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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...


Segunda-feira, 29.11.10

Pompeii collapse prompts charges of official neglect









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Archaeologists, commentators and opposition politicians accused Italy's government of neglect and mismanagement on Sunday over the collapse of the 2,000-year-old "House of the Gladiators" in the ruins of ancient Pompeii.







Some commentators said the UNESCO World Heritage site should be privatized and removed from state control because the government had shown it was incapable of protecting it.


  "Pompeii -- the collapse of shame," La Stampa newspaper headlined, echoing national opinion over the cultural disaster. 

The stone house, on one of the site's main streets and measuring about 80 square meters (860 square ft), collapsed just after dawn on Saturday while Pompeii was closed to visitors.


The structure was believed to be where gladiators gathered and trained and used as a club house before going to battle in a nearby amphitheatre in the city that was destroyed by an eruption of Mount Vesuvius in 79 A.D. 

Known officially by its Latin name "Schola Armaturarum Juventus Pompeiani," the structure was not open to visitors but was visible from the outside as tourists walked along one of the ancient city's main streets.


Its walls were decorated with frescoes of military themes. Culture Minister Sandro Bondi visited the site on Sunday and said experts believe at least some frescoes could be saved. 

Some 2.5 million tourists visit Pompeii each year, making it one of Italy's most popular attractions, and many have expressed shock at the site's decay.


Art historians and residents for years have complained that the archaeological sites at Pompeii, just south of Naples, were in a state of decay and needed regular maintenance. 

Roberto Cecchi, undersecretary at the Culture Ministry, said there had been no effective, continuous maintenance at Pompeii in half a century.


Breaking ranks with his own ministry, he said stop-gap, ad hoc measures, such as the appointment of commissioners, which attracted flashes of publicity were no substitute for the constant monitoring worthy of a world treasure. 

MORE COLLAPSES "INEVITABLE"


La Repubblica newspapers called the collapse a "world scandal" and blamed the center-right government of Prime Minister Silvio Berlusconi for putting unqualified people in charge and for cutting funds for Italy's vast cultural heritage. 

"Inevitably, there will be other collapses, other ruins, other disasters," an editorial said.


"This is the latest sign that this government is not interested in culture," former Rome mayor Walter Veltroni, a former leader of the opposition Democratic Party, said.
Fonte: Philip Pullella (7 Nov 2010). Reuters: http://www.reuters.com/article/idUSTRE6A51BE20101107





 



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por noticiasdearqueologia às 13:30

Segunda-feira, 15.03.10

Cidade da Ammaia




Cidade da Ammaia


Cidade da Ammaia

Foto: s.r.



 


 


A Fundação Gulbenkian distinguiu a cidade da Ammaia com o Prémio Vilalva, pela recuperação e valorização das ruínas romanas. A Universidade de Évora coordena cientificamente todos os projectos de arqueologia e é um dos curadores da Fundação Cidade da Ammaia, que tem como objectivo estudar e recuperar o património deste monumento nacional. Fotorreportagem da Ammaia.


 



Os investigadores da Universidade de Évora Frank Vermeulen e Cristina Corsi são os responsáveis pelos projectos de arqueologia desenvolvidos na cidade romana da Ammaia e têm em mãos uma técnica de levantamento arqueológico que permite radiografar o subsolo, antes de efectuar as escavações, reduzindo tempo e esforço e evitando a destruição de materiais.

A técnica é designada de "Radiopast" e é objecto de estudo de alunos de arqueologia e estudantes de doutoramento provenientes de países como a Bélgica, a Inglaterra, a Itália e a Alemanha.

Na cerimónia de entrega do prémio, no valor de 50.000€, o Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian destacou não só o facto de serem realizados estudos arqueológicos de ponta, como a vertente de desenvolvimento da região e a componente turística e cultural da cidade da Ammaia.

Fonte: Sofia Ascenso (11 Mar 2010). UEline: http://www.ueline.uevora.pt/newsDetail.asp?channelId=EE2EF76E-CCF2-47FD-96A9-8DA6A990D4BC&contentId=112D1F59-A5D8-4D4A-9596-395B9A5F428F




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por noticiasdearqueologia às 21:56

Sábado, 10.10.09

Desenterrar o passado à colherada em Beja

O i acompanhou quatro arqueólogos responsáveis pela descoberta de um templo romano em Beja...


