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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Quarta-feira, 15.05.13

Arqueologia subaquática quer revelar civilizações submersas

 Arqueologia subaquática quer revelar civilizações submersas foto Mariana Bazo/Reuters

O lago Titicaca, a 4 mil metros de altitude na Cordilheira dos Andes, entre a Bolívia e o Peru, esconde restos de civilizações com mais de 2 mil anos, que um inovador projeto de arqueologia subaquática pretende revelar.

"É o primeiro projeto de escavação subaquática" na Bolívia, disse à EFE o investigador belga Christophe Delaere, diretor do projeto "Huinaimarca", promovido pelo Ministério da Cultura da Bolívia e pela Universidade Livre de Bruxelas (ULB), para investigar inúmeros locais da costa colombiana, especialmente a cultura pré-Inca Tiwanaku, que estão atualmente sob a água.

O projeto, previsto para três anos e desenvolvido em conjunto por especialistas de ambas as instituições, foi lançado em Abril de 2012 com levantamentos geofísicos.

Em fevereiro os primeiros mergulhos permitiram localizar e identificar seis sítios arqueológicos subaquáticos na parte inferior do lago Titicaca, na Bolívia.

Delaere disse à EFE que "há quase 600 quilómetros quadrados de território de cultura Tiwanaku na água" e que estas escavações já permitiram encontrar muros domésticos, estruturas cerimoniais e modelos de terraços agrícolas.

Espera-se que a terceira fase do projeto, que será decisiva para o futuro da investigação, comece em junho e julho, altura em que a equipa pretende usar sofisticadas técnicas arqueológicas subaquáticas, com a ajuda de vinte arqueólogos da Bélgica, Bolívia, Peru, Espanha, França e Itália, a maioria deles mergulhadores científicos especializados em arqueologia subaquática.

Fonte: (11.Mai.2013). Jornal de Notícias: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=3214495#_page0

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por noticiasdearqueologia às 21:09

Terça-feira, 20.10.09

Reforma arqueológica de pirâmide boliviana decepciona

 

Ansiosa para atrair mais turistas, a cidade de Tiwanaku, nos Andes bolivianos, reformou a pirâmide antiga de Akapana com adobe, em lugar de pedra. Alguns especialistas dizem que a reforma foi um fiasco.


A pirâmide é uma das maiores construções pré-colombianas da América do Sul e teve grande significado cultural para a civilização Tiwanaku, que se espalhou pelo sudoeste da Bolívia e partes do Peru, Argentina e Chile entre 1500 a.C. e 1200 d.C.


José Luiz Paz, indicado em junho para avaliar os danos ao sítio arqueológico, diz que a União Nacional de Arqueologia (Unar) errou ao optar por reconstruir a pirâmide com adobe, quando fica evidente ao olho nu que a construção original foi feita de pedra.


"Não há estudos indicando que as paredes tivessem essa aparência", diz Paz à Reuters diante da pirâmide no sítio arqueológico de Tiwanaku, a 64 quilômetros ao norte da capital administrativa da Bolívia, La Paz.


De acordo com Paz, que hoje dirige as escavações no sítio arqueológico, a prefeitura de Tiwanaku contratou a Unar para reformar a pirâmide de Akapana "para torná-la mais atraente para os turistas", sem levar em conta qual pode ter sido sua aparência original.


Milhares de turistas visitam Tiwanaku todos os anos e pagam US10 para conhecer o sítio arqueológico.


O ministro da Cultura boliviano, Pablou Groux, rebateu as críticas e disse que a reforma da pirâmide foi necessária.


A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) deve visitar Tiwanaku em breve e, se decidir que a pirâmide foi excessivamente modificada, pode tirar Tiwanaku de sua lista de sítios que integram o Patrimônio Mundial.


Em 2000, a Unesco incluiu Tiwanaku na lista porque as ruínas na cidade "são testemunhas do poder de um império que exerceu papel importante no desenvolvimento da civilização andina pré-hispânica."


O saque das cerâmicas e pedras esculpidas do Akapana começou pouco após a conquista espanhola e, posteriormente, a estrutura foi usada como pedreira, da qual foram extraídas pedras para a construção de uma ferrovia e uma igreja católica nas proximidades.


Seu tamanho e seus andares inferiores, que permanecem, sugerem que o Akapana deve ter sido uma construção notável, mas a pirâmide foi prejudicada pela pilhagem, as temperaturas extremas e os ventos fortes no planalto andino, a 3.800 metros acima do nível do mar.


Fonte: Eduardo Garcia (19 Out 2009). Reuters/Globo.com: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/10/19/reforma-arqueologica-de-piramide-boliviana-decepciona-768120085.asp


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por noticiasdearqueologia às 23:04

Sábado, 15.08.09

Brasil: Geoglifos no Acre estão ameaçados se não forem preservados



Os geoglifos no Acre, grandes estruturas geométricas no solo erguidas antes da chegada dos colonizadores europeus, estão ameaçados, afirmou o arqueólogo Ondemar Dias, presidente do Instituto de Arqueologia Brasileira. 


Os geoglifos do Estado Acre têm grande potencial turístico e, caso a UNESCO aprove a candidatura em curso a património da humanidade, poderão atrair visitantes e investimentos para a região, disse à Lusa Ondemar Dias.

Foi Dias quem descobriu os primeiros vestígios destes desenhos na terra, no final da década de 1970 quando esteve na Amazónia, na primeira investigação científica realizada no Acre.

"A vantagem de ser reconhecido como património é que poderá atrair visitantes e recursos. Faltam recursos para todas as pesquisas arqueológicas académicas no Brasil", disse à Lusa ao alertar que os sítios arqueológicos brasileiros estão todos ameaçados.

Segundo o especialista em cerâmica, não há um mistério que envolve os geoglifos, "há um desconhecimento", pois considera que os estudos ainda são muito incipientes.

Para Denise Schaan, presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira, estes desenhos feitos na terra podem ser "o grande atractivo da região se souberem ser explorados".

"Precisamos agora dar continuidade às pesquisas e trabalhar para a preservação", destacou para quem os geoglifos do Acre se comparam em grau e em importância aos famosos do Peru.

"Apesar das estruturas do Acre serem diferentes das de Nazca, tanto na constituição, quanto provavelmente na função, ambos são comparáveis por oferecerem um belíssimo espectáculo para quem os sobrevoa".

Schaan ainda ressalta que as agências de viagem poderiam fazer um roteiro no Acre, com visitas a partir de torres de observação, museu e sobrevoo.

Estas estruturas foram feitas provavelmente por índios falantes de língua Aruaque, explica Schaan, que colonizaram territórios das Antilhas até ao norte do Matogrosso passando pela Amazónia.

Além do Acre, há geoglifos no estado do Amazonas, oeste de Rondónia e no norte da Bolívia. Até agora já foram identificados 255 geoglifos acreanos, mas há outros 30 que precisam ser estudados.

As estruturas tinham funções distintas: alguns eram aldeias fortificadas, outros eram locais de festas e rituais.

"A simbologia por trás das figuras geométricas pode estar relacionada a algum culto e fertilidade da terra", explicou.

A grande importância dessa descoberta, disse ainda, é o facto de que "essas populações eram todas relacionadas, tinham as mesmas técnicas de engenharia, e talvez construíssem os geoglifos como modo de defesa e marcação do território". 



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por noticiasdearqueologia às 23:46


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