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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
A Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho (UAUM) vai mostrar ao público as sondagens arqueológicas em curso no Convento de São Francisco, em Real, Braga, que será adaptado a Pousada da Juventude, no âmbito da Capital Europeia da Juventude 2012. A iniciativa «Escavação Arqueológica Aberta» decorre a 17, 24 e 31 de Outubro, é promovida pela UAUM e pela Câmara de Braga e segue as recomendações internacionais de promover o conhecimento público das actuações no património construído.
Os cidadãos vão poder acompanhar ‘in loco’ os trabalhos arqueológicos, que decorrem desde Julho, e ver curiosidades como indícios de um povoado calcolítico e da Idade do Bronze. “Achámos 30 fossas escavadas no saibro, é mais uma prova que este é um território com recursos e ocupação humana antiquíssima”, explica o coordenador da equipa da AAUM, Luís Fontes. Os trabalhos confirmaram que na zona do futuro bloco da Pousada da Juventude não foram encontrados indícios relevantes, havendo apenas ajustes a fazer na especialidade, refere o arqueólogo.
Não se prevêem intervenções no piso térreo do convento e propõe-se criar um centro interpretativo na Sala do Capítulo, para valorizar o monumento. Além disso, considera-se que existam vários vestígios com interesse para conservar ‘in situ’, associados ao mosteiro visigótico fundado por S. Frutuoso. Por exemplo, sugere-se a conservação e reactivação do sistema hidráulico monástico, uma vez que o tanque por detrás da fonte D. Diogo de Sousa ainda hoje recebe água e segue em circuito pelo imóvel até outro tanque que servia os campos do complexo.
“Se for requalificado, introduz um aspecto básico de qualquer convento: a água servia para ‘alimentar’ a cozinha, para beber, para regar e na sua vertente lúdica, dando ao espaço o ruído da água a circular”, defende Luís Fontes.
O investigador revela-se "convicto que esta será a mais extraordinária Pousada da Juventude de sempre, junto a um monumento de valor histórico-cultural e arqueológico riquíssimo, que poderá ser fruído e vivido pelos visitantes e ocupantes”. A intervenção da UAUM “foi atempadamente realizada, respeitando a lei nacional e as normas internacionais, sem pressões impostas pelo andamento das obras”, devendo ser acompanhadas.
O Convento de São Francisco, anexo à igreja de São Francisco e capela de São Frutuoso, é Monumento Nacional desde 1944. Com o decreto-lei de 1834 que extinguiu as ordens religiosas, o convento foi encerrado. A igreja ficou afecta ao uso paroquial e os restantes edifícios e a cerca vendidos a particulares, tornando-se uma quinta agrícola. Nos anos 1930-40, a capela foi restaurada pela tutela, ficando acessível ao público. O convento e parte da quinta foram adquiridos em 1997 pela Câmara de Braga, que instalou numa área a Quinta Pedagógica. A zona edificada do mosteiro vai ser adaptada para Pousada da Juventude, evitando a ruína do imóvel.
As visitas guiadas por elementos da universidade vão realizar-se em dois turnos (14h-15h, 15h-16h), em grupos até oito pessoas e mediante marcação prévia. Os acessos nas escavações são condicionados, logo não há condições para pessoas com dificuldade de locomoção: por outro lado, não é permitido fotografar nem filmar. Os interessados devem trazer calçado adequado e dirigir-se à hora marcada ao adro da igreja de São Francisco/São Jerónimo.
Fonte: (14 Out 2011). CiênciaHoje: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=5
O Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga está a promover uma ação de divulgação dos diferentes tipos de cerâmica produzidos e utilizados no período romano na antiga cidade de Bracara Augusta, disse hoje fonte da autarquia.
O vereador Hugo Pires adiantou que a iniciativa, intitulada 'Sentir o Barro', envolve a promoção de ateliês de modelagem num espaço integrado no Núcleo Museológico das Termas Romanas da Cividade, no centro histórico da cidade.
'Sentir o Barro' prolonga-se até final de março e, embora esteja aberta à participação geral, dirige-se particularmente ao público infanto-juvenil.
'A cerâmica é um elemento particularmente importante na história de Braga, contribuindo muito para o estudo do passado romano da cidade, assinala Hugo Pires, enfatizando 'o valioso espólio já reunido sob coordenação dos arqueólogos da Universidade do Minho'.
O autarca socialista sublinha, a propósito, 'a importância das escavações coordenadas nas últimos 30 anos pela Unidade de Arqueologia da Universidade, que puseram a descoberto um abundante e diversificado espólio arqueológico, designadamente de origem cerâmica'.
Este espólio - integrado na coleção do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, também ele situado na Colina da Cividade - é constituído, em grande parte, por cerâmicas de diferentes tipos e qualidades, produzidas localmente ou importadas de outros pontos do Império Romano.
Fonte: (10 Fev 2010) Correio do Minho: http://www.correiodominho.pt/noticias.ph
Fonte: Paula Maia http://www.correiodominho.pt/noti
De acordo com o Gabinete Municipal de Arqueologia, estamos perante várias estruturas correspondentes a um edifício privado construído no século I d.C. e cuja ocupação sobreviveu até ao século V d.C.
São também visíveis no local restos de alicerces da muralha medieval que se encontram adossadas a um pano de uma das torres que, à época, integravam esta estrutura defensiva.
Os visitantes que estiverem interessados em conhecer este núcleo museológico podem in loco, observar um pequeno vídeo onde lhes é explicada as transformações que o edifício sofreu ao longo dos séculos, bem como as várias funções que assumiu, sendo que, numa última fase, foi transformado num estabelecimento de ensino, tendo acolhido a escola primária da Sé, função assumida até 1986.
