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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...


Sábado, 21.03.09

Escavações revelam ossadas humanas no Largo das Freiras (Guarda)

Um ossário e dois enterramentos, um de criança e outro de adulto, foram encontrados nas sondagens arqueológicas.

Fonte: Jornal A Guarda

 




Um ossário e dois enterramentos, um de criança e outro de adulto, foram encontrados nas sondagens arqueológicas que estão a ser desenvolvidas num local conhecido por Terreiro das Freiras ou Largo das Freiras, nas proximidades do antigo Convento de Santa Clara, na cidade da Guarda. A intervenção está a ser realizada por uma equipa de três arqueólogos e uma antropóloga física da Câmara da Guarda, no âmbito do projecto de recuperação de várias ruas do Centro Histórico. «São sondagens de diagnóstico para verificar se existem vestígios ou não nas áreas que são afectadas pela obra», contou ao Jornal A Guarda o arqueólogo Vítor Pereira. Segundo o responsável, naquele local já foi realizada uma sondagem e está em curso uma segunda onde foram encontrados os ossos humanos e vestígios de edifícios. «Na primeira sondagem não encontrámos nada», contou. Acrescentou que quando foi iniciada a segunda «sabíamos que em 1997 tinham surgido diversos ossários e havia a necessidade de fazer sondagens de diagnóstico para tentar perceber se existiam outros vestígios no local». «Até ao momento, confirmámos que existiam vários ossos dispersos pela sondagem e começaram a surgir os enterramentos, já estando dois confirmados. Temos material cerâmico associado e, nas proximidades, dois muros, duas estruturas arqueológicas. Entretanto, como a escavação está a decorrer, ainda não permitiu concluir se corresponderia a um edifício ou a uma igreja», disse o arqueólogo, salientando que, até aos séculos XVIII/XIX existem referências que a antiga igreja de S. Tiago devia localizar-se naquele local ou nas proximidades. Vítor Pereira indicou que após a realização das sondagens «iremos tirar as conclusões possíveis», sendo ainda cedo para o fazer. «Estamos muito no início, temos uma estrutura arqueológica que ainda não conseguimos perceber a que estrutura pertence e, possivelmente, existirão ainda mais enterramentos e é muito cedo para tirar conclusões. De qualquer das formas, é sempre interessante conhecermos melhor o passado do Centro Histórico da Guarda».

                 

Fonte: (16 Mar 2009). Guarda digital: 

http://www.guarda.pt/noticias/sociedade/Paginas/EscavacoesrevelamossadashumanasnoLargodasFreiras(Guarda).aspx

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por noticiasdearqueologia às 23:32

Domingo, 15.02.09

Necrópole medieval descoberta em Tomar pode ser a maior da Europa

As escavações abragem uma área total de 6.500 metros quadrados


As escavações que decorrem junto à Igreja de Santa Maria do Olival, em Tomar, deram a conhecer aquela que pode ser a maior necrópole da Europa, em número de enterramentos (3.400) e em área, disseram os arqueólogos que acompanham a obra.

Arlete Castanheira, responsável da Geoarque Lda., empresa contratada pelo consórcio MRG Lena/Abrantina, que ganhou a empreitada da construção da ponte do Flecheiro e arranjo da zona envolvente, um dos projectos inseridos no programa Polis de Tomar, disse à Lusa que, apesar de saberem, desde o início, que existia uma necrópole no local, ninguém "previa que fosse desta dimensão".



Desde o início dos trabalhos, em Novembro de 2007, foram encontrados cerca de 3.400 enterramentos, sendo que 40 por cento das sepulturas têm ainda ossários associados, afirmou à Lusa Elizabete Pereira, directora da escavação.

Pelo espólio encontrado junto às sepulturas (moedas, cerâmica, alfinetes para atar as mortalhas, pregos, contas, terços e alguns brincos e anéis), pensa estar-se perante uma necrópole moderna, com enterramentos feitos entre os séculos XIII e XVI, disse a arqueóloga, sublinhando que esta é uma escavação "com grande complexidade", uma vez que vários enterramentos aparecem sobrepostos.

"Trata-se da maior necrópole da Europa em número de indivíduos e em área", disse Arlete Castanheira, adiantando que as duas fases da escavação abrangem uma área total de 6.500 metros quadrados.