Alguma vez lhe ocorreu a hipótese de estar a dormir sobre um cemitério? E ter debaixo de sua casa um tesouro com mais de mil anos? É pouco provável que isto lhe tenha passado pela cabeça mas, acredite, o chão que pisamos esconde histórias insondáveis. Que o digam os arqueólogos com quem o i conversou, em plena escavação de Beja, onde recentemente foi descoberto um dos maiores templos romanos da Península Ibérica.

Quando começou a carreira, Conceição Lopes, hoje uma das principais investigadoras da Universidade de Coimbra e coordenadora deste projecto, teve um rasgo de sorte. Na Vidigueira, enquanto trabalhava num tanque da idade do bronze, a jovem arqueóloga descobriu um tesouro com mais de 200 moedas datadas do século II. Sorte de principiante? Talvez, mas também um pequeno problema em mãos.

"Eram seis da tarde e os trabalhadores estavam prestes a ir embora. Não podia simplesmente retirar as moedas e voltar no dia seguinte", recorda. Mais do que a descoberta em si, aos arqueólogos interessa o contexto do achado - através do qual se pode determinar, por exemplo, a sua cronologia. E esse implica tempo de análise. "A solução foi dormir ali ao relento, junto ao tesouro. Não podia arriscar perdê-lo."



Escavar no pico do Verão


Muitos anos depois deste episódio, a investigadora volta ao Alentejo. Desta vez traz consigo alguns dos seus alunos, que trocaram as férias na praia pela campanha arqueológica numa das cidades mais quentes do país. O objectivo? Escavar um templo do século I, dedicado a um imperador romano. A descoberta foi feita há 70 anos, mas as escavações só começaram em 1996. Quando o i visitou o "buraco", já só se fazia o trabalho de minúcia. As pás gigantes das escavadoras deram lugar ao colherim, um pequeno objecto que serve para remover a terra, e que, em conjunto com o método estratigráfico, permite interpretar os dados que a terra esconde. "É um método que nos diz que, ao longo dos tempos, tudo o que aconteceu, seja fruto da mão humana ou da natureza, se deposita em camadas", explica Conceição Lopes.

Moedas, peças de cerâmica, vestígios animais, ossos humanos, praticamente todos os objectos descobertos ao longo das diferentes camadas têm uma leitura e são quantificáveis no tempo. Mas não só: "Um osso humano, por exemplo, pode ajudar-nos a reconstituir os hábitos alimentares, a dieta, a causa de morte, as doenças da época. É informação que nunca mais acaba", explica Susana Gomez, uma investigadora espanhola radicada em Portugal há mais de 17 anos. No caso dos cemitérios, acrescenta Conceição Lopes, é possível até identificar a crença religiosa: "Depende da forma como estão dispostos, se estiveram deitados a sul, de forma lateral, podemos dizer com algum grau de certeza que são muçulmanos. Se estiverem de braços pousados sobre o peito, são católicos."

Se antigamente o trabalho do arqueólogo passava pelo uso de colheres e vassouras, hoje as novas tecnologias deram novo alento à investigação, sem as substituir. O Google Earth, por exemplo, veio simplificar muito o trabalho de prospecção de vestígios. "Antigamente, funcionava tudo na base das fotogragias aéreas", conta Tiago Costa, estudante de mestrado em Arqueologia e Território.

Além da proximidade de outras descobertas, ou do nome da terra, a própria disposição das habitações e a forma como os terrenos estão divididos são condicionados pelo que está debaixo da terra.

No Alentejo - explica a investigadora Ana Costa - quando o trigo começa a secar, "as cores são distintas consoante o que está no subsolo." E hoje, continua Conceição Lopes, "já não é necessário comprar fotografias caríssimas." Claro que isto não dispensa a investigação no terreno, nem tão pouco a parte laboratorial que lhe segue. A parte que mais os entusiasma? "Impossível, é o mesmo que dizer de que filho mais se gosta."


 


Provavelmente, o maior templo romano da Península Ibérica

Foi identificado em 1939 mas só começou a ser investigado há dez anos. A estrutura é semelhante ao Templo de Diana, em Évora


Por estes dias, Beja está longe de ser uma das urbes mais importantes do país. Mas no século II pode ter sido uma imensa cidade romana, sede dos conventus e administrada com uma circunscrição jurídica que ia do rio Tejo ao Algarve. Pelo menos é essa a convicção dos arqueólogos que, desde 1997, trabalham nas escavações de um templo romano, por muitos identificado com um dos maiores da Península Ibérica.