Para além de visitar estes vestígios arqueológicos, o visitante terá ainda oportunidade de observar uma exposição permanente que pretende dar a conhecer técnicas e instrumentos associados à execução de mosaicos no período romano.
Contíguo a este núcleo museológico encontra-se também um espaço de restauração.
Mais-valia
O presidente da Junta de Freguesia da Sé considera que este núcleo constitui “uma mais-valia para a freguesia”, destacando o papel da autarquia na preservação destas ruínas “que vêm engrandecer o centro histórico”.
Presente na abertura do núcleo, o edil bracarense sustentou que este património pode constituir uma componente para o futuro Parque Museológico de Braga.
A visita do Núcleo Museológico da ‘Domus’ da Escola da Sé encontra-se temporariamente limitada a grupos (4 pessoas). As visitas requerem marcação prévia através do 253 203150.
Um edifício da época romana, possivelmente associado a rituais
funerários, foi descoberto pela Unidade de Arqueologia da Universidade
do Minho (UAUM) durante as obras que decorrem no edifício dos
Correios, no centro de Braga. A estrutura estará ligada ao vizinho
santuário da Fonte do Ídolo e vai ser integrada no futuro centro
comercial que será construído no local. Este edifício e quatro
sepulturas raras encontradas no mesmo local serão conservados in situ
e musealizados, podendo ser visitados pelo público a médio prazo.
Os arqueólogos acreditam que a construção está associada a práticas
funerárias ou de culto, possivelmente relacionadas com o santuário da
Fonte do Ídolo, existente no mesmo quarteirão. A estrutura, com uma
invulgar forma de trapézio, faz parte de um conjunto mais extenso,
desenhado simetricamente em função de um eixo central.
À sua volta existem vários tanques com um revestimento habitual na
época, limitados por um muro paralelo ao troço da via XVII, a primeira
estrada a ligar Bracara (Braga), a Asturica (Astorga). Este edifício
encontrava-se preservado sob as ruínas de uma oficina de fabrico de
vidro, datada do baixo-Império, que tinha sido localizada nos
primeiros trabalhos realizados naquele local, no segundo semestre do
ano passado.
Manuela Martins, presidente da UAUM, destaca a "originalidade do
edifício" e o seu "estado de preservação", antecipando que a sua
cronologia deve aproximar-se "dos primeiros tempos de organização da
cidade de Bracara Augusta". "Constitui um exemplar arquitectónico com
traços únicos", refere. Os arqueólogos defendem que o edifício deve
ser classificado como de interesse público.
Os arqueólogos da UM entendem que os achados se revestem de "grande
relevância patrimonial". A proposta de alteração do projecto do centro
comercial "foi prontamente aceite pelo promotor imobiliário, que se
congratulou com a possibilidade de proporcionar à cidade de Braga
novos núcleos de ruínas visitáveis, que enriquecerão o seu
património", explicou Manuela Martins.
Os arqueólogos descobriram quatro sepulturas que serão igualmente
preservadas no local e musealizadas. As sepulturas têm orientações
diversas e datam desde o século III ao VI. São túmulos raros e incluem
um caixão de chumbo, único em Portugal. Estes achados estão associados
à necrópole romana da via XVII e demonstram "a riqueza das práticas
funerárias" daquele tempo, realçam os arqueólogos, que admitem vir a
encontrar um quinto túmulo no mesmo espaço.
Fonte: Samuel Silva (11 Mar 2009). Público.
Universidade do Minho defende musealização no local
As escavações arqueológicas que decorrem na principal avenida de Braga colocaram a descoberto um templo romano datado do século I.
A grandeza da descoberta levou já a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho a defender a musealização “in situ” do achado, proposta que implica que a circulação rodoviária se faça por viaduto, a partir da zona dos antigos CTT. Ponto assente é que já não será possível prolongar o túnel da Avenida da Liberdade para além do quarteirão dos antigos Correios.
Fonte: Joaquim Martins Fernandes (16 Out 2008). Diário do Minho: http://www.diariodominho.pt/noticia.php?c
Obras do túnel colidem com preservação dos achados
A Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho descobriu uma grande necrópole romana em plena Avenida da Liberdade, em Braga. Várias dezenas de sepulturas, algumas delas com esqueletos quase inteiros, foram já colocadas a salvo. As escavações em curso, que decorrem no quarteirão dos antigos Correios, deixam claro que o prolongamento do túnel da Avenida vai entrar no "coração" da necrópole, assim como o hotel para idosos, anunciado recentemente para a Rua do Raio.
Fonte: Fernandes, Joaquim Martins (28 Jul 2008). Diário do Minho: http://www.diariodominho.pt/noticia.php?c
A Câmara de Braga começa a distribuir em Setembro, a partir do Posto de Turismo, um roteiro dos sítios arqueológicos do período romano visitáveis na cidade.
O desdobrável contém um mapa e informação resumida sobre cada um dos conjuntos arqueológicos que restam da antiga Bracara Augusta. Figuram neste roteiro as Termas Romanas do Alto da Cividade, a Fonte do Ídolo, as ruínas descobertas por baixo do edifício das Frigideiras do Cantinho, o monumento com forno pré-romano do edifício da Estação de Caminhos de Ferro, o Museu Regional de D. Diogo de Sousa e as ruínas da escola velha da Sé.
Jorge Oliveira (14-08-2007). Diário do Minho.
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