Todo o espólio osteológico recolhido está a ser encaminhado para a Universidade de Évora, que reúne condições para o manter em reserva, estando o espólio material à guarda do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), adiantou.

A fase actual da escavação está a atingir um nível de vestígios romanos, tendo sido encontrada cerâmica fina e vidro, bem como algumas estruturas de divisões de pouca dimensão e fornos que poderiam destinar-se à cozedura da cerâmica, disse Elizabete Pereira. "Dá para saber que a área foi usada no período romano e depois como necrópole na Idade Média", disse.

Nas proximidades da igreja foram encontradas várias sepulturas estruturadas, que não foi possível associar a um estatuto social pois não apareceu espólio que sustente essa hipótese, afirmou Sérgio Pereira, também director de escavação.

Além dos relatórios mensais que vão dando conta do desenrolar dos trabalhos, a equipa de arqueólogos no terreno produzirá, quando terminar a intervenção, prevista para o final de Fevereiro, um relatório final, científico, já com o estudo dos materiais encontrados.

O presidente da Câmara Municipal de Tomar, Corvêlo de Sousa, disse à Lusa que a autarquia está a estudar a possibilidade de publicar os resultados finais da escavação no seu boletim municipal, bem como a realização de conferências e de uma exposição temporária com o espólio do material encontrado e as duas sepulturas estruturadas removidas, já com o objectivo de virem a ser expostas noutro local.

Corvêlo de Sousa referiu ainda que a possibilidade da musealização in situ de alguns dos achados, em particular de um conjunto de sepulturas estruturadas, não recebeu parecer favorável do IGESPAR, pelo que, eventualmente, será colocado no local um painel com informação sobre os trabalhos realizados.

Supõe-se que a actual igreja de Santa Maria do Olival remonte a meados do século XIII, tendo sido edificada no local onde teria existido um convento beneditino, mandado construir por São Frutuoso, arcebispo de Braga, no século VII.

O templo serviu de panteão à maior parte dos mestres templários e aos primeiros da Ordem de Cristo, dependendo, no tempo dos Templários, directamente da Santa Sé, não integrando por isso nenhuma diocese. Por bula papal de 1455 foi matriz de todas as igrejas dos territórios descobertos.


Fonte: (3 Fev 2009). LUSA/Público:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1358630&idCanal=14


Fotos: http://diario.iol.pt/sociedade/necropole-tomar-oleiros-medieval-idade-media-templarios/1039270-4071.html

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por noticiasdearqueologia às 01:33

Domingo, 01.02.09

Encontrado cemitério romano em Biblos







 



Um cemitério, provavelmente romano, foi descoberto durante os trabalhos de construção de um complexo turístico na cidade de Biblos, no Líbano, informou este fim de semana o jornal libanês l`Orient-Le Jour.

 


 


Segundos especialistas, este cemitério deverá ser a continuação de uma outra descoberta feita há cinco anos na mesma cidade e do mesmo modo. Entre os restos encontrados estão um sarcófago e ornamentos.




A arqueóloga Alia Fares, que supervisiona os trabalhos, disse que o cemitério foi utilizado em várias épocas, segundo comprovam várias marcas deixadas em terracota.


Biblos, chamada Gebal no Antigo Testamento, é uma cidade construída pelos fenícios na costa do Mediterrâneo e está situada a cerca de 37 quilómetros a norte de Beirute.


A cidade, que é considerada uma das mais antigas do mundo, é conhecida, sobretudo, pelo seu antigo porto de pesca, pelas suas ruínas romanas e pelo seu castelo construído no tempo das Cruzadas.


O nome Biblos, que terá originado Bíblia (Livro), faz crer que se trataria desde tempos imemoriais, de um importante centro difusor de cultura.