“Era uma cidade com estatuto de colónia de Roma, os seus cidadãos tinham direitos idênticos aos romanos. Do ponto de vista político, os cidadãos de Pax Julia (designação de Beja na época romana) que tivessem um milhão de sestércios podiam ser senadores em Roma”, explica Conceição Lopes, adiantando que “as inscrições que existem fornecem a ideia de uma cidade grande, com muita indústria, comércio e artesanato”.

A estrutura – com 30 metros de comprimento e quase vinte de altura – foi descoberta nas traseiras da Câmara Municipal e é semelhante ao templo de Diana. À sua volta, tal como no templo de Évora, existia um tanque para abastecimento de água. “É pelos materiais que descobrimos, como cerâmicas importadas da Campânia, ânforas que transportavam vinho e alguns dados da idade do ferro que nos permitem datar a estrutura.”

O templo está integrado numa grande praça, o chamada fórum, cujos vestígios já tinham sido anteriormente identificados por Abel Viana, em 1939, aquando da construção do reservatório de água de Beja. Os vestígios foram novamente tapados e só 60 anos depois voltariam a ver a luz do dia. Nas duas primeiras campanhas, em 1999 e 2006, foram descobertos edifícios de várias épocas, mas só na campanha de 2008 foi descoberto o templo romano identificado há 69 anos.

O outro grande edifício da praça central, também identificado em 2008, “refere-se à primeira instalação romana da cidade e foi construído no final do século I a.C., no tempo de Augusto. “Eram importantes edifícios do fórum da cidade”, ou seja, da praça central onde se situavam os edifícios dos poderes político-administrativo, judicial e religioso.


Fonte: André Rito (6 Out 2009). Jornal i.

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por noticiasdearqueologia às 10:38

Sábado, 10.10.09

Braga: Núcleo Museológico abriu ontem ao público

  Fonte: Paula Maia (09 Out 2009). Correio do Minho:http://www.correiodominho.pt/noticias.php?id=15706



Abriu ontem ao público o Núcleo Museológico da ‘Domus’ da Escola Velha da Sé, integrado no edifício-sede da Junta de Freguesia da Sé, situado em pleno coração da cidade.

O conjunto de ruínas foi identificado no contexto de uma intervenção arqueológica e retrata importantes momentos da evolução do tecido urbano bracarense, com particular expressão para o período romano.

    




De acordo com o Gabinete Municipal de Arqueologia, estamos perante várias estruturas correspondentes a um edifício privado construído no século I d.C. e cuja ocupação sobreviveu até ao século V d.C.

São também visíveis no local restos de alicerces da muralha medieval que se encontram adossadas a um pano de uma das torres que, à época, integravam esta estrutura defensiva.

Os visitantes que estiverem interessados em conhecer este núcleo museológico podem in loco, observar um pequeno vídeo onde lhes é explicada as transformações que o edifício sofreu ao longo dos séculos, bem como as várias funções que assumiu, sendo que, numa última fase, foi transformado num estabelecimento de ensino, tendo acolhido a escola primária da Sé, função assumida até 1986.

Para além de visitar estes vestígios arqueológicos, o visitante terá ainda oportunidade de observar uma exposição permanente que pretende dar a conhecer técnicas e instrumentos associados à execução de mosaicos no período romano.

Contíguo a este núcleo museológico encontra-se também um espaço de restauração.



Mais-valia

O presidente da Junta de Freguesia da Sé considera que este núcleo constitui “uma mais-valia para a freguesia”, destacando o papel da autarquia na preservação destas ruínas “que vêm engrandecer o centro histórico”.

Presente na abertura do núcleo, o edil bracarense sustentou que este património pode constituir uma componente para o futuro Parque Museológico de Braga.

A visita do Núcleo Museológico da ‘Domus’ da Escola da Sé encontra-se temporariamente limitada a grupos (4 pessoas). As visitas requerem marcação prévia através do 253 203150. 


 

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por noticiasdearqueologia às 01:10

Segunda-feira, 21.09.09

IBN – MARUAM lança número especial

“A Cidade Romana de Ammaia”, é o título do número especial da Revista IBN-Maruan, lançado este sábado. Uma edição que resulta da tese de mestrado do autor Sérgio Pereira, com o objectivo de partilhar as informações arqueológicas que recolheu nas escavações. 


