"Côa: o rio das mil gravuras" percorre a arte rupestre. Uma descoberta no início dos anos 90 que suspendeu a construção da barragem no rio Côa. O documentário foi feito no ano passado por Jean Luc Bouvret. Uma co-produção luso-francesa, que recebeu em 2004 um subsídio de 40 mil euros do antigo ICAM e conta com a colaboração de especialistas portugueses e estrangeiros.
Parece que as gravuras, património mundial da UNESCO desde 1998, têm mais visibilidade no estrangeiro do que em Portugal. O documentário foi premiado num festival francês pelo seu contributo científico. Uma riqueza que não é acompanhada a nível comercial. Sem um desenvolvimento da região, o número de visitantes do Parque Arqueológico de Foz Côa tem caído a pique. Quando abriu, em 1996, tinha 20 mil visitantes por ano; recebe agora 14 mil.
O actual governo quer recuperar o tempo perdido. Em 1998, o então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, anunciava a construção de um museu de arte e arqueologia do Côa, que abriria em 2001. Sucederam-se governos socialistas e do PSD e só no início deste ano é que o museu começou a ser construído.
O Ministério da Cultura está a fazer contactos para mobilizar apoios privados para a envolvente do novo Museu do Côa.