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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...


Quarta-feira, 13.08.08

LAGOS: Esqueletos confirmam existência de necrópole na Igreja das Freiras


 
 


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Intervenção arqueológica no interior da Igreja das Freiras, em Lagos


 

Após uma história religiosa de séculos, a Igreja da Nossa Senhora do Carmo transforma-se num espaço cultural, onde serão promovidos concertos de música clássica e coral, bem como exposições.


Quem entrava na Igreja da Nossa Senhora do Carmo, também conhecida por Igreja das Freiras, no centro de Lagos, quer para conhecer o seu interior, quer para ir à missa, não imaginava que estivesse a andar em cima de uma necrópole, muito menos de uma ermida.

Depois de três meses de sondagens arqueológicas, que terminaram na quinta-feira passada, aquelas descobertas são mais dois factos a acrescentar à história do local que já conta com 800 anos.

A necrópole, um espaço sepulcral situado no interior da Igreja, «mostrou a existência de setenta esqueletos de adultos, crianças e recém-nascidos», revelou Gina Dias, coordenadora dos trabalhos arqueológicos feitos na igreja lacobrigense.

Aquele espaço, que serviu como cemitério, foi criado na época moderna, por volta do século XVI, e espalha-se por toda a igreja. No entanto, a maior concentração de ossadas encontra-se junto à entrada da nave central do edifício.

«Os enterramentos identificados denunciam a organização do espaço sepulcral de três formas distintas. Na Capela-Mor, a orientação do enterramento é feita no sentido Norte-Sul, enquanto na nave central os esqueletos estão no sentido Sul-Norte» explicou a coordenadora dos trabalhos arqueológicos.

A desorganização dos enterramentos só surge no restante espaço, onde se encontraram esqueletos nos sentidos Norte-Sul, Sul-Norte e Este-Oeste.

«Também nesse local, há a reutilização intensiva das sepulturas, pois há casos de sobreposição das ossadas no interior da mesma fossa», explicou Gina Dias.

Os esqueletos serão agora transportados para a Universidade de Évora, onde serão estudados. «Os bio-antropólogos vão analisar o espólio osteológico para tentarem conhecer factos como as doenças que as pessoas tinham ou a idade com que faleceram», afirmou Gina Dias.

«Estas escavações, bem como os estudos posteriores, são uma forma de aprender mais sobre a história do edifício, da cidade e da população que residia em Lagos naquela época», acrescentou. Até porque, junto às ossadas, foram encontrados objectos pessoais e roupas, que servirão para determinar os materiais utilizados ou modos de vida da população.

Quanto aos vestígios da antiga ermida, estes demonstram que a construção data do século XIII e que foi escavada na rocha. Assim, há 800 anos, aquele já era um local de culto.

«A equipa de arqueologia percebeu que o local foi soterrado para tornar a superfície plana. O pretendido era construir a igreja da Nossa Senhora da Conceição, que depois viria a ser a Igreja da Nossa Senhora do Carmo, ou seja, o Convento de Freiras, no século XVI», explicou Elena Morán, arqueóloga da Câmara de Lagos.

As escavações agora realizadas pela equipa da Dryas Arqueologia, uma empresa de Coimbra contratada pela autarquia de Lagos, foram feitas a par das obras em curso na igreja.

Ou seja, «já que a igreja será requalificada, porque estava bastante danificada, a Câmara de Lagos aproveitou para ver, antes, que vestígios se encontravam no interior», acrescentou.

Num futuro próximo, a Igreja das Freiras voltará a abrir ao público, mas desta vez para albergar concertos de música coral ou até exposições. No entanto, as portas permanecem abertas ao culto religioso ou à visita dos turistas que queiram conhecer uma igreja com muita história.