Para o presidente do município de Marvão, Vítor Frutuoso, a IBN-Maruan é a revista cultural de referência do Alentejo. O autarca referiu ainda que o município está a preparar com a fundação cidade da Ammaia uma parceria para avançar com o projecto arqueológico.


Fonte: (20 Set 2009). Rádio Portalegre: http://www.radioportalegre.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=2008&Itemid=54

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por noticiasdearqueologia às 11:26

Domingo, 12.07.09

Cidade Romana de Ammaia renasce das cinzas

 






Fonte: André Relvas (11 Jul 2009). Fonte Nova: http://www.jornalfontenova.com/main.asp?pag=noticia.asp&artigo=2&menu=1&cod_menu=102



A partir deste plano 2D, obtido com esta nova tecnologia, os especialistas irão agora reconstruir um modelo 3D do coração da cidade romana e a longo prazo, está em projecto uma completa reconstrução digital da cidade"

Esta novidade surge na sequência de um trabalho que, há vários anos, tem sido desenvolvido por equipas de arqueologia de vários pontos da Europa e que têm pro-movido, através de um conjunto de técnicas não-invasivas, o estudo de importantes pontos arqueológicos que se encontram soterrados.

Este trabalho, que inclui diferentes tipos de detecção (fotografia aérea, laser scanning) e ainda métodos geofísicos terrestres (georadar, prospecção magnética), pode auxiliar os arqueólogos a adquirir uma visão mais precisa do passado soterrado e transformar este estudo em experiências de reconstrução do "antigo mundo subterrâneo" e na divulgação dos resultados à população.

Em Portugal, a iniciativa de promover a investigação arqueológica, aproveitando estas técnicas e tecnologias, partiu da Universidade de Évora que, através de um novo projecto, a que chamaram de "Radio-Past: Radiografia do passado – Abordagens integradas não destrutivas para compreender e valorizar sítios arqueológicos", conseguiu um importante financiamento europeu nas chamadas "Marie-Curie actions".

E foi assim que estes especialistas e esta tecnologia chegaram a Marvão. Pela apresentação que, na terça-feira, teve lugar no Parque Natural e que contou com a presença de vários investigadores e técnicos, bem como de vários agentes locais e nacionais, ficou bem clara a missão de transformar a antiga cidade romana de Ammaia num "Centro de Investigação Europeu sobre cidades romanas e seus territórios".

Desde de Abril deste ano que equipas de toda a Europa estão envolvidas nas novas actividades de investigação no local da antiga cidade. Encontros e workshops internacionais sobre diferentes temas arqueológicos estão a ser preparados e a Ammaia tem, de acordo com os responsáveis no local, todas as condições para se tornar igualmente num centro para a formação e treino de estudantes nas mais recentes técnicas arqueológicas de levantamento, escavação e conservação, tornando-se num campo laboratorial para experimentar novas tecnologias na investigação da paisagem arqueológica.







Para o efeito, os responsáveis da Universidade de Évora requisitaram os serviços de dois especialistas estrangeiros, Cristina Corsi, da Universidade de Casino (Itália) e Frank Vermeulen, da Universidade de Gent (Bélgica), de forma que o futuro centro de Ammaia se torne um local de excelência para testar essas novas tecnologias aplicadas à arqueologia.

Os novos trabalhos de campo realizados por esta equipa, em conjunto com os seus seis parceiros europeus, resultaram já uma grande planta detalhada da parte monumental da cidade que, dentro em breve, poderá ser reproduzida em 3D, permitindo uma verdadeira viagem virtual pelos recantos da antiga cidade romana. Quem o garante é Frank Vermeulen que, na sequência da apresentação do projecto, disse à comunicação social que a ideia dos especialistas foi fazer uma nova aproximação arqueológica, não só com observação e escavação, mas através de uma tecnologia mais avançada. "Conseguimos fazer uma planta total da cidade sem escavações e espero que, no espaço de dois anos, consigamos fazer não só uma nova planta, com a perspectiva total da cidade, mas também uma reconstrução em 3D", revelou.

Defendendo que este projecto recebeu o apoio da aristocracia europeia, também Cristina Corsi se mostrou muito orgulhosa por fazer parte daquilo que considera "um grande sucesso" na área da arqueologia e investigação.

A coordenadora elogiou ainda a coragem e iniciativa da Universidade de Évora em internacionalizar esta investigação que, na sua opinião, é muito rara em toda a Europa e pode vir a ser muito profícua para o nosso País.

