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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Sábado, 03.05.08

Há cinco milénios havia bastante marfim na Península Ibérica

Vasos campaniformes em França originários da zona de Mafra e uma "concha do Mar Vermelho" encontrada no Castro do Zambujal (Torres