Fonte: Ana Sofia Varela (10 Ago 2008). Barlavento, on line:  http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=26170



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por noticiasdearqueologia às 23:28

Segunda-feira, 21.07.08

Monte Molião volta a receber estudantes de arqueologia

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Pelo terceiro ano consecutivo, no âmbito de um protocolo entre a Câmara de Lagos e a Faculdade de Letras de Lisboa, estudantes de arqueologia juntam-se, no Monte Molião, em Lagos, para descobrir os vestígios que correspondem à antiga Lacobriga, local que marca a origem da cidade.


Ana Arruda, professora da Faculdade de Letras, explicou ao «barlavento» que «os espólios recolhidos até agora são muito abundantes e estão em excelente estado de conservação. Dominam os vasos cerâmicos, mas também há moedas, vidros, anzóis, anéis e os pesos de rede».

Está ainda prevista a divulgação dos trabalhos, mediante a realização de jornadas para apresentação dos resultados das escavações, abertas à população. No ano passado, esta iniciativa foi um sucesso.

Fonte: Varela, Ana Sofia (16 Jul 2008). O Barlavento.on linehttp://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=25433

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por noticiasdearqueologia às 22:56

Quinta-feira, 17.07.08

Mais vestígios de salgas romanas foram descobertos em Lagos

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Um estudo feito antes do início das obras do UrbCom em Lagos levou a que fossem encontradas «estruturas romanas e tardo-romanas, correspondentes a uma área industrial para preparação de peixe – as salgas -, que estiveram em uso desde meados do século II até ao século VI, sob o chão actual», ou seja, com 1400 a 1800 anos, revelou a arqueóloga Elena Morán. «Sabíamos que assim que começássemos as obras de requalificação da rede de saneamento da Rua 25 de Abril e da Rua Silva Lopes, no âmbito do projecto UrbCom, iríamos encontrar vestígios romanos», revelou ao «barlavento» Elena Móran, arqueóloga da Câmara de Lagos. «É uma zona muito sensível a nível arqueológico», justificou.

Assim, um estudo feito antes do início das obras levou a que fossem encontradas «estruturas romanas e tardo-romanas, correspondentes a uma área industrial para preparação de peixe – as salgas -, que estiveram em uso desde meados do século II até ao século VI, sob o chão actual», ou seja, com 1400 a 1800 anos, revelou a arqueóloga.

Além de duas salgas, nas ruas que sofreram as obras, foram encontrados vestígios daquilo que o departamento de arqueologia da autarquia pensa que poderá ser a lixeira de uma fábrica de cerâmica romana.

A Câmara de Lagos já tinha contratado um grupo de profissionais com experiência nos «complexos industriais de derivados de peixe, da época romana», o que contribuiu para a preservação do património e para a rapidez da conclusão do estudo.

Assim, foram realizadas «escavações de sondagens equidistantes, que permitiram identificar as estruturas arqueológicas» e as infra-estruturas existentes.

De igual modo, entre Janeiro e Fevereiro, no âmbito da requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos, obras que ainda estão a decorrer, a Câmara de Lagos contratou uma empresa de arqueologia.

Os profissionais fizeram «sondagens de diagnóstico para a caracterização da muralha setecentista, do Castelo dos Governadores, bem como dos diferentes cais, na perspectiva de uma eventual valorização», contou a arqueóloga. As estruturas tinham sido soterradas na década de 40 do século XX para a construção da Avenida da Guiné.

Desta vez, as escavações arqueológicas tiveram lugar entre o Castelo dos Governadores, onde fica agora o Hospital, e a antiga Casa da Dízima.

Naquele local existiam duas portas que, articuladas com a muralha setecentista e funcionando como antecâmara da cidade, permitiam a circulação entre muros e o acesso ao Cais da Ribeira.

«A porta que dava acesso ao Cais da Ribeira foi entaipada e o cais foi alteado por outro numa cota superior», afirmou Elena Móran.

«Também foram efectuadas algumas sondagens para identificar o alinhamento da muralha setecentista, e uma outra para identificar o cais da Guiné», acrescentou.