Já na opinião da secretária de Estado da Cultura, Paula Santos, uma das grandes mais-valias deste projecto é o facto de se estar a associar investigação ao nível das novas tecnologias com uma valorização do património que, nesta região, "é muito significativo e com grande credibilidade".

Ainda de acordo com a secretária de Estado, a partir do momento em que conheça totalmente o património existente nesta antiga cidade romana, e este seja divulgado junto das populações, "com certeza que ele será importante para a região em todas as vertentes, principalmente no que respeita ao turismo cultural".

Também presente na apresentação, Vítor Frutuoso destacou as inúmeras possibilidades deste projecto, principalmente a reconstrução em 3D, mas lembrou que o mais importante é saber o que está nas entranhas da cidade de Ammaia e fazer uma exploração mais fina e com mais precisão.

"Estamos a falar de inovação tecnológica, principalmente no domínio da arqueologia, que poucas vezes foi feito na Europa e temos a honra de ter na nossa região. Pode dar uma grande visibilidade da Ammaia", referiu, lembrando o peso que o turismo tem na nossa região. E, por isso, o autarca apelou ao Governo português. "Precisamos de apoio do Estado, precisamos que se interesse pelo nosso património e permita um desenvolvimento sustentável da nossa região", manifestou.


 

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por noticiasdearqueologia às 10:50

Quinta-feira, 19.03.09

Projecto do shopping nos antigos CTT de Braga muda para mostrar edifício romano

Um edifício da época romana, possivelmente associado a rituais

funerários, foi descoberto pela Unidade de Arqueologia da Universidade

do Minho (UAUM) durante as obras que decorrem no edifício dos

Correios, no centro de Braga. A estrutura estará ligada ao vizinho

santuário da Fonte do Ídolo e vai ser integrada no futuro centro

comercial que será construído no local. Este edifício e quatro

sepulturas raras encontradas no mesmo local serão conservados in situ

e musealizados, podendo ser visitados pelo público a médio prazo.

Os arqueólogos acreditam que a construção está associada a práticas

funerárias ou de culto, possivelmente relacionadas com o santuário da

Fonte do Ídolo, existente no mesmo quarteirão. A estrutura, com uma

invulgar forma de trapézio, faz parte de um conjunto mais extenso,

desenhado simetricamente em função de um eixo central.

À sua volta existem vários tanques com um revestimento habitual na

época, limitados por um muro paralelo ao troço da via XVII, a primeira

estrada a ligar Bracara (Braga), a Asturica (Astorga). Este edifício

encontrava-se preservado sob as ruínas de uma oficina de fabrico de

vidro, datada do baixo-Império, que tinha sido localizada nos

primeiros trabalhos realizados naquele local, no segundo semestre do

ano passado.

Manuela Martins, presidente da UAUM, destaca a "originalidade do

edifício" e o seu "estado de preservação", antecipando que a sua

cronologia deve aproximar-se "dos primeiros tempos de organização da

cidade de Bracara Augusta". "Constitui um exemplar arquitectónico com

traços únicos", refere. Os arqueólogos defendem que o edifício deve

ser classificado como de interesse público.

Os arqueólogos da UM entendem que os achados se revestem de "grande

relevância patrimonial". A proposta de alteração do projecto do centro

comercial "foi prontamente aceite pelo promotor imobiliário, que se

congratulou com a possibilidade de proporcionar à cidade de Braga

novos núcleos de ruínas visitáveis, que enriquecerão o seu

património", explicou Manuela Martins.

Os arqueólogos descobriram quatro sepulturas que serão igualmente

preservadas no local e musealizadas. As sepulturas têm orientações

diversas e datam desde o século III ao VI. São túmulos raros e incluem

um caixão de chumbo, único em Portugal. Estes achados estão associados

à necrópole romana da via XVII e demonstram "a riqueza das práticas

funerárias" daquele tempo, realçam os arqueólogos, que admitem vir a

encontrar um quinto túmulo no mesmo espaço.

Fonte: Samuel Silva (11 Mar 2009). Público.

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por noticiasdearqueologia às 22:47

Domingo, 15.02.09

Descoberto mosaico romano «único na Península Ibérica» (fotos)


Um mosaico romano, de grandes dimensões e «único» na Península Ibérica, foi descoberto durante os trabalhos de arqueologia que decorrem na cidade romana de Abelterium, em Alter do Chão (Portalegre), revelou este domingo o arqueólogo responsável.