Fonte: CMJ (26 Jan 2009). Lusa/Fim: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=384458&visual=26&tema=5





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por noticiasdearqueologia às 00:15

Sexta-feira, 30.01.09

El mayor enterramiento de la Prehistoria peninsular, en Murcia

Una excavación arqueológica ha permitido descubrir el enterramiento con mayor número de restos inhumados de toda la Prehistoria peninsular y uno de los mayores de Europa, localizado en el yacimiento de Camino del Molino del municipio de Caravaca de la Cruz (Murcia), que alberga restos de 1.300 individuos de más de 4.000 años de antigüedad


En concreto, el enterramiento supera los cerca de 300 enterrados en San Juan ante Portam Latinam en Álava, los algo más de 200 de Can Martorell en Barcelona, y los casi 170 de Carritx, en Menorca, según informaron el consejero de Cultura, Pedro Alberto Cruz, y el arqueólogo Joaquín Lomba, quienes presentaron el hallazgo públicamente con motivo de la finalización de la excavación arqueológica.

Junto a los restos humanos, aparecieron unos 50 esqueletos completos de perros que debieron acompañar a los difuntos, y los arqueólogos recuperaron algunas vasijas cerámicas, unas 50 láminas de sílex y otras tantas puntas de flecha y varillas y punzones de hueso, además de algunas cuentas de collar, puñales de sílex, y una veintena de punzones, una punta y un puñal de lengþeta, según informaron fuentes del Ayuntamiento del municipio en un comunicado.



ESTUDIO DE UNA POBLACIÓN COMPLETA

En cuanto al ajuar funerario, aunque es escaso en comparación con el elevado número de individuos enterrados, los arqueólogos consideraron que es "el habitual si lo relacionamos con el pequeño sector de esa población que debió considerarse como de altorango, y que sin duda está también depositado en la cueva".

Desde esa perspectiva, Camino del Molino proporcionó "la mayor colección de punzones de cobre de toda la Región de Murcia y una de los mayores conjuntos de este tipo para enterramientos calcolíticos del sureste peninsular", explicó el Consistorio. Además, destacó como pieza "excepcional" un puñal metálico de 32 centímetros de longitud, los puñales de sílex, dos de ellos con una factura única, y un punzón de cobre que aún permanece enmangado en un fragmento de tibia de perro.

Los datos disponibles permiten plantear que se trata de un yacimiento "excepcional" en el que, rompiendo la norma habitual, se entierra la práctica totalidad de la población de una comunidad que depositó a sus finados en la misma cueva a lo largo de 400 años, lo que permite hacer una estimación de población de 60 ó 70 personas para el poblado con el que se relaciona.

Esto abre la posibilidad de estudiar, por primera vez, una población completa de un hábitat prehistórico de esas dimensiones en su totalidad, analizando cuestiones relacionadas con las edades en el momento del fallecimiento, sus patologías, sus enfermedades, sus dieta y diversos rasgos antropométricos.

Asimismo, el Consistorio explicó que es la primera vez que se documentan perros acompañando a los difuntos en una cueva de enterramiento, ya que, hasta ahora, los casos respondían siempre a pequeños enterramientos de la misma época pero ubicados en el interior de los poblados.



EXPOSICIÓN ITINERANTE

Cruz adelantó que, una vez que concluyan los trabajos de estudio de los restos, se programará una exposición itinerante titulada «La vida y la muerte en la Prehistoria» con los restos más destacados del yacimiento caravaqueño. El yacimiento se localizó en el casco urbano de Caravaca de la Cruz, en la Comarca del Noroeste de la Región de Murcia durante las obras de construcción de una promoción de viviendas, cuando una pala excavadora, realizando unos desfondes, seccionó lateralmente el enterramiento y exhumó inadvertidamente huesos humanos.

En ese momento se paralizaron los trabajos y se informó a las autoridades competentes, de acuerdo a lo que la legislación vigente establece en relación a los hallazgos con valor de restos arqueológicos. Así, el Ayuntamiento de Caravaca de la Cruz destacó "la sensibilidad e implicación del promotor de la obra en la conservación de los restos, cuya actitud, ejemplo a seguir, posibilitó la intervención mediante la denuncia del hallazgo y su continua disponibilidad durante la realización de los trabajos".

Se trata de una cavidad "en un contexto geológico de travertinos, formada por la acción del agua sobre una diaclasa y posteriormente acondicionada para su uso como lugar de enterramiento, probablemente por los habitantes del cercano poblado calcolítico de Molinos de Papel".



