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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Segunda-feira, 28.02.11

Vandalismo danifica 70 peças arqueológicas em museu egípcio

As antiguidades não escaparam aos actos de vandalismo durante os protestos populares dos últimos dias no Egipto. Dezenas de peças arqueológicas foram danificadas num museu no Cairo, indica uma primeira avaliação das autoridades.

«Ao todo, 70 peças sofreram danos, mas vamos restaurá-las», afirmou esta quarta-feira o egiptólogo Zahi Hawass, principal responsável pela Arqueologia no Egipto, que garantiu que nenhum objecto foi roubado.


Após a retirada da polícia das ruas na sexta-feira à noite, o museu, que abriga jóias da época faraónica, como o tesouro do túmulo do rei Tutancamon, foi vítima de vandalismo, segundo a rede de televisão por satélite árabe Al Jazeera.


Montras partidas, estátuas em pedaços e duas múmias destruídas são alguns dos prejuízos mostrados nas imagens da Al Jazeera, que conseguiu entrar no interior do museu.


Hawass, recém-nomeado ministro de Estado de Antiguidades, considerou que o vandalismo não foi maior devida à intervenção dos cidadãos egípcios que tentaram proteger as antiguidades.


Fonte: (02 Fev 2011). Diário Digital: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=492061

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por noticiasdearqueologia às 13:42

Quarta-feira, 27.10.10

Junto às pirâmides de Gizé: Descoberto túmulo com perto de 4000 anos no Egipto



Um túmulo descoberto perto das pirâmides de Gizé por arqueólogos no Egipto tem cerca de quatro mil anos e pertencerá a um sacerdote, noticia hoje a agência AFP.



Parede do túmulo Parede do túmulo (Reuteurs / Goran Tomasevic).

 





Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto, disse à AFP que a sepultura é da época da 5ª Dinastia, que se estendeu aproximadamente de 2514 a 2374 A.C., e que pertenceu a Rudj-ka, um dos sacerdotes que liderava o culto dedicado ao faraó Khafre. Este faraó, também conhecido por Chephren, construiu a segunda maior das três pirâmides de Gizé.
Segundo Hawass, esta descoberta pode indicar a existência de um cemitério perto do planalto de Gizé. O mesmo especialista disse à agência Associated Press que túmulo era esculpido em pedra, e que as suas paredes estão decoradas com várias pinturas que mostravam Rudj-ka e a sua mulher.
Hawass disse ainda que a pirâmide e o culto dedicado ao faraó Khafre continuaram a funcionar muito depois da sua morte. Uma das funções do sacerdote era liderar uma série de rituais e orações junto às estátuas do faraó morto.
Fonte: Vítor Bruno Pereira (19 Out 2010). Público:http://www.publico.pt/Cultura/descoberto-tumulo-com-perto-de-4000-anos-no-egipto_1461787



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por noticiasdearqueologia às 12:57

Terça-feira, 31.08.10

Múmias: entrámos dentro delas - Museu Nacional de Arqueologia

Deitadas numa nuvem de algodão, e enroladas em lençóis brancos, dentro das caixas de madeira que as hão-de transportar, as três múmias egípcias do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Lisboa, pareciam... mortos.



A múmia de Pabasa prepara-se para entrar na máquina de TAC A múmia de Pabasa prepara-se para entrar na máquina de TAC (Miguel Manso)





