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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Sábado, 07.11.09

Caravela seiscentista jaz no estuário do Cávado

No estuário do Cávado, mesmo em frente a Esposende, jaz o que resta de uma caravela do tempo dos Descobrimentos. Carbono 14 datou-a de 1548. Parte do navio foi encontrado em dragagens, realizadas há já duas décadas.



Uma caravela de 13 metros de comprimento e com capacidade para transportar até 40 toneladas de carga naufragou no estuário do Cávado em meados do século XVI. Transportaria uma elevada quantidade de cerâmica, ao que tudo indica proveniente de Barcelos. Os motivos do naufrágio são, ainda, desconhecidos da comunidade científica.


Há duas décadas, uma dragagem no estuário poria a descoberto um conjunto de madeiras e de peças de cerâmica - muitas delas inteiras. Porém, as peças trazidas à superfície não despertariam, então, a curiosidade do achador, que julgou tratar-se do local de naufrágio de barco que comercializasse na feira de Barcelos. Só uma década depois é que os achados seriam comunicados à Capitania e ao então Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS). Porém, a proximidade a que os vestígios se encontravam da superfície (apesar de cobertos por metros de sedimentos) motivaria alguma reserva da informação, "para que se salvaguardasse o achado", revela João Baptista, presidente da associação Barcos do Norte, entidade que há muito acompanha o processo.


Segundo o responsável, o CNANS promoveria, em 2000 e 2002, duas campanhas no local. Contudo, não viria a ser possível a localização exacta do sítio do naufrágio. As missões incidiriam na zona do Varadouro, a juzante da ponte de Fão, local do estuário do Cávado onde, noutros tempos, as embarcações fundeavam e onde se crê que a caravela tenha naufragado. Um fragmento dos madeiramentos trazidos à superfície e pertencentes à parte da ré do navio (o cadaste, ver foto) viria a ser datado, através de carbono 14, do ano de 1548, testes estes realizados em universidade dos Estados Unidos. Quanto às cerâmicas ali descobertas, João Baptista assinala que, dadas as suas formas e características, seriam provenientes de Barcelos, asseverando, a propósito, que "são em tudo semelhantes a peças descobertas em Aveiro, no local onde foi encontrado o astrolábio em ouro".


Defendendo a valorização e musealização do achado arqueológico, considerou que um estudo aprofundado permitiria "reescrever" uma parte da história: "Trata-se de reavivar uma importante parte da nossa herança e, no nosso entender, não há dinheiro que pague isso", vaticinou.


Fonte: LUÍS HENRIQUE OLIVEIRA (2 Nov 2009). Jornal de Notícias: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Esposende&Option=Interior&content_id=1407571


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por noticiasdearqueologia às 15:57

Segunda-feira, 31.03.08

Açores: Caravela ao largo do Faial

O Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos
Açores descobriu uma embarcação, presumivelmente uma caravela do
século XVII, ao largo da ilha do Faial.
A embarcação foi encontrada durante um trabalho de prospecção de algas
marinhas de investigadores do DOP, segundo explicou Vasco Pereira da
Costa, director regional da Cultura, salientando que "foi um achado
fortuito".
Os investigadores do DOP retiraram um objecto do interior da
embarcação "que está a ser analisado do ponto de vista arqueológico",
seguindo hoje para a ilha do Faial uma arqueóloga da Direcção Regional
da Cultura "para proceder a uma prospecção arqueológica para aumentar
os conhecimentos deste achado", afirmou o responsável da pasta da
cultura.
O valor patrimonial que exista no interior do navio "é desconhecido",
mas persistem "diversas suposições que apontam para a existência de
diversas embarcações que transportavam ouro". No entanto, somente após
uma análise profunda se poderá revelar "um valor aproximado do
achado".
Vasco Pereira da Costa defende que a descoberta desta embarcação
"permite aumentar o conhecimento sobre a história dos Açores", porque
há referências que apontam que o arquipélago foi um local de passagem
de bastantes barcos oriundas da América e de África em direcção a
países da Europa, os quais transportavam diversos objectos de grande
valor patrimonial.
O local onde se encontra o navio está a ser vigiado de forma discreta
pela Polícia Marítima, sob orientação da Capitania do Porto da Horta,
para salvaguardar a "existência de uma caça ao tesouro".
Caso a embarcação desperte o interesse de curiosos há a possibilidade
da zona ser interditada a mergulhadores e restantes barcos.


Fonte: (27 Mar 2008). Açoriano Oriental /Archport.

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por noticiasdearqueologia às 23:18


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