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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
O esqueleto fossilizado de uma criança de cinco anos que viveu num período do Paleolítico, encontrado há uma década no Lapedo, poucos quilómetros a Norte de Leiria, levou a que a autarquia instala–se no local um Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho, que será inaugurado amanhã. É a primeira fase de um projecto que conempla a criação de um parque arqueológico de nível internacional.
“Temos condições únicas que queremos aproveitar”, afirmou a propósito Vítor Lourenço, vereador da Cultura da Câmara de Leiria, numa referência aos achados arqueológicos do menino do Lapedo. O fóssil, com mais de 24 mil anos, foi descoberto em Dezembro de 1997, e marcou um novo paradigma cientifico sobre a evolução humana, ao apresentar indícios cruzamento de raças humanas em estágios de evolução diferentes, como era o Homo Neanderthal e o Homo Sapiens. Até então, os estudiosos julgavam que o Neanderthal fora extinto sem qualquer cruzamento com o homem moderno, mas o fóssil encontrado contrariou pela primeira vez essa teoria.
Esta novidade colocou Leiria no mapa mundial da arqueologia. Por isso a autarquia quer aproveitar este empurrão para criar um centro de estudos paleolíticos no futuro museu do convento de Santo Agostinho, apostando também da criação de um amplo parque arqueológico que inclua o Vale do Lapedo, onde o fóssil foi descoberto.
Para já, o primeiro passo já está dado com a construção de um centro de interpretação ambiental destinado ao Abrigo do Lagar Velho, onde o fóssil foi encontrado, mas Vítor Lourenço disse á Lusa quer ainda candidatar o resto do projecto ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).
Em todo o concelho, estão identificados “cerca de 70 sítios de interesse arqueológico”, uma situação que é considerada única em todo o país.
Fonte: (4 Jan 2008). Diário As Beiras: http://www.asbeiras.pt/?area=leiria&nume
A explicação das características morfológicas do esqueleto que impulsionou a tese da miscigenação entre o homem de Neandertal e o homem anatomicamente moderno é uma das várias curiosidades que poderão ser conhecidas publicamente a partir de 5 de Janeiro, data em que abre o Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho - Lapedo, na freguesia de Santa Eufémia, Leiria.
A descoberta de uma sepultura infantil com 24,5 mil anos, no final dos anos 90, transformou o local num lugar de reconhecido interesse arqueológico e científico, onde se deslocaram dezenas de arqueólogos e investigadores de vários países.
Assim volta a acontecer no início de 2008, com a presença dos antropólogos norte-americanos Erik Trinkaus (da Universidade de Washington) e Brian Pierson. O primeiro - especializado em paleontologia humana, arqueologia paleolítica, anatomia funcional e biologia do esqueleto - é considerado por muitos como o maior estudioso mundial da área da biologia e evolução Neandertal, enquanto Brian Pierson, para além da sua actividade académica na Universidade de Tulane, é especialista em reconstituições fa- ciais forenses, tendo estado ligado à criação de efeitos especiais na indústria cinematográfica, como foram exemplo os filmes 'Titanic', 'Alien - o regresso' ou 'Star Trek: insurreição'. A sua experiência levou-o a participar na reconstituição da cabeça do esqueleto descoberto no Abrigo do Lagar Velho, também conhecido como 'Menino do Lapedo'.
Ambos os investigadores participarão na sessão de conferências que decorrerá a 5 de Janeiro, a partir da 15h00, no auditório 1 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, onde, no âmbito da inauguração daquele Centro de Interpretação, intervirão também os arqueólogos nacionais João Zilhão (professor na Universidade de Bristol, no Reino Unido), Francisco Almeida (arqueólogo do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico e comissário científico na criação do Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho).
Notícia continua in: (18 Dez 2007). Diário de Leiria: http://www.diarioleiria.pt/12911.htm
Tinha uns quatro anos quando morreu, há 25 mil anos. Em 1998, descobriram o esqueleto. Mas só víamos ossos ou visões artísticas. A primeira reconstituição forense revela-lhe o rosto.
Brian Pierson trabalhou mais de dez anos em Hollywood, como artista de efeitos especiais em filmes como o Titanic, O Último Samurai, Alien: o Regresso ou Star Trek: Insurreição. Não lhe faltam monstros e seres fantásticos no currículo, mas procurava outros desafios intelectuais, pelo que decidiu fazer um doutoramento em antropologia e especializar-se em reconstituições faciais forenses na Universidade de Tulane, em Nova Orleães. Foi assim que, este ano, um artista de efeitos especiais se cruzou com a criança do Lapedo e lhe reconstituiu a cara com técnicas forenses. Tal e qual como faz o FBI.
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