 


Em declarações à agência Lusa, Jorge António, arqueólogo na Câmara Municipal de Alter do Chão, considerou o mosaico «único na Península Ibérica» e garantiu que a descoberta se reveste de «extraordinária importância».


Esta peça arqueológica, que remonta ao século IV, foi encontrada há cerca de um ano, mas só agora foi divulgada, mantendo-se durante todo este tempo no «segredos dos deuses».


O mosaico foi achado na sequência das escavações efectuadas às termas públicas da cidade romana de Abelterium, também denominada de Estação Arqueológica de Ferragial d`El Rei, naquele concelho do Norte Alentejano.


À medida que os trabalhos decorriam nas termas da cidade romana, a equipa de arqueólogos descobriu uma casa de um «aristocrata ou político».


«Nós identificámos o mosaico no triclínio da casa», disse o especialista, garantindo que era nesse espaço, onde está inserida a peça de grandes dimensões, que o proprietário recebia «as suas visitas».


«É um mosaico figurativo, onde surge a figura da Medusa como figura central. O mosaico é uma representação homérica, da Ilíada [poema épico grego atribuído a Homero], mas ainda existe pela frente um grande trabalho de fundo para conhecer melhor esta peça», salientou o arqueólogo.


Jorge António revelou ainda que o mosaico possui «pasta vítrea em tons de azul, verde e bordeaux».


«Este mosaico vai trazer, no futuro, vários visitantes a Alter do Chão», assegurou o arqueólogo.



«Grande passado romano»


Já o presidente da Câmara Municipal de Alter do Chão, Joviano Vitorino, afiançou à Lusa que pretende ver aquela peça, assim como toda a cidade romana de Abelterium classificada como «Património Nacional».


Alter do Chão tem «um grande passado romano e vamos efectuar todas os esforços necessários para tornar este espaço Património Nacional», defendeu.


De acordo com Joviano Vitorino, a cidade romana «é mais um pólo de atracção» para que os turistas visitem aquela vila alentejana.


As ruínas da antiga cidade romana, onde vão continuar a ser realizadas escavações arqueológicas, porque «muito há ainda por descobrir», segundo o arqueólogo Jorge António, vão ser abertas ao público a partir de 21 de Maio, dia do Município de Alter do Chão.

 


Fonte: (1 Fev 2009) IOL - Diário: http://diario.iol.pt/sociedade/mosaico-romano-alter-do-chao-romanos-arqueologia-patrimonio-mosaico/1038656-4071.html

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por noticiasdearqueologia às 01:11

Sábado, 31.01.09

Norte-americanos ajudam investigações em Tongobriga



 



Porto, 28 Jan (Lusa) - A colaboração entre a Universidade de Brown, nos EUA, e a Estação Arqueológica do Freixo permitiu ao organismo uma nova visão sobre o património clássico português, disse hoje à Lusa o arqueólogo Lino Tavares Dias.


 


 


"Essa foi, seguramente, uma das contribuições mais importantes que a Universidade de Brown nos deu, no quadro de uma colaboração iniciada em 2004", acrescentou o director da estação arqueológica situada no Marco de Canavezes.




Segundo o responsável, o protocolo permitiu que os norte-americanos, "com a sua perspectiva própria, olhando para o património clássico, colocassem perguntas que nos permitiram libertar o nosso pensamento".


A estação arqueológica está situada nos arredores do Marco de Canavezes, a cerca de 40 quilómetros do Porto, no local onde há cerca de 1.900 anos existia a cidade romana de Tongobriga, a última construída nesta região.


Para analisar os cinco anos de intercâmbio científico e cultural, realiza-se sexta-feira, no Auditório da Estação Arqueológica do Freixo, uma reunião que contará com a participação de representantes das universidades de Brown, Coimbra, São Paulo (Brasil) e de Atenas (Grécia).


Nos termos do protocolo, assinado com a universidade norte-americana, cerca de meia centena dos EUA participaram nas escavações em curso, ao longo dos últimos anos, naquela estação arqueológica.


"A novidade das perguntas que colocaram e os caminhos que se abriram na sequência dessas questões foi um dos aspectos mais importantes deste protocolo", frisou Lino Tavares Dias, que também salientou a importância da "contribuição financeira" dada pela universidade norte-americana.


Esta contribuição permitiu, entre outras, o aprofundamento das escavações em curso na zona da muralha e na nova necrópole descoberta na estação, onde decorrem escavações desde Agosto de 1980.