Curiosamente, essa manhã de sexta-feira foi o único momento de todo o processo que vamos contar em que elas fizeram lembrar mortos. Mais tarde, libertas dos lençóis brancos, eram apenas uma presença silenciosa, confortável, com um discreto sorriso simpático, parecendo olhar com alguma ironia para a azáfama que as rodeava.
Comecemos então por essa manhã de sexta-feira, dois dias antes de as três múmias serem levadas para as instalações do IMI (Imagens Médicas Integradas), na Av. da República, em Lisboa, para fazerem radiografias digitais e TAC (tomografia axial computorizada). Na sala de antiguidades egípcias do MNA, o entusiasmo era grande.
O egiptólogo Luís de Araújo, do Instituto Oriental da Faculdade de Letras de Lisboa, andava de um lado para o outro entre as caixas onde as múmias já estavam deitadas. "Temos que estar preparados para tudo", avisava. "Pode haver, no meio das faixas de linho, amuletos, mas também pode não haver nada."
Eram os últimos preparativos para dar início ao Lisbon Mummy Project, um estudo inédito em Portugal e só possível através de uma parceria entre o IMI, que disponibilizou as instalações e a equipa de investigação liderada por Carlos Prates, a Siemens, que patrocina o projecto e disponibiliza uma estação de trabalho de pós-processamento avançado da informação digital, e o MNA, cujo director, Luís Raposo, coordena uma equipa que integra Luís de Araújo e ainda o arqueólogo Álvaro Figueiredo, do University College de Londres.
Primeiro as apresentações. Quem são as três múmias, duas com sarcófago e uma sem, que aguardam pacientemente nas suas camas de algodão? Da primeira, sabemos o nome - e logo, numa familiaridade que nos parece natural, começamos todos a referir-nos a ele como Pabasa. Que este era o seu nome e que foi sacerdote semati algures entre os séculos III e I a.C. - ou seja, explica Luís de Araújo, era o responsável por vestir a estátua do deus Min - é algo que ficamos a saber pelo texto escrito no sarcófago, hieróglifos que o professor decifra rapidamente percorrendo-os com um dedo.
Mas, quanto a informação, é apenas isso. "Ao contrário do que muita gente julga, estes textos não contam a vida do defunto. Nem há espaço para isso", continua Araújo. "São textos mágicos e profilácticos que pedem coisas para garantir a eternidade do defunto. E a eternidade só se garante com duas coisas: uma é acreditando que há uma vida eterna, e a outra é tendo um corpo bem conservado e bem alimentado. Eles são muito pragmáticos. Pedem pão, cerveja, carne de bovino, de aves, leite, vinho, incenso, baixela, roupas, um belo sarcófago."
A única das múmias que não tem "um belo sarcófago" (não se sabe porquê, provavelmente ter-se-á perdido) torna-se inevitavelmente menos familiar, já que temos que nos referir a ela como "múmia ptolemaica" (é dos séculos IV-I a.C.). O museu descreve-a como um "corpo humano, aparentemente masculino, envolvido em sudário de linho [...]. Não se consegue perceber a inscrição do nome do defunto, que não apresenta o título ou a profissão." Mas a esperança de todos na sala é que daí a dois dias já saibamos muito mais sobre ele.


Fonte: Alexandra Prado Coelho (24 Ago 2010). Público: http://www.publico.pt/Cultura/mumias-entramos-dentro-delas_1452649



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por noticiasdearqueologia às 13:28

Terça-feira, 13.07.10

Arqueólogos encontram túnel inacabado em tumba de faraó

O chefe de arqueologia do Egito, Zahi Hawass, disse que foram necessários três anos de escavação


Arqueólogos egípcios que completaram as escavações em um antigo túnel inacabado acreditam que ele deveria conectar uma tumba faraônica de 3.300 anos a um túmulo secreto, informa o departamento de antiguidades do país.




Associated Press



O chefe de arqueologia do Egito, Zahi Hawass, disse que foram necessários três anos para escavar o túnel de 174 metros na tumba do faraó Seti I, no Vale dos Reis. O faraó morreu antes do projeto se completar.


Descoberto em 1960, o túnel só agora terminou de ser liberado pelos arqueólogos, que descobriram antigas miniaturas, fragmentos de cerâmica e instruções deixadas pelo arquiteto aos trabalhadores.


"Erga a trave da porta e aumente a passagem", lê-se numa inscrição de uma porta falsa decorativa. Ela estava escrita em hierático, uma versão simplificada dos hieróglifos. 


Em outras partes do túnel foram encontrados rascunhos de decorações que nunca chegaram a ser executadas, disse Hawass.


O faraó Seti foi um dos fundadores da 19ª Dinastia do Novo Reinado, conhecida por suas expedições militares considerada o auge do poder do Antigo Egito. O filho de Seti, Ramsés II, construiu templos e estátuas por todo o Egito.


Fonte: (30 Jun 2010). Estradão.com: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,arqueologos-encontram-tunel-inacabado-em-tumba-de-farao,574257,0.htm

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por noticiasdearqueologia às 13:01

Sábado, 26.06.10

O carbono e os faraós

Chegaram-nos esta semana notícias sobre a cronologia do antigo Egipto. As datas que se encontraram não foram estabelecidas com base em documentos nem em monumentos. Foram obtidas através de restos de objectos muito mais prosaicos: plantas.


