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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
A cidade primitiva do Templo de Angkor Vat, no Camboja, era três vezes maior do que se supunha, defende uma equipa de arqueólogos internacional que fez sondagens no subsolo através de radares da NASA.
O aglomerado urbano de Angkor, que foi a capital do Império Khmer, estendia-se ao longo de cerca de três mil metros quadrados, superando a cidade de Tikal, da antiga civilização Maia, na Guatemala.
A cidade medieval cambojana tinha capacidade para alimentar uma população de 500 mil pessoas, de acordo com um estudo da equipa de arqueólogos publicado segunda-feira nos Anais da Academia Nacional Norte-Americana das Ciências.
As imagens recolhidas pelos radares da agência espacial dos EUA, que são capazes de penetrar no subsolo, permitiram encontrar vestígios de antigas ruas, canais e bacias.
Com essas imagens e as captadas por avião e os registos topográficos do terreno, os investigadores, naturais do Camboja, França e Austrália, conseguiram descobrir a localização de milhares bacias hidrográficas e 74 templos.
Os arqueólogos concluiram que os canais de água permitiram irrigar culturas de arroz que se estendiam entre 20 a 25 quilómetros para Norte e para Sul de Angkor, tendo confirmado que um desastre ambiental causou o desaparecimento da civilização Khmer no século XIV.
A sobrepopulação, a desflorestação, a erosão do solo e inundações poderão ter tido consequências nefastas para a população.
O Templo Angkor Vat, que foi candidato às Novas Sete Maravilhas do Mundo, é a principal atracção turística e símbolo do Camboja, sendo o expoente máximo da arquitectura Khmer.
Desde os anos 50 que os investigadores tentavam delimitar a antiga cidade de Angkor mas os trabalhos foram sempre dificultados pela construção de novas urbanizações e explorações agrícolas. Há sete anos, os arqueólogos decidiram pedir apoio à Nasa.
(14 Ago 2007). Lusa / RTP: http://www.rtp.pt/index.php?article=2943
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