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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Domingo, 21.03.10

Duas aras da Aldeia Nova no Ficheiro Epigráfico

 



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Suplemento da Revista CONIMBRIGA, dá conhecer peças descobertas na freguesia da Ramela.


Duas aras de Aldeia Nova, na freguesia de Ramela, concelho da Guarda, merecem destaque, no ‘Ficheiro Epigráfico, 87, 2009’, um suplemento da Revista CONIMBRIGA, da Universidade de Coimbra, destinado a divulgar inscrições romanas inéditas de toda a Península Ibérica, que começou a publicar-se em 1982.


Os monumentos epigráficos foram identificados na sequência de um trabalho coordenado pelo arqueólogo Marcos Osório, em 2002 e 2006, mas o seu estudo só agora foi publicado.

O primeiro consiste num altar de granito grosseiro e de cor cinzenta e está guardado numa arrecadação, em Aldeia Nova. Segundo a descrição “trata-se de uma ara de grande tamanho, elegante e de excelente acabamento, apenas danificada no topo e na aresta esquerda do campo epigráfico”. Marcos Osório adianta que “o texto é praticamente ilegível pelo desgaste e pelos danos que sofreu” , “apenas conseguimos ler no cabeçalho o nome do indivíduo dedicante ou defunto”. O arqueólogo refere que “a utilização do antropónimo em nominativo e a raridade das aras funerárias nesta região parecem contribuir para a hipótese de uma epígrafe votiva”.

O outro monumento é uma ara de granito grosseiro amarelado e foi descoberto na capela de Santo Antão, local onde se encontra guardado. “Trata-se de um monumento de razoável tamanho e de excelente acabamento, apenas com ligeiras escoriações e restos de cimento na base, para além da destruição do capitel”. De acordo com a descrição feita “o fuste apresenta-se homogeneamente alisado nas quatro faces, mas sem qualquer vestígio de inscrição”.

No Ficheiro Epigráfico é referido que “estas duas aras podem provir do lugar do Prazo, a cerca de 600 metros para sudoeste de Aldeia Nova, onde um dos autores detectou fragmentos de tegulae, imbrices, dolia e cerâmica comum doméstica, espalhados na berma de um caminho rural que foi aberto sob a A23 (troço Guarda – Belmonte, inaugurado em Agosto de 2002)”.

Os autores escrevem que “as semelhanças entre os dois monumentos e a ausência do texto num deles podem ser sintomas de proveniência de uma oficina epigráfica, onde uma das aras aguardava ainda a gravação encomendada”.

“Estamos perante duas epígrafes em que os critérios paleográficos são insuficientes ou inexistentes para estabelecermos uma proposta de datação rigorosa”, concluem os autores do estudo.

O Ficheiro Epigráfico faz também referência a uma ara votiva encontrada no Sabugal, durante as obras de reabilitação de um edifício no Largo do Castelo, convertido em estabelecimento comercial e turístico, conhecido por “Casa do Castelo”.



Fonte: (19 Mar 2010). JOrnal a Guarda:
http://www.jornalaguarda.com/index.asp?idEdicao=343&id=18667&idSeccao=4624&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 22:45


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