Os trabalhos ali realizados permitiram identificar uma cidade romana, que teria cerca de 2.500 habitantes, onde antes existia um povoado castrejo, tendo sido posta a descoberto uma grande estrutura urbana, com casas e bairros de arquitectura claramente romana, com fórum e termas públicas.


No espaço circundante foram também descobertas várias vilas (quintas agrícolas) romanas.


A antiga cidade romana de Tongobriga estendia-se por uma área com mais de 30 hectares, numa zona privilegiada de ligação entre o Tâmega e o Douro.


A dimensão do fórum, a grandeza do espaço termal e o complexo sistema subterrâneo de esgotos permitem aos arqueólogos pensar que se tratou de uma povoação importante para a época.


A cidade, que era servida pela estrada que vinha de Braga, atravessava o Tâmega e o Douro e fazia ligação a Mérida, foi a última que os romanos construíram na região.


Fonte: FR (28 Jan 2009). RTP: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=384948&visual=26&tema=5


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por noticiasdearqueologia às 23:29

Quarta-feira, 27.08.08

Estátua gigante do imperador Marco Aurélio descoberta na Turquia

Banhos de Sagalassos com esculturas da Dinastia Antonina



Uma estátua gigante de Marco Aurélio foi desenterrada num local arqueológico na Turquia. Os arqueólogos têm vindo a descobrir várias estátuas numa sala de banhos da cidade antiga de Sagalassos, que foi parcialmente destruída durante um terramoto entre 540 e 620 d. C.

Sagalassos fica a 100 quilómetros a norte da cidade de Antália, no Sudoeste da Turquia. Os banhos têm uma forma de cruz e medem 1250 metros quadrados, estão cobertos por mosaicos e eram provavelmente utilizados como frigidarium, uma sala com uma piscina de água fria onde os cidadãos mergulhavam depois de tomarem um banho quente.



Há doze anos que os arqueólogos têm escavado o local, e foram sendo desenterradas várias estátuas dos imperadores e das suas mulheres da dinastia antonina. No ano passado uma equipa liderada pelo professor Marc Waelkans da Universidade Católica de Leuven, Bélgica, pôs à luz vários fragmentos do que seria uma estátua de mármore colossal do imperador Adriano, que viveu entre 117 e 138 d. C.

Depois de terem encontrado a cabeça e o braço de uma estátua de Faustina a Velha, a mulher do imperador Antonino Pio, a 20 de Agosto desenterraram as partes de baixo de duas pernas de uma estátua e um braço direito com um metro e meio. Quando se encontrou a cabeça, os arqueólogos perceberam que estavam diante da estátua do imperador Marco Aurélio quando era jovem.

A cabeça, com quase um metro de altura, mostrava o jovem a olhar para cima. As pupilas estão direccionadas para o céu “como se tivesse numa contemplação profunda, completamente ajustado a um imperador que era mais um filósofo do que um soldado”, explicou Waelkens.

Marco Aurélio foi o último imperador que fez parte da sucessão dos Cinco Bons Imperadores que trouxeram uma época de ouro a Roma. Governou de 161 a 180 DC, e foi considerado como um estóico. O investigador diz que esta estátua é uma das melhores representações do líder romano.

O torso da estátua deveria ter uma armadura de bronze, por dentro deveria estar preenchido por terracota ou madeira. Quando a sala desabou, o torso provavelmente ficou destruído. As botas esculpidas estavam decoradas com pele de leão e escudos amazónicos.

Os arqueólogos chegaram à conclusão que a sala estava preenchida com esculturas gigantes da Dinastia Antonina, que governou o Império romano durante o segundo século depois de Cristo. À medida que foram encontrando as estátuas de Adriano, a sua mulher Vibia Sabina, o imperador Antonino Pio, a sua mulher Faustina e Marco Aurélio dispersos em locais diferentes da sala concluíram que os imperadores estavam do lado Oeste da sala e as suas mulheres foram colocadas do lado Este.

No próximo ano, os arqueólogos esperam encontrar a escultura da mulher de Marco Aurélio, Faustina a Jovem, na parte noroeste da sala. Ao imperador sucedeu o filho Cómodo, que acabou por ser assassinado, e governou um reino cheio de conflitos políticos e conspirações.

Fonte: (26 Ago 2008). Público: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1340533

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por noticiasdearqueologia às 22:45


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