Fonte: Varela, Ana Sofia (16 Jul 2008): Barlavento, on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=25432

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por noticiasdearqueologia às 22:09

Domingo, 02.03.08

Museu Municipal de Lagos abre hoje as portas de cara lavada


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Museu Municipal de Lagos e Igreja de Santo António

 


 


A sala da numismática exibe mais de quatro mil moedas, romanas, muçulmanas, da monarquia portuguesa, bem como moedas internacionais de mais de 40 países.


Depois de um mês e meio de trabalho árduo, dedicado à limpeza, manutenção do edifício, e selecção do acervo a expor, o Museu Municipal de Lagos Dr. José Formosinho volta a abrir as suas portas, este sábado.

«Fizemos a recuperação de algum material, selecção do acervo em exposição, porque havia acervo que, da perspectiva da museologia, não tinha cabimento para exposição. Foi como lavar a cara», contou António Carrilho, que, desde 2003, é o conservador deste museu municipal.
Nesta última semana, o museu conheceu um rebuliço sem igual, com arrumações para cá e para lá, tentando aproveitar o pouco espaço existente para mostrar ao público a imensidão das suas colecções.
Prepara-se para receber, como exposição definitiva, a mostra «Barcos Tradicionais Portugueses de Arez Viegas», oferecida pelo autor à Câmara de Lagos.
Desde a sua fundação, a 23 de Agosto de 1930, por decisão camarária e empenho de José Formosinho, nomeado conservador «sem direito a qualquer remuneração», o museu começou a ganhar forma.
Logo se iniciaram os trabalhos de instalação do Museu na sacristia da Igreja de Santo António, sendo que, um ano depois, foi criado o Núcleo de Arte Sacra.
Ainda nos anos 30, começou o início da expansão do Museu pelo casario circundante à Igreja de Santo António, tendo sido criados os Núcleos de Arqueologia, de Numismática e de um pequeno núcleo Etnográfico.
Hoje em dia, este é um museu multidisciplinar, com um riquíssimo espólio, que, além da etnografia, numismática e arqueologia, tem secções dedicadas à mineralogia, geologia, paleontologia, história de Lagos, arte sacra, bem como uma sala de curiosidades, alimentada pelas doações dos lacobrigenses.
Mas será talvez a secção de arqueologia uma das mais ricas e importantes do seu espólio.
«Foi muito importante para o início da história da fundação do museu. Nunca a podemos desligar do seu fundador José Formosinho. Estudou em Coimbra, sempre foi um curioso por história e arqueologia. Aprendeu numismática com José Leite Vasconcelos, fundador do Museu Nacional de Arqueologia», contou o conservador do museu.
As peças de arqueologia que compõem o acervo, desde o Paleolítico, passando pelo Neolítico, até à Idade do Ferro e aos romanos, têm uma amplitude regional, muitas delas vieram de outros concelhos como Monchique, Portimão (Alcalar), Faro, Vila do Bispo, Aljezur.
Quem visitar o museu, além de não poder deixar de passar os olhos pela bela Igreja de Santo António, Monumento Nacional desde 1924, e repleta de arte sacra, talha dourada e painéis de azulejos do século XVIII, tem que espreitar a secção de numismática.
Quem se interessa pelo estudo das moedas e da sua história, tem no Museu Dr. Formosinho um local privilegiado.
«São mais de quatro mil moedas. Temos uma importante colecção romana antiga, muçulmana, da monarquia portuguesa, moedas internacionais de mais de 40 países, que continua a ser alimentada pelos visitantes», explicou António Carrilho.
O destaque vai também para a secção dedicada à história de Lagos, onde está em exposição o foral manuelino de 1504.
A partir de sábado, 1 de Março, todos os visitantes poderão conhecer o Museu Dr. José Formosinho, das 9h30 às 12h30 e das 14 às 17h30, por dois euros.