HALLAZGO EXCEPCIONAL

La cavidad, de unos siete u ocho metros de diámetro y una profundidad conservada de casi dos metros, alberga en su interior un enterramiento continuado de época calcolítica, acumulándose en su interior restos de al menos 1. 300 individuos, depositados allí durante 350 ó 400 años. Tres dataciones absolutas permiten situar el inicio del enterramiento en torno a 2400 antes de Cristo, finalizando su uso alrededor de 1950 antes de Cristo.

Los restos humanos, entre los que aparecen hombres, mujeres y niños, parecen haberse colocado en un primer momento en posición fetal y junto a las paredes, desplazándose algunos de ellos con posterioridad, o recolocándose desarticulados en el centro de la cueva, conforme se continuaban depositando más cadáveres, según las investigaciones.

Fruto de esa recolocación se produjo tanto la dispersión anárquica de buena parte de los huesos en la parte central de la cueva, como la acumulación de cráneos junto a las paredes de la cavidad. Dada la excepcionalidad del hallazgo, fue necesario aunar esfuerzos desde diferentes instituciones con el fin de garantizar el correcto estudio del lugar, así como la preservación de toda la información posible para ulteriores investigaciones. Así, el mantenimiento de la excavación correspondió a la Dirección General de Bellas Artes y Bienes Culturales y al Ayuntamiento de Caravaca, con la colaboración del promotor de la obra en la que se localizó el hallazgo, y la Universidad de Murcia.


Fonte: http://www.madrimasd.org/noticias/mayor-enterramiento-Prehistoria-peninsular-Murcia/37850  

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por noticiasdearqueologia às 23:58

Quinta-feira, 22.01.09

Unos trabajos de arada destruyen parte de la necrópolis vaccea de Pintia



Los trabajos de arada realizados durante los últimos días del mes pasado en la parcela 59 del polígono 502 de Padilla de Duero (Valladolid), lugar donde se ubica una parte de la necrópolis vacceo-romana de Pintia, provocaron un «efecto devastador» para el yacimiento.




Según destacó el director del Centro de Estudios Federico Wattenberg de la Universidad de Valladolid y profesor de Arqueología, Carlos Sanz Mínguez, si no se frena esta dinámica de laboreo agrícola un tercio de este «cementerio único» declarado Bien de Interés Cultural «desaparecerá por completo en unos pocos años».


En un comunicado recogido por Europa Press, Sanz señaló que después de unos años de barbecho «sin sobresaltos», la parcela ha sido arrendada a un nuevo aparcero, quien ha procedido a ararla. «Las consecuencias de esta medida en la superficie afectada, en torno a una hectárea, tiene un efecto tan silencioso como devastador sobre el sustrato arqueológico, al reventar los depósitos funerarios de incineración como consecuencia del desplazamiento interno de las numerosas estelas de piedra caliza que subyacen en el lugar», destacó el director del Instituto antes de explicar que precisamente una decena de éstas han sido en esta ocasión arrastradas a la superficie y apartadas a los bordes de la finca.


Por ello, el 2 de enero se cursó una denuncia ante el Seprona de la Comandancia de la Guardia Civil de Valladolid. También han sido informados el director general de Patrimonio de la Junta, Enrique Sáiz, y el alcalde de Peñafiel, Félix Martín. A su vez se ha pedido el auxilio del Procurador del Común de Castilla y León.



 


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por noticiasdearqueologia às 22:47

Quarta-feira, 26.11.08

Descoberta sepultura do neolítico com o mais antigo núcleo familiar conhecido

Testes genéticos confirmaram o parentesco

A disposição das ossadas mostra o cuidado de quem sepultou a família

com 4600 anos de idade. O filho mais velho de frente para o pai, o

filho mais novo de frente para a mãe e os dois adultos flectidos,

pernas a tocarem-se num contínuo, com a cabeça do homem em direcção a

Oeste, a da mulher em direcção a Este, mas a face de ambos a olhar

para Sul, como era tradição na Cultura da Cerâmica Cordada que existiu

no Centro e Nordeste europeu durante o neolítico.

O "quadro" encontrado no sítio arqueológico de Eulau na região alemã

da Saxónia-Anhalt é tão ilustrativo da ideia de família que Wolfgang

Haak sentiu-se comovido quando viu pela primeira vez a sepultura.

