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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Terça-feira, 21.05.13

Astrónomo descobre origem pré-histórica do nome da Serra da Estrela

Fábio Silva, astrónomo português da University College London, descobriu pela orientação de construções megalíticas com seis mil anos que o nome da Serra da Estrela tem origem na estrela Aldebaran.

As entradas dos dólmens construídos há seis mil anos em volta da maior montanha da Serra da Estrela estão todas viradas para o lugar onde, no horizonte, a estrela Aldebaran nasce em abril, e explicam a origem do nome da mais alta serra de Portugal Continental. Quem descobriu o segredo guardado por aquelas construções megalíticas foi o astrónomo português Fábio Silva, investigador na University College London, onde está a fazer um doutoramento em arqueologia, depois de se ter doutorado em astrofísica na Universidade de Portsmouth, também no Reino Unido.

Num artigo publicado na revista científica de referência internacional "Papers from the Institute of Archaeology", Fábio Silva revela a importância da estrela Aldebaran, a mais brilhante da constelação do Touro, para os povos pré-históricos e explica de que forma as lendas locais da Serra da Estrela confirmam a sua tese. À procura de um padrão nos dólmens Em 2010 o investigador, que estudou na Universidade de Aveiro, iniciou na região entre os rios Mondego e Douro um projeto de prospeção dos dólmens, monumentos megalíticos pré-históricos construídos há cerca de 6000 anos, que também são conhecidos por antas ou orcas. "O objetivo era verificar se existiria algum padrão a nível de orientação e implantação na paisagem, e se esse padrão corresponderia a algum evento astronómico como acontece, por exemplo, em Stonehenge", conta Fábio Silva.

Stonhenge, o famoso monumento megalítico localizado no Reino Unido, encontra-se alinhado com o nascer do Sol no solstício de verão e com o pôr do Sol no solstício de inverno. Orientadas para a serra Três anos depois de ter começado o projeto, o astrónomo já tinha estudado mais de 50 antas e concentrou-se no vale do Mondego, na região de Carregal do Sal, "que tem vários monumentos megalíticos em bom estado de conservação e restauro". Foi então que detetou um padrão comum: todas as antas ou dólmens estão orientados para a Serra da Estrela.

O passo seguinte foi "tentar perceber se a zona da Serra da Estrela que é observável dentro de todos os dólmens - uma encosta - poderia ter algum significado especial relacionado com o nascimento de um astro", prossegue Fábio Silva. E de facto tinha, porque há cerca de 6000 anos a estrela Aldebaran, a mais brilhante da constelação do Touro, nascia exactamente sobre a Serra da Estrela no final de abril, princípio de maio. Ciência confirma lendas locais "O nascimento desta estrela muito brilhante e vermelha, no período em que os dólmens foram construídos, ocorria numa altura em que as comunidades do vale do Mondego iam passar os meses mais quentes do ano nos prados da Serra da Estrela", onde alimentavam os seus rebanhos de ovelhas e cabras, revela o astrónomo. "A observação astronómica funcionaria, assim, como um perfeito marcador sazonal para estas comunidades".

As lendas locais contam a história de um pastor que vivia no vale do Mondego e ao ver uma estrela nascer sobre uma serra no horizonte, decide ir atrás dela. Quando chega à serra decide dar-lhe o nome de Serra da Estrela. Fábio Silva explica que "esta narrativa é bastante semelhante ao que a arqueologia e a arqueoastronomia nos dizem: as comunidades neolíticas do vale do Mondego que praticavam a pastorícia, ao observarem a estrela Aldebaran a nascer, deslocavam-se para as cotas mais elevadas da serra, onde permaneciam durante os meses quentes".

Estamos, assim, perante um caso em que o folclore "pode ter mantido viva a memória de algo de extrema importância há 6000 anos atrás".