Num artigo publicado na "Science" desta semana (328, p. 1554), um grupo de investigadores de Inglaterra, França, Áustria e Israel obteve datações de sementes, têxteis e frutos associados a diversos reinados do antigo Egipto. No total, foram analisadas 211 amostras provenientes de vários museus. Os resultados confirmaram algumas hipóteses estabelecidas pelos historiadores e questionaram outras. As maiores novidades referem-se ao chamado Reino Antigo, em que se encontraram datas anteriores às anteriormente assumidas. Sendo assim, o Novo Reino, que anteriormente se pensava ter começado cerca de 1500 anos a.C., tem agora data estimada de início entre 1720 e 1640 a.C.


A leitura do artigo da "Science" e do comentário que aparece na mesma revista (p. 1489), impressiona por mostrar o papel que a física e a geologia têm para a arqueologia moderna. As datas são discutidas relacionando os vestígios da erupção de Santorini (c. 1600 a.C.), cronologias diversas de artefactos em Creta e datações de restos orgânicos através do carbono 14.


Esta última técnica foi desenvolvida pelo químico norte-americano Willard Libby, que a propôs em 1949. Como se sabe, o carbono tem vários isótopos. Este elemento, que tem sempre seis protões no seu núcleo e portanto seis electrões em órbita, pode ter um número diverso de neutrões. Recebe um número conforme o total de protões e neutrões que possui. Existem dois isótopos estáveis, o carbono 12 e o 13, e um instável, o carbono 14. Este último desintegra-se constantemente, gerando azoto, um electrão e um antineutrino.


Os isótopos estáveis são muito abundantes, enquanto do radioactivo se registam apenas vestígios. No entanto, apesar de o carbono 14 ser instável, a fracção deste isótopo na atmosfera tem permanecido relativamente constante, dada a sua criação permanente por acção de raios cósmicos.


Os seres vivos incorporam constantemente o carbono e, portanto, têm uma fracção de carbono 14 derivada da que se encontra na atmosfera. Quando morrem, contudo, o ciclo interrompe-se e o isótopo radioactivo vai decaindo a uma taxa constante. É um fenómeno físico muito curioso. Cada átomo radioactivo tem, em cada intervalo de tempo, uma probabilidade determinada de se desintegrar. Nunca se sabe o que vai acontecer a cada átomo em particular. Mas, tomando um número elevado de átomos, como o que existe em qualquer resto visível de planta, mesmo que diminuto, o decaimento segue uma lei muito regular. Em cada 5730 anos, metade dos átomos de carbono 14 desintegra-se. De onde resulta que, medindo a percentagem desse isótopo radioactivo que existe em cada amostra de carbono, pode-se estimar há quantos anos o animal ou a planta deixou de absorver carbono da atmosfera, ou seja, há quantos anos morreu.


Segundo o que agora se descobriu, as plantas dos faraós do antigo reino morreram há mais anos do que anteriormente se pensava.


Fonte: Nuno Crato (23 Jun 2010). Expresso: http://aeiou.expresso.pt/o-carbono-e-os-faraos=f589622

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por noticiasdearqueologia às 18:01

Domingo, 10.01.10

Descoberto túmulo gigante perto do Cairo

Descoberto túmulo gigante perto do Cairo



Arqueólogos acreditam que túmulo tem mais de 2500 anos e contém artefactos importantes.


Um novo túmulo gigante foi descoberto na antiga necrópole de Sakkara, perto do Cairo. Os arqueólogos egípcios garantem que o túmulo tem mais de 2500 anos e contém artefactos importantes, entre os quais águias mumificadas.

Este é um dos dois túmulos descobertos recentemente por esta equipa de arqueólogos que está a trabalhar junto à entrada de Sakkara.

O túmulo consiste num longo corredor escavado na pedra. Tem ainda inúmeras salas e passagens onde foram descobertos caixões, esqueletos e vasos bem conservados, bem como as águias mumificadas.




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por noticiasdearqueologia às 17:24

Quinta-feira, 24.12.09

Fragmentos de túmulo egípcio regressam ao Cairo



Fragmentos de túmulo egípcio regressam ao Cairo






Os cinco fragmentos de decoração mural do túmulo do nobre egípcio Tetiky até há pouco no Museu do Louvre, e cuja devolução vinha sendo reclamada pelo Egipto, já se encontram no Museu do Cairo.


A "luz verde" para a devolução foi dada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, durante a recente visita do seu homólogo egípcio, Hosni Mubarak, a Paris.


As autoridades egípcias estudam agora a possibilidade de transportar as peças, apesar dos danos que estas sofreram, para o seu lugar original, o túmulo TT 15 de Draa Abul-Naga (Luxor), de onde foram roubadas antes de as adquirir o museu francês.