"Sentes uma certa simpatia por eles, é uma coisa humana", disse,

citado pela BBC News, o cientista do Australian Centre for Ancient DNA

(Centro australiano para o DNA antigo).

Mas foi a confirmação genética do parentesco entre a família que

tornou a descoberta publicada hoje na revista científica "Proceedings

of the National Academy of Sciences", tão excitante. "Ao estabelecer

os elos genéticos (...) estabelecemos a presença do núcleo familiar

num contexto pré-histórico na Europa Central - pelo que sabemos, a

mais antiga prova dada pela genética molecular até agora", disse Haak,

um dos autores do artigo, citado pelo Science Daily",

Foram encontradas quatro sepulturas e 13 corpos. Os adultos

apresentavam vários ferimentos: uma mulher tinha uma ponta de pedra

enterrada na vértebra e outra apresentava ferimentos no crânio.

Segundo os cientistas, a comunidade sofreu um ataque violento de outro

grupo e salvaram-se os jovens adultos, já que a maioria das ossadas

pertenciam a crianças ou a mulheres com mais de 30 anos.

Os cientistas pensam que quem se salvou veio depois enterrar os

mortos, pois conheciam de perto as relações dos indivíduos. "A

disposição dos corpos espelha as relações que tinham em vida", diz o

artigo, que refere a importância dada ao parentesco já que, por

exemplo, os filhos do casal estão virados para os pais e de costas

para o Sul, indo contra os costumes da cultura.

Os cientistas compararam o ADN dos ossos entre os adultos e as

crianças. Com o ADN mitocôndrial, que todas as pessoas herdam da mãe,

e com o ADN do cromossoma masculino - o Y, provaram que os dois

rapazes eram obrigatoriamente filhos do homem e da mulher da

sepultura. "O que é extraordinário é a genética que torna a prova [de

um núcleo familiar] incontornável", disse ao PÚBLICO por telefone

Mariana Diniz, professora na Faculdade de Letras da Universidade de

Lisboa.

Através dos isótopos do estrôncio, um elemento que se vai acumulando

nos dentes dos humanos ao longo do crescimento, os investigadores

concluíram ainda que as mulheres, ao contrário dos homens, não eram

originárias daquele local, já que tinham uma quantidade relativa do

elemento que a alimentação da região não podia dar. Os investigadores

defendem que as mulheres viajavam de longe, para se casarem com os

homens, evitando a endogamia e promovendo as boas relações entre

comunidades.


Fonte: Nicolau Ferreira (18 Nov 2008). Público.

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por noticiasdearqueologia às 22:49

Segunda-feira, 17.11.08

Arqueólogos descobrem cemitério fenício no Líbano

Um importante cemitério da antiga Fenícia e que pode ajudar a compreender melhor esta civilização foi descoberto por arqueólogos espanhóis em Tiro, cidade do sul do Líbano, anunciaram esta quarta-feira os responsáveis das escavações.


«Esta descoberta é até agora a mais importante fonte de informações para melhor conhecer a história dos fenícios no Oriente», explicou Ali Badaoui, arqueólogo e responsável do ministério da Cultura libanês dos vestígios em Tiro.


Segundo as primeiras estimativas, o cemitério está praticamente intacto na entrada leste da cidade e é de um período que vai do IX ao VII século antes de Cristo.


«A importância deste cemitério é que fica numa das principais cidades fenícias», afirmou Maria Aubet, professora de arqueologia e chefe da missão da Universidade de Barcelona que realizou as buscas.


Segundo Badaoui, mais de 60 jarros de 50 centímetros de profundidade e hermeticamente fechados foram encontrados no local, espalhados numa superfície de aproximadamente 300 metros quadrados. Dentro estão ossos queimados. «A tradição dos fenícios era de queimar os corpos e os ossos dos mortos», explicou Aubet.


«Com estes ossos vamos poder compreender o regime alimentar e o nível social dos que foram enterrados aqui», destacou Badaoui.


A missão, que foi realizada a pedido do ministério da Cultura, começou há quatro anos, mas foi interrompida em 2006 devido à guerra entre o Hezbollah xiita e Israel que devastou o sul libanês.


Os fenícios eram um povo antigo de navegadores e comerciantes.