Fonte: Virgílio Azevedo (17.Mai.2013). Expresso: http://expresso.sapo.pt/astronomo-descobre-origem-pre-historica-do-nome-da-serra-da-estrela=f807844#ixzz2TxMr4fDJ

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por noticiasdearqueologia às 20:29

Domingo, 27.01.08

Huelva.- Unas excavaciones confirman que el Dolmen de Soto es "una de las mayores" construcciones me

La campaña de excavación arqueológica que lleva a cabo la Consejería de Cultura para la puesta en valor del Dolmen de Soto, en Trigueros (Huelva), cuya primera fase ha concluido recientemente, ha revelado la existencia de nuevos datos sobre el monumento que lo convierten en "una de las mayores construcciones megalíticas de Europa Occidental".


   Según indicó en una nota la Junta, los investigadores han descubierto el anillo perimetral que rodeaba al túmulo que cubre la sepultura, que está formado por grandes bloques de caliza y conglomerados policromos y tiene un diámetro de 80 metros, lo que revela el tamaño del complejo. Asimismo, se ha comprobado que el túmulo estaba rematado por una cubierta de piedras de cuarzo blancas.


   Con estos nuevos elementos, el monumento "se configura como una de las obras de mayor belleza y complejidad técnica de la época, con un diseño claramente orientado a perpetuarse en el tiempo y el espacio, y a generar un intencionado impacto visual en el paisaje por sus volúmenes y color".


   De la misma forma, las investigaciones han permitido fijar por primera vez de forma científica --mediante dataciones de carbono 14-- la fecha de construcción del dolmen a finales del tercer milenio antes de Cristo, hace unos 4.200 años, lo que se ha conseguido con los análisis realizados en niveles del túmulo preservados hasta el momento, que han permitido obtener registros arqueológicos sobre las condiciones ambientales de la época de su construcción.


   La cronología, el diseño y el formato constructivo del dolmen lo sitúan como heredero directo de las tumbas megalíticas del Andévalo, construidas 1.000 años antes. Sin embargo, el enorme esfuerzo humano requerido para transportar y manipular los varios cientos de toneladas de los elementos que lo conforman, la complejidad ideológica que denota su formato exterior, los grabados interiores, las áreas de actividad situadas frente a su acceso y su ubicación respecto a otras tumbas de menor tamaño situadas a su alrededor muestran que Soto fue la tumba central de una de las últimas grandes necrópolis de las primeras sociedades jerarquizadas de Europa Occidental.


   Las conclusiones científicas del programa de intervenciones arqueológicas de la Consejería de Cultura en el Dolmen de Soto permiten no sólo un mayor conocimiento del monumento sino también contar con la base para abordar trabajos de conservación y restauración y la difusión de la importancia del mismo a través del centro de interpretación anexo.
Fonte: (25 Jan 2008). Europapress: http://www.europapress.es/00279/20080125134907/huelva-excavaciones-confirman-dolmen-soto-mayores-construcciones-megaliticas-europa.html

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por noticiasdearqueologia às 09:08

Sábado, 29.12.07

A exploração de caulinos em Milhazes e Vila Seca ameaça vestígios arqueológicos.

A concessão de caulino prevista para Vila Seca e Milhazes pode ser bloqueada se a Câmara Municipal de Barcelos e as Junta de Freguesia de Vila Seca e Milhazes pedirem ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) a classificação do conjunto de vestígios arqueológicos existentes nos terrenos da exploração.
Um estudo realizado pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara encontrou dois dólmenes e diversos elementos arquitectónicos que integram o património pré-industrial (relacionado com sistemas de rega para a agricultura e para a moagem), que, caso a exploração avançasse seriam destruídos. 
Alguns destes elementos estão semi-destruídos, mas podem ser recuperados. A Junta de Vila Seca está disposta, em conjunto com a Câmara, a requerer a classificação e, caso o IPPAR venha a dar provimento a essa pretensão, os terrenos onde os vestígios estão situados e um perímetro de 50 metros ou mais, conforme o valor dos vestígios encontrados, fica a salvo de qualquer intervenção, o que inviabilizaria quase todos os terrenos para a extracção de caulino prevista. Aliás,  Vila Seca, Milhazes e Gilmonde são zonas de alguma abundância de vestígios das sociedade megalítica - com mais de 5 mil anos - como é o caso dos dólmenes (monumentos funerários) encontrados, e, que, na opinião dos especialistas, urge escavar e preservar. Para isso é fundamental que os projectos de concessão ou licenciamentos de construção estejam obrigados a investigações arqueológicas prévias.
“Pela nossa parte, e em conjunto com a Câmara, vamos tentar que se consiga a classificação dos vestígios arqueológicos ali existentes. Está em causa um património importante para a história da freguesia e do concelho e deve ser salvaguardo”, disse ao Barcelos Popular (BP), José Faria, presidente da Junta de Freguesia de Vila Seca. O autarca aproveita o momento para recordar que a existência de tais vestígios “mostra a falta de rigor com que foram feitos os estudos da exploração”. E garante que “se não fosse a nossa insistência e oposição à exploração, bem como os estudos feitos no terreno pela Câmara, a Mibal destruía tudo que se conhece e o que está por escavar”.
   