Objectivo é integrar Rede Portuguesa de Museus
Juntamente com mais nove instituições museológicas da região, o Museu Municipal de Lagos Dr. José Formosinho faz parte da Rede de Museus do Algarve. Fundada a 16 de Outubro de 2007, esta rede pretende o desenvolvimento de acções em parceria, que visam o apoio e a cooperação entre os museus da região, promovendo uma valorização real da oferta cultural do Algarve.
Neste momento, o Museu de Lagos está a trabalhar no sentido de reunir todas as condições e documentação para se candidatar à credenciação deste espaço à Rede Portuguesa de Museus.

Exposição sobre Laccobriga até final do ano
Até ao final deste ano, os visitantes poderão conhecer, no Museu Municipal de Lagos, a exposição «Laccobriga - A ocupação romana na baía de Lagos».
A mostra foi «adaptada para este espaço», frisou António Carrilho, conservador do museu, e exibirá os vestígios arqueológicos encontrados nas escavações no Monte Molião e na baía de Lagos.
Em 2009, «Laccobriga» parte para o Museu Nacional de Arqueologia.

Caruncho e peixinhos de prata têm os dias contados
Duas das principais ameaças às madeiras e aos documentos têm os dias contados no Museu Dr. José Formosinho e na Igreja de Santo António, em Lagos.
Isto porque, contou o conservador António Carrilho, o objectivo é «implementar um sistema integrado de controlo de pestes, para a igreja e para o museu, para diagnóstico de parasitas».
Numa primeira fase, será feito um «diagnóstico e monitorização, com recurso a armadilhas», contou o conservador. Assim, os carunchos e os peixinhos de prata, parasitas responsáveis pela destruição das madeiras e documentos, terão os dias contados.



Fonte: Mara Dionísio (1 Mar 2008). Barlavento, on line: http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=22237


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por noticiasdearqueologia às 08:21

Sexta-feira, 22.02.08

Museu Municipal de Lagos reabre a 1 de Março

O Museu Municipal de Lagos vai reabrir as suas portas no próximo dia 1 de Março, anunciou a Câmara local.


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O Museu Dr. José Formosinho esteve encerrado durante algumas semanas para as habituais obras de manutenção do edifício, acções de limpeza e adequação dos espaços expositores.
Reabrirá agora já com a sua mais recente exposição definitiva. Trata-se da mostra «Barcos Tradicionais Portugueses de Arez Viegas», que esteve patente durante alguns meses nos Paços do Concelho, e cujas peças foram oferecidas pelo autor à Câmara Municipal de Lagos.
Além desta exposição, o Museu continua a conservar importantes colecções de pintura, arqueologia e etnografia do Algarve, numismática e arte sacra, em especial talha do século XVII.
Fundado em 1932, por iniciativa do seu patrono José dos Santos Pimenta Formosinho, o Museu de Lagos rapidamente se desenvolveu através de esforços conjugados, onde as escavações arqueológicas levadas a cabo pelo fundador se revelaram de extrema importância para o enriquecimento das colecções, bem como as constantes doações de que o Museu foi alvo, e que actualmente fazem do mesmo um museu multidisciplinar.
Possui um vasto espólio, distribuído pelas secções de Arqueologia, Arte Sacra, História de Lagos, Etnografia do Algarve, Pintura, Numismática, Mineralogia e Etnografia Ultramarina.
Possui ainda colecções singulares e peças museográficas únicas em Portugal que, por si só, justificam uma visita.
Junto ao Museu, está situada a Igreja de Santo António, classificada como Monumento Nacional, que é, segundo muitos, uma das mais belas do país.
O seu interior é decorado a talha dourada e as paredes são revestidas por painéis de azulejos em azul e branco do século XVIII.
A Igreja já reabriu ao público e terá acesso gratuito até ao dia 29 de Fevereiro. A partir de 1 de Março, o seu acesso volta a ser feito pelo Museu, mediante cobrança de entrada.
O Museu Municipal de Lagos está situado na Rua General Alberto Silveira, na Baixa da cidade, e funciona todos os dias (excepto segundas-feiras e feriados), das 9h30 às 12h30 e das 14 às 17h30.