Tiro era a principal cidade Estado do território da Fenícia, que corresponde mais ou menos ao Líbano actual. Biblos, Sidon e Berytos (Beirute) estavam entre as outras cidades.


Fonte: (12 Nov 2008). Diário Digital: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=358534&page=0

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por noticiasdearqueologia às 20:42

Domingo, 17.08.08

Grande necrópole romana descoberta na Transilvânia

Arqueólogos romenos descobriram na Transilvânia, perto de Alba Julia, uma grande necrópole com 350 túmulos dos séculos II e III, a época da ocupação romana da antiga Dácia (actual Roménia).


A zona estudada estende-se por 3000 metros quadrados e está situada perto da antiga Apullum, sobre Dealul Furcilor (Colina das Forcas), disse à imprensa Cristinel Fantanaru, que dirige estas escavações arqueológicas.

«Descobrimos cerca de 350 túmulos de incineração e inumação, a maioria delas saqueadas desde há já vários vários séculos», precisou Fantanaru, antes de apresentar o inventário dos objectos, com mais de 1800 anos, encontrados praticamente intactos.

Além de ossadas, os arqueólogos desenterraram peças de cerâmica, braceletes, anéis, moedas de bronze e cobre e jarros de vidro.

Prevalecem os túmulos de inumação com os corpos colocados directamente na terra, explicou o arqueólogo, mas foram também descobertos sarcófagos de azulejos que referenciam um posto mais importante da pessoa enterrada na comunidade.

Entre outros objectos encontrou-se, no túmulo de uma criança, o que se supõe ser um brinquedo - uma estatueta de argila, oca, contendo no interior contas de vidro.

Segundo Fantanaru, estes achados são importantes para o estudo dos ritos funerários durante a ocupação romana.

Alba Julia (na foto), antigo Municipium Septimius Apullense, ou, abreviadamente, Apullum, foi um dos mais importantes centros da administração romana na Dácia, conquistada no ano 106 pelo imperador Trajano, nascido em Itálica (Espanha).

Fonte: (15 Jul 2008). Lusa/Ciberia: http://ciberia.aeiou.pt/?st=9585 

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por noticiasdearqueologia às 09:58

Domingo, 17.08.08

BRAGA: Necrópole romana com urna funerária em pedra

 As escavações realizadas pela Universidade do Minho numa necrópole romana, no centro de Braga, levaram à descoberta de uma urna de pedra em forma de ovo, uma peça inédita em Portugal, revelou hoje fonte universitária.

Manuela Martins da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, adiantou que durante os trabalhos foram, ainda, encontradas 17 urnas funerárias, e seis esqueletos, alguns em grande estado de decomposição.



"É a primeira vez que aparecem esqueletos completos nas escavações da antiga cidade romana a Brácara Augusta", salientou.


A responsável falava em conferência de imprensa, no Museu Nogueira da Silva, para apresentar os resultados dos trabalhos arqueológicos que vêm sendo realizados no antigo edifício dos CTT na Avenida da Liberdade.


Na conferência participaram o arqueólogo Luís Fontes, responsável pela equipa de escavação, e o gestor Domingos Sousa Coutinho, da empresa Javer Imobiliária, do grupo Regoja, que vai construir um centro comercial e uma unidade hoteleira no edifício.


Manuela Martins adiantou que as urnas - contendo cinzas - e os esqueletos pertencem a dois períodos distintos, do século primeiro ao terceiro, e do quarto ao sexto, revelando a existência de dois rituais distintos, por inumação ou incineração.


A especialista revelou que no local foram, também, encontrados vestigios da chamada via 17 do Itinerário Antonino, que partia de Braga (Bracara Augusta), rumo a Astorga (Asturica Augusta), na Galiza e que atravessa a serra do Gerês.


Garantiu que todos os vestígios e objectos encontrados no local forma registados e enviados para o Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa, em Braga, onde serão estudados nos próximos anos.


Manuela Martins frisou que o contrato existente entre a Unidade de Arqueologia e o grupo Regoja foi prolongado por seis meses, para prosseguir as escavações.


"Durarão o tempo necessário", acrescentou o arqueólogo Luís Fontes.