Fonte: (27 Dez 2007). Barcelos Popular: http://www.barcelos-popular.pt/index.php?zona=ntc&tema=3&lng=pt&id=883

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por noticiasdearqueologia às 12:42

Quinta-feira, 04.10.07

Cacela: Terminam escavações no Túmulo de Santa Rita

As escavações arqueológicas ao túmulo megalítico de Santa Rita, em Vila Nova de Cacela, terminaram a 28 de Setembro.


Foto


Após três meses de escavações, os últimos dias foram dedicados exclusivamente ao desenvolvimento de medidas de protecção e salvaguarda do monumento e dos vestígios encontrados.
Esta primeira fase dos trabalhos arqueológicos incidiu na caracterização da realidade arqueológica.
De acordo com Câmara de Vila Real de Santo António, «os resultados facultados pela intervenção justificam a necessidade de prosseguir os trabalhos arqueológicos numa segunda campanha, a realizar no próximo ano, que contemple a escavação integral do túmulo megalítico e a consequente materialização do projecto de valorização patrimonial e paisagística».
Os resultados preliminares sugeridos pela intervenção arqueológica indicam a existência de um túmulo megalítico formado por um corredor com 5 metros de extensão e por uma câmara funerária de planta rectangular, com cerca de 5 metros de comprimento por 2 de largura.
A monumentalidade e a originalidade do complexo dispositivo de acesso do corredor à câmara funerária, onde primou a utilização e a preferência de matérias-primas com cores contrastantes (arenito vermelho e calcário), constituem «um facto inédito no panorama arqueológico nacional», refere a autarquia em comunicado.
Este complexo arquitectónico, nomeadamente a câmara funerária, terá sido coberto por grandes blocos de arenito local e por uma colina artificial delimitada por um anel formado por lajes fincadas no solo que serviria de suporte face aos agentes erosivos.
No entanto, a importância patrimonial do conjunto foi ampliada ao identificar-se uma necrópole sobre a massa tumular a qual permitiu documentar um mínimo de oito indivíduos inumados em posição fetal.
O facto reforça a ideia de se estar perante um sítio arqueológico com um importante legado informativo, pelo que está em curso um projecto de investigação interdisciplinar. Esse trabalho permitirá uma aproximação ao conhecimento da estrutura social das comunidades que construíram e utilizaram este monumento megalítico.
Os trabalhos laboratoriais que se desenvolverão nos próximos meses sobre os materiais documentados durante a intervenção arqueológica, nomeadamente a datação por radiocarbono dos esqueletos identificados, vão permitir o esclarecimento de algumas dúvidas ainda pendentes e encarar com dados mais objectivos os trabalhos arqueológicos a desenvolver futuramente.
O trabalho está a ser desenvolvido pelo Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela, que a 21 de Setembro promoveu uma jornada de portas abertas para apresentação pública do túmulo megalítico.


In: (4 de Out 2007). O Barlavento, on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=18737&tnid=5

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por noticiasdearqueologia às 21:59

Quarta-feira, 19.09.07

Vila Real de S. António: trabalhos arqueológicos em túmulo megalítico


Decorrem, desde o passado dia 2 de Julho, por iniciativa do Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, trabalhos arqueológicos num túmulo megalítico localizado junto à aldeia de Santa Rita.