Concretizada a devolução, o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Zahi Hawass, fez saber que a expedição do Louvre em Saqqara poderá agora retomar os trabalhos arqueológicos na zona.


A controvérsia gerada pelos cinco fragmentos remonta a 2008 quando, durante uma visita ao Museu do Louvre, peritos alemães lá viram as peças e chamaram a atenção para o facto.


Segundo o jornal egípcio Al Ahram, os fragmentos foram removidos do túmulo e subsequentemente comprados pelo Louvre entre 2000 e 2002. 


Fonte: (23 Dez 2009). DN Globo: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/Interior.aspx?content_id=1454567



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por noticiasdearqueologia às 17:08

Sábado, 10.10.09

Egito acusa Louvre de roubo e rompe laços com museu

O departamento de antiguidades do Egito anunciou hoje que rompeu laços

com o museu francês do Louvre, pois a entidade se recusou a devolver

artefatos que, segundo os egípcios, foram roubados. A decisão

significa que não será permitida a realização de expedições

arqueológicas ligadas ao museu francês no Egito. Uma palestra no país

de uma ex-curadora do Louvre também foi cancelada.

"O Museu do Louvre se recusou a devolver ao Egito quatro artefatos

arqueológicos roubados durante os anos 1980 da tumba do nobre Tetaki",

perto do famoso templo de Luxor, afirma o comunicado, citando o chefe

do setor de antiguidades do país, Zahi Hawass. A ex-diretora do

departamento de Egiptologia do Louvre Christiane Ziegler adquiriu as

quatro peças no ano passado e as colocou em exibição, segundo o

comunicado. A palestra dela no Egito foi cancelada.

Desde que assumiu o cargo, Hawass tem feito da recuperação de peças

roubadas uma prioridade. Ele pretende reaver o busto de Nefertite -

mulher do faraó Akhenaton - e a Pedra de Roseta, fundamental para a

descoberta dos significados dos hieróglifos. O busto está no Museu

Egípcio, em Berlim, e a Pedra de Roseta, no British Museum de Londres.

Recentemente, Hawass conseguiu trazer de volta para o Egito fios de

cabelo roubados da múmia de Ramsés II.

Fonte: (7 Out 2009). Cruzeiro do Sul.

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por noticiasdearqueologia às 23:05

Sábado, 04.04.09

Busto de nefertiti esconde as rugas da rainha egípcia


O rosto icónico da primeira mulher de Akenaton, desenterrado pelo alemão Ludwig Borchardt em 1912, não mostra a verdadeira face da "beleza do Nilo". Mas esta está imortalizada em pedra por detrás do gesso pintado e foi agora revelada graças a uma tomografia computadorizada. Este exame mostrou ainda algumas fissuras no busto de valor incalculável.


O nariz tinha um ligeiro alto e os olhos eram menos profundos. As maçãs do rosto não eram tão proeminentes e as rugas nos cantos da boca e na face eram mais visíveis. O verdadeiro rosto de Nefertiti, a mulher do faraó Akenaton que viveu há mais de 3300 anos, esconde-se por detrás do seu famoso busto, exposto em Berlim. A "beleza do Nilo" não era afinal perfeita.





"É possível que o busto de Nefertiti tenha sido encomendado [pelo próprio Akenaton] para representar Nefertiti de acordo com a sua percepção pessoal", indicou Alexander Huppertz, director do instituto Imaging Science, em Berlim, na edição deste mês da revista Radiology. Este verdadeiro face lifting foi revelado graças a uma tomografia computadorizada.


O busto de 50 centímetros foi descoberto em 1912 pelo alemão Ludwig Borchardt, durante uma escavação ao estúdio do escultor real Thutmose, em Amarna. Por detrás do gesso pintado está uma estátua de pedra. "Até realizarmos o teste, não sabíamos qual era a profundidade do gesso ou se havia uma segunda face por debaixo. A hipótese era que a pedra por baixo era apenas um suporte", disse.


Mas os testes refutaram essa hipótese. "O rosto escondido de Nefertiti não era anónimo, mas uma escultura delicada feita por Thutmose", afirmou Huppertz, citado pela agência alemã DPA. Essa escultura foi depois alterada quando foi colocado o gesso. "De acordo com os ideais de beleza do período de Amarna, as diferenças tiveram efeitos positivos e negativos e podem ser lidas como sinais da individualização da escultura", indicou o perito alemão.