Fonte: 20 Fev 2008. O Barlavento, on line:  http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=21996

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por noticiasdearqueologia às 23:01

Quinta-feira, 16.08.07

Arqueólogos em busca da antiga Lacobriga (Lagos)

O Monte Molião , na entrada da cidade de Lagos, poderá ser o que resta da antiga Lacobriga das fontes clássicas. Terá sido este o local sitiado pelas tropas comandadas por Metelo e que Sertório «libertou». Na vertente sul do Monte Molião , em frente à actual cidade de Lagos, foram descobertos fornos do Alto Império romano.



São pelos menos esses os indícios que os trabalhos arqueológicos de campo que estão a decorrer este ano, levados a cabo pela equipa liderada Ana Margarida Arruda, da Faculdade de Letras de Lisboa, no Monte Molião , têm trazido à luz do dia.
Este sítio, localizado frente à cidade, do outro lado da ribeira, tornou-se uma referência incontornável da arqueologia algarvia e a sua identificação com a Lacobriga referida nas fontes clássicas (povoação antiga que teve um papel importante nas guerras lusitano-romanas ) tem levado à criação de toda uma mistificação arqueológica em torno do local.
Pela sua importância, mas também como uma forma de conhecer e preservar as origens de Lagos e dos lacobrigenses, a Câmara local, em conjunto com a Universidade de Lisboa, começou, no Verão passado, a primeira campanha de escavação arqueológica sistemática no Monte Molião .
Os trabalhos de 2006 vieram ajudar a desenterrar um passado bem longínquo, uma vez que a ocupação do sítio ocorreu entre finais do século IV antes de Cristo e os inícios do século II d.C , ou seja, entre 2400 a 1800 anos atrás.
Estas descobertas vêm sustentar a existência de uma ocupação pré-romana naquele sítio, que, embora tivesse sido presumida por anteriores investigadores, nunca tinha sido confirmada no terreno, com escavações arqueológicas, como aconteceu agora.
Este ano, os arqueólogos e dezenas de alunos foram mais longe e fizeram sondagens de micro-topografia e prospecção geofísica.
Segundo o arqueólogo Pedro Lourenço, responsável pelos trabalhos na zona A, «estes trabalhos mostram-nos que esta era uma zona densamente povoada. Encontramos aqui estruturas que poderão fazer parte de um grande edifício público», esclareceu.
Associadas a essas estruturas, que datam do século I e II da era cristã, foram recolhidos numerosos materiais arqueológicos, sobretudo cerâmica, moedas, vidros e anzóis, que, segundo Pedro Lourenço, indicam que «esta zona tinha actividade piscatória».
Mas foi o lado Sul do Molião que trouxe mais surpresas, este ano. «Aqui podem ver-se grandes áreas com tijolos, estruturas circulares que correspondem a fornos. Determinámos que são da época romana, do período do Alto Império, datados dos séculos I e II d.C », explicava ao «barlavento» Patrícia Bargão , arqueóloga responsável pelas escavações na área C.
«Poderão ser fornos domésticos, comunitários, ou poderão ser fornos de cerâmica comum», acrescentou.
Mas a ocupação deste esporão iniciou-se, contudo, em época pré-romana. As estruturas encontradas e que estão escavadas na rocha demonstram uma ocupação mais antiga, correspondente à segunda Idade do Ferro, séculos IV/III antes de Cristo, disse Patrícia Bargão .
Os vestígios desta época poderão ter pertencido a habitações ou espaços domésticos.
Segundo Elena Morán , arqueóloga da Câmara de Lagos, as populações que habitaram o Monte Molião nesta altura «estavam incluídas nos circuitos comerciais mediterrâneos, a avaliar pelas importações de cerâmicas gregas já identificadas».
Mara Dionísio (11 de Ago 2007). O Barlavento Algarvio
http :/ www.barlavento.online.pt index.php /noticia?id=17250

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por noticiasdearqueologia às 23:34


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