Este importante sítio arqueológico, identificado no âmbito do levantamento do património histórico e arqueológico da freguesia de Vila Nova de Cacela, representa um dos últimos túmulos megalíticos bem conservados existentes na região.
Estas escavações arqueológicas têm como objectivo o estudo da pré-história e do fenómeno megalítico da região, aspecto suportado por uma política patrimonial que vem sendo defendida pelas autoridades locais e que assenta em cinco pilares fundamentais: investigação, protecção, divulgação, valorização e musealização do património arqueológico da região.
A primeira fase dos trabalhos decorre até Setembro e visa caracterizar a estrutura arquitectónica do túmulo megalítico, bem como recolher amostras que possibilitem uma primeira aproximação cronológica, através da datação por radiocarbono, e à paisagem paleo-vegetal da área envolvente.
Depois, uma equipa de arqueólogos, geólogos e antropólogos irá estudar as evidências arqueológicas.



In: (11 Set 2007). Rádio Horizonte: http://www.algarvenoticias.com/noticias/artigo.php?op=a87ff679a2f3e71d9181a67b7542122c&id=cb953f6ca5923f7517125db46ed1293d

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por noticiasdearqueologia às 23:13

Quarta-feira, 25.07.07

"Anta da Laginha" (Cardigos, Mação): Escavações de investigadores britânicos e portugueses.


O Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, em parceria com Instituto Politécnico de Tomar e a Universidade de Durham, realizam este mês a escavação da "Anta da Laginha" na freguesia de Cardigos.


Os trabalhos, coordenados pelo Professor Chris Scarre e pelo Professor Luís Oosterbeek integram um projecto coordenado pelo Director do Museu de Mação e pelo Professor inglês Chris Scarre que procuram estudar as origens agro-pastorícias, bem como aspectos económicos e tecnológicos das comunidades antigas.


Segundo disse à Lusa Luís Oosterbeek, director do museu, "o trabalho que está em curso reúne 15 investigadores", entre alunos e professores da Universidade de Durham, Inglaterra, e do Mestrado do Museu de Mação e Politécnico de Tomar.


Luís Oosterbeek disse à Lusa que se pretende "perceber como estas comunidades organizavam o território e entender os seus aspectos simbólicos".


Este projecto, que já vai no segundo ano, é financiado pela Academia Britânica.


Concretamente, o objectivo dos trabalhos que estão a decorrer é a escavação da Anta da Laginha, bem como a prospecção do espaço à sua volta tendo mesmo sido efectuadas sondagens mecânicas.


Um dos aspectos pretendidos, além do interesse arquitectónico, é a identificação de processos antigos de agricultura.


Segundo disse, "este é um monumento megalítico que, tal como a Anta da Foz do Rio Frio, também em Mação, apresenta afinidades norte-alentejanas e cujo estudo está a permitir responder a uma série de questões".


Luís Oosterbeek explicou que, com estes estudos, "já é possível dizer que a Anta da Laginha foi construída no ano 4300 a.c. sendo possível, com o aproximar do fim da escavação, ter uma ideia razoável do que ali existe".


O professor disse à Lusa que "já foram descobertos alguns objectos de valor arqueológico, nomeadamente geométricos (elementos de foice) e um machado de pedra polida assim como alguns objectos de cerâmica sem decoração".


Com o fim desta fase da escavação, que já começou em 2006, há questões que, segundo explicou à Lusa Luiz Oosterbeek vão ficar por responder.


O professor referiu que ainda não se percebeu, por exemplo, "a forma como funcionava o corredor, uma questão que ainda não vai ficar esclarecida este mês".


Nesse sentido, terá lugar uma nova campanha na Primavera de 2008.


O professor adiantou que "os resultados deste trabalho vão ser divulgados no final deste ano" e, após a conclusão destes estudos, "a Anta da Laginha integrará o Roteiro dos Sítios Visitáveis no Concelho de Mação naquele que será um dos nossos novos projectos", no âmbito do museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo.


(25 Jul 2007). Lusa:  http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/VJqaSPQ19FOh750BTnKU2Q.html

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por noticiasdearqueologia às 17:53


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