Sousa Coutinho assegurou que a obra de construção do centro comercial apenas avançará com a escavação concluída, adiantando que espera abrir a primeira fase do centro em Outubro de 2009 e a segunda, que inclui estacionamento subterrâneo, em 2010.



Fonte: (01 Ago 2008). LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

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por noticiasdearqueologia às 09:32

Quarta-feira, 13.08.08

LAGOS: Esqueletos confirmam existência de necrópole na Igreja das Freiras


 
 


Foto



Intervenção arqueológica no interior da Igreja das Freiras, em Lagos


 

Após uma história religiosa de séculos, a Igreja da Nossa Senhora do Carmo transforma-se num espaço cultural, onde serão promovidos concertos de música clássica e coral, bem como exposições.


Quem entrava na Igreja da Nossa Senhora do Carmo, também conhecida por Igreja das Freiras, no centro de Lagos, quer para conhecer o seu interior, quer para ir à missa, não imaginava que estivesse a andar em cima de uma necrópole, muito menos de uma ermida.

Depois de três meses de sondagens arqueológicas, que terminaram na quinta-feira passada, aquelas descobertas são mais dois factos a acrescentar à história do local que já conta com 800 anos.

A necrópole, um espaço sepulcral situado no interior da Igreja, «mostrou a existência de setenta esqueletos de adultos, crianças e recém-nascidos», revelou Gina Dias, coordenadora dos trabalhos arqueológicos feitos na igreja lacobrigense.

Aquele espaço, que serviu como cemitério, foi criado na época moderna, por volta do século XVI, e espalha-se por toda a igreja. No entanto, a maior concentração de ossadas encontra-se junto à entrada da nave central do edifício.

«Os enterramentos identificados denunciam a organização do espaço sepulcral de três formas distintas. Na Capela-Mor, a orientação do enterramento é feita no sentido Norte-Sul, enquanto na nave central os esqueletos estão no sentido Sul-Norte» explicou a coordenadora dos trabalhos arqueológicos.

A desorganização dos enterramentos só surge no restante espaço, onde se encontraram esqueletos nos sentidos Norte-Sul, Sul-Norte e Este-Oeste.

«Também nesse local, há a reutilização intensiva das sepulturas, pois há casos de sobreposição das ossadas no interior da mesma fossa», explicou Gina Dias.

Os esqueletos serão agora transportados para a Universidade de Évora, onde serão estudados. «Os bio-antropólogos vão analisar o espólio osteológico para tentarem conhecer factos como as doenças que as pessoas tinham ou a idade com que faleceram», afirmou Gina Dias.

«Estas escavações, bem como os estudos posteriores, são uma forma de aprender mais sobre a história do edifício, da cidade e da população que residia em Lagos naquela época», acrescentou. Até porque, junto às ossadas, foram encontrados objectos pessoais e roupas, que servirão para determinar os materiais utilizados ou modos de vida da população.

Quanto aos vestígios da antiga ermida, estes demonstram que a construção data do século XIII e que foi escavada na rocha. Assim, há 800 anos, aquele já era um local de culto.

«A equipa de arqueologia percebeu que o local foi soterrado para tornar a superfície plana. O pretendido era construir a igreja da Nossa Senhora da Conceição, que depois viria a ser a Igreja da Nossa Senhora do Carmo, ou seja, o Convento de Freiras, no século XVI», explicou Elena Morán, arqueóloga da Câmara de Lagos.

As escavações agora realizadas pela equipa da Dryas Arqueologia, uma empresa de Coimbra contratada pela autarquia de Lagos, foram feitas a par das obras em curso na igreja.

Ou seja, «já que a igreja será requalificada, porque estava bastante danificada, a Câmara de Lagos aproveitou para ver, antes, que vestígios se encontravam no interior», acrescentou.

Num futuro próximo, a Igreja das Freiras voltará a abrir ao público, mas desta vez para albergar concertos de música coral ou até exposições. No entanto, as portas permanecem abertas ao culto religioso ou à visita dos turistas que queiram conhecer uma igreja com muita história.


Fonte: Ana Sofia Varela (10 Ago 2008). Barlavento, on line:  http://www.barlavento.online.pt/index.php/noticia?id=26170



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por noticiasdearqueologia às 23:28


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