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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Quinta-feira, 23.05.13

Sintra: Inauguração das novas instalações do Castelo dos Mouros

Castelo dos Mouros    Castelo dos Mouros

São inauguradas, no próximo dia 5 de junho, na presença do Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, as novas instalações de Apoio ao Visitante do Castelo dos Mouros. Este é o resultado do projeto “À Conquista do Castelo”, que implicou um investimento de 3,2 milhões de Euros, cofinanciado em 600 mil Euros pelo Programa de Intervenção do Turismo (PIT) e no remanescente pela Parques de Sintra. O objetivo centrou-se na valorização global e no restauro do Castelo dos Mouros, monumento que contou com cerca de 269.000 visitas em 2012 (número que tem aumentado todos os anos – gráfico abaixo).

A partir de agora os visitantes poderão desfrutar de um novo espaço de acolhimento, constituído por uma cafetaria com esplanada, loja e bilheteira, bar, instalações sanitárias e ainda uma envolvente paisagística recuperada (repondo a ambiência romântica preexistente), bem como caminhos de acesso e de ronda totalmente requalificados e iluminados. Foram também restauradas as duas cinturas de muralhas e a Cisterna (que passa agora a ser visitável). Será ainda aberta ao público a Casa do Guarda do Castelo, situada na segunda cintura de muralhas (fora do perímetro pago), após recuperação e adaptação como cafetaria, esplanada (com vista panorâmica para a Serra) e instalações sanitárias.

Todas estas novas instalações beneficiaram de um profundo trabalho ao nível das infraestruturas, nomeadamente no respeitante às redes de energia, comunicações, iluminação, águas, esgotos, rega, CCTV e proteção contra incêndios.

Integrado no projeto, desde o seu desenvolvimento inicial, esteve também o objetivo de reduzir as barreiras à mobilidade, permitindo acolher visitantes com dificuldades motoras, para que consigam percorrer o caminho até ao Castelo, acedendo às novas instalações de acolhimento e a pelo menos uma parte da muralha com vista para a Vila de Sintra.

Neste projeto destaca-se particularmente a metodologia de restauro das muralhas, cuja datação das várias fases construtivas da parte principal foi estudada pelos especialistas em Arqueologia da Arquitetura do Centro de Ciencias Humanas y Sociales de Madrid, e cuja definição das argamassas adequadas foi realizada com o apoio do Instituto Superior Técnico.

De destacar também a opção arquitetónica de utilização de madeira das árvores removidas nas limpezas florestais na Serra (espécies infestantes, neste caso específico, a Acácia) para o revestimento e mobiliário dos edifícios e passadiços, criando desta forma um ambiente em relação direta com a natureza envolvente.

O projeto “À Conquista do Castelo” foi antecedido e acompanhado pela realização de escavações arqueológicas, com campanhas realizadas em parceria com a Universidade Nova de Lisboa (desde 2009). Estas investigações apoiaram as intervenções de recuperação e aprofundaram a informação histórica sobre o local. A descoberta de elementos como mais de três dezenas de sepulturas medievais cristãs (com cerca de 2 a 3 enterramentos em cada), vários alicerces de habitações muçulmanas e objetos do Neolítico (por exemplo, um vaso cerâmico completo do 5º milénio a.C), conduziu à reconfiguração do projeto inicial para permitir mostrar ao público os principais achados.

Este verão será ainda inaugurado o novo Centro de Interpretação do Castelo, na Igreja de São Pedro de Canaferrim, igualmente alvo de restauro e de um projeto de arquitetura que visa proteger a ruína e albergar achados arqueológicos resultantes das investigações dos últimos anos, bem como fornecer informação aprofundada sobre a História do local. Também ainda no verão será ligada a nova iluminação cénica das muralhas, que permitirá uma nova “vista” do Castelo a partir do centro histórico, com possibilidade de diferentes cenários de cor.

Dado o difícil acesso ao interior das muralhas, o transporte de materiais de construção foi efetuado através de uma grua de cabos, sustentados por uma torre com 20m de altura localizada dentro do Castelo. Esta solução permitiu transportar as cargas sem interferir com os visitantes, minimizando ruídos e emissões poluentes.

 

O Castelo dos Mouros

O Castelo dos Mouros é um dos monumentos mais visitados e uma das principais atrações turísticas da Paisagem Cultural de Sintra, classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1995, tendo recebido cerca de 269.000 visitas em 2012.

De origem muçulmana, o Castelo dos Mouros foi aforado, em 1840, por D. Fernando de Saxe-Coburgo e Gotha (casado com a Rainha D. Maria II) e alvo de intervenções de recuperação segundo o conceito estético do romantismo. Cerca de um século mais tarde foi objeto de novas obras, enquadradas nas grandes reformas dos monumentos nacionais e manteve-se sem grandes alterações até aos dias de hoje.

A fortificação é constituída por duas cinturas de muralha, sendo o Castelo constituído por cinco zonas relevantes: a Alcáçova, a Praça de Armas, a Torre Real, a Cisterna e os espaços denominados por antigas cavalariças. Fora da primeira linha de muralhas localizam-se a Igreja de S. Pedro de Canaferrim, a qual apresenta vestígios de pintura mural decorativa, com padrões que remontam ao séc. XV, um monumento fúnebre/ossário, silos escavados na rocha e a antiga Casa do Guarda do Castelo.

Fonte:  Gerson Ingrês Gerson Ingrês (23.Mai.2013). Local.pt:http://local.pt/sintra-inauguracao-das-novas-instalacoes-do-castelo-dos-mouros/

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por noticiasdearqueologia às 22:33

Terça-feira, 19.07.11

Mogadouro: Castro “descoberto” em Vilarinho

A Câmara de Mogadouro, em parceria com a Universidade do Minho (UM), pretende pôr a descoberto uma antiga fortificação da Idade do Ferro, situada em Vilarinho dos Galegos.
Segundo António Dinis, o arqueólogo da UM, a antiga fortificação remonta à era Pré-Romana e tinha como função defender um enorme povoado existente no local, com mais de 2.500 anos.
A prospecção arqueológica está orçada em cerca de 108 mil euros, financiados por fundos da autarquia, e conta com a colaboração técnica da UM, que destacou para o chamado Castelo dos Mouros, um grupo de estudantes de Arqueologia acompanhados por um arqueólogo sénior.
“O sistema defensivo é de difícil acesso, composto por um campo de pedras fincadas, fosso escavado na rocha e um enorme conjunto de muralhas com seis metros de altura e outros tantos de largura, o que constituía um obstáculo para quem pretendesse atacar o povoado vindo”, explicou o investigador.
De acordo com os estudiosos, pouco se sabia da história relacionada com a fortificação, que é a primeira de um conjunto de duas ou três no concelho de Mogadouro, que vão ser alvo de investigação nos próximos anos.
“Nos próximos anos queremos apostar no turismo cultural e a conservação deste tipo de sítios é fundamental para a nossa estratégia”, frisou o presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, Moraes Machado,.
O Castro de Vilarinho dos Galegos faz parte da Rota dos Castros e Berrões, juntamente com outras fortificações peninsulares da região de Salamanca, Ávila, Miranda do Douro e Penafiel.


Fonte: (19 Jul 2011). Jornal do Nordeste: http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=375&id=16137&idSeccao=3378&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 13:31


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