessa ocasião que encontrámos as moedas escondidas”.



Quem escondeu as moedas executou “um alinhamento de pedras, colocou as moedas no interior de um saco de serapilheira, deitou uma camada de terra e, por cima, disfarçou com ferragens diversas (uma foice, uma picareta, argolas para lareira, duas chaves, etc) e mais terra, para as pessoas pensarem que era uma tulha de ferreiro”.


Coriscada 4 TerraeAntiqvae



António Sá Coixão está surpreendido com o achado, nomeadamente com o número “invulgar” de moedas. Este arqueólogo diz que o espólio tem “um valor muito grande”, tendo em conta a futura musealização do sítio arqueológico e a criação de um museu onde todo o material ali encontrado será mostrado aos visitantes.
Agora, as moedas serão limpas e inventariadas por um grupo de especialistas. “Não podem ficar fechadas num cofre. Têm de ser preservadas”.
Na campanha arqueológica deste ano participaram cerca de 50 arqueólogos, técnicos e alunos de arqueologia de Universidades do Porto, Polónia, Sérvia, Jugoslávia, Itália e Espanha. As escavações no sítio do Vale do Mouro serão retomadas em Julho de 2008, no âmbito de um projecto apoiado pelo Instituto Português de Arqueologia, Câmara Municipal de Mêda, Junta de Freguesia e Centro Sócio-Cultural da Coriscada.


In: (10 Out 2007). Público / Lusa: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1307096&idCanal=13


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por noticiasdearqueologia às 22:39

Sexta-feira, 14.09.07

Descobertas novas salas com mosaico policromado na Coriscada


Mosaico policromado encontrado nas escavações realizadas na Coriscada
Mosaico policromado encontrado nas escavações realizadas na Coriscada


As escavações arqueológicas realizadas nas últimas noves semanas no sítio do Vale do Mouro, Coriscada, no concelho de Mêda, revelaram a existência de novas salas e áreas revestidas com mosaico policromado idêntico ao de Conímbriga.
O arqueólogo António Sá Coixão, responsável pelos trabalhos, disse ao Jornal A Guarda que “na sequência da descoberta do ano anterior [uma sala com cerca de seis metros quadrados, que poderá ter pertencido ao administrador do balneário romano] encontramos a seguir à sala um corredor em L e, no topo Norte, mais duas salas (uma delas aquecida) também revestidas com mosaicos policromados”.
No ano passado foi encontrada uma sala com o chão revestido com mosaico policromado com várias cores e com figurações humanas e geométricas, parecido com o de Conímbriga e este ano, “foi essencialmente encontrado mosaico com motivos geométricos e florais com seis a sete cores, com muito boa qualidade e desenhos diversificados”, contou.
O achado que, segundo o arqueólogo, datará da segunda metade do século III e primeira do século IV d.C. faz parte da área envolvente do complexo do balneário romano que começou a ser estudado em 2002. “Estamos perante uma vila de dimensões muito grandes. Já escavámos muito, mas ainda estamos muito além daquilo que é o vicus (aldeia) ou vila romana”, disse, salientando que foram encontradas diversas estruturas, divisões, lojas, fornos, lagares, lagaretas, etc.
Os arqueólogos também descobriram “que a entrada principal no vicus, que seria uma entrada monumental, com paredes duplas, seria uma entrada triunfal em arco. Encontramos um conjunto enorme de achados que não é comum. Estamos contentes não só pela qualidade mas também pela quantidade do vicus ou vila que estamos a escavar”, salientou António Sá Coixão.
De acordo com o mesmo responsável, seguem-se agora os trabalhos de consolidação do local para preservar tudo aquilo que já foi encontrado no sítio do Vale do Mouro. “Uma invernada sobre o mosaico seria o fim, mas a Câmara Municipal de Mêda comprometeu-se a tomar medidas e parte daquilo que está escavado deverá ficar visitável”, referiu o arqueólogo ao Jornal A Guarda.
As escavações arqueológicas da campanha deste ano terminam amanhã, 31 de Agosto, e serão retomadas em Julho de 2008, no âmbito de um projecto apoiado pelo Instituto Português de Arqueologia, Câmara Municipal de Mêda, Junta de Freguesia e Centro Sócio-Cultural da Coriscada.
Na campanha deste ano, participaram cerca de 50 arqueólogos, técnicos e alunos de arqueologia de Universidades do Porto, Polónia, Sérvia, Jugoslávia, Itália e Espanha.


In: (30 Ago 2007). A Guarda: http://www.jornalaguarda.com/index.asp?idEdicao=213&id=9397&idSeccao=2439&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 00:38


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