Nefertiti (1390 a.C a 1360 a.C) foi a primeira mulher do faraó Akenaton, famoso por ter sido o primeiro a renunciar ao politeísmo egípcio e a adorar um único deus, o Sol (Aton). Ao contrário de outras rainhas, era representada nas pinturas egípcias com a mesma proporção e tamanho que o faraó, levando os egiptólogos a afirmar que desempenhava também um papel político.


Esta foi a segunda vez que a estátua com 3300 anos foi submetida a uma tomografia computadorizada. Mas a tecnologia evoluiu muito desde 1992 e agora foi possível não só descobrir o verdadeiro rosto de Nefertiti, mas também o que pode ser feito para conservar este icónico busto. "Diferentes fissuras paralelas à superfície foram encontradas nos ombros, na parte inferior do busto e atrás a coroa", escreveram os peritos.


"A tecnologia de tomografia computadorizada não invasiva e as ferramentas de processamento tridimensionais permitem-nos um maior conhecimento da composição interna e do estado de conservação da escultura. Esta informação contribuirá em grande medida para a preservação desta antiguidade de valor incalculável", disse.


O busto de Nefertiti é uma das cinco antiguidades que o Governo egípcio gostaria de ver devolvidas ou pelo menos emprestadas para a inauguração do novo museu nacional, em 2011. Algo que a Alemanha já recusou. A peça, actualmente exposta no Altes Museum de Berlim, será uma das estrelas na reabertura do vizinho Neues Museum, em Outubro.




Fonte: Susana Salvador (01 Abr 2009). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/Interior.aspx?content_id=1187258

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por noticiasdearqueologia às 00:26

Sábado, 21.03.09

A 'Capela Sistina do Antigo Egipto'

Novos achados em Luxor




Descoberta raridade: um túmulo totalmente pintado e decorado


Chamam-lhe já a "Capela Sistina do Antigo Egipto". Uma equipa hispano-egípcia, liderada por José Manuel Galán, encontrou em Luxor, na margem do Nilo, uma câmara funerária pintada há 3500 anos, anunciou o Conselho Superior de Investigações Científicas de Espanha.


O túmulo, que faz parte da necrópole de Dra Abu el-Naga, tem as paredes e o tecto completamente pintados com desenhos e hieróglifos do Livro dos Mortos e seria de Djehuty, que foi um escriba real, supervisor do tesouro e dos trabalhos dos artesãos do rei sob as ordens de Hatshepsut, uma das poucas mulheres que foram faraós, filha de Tutmosis I (18.ª dinastia), cujo reinado durou de 1479 a 1457 antes de Cristo.


"Este é o sonho de qualquer egiptólogo", disse José Manuel Galán, citado pelo El Mundo. "Para além do indubitável valor estético, é importante porque nesta época não se decoravam as câmara funerárias. Só se conhecem outras quatro câmaras assim", explicou durante a apresentação da descoberta à imprensa. "O facto de Djehuty ter decidido pintar o seu túmulo coloca-o entre as figuras mais importantes e influentes da época", explica Galán, o director da equipa que, desde 2004, está a trabalhar em Luxor (antiga Tebas).


O túmulo, uma sala quadrada de 3,5 metros de largura e 1,5 metros de altura, terá sido uma dos primeiros a ser completamente decorado com pinturas, dizem os inves-tigadores. A equi- pa encontrou ainda uma entrada para uma outra divisão onde se encontrava um par de brincos de ouro que, provavelmente, pertencia a Djehuty ou a algum dos seus familiares. "Nesta época, os homens importantes da corte adoptaram o costume de se adornar com brincos, moda que pouco depois seria também adoptada pelos próprios faraós", explicou o egiptólogo.


Galán esclareceu ainda que as duas paredes que restam do túmulo estão cobertas com passagens do Livro dos Mortos, enquanto no tecto está pintada uma imagem da deusa do céu, Nut, que aparece com os braços abertos para abraçar o corpo do defunto, protegendo-o nesta sua nova existência.


A equipa de arqueólogos vai continuar a trabalhar nesta área e espera fazer mais descobertas valiosas. "Mas de nada serve encontrar vestígios desta importância se depois os abandonamos à sua sorte", disse José Manuel Galán. Por isso, a próxima campanha de escavações desta mesma equipa internacional dedicar-se-á, fundamentalmente, à preservação dos vestígios arqueológicos de Luxor.


Fonte: M. J. C. (18 Mar 2009). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1174389



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por noticiasdearqueologia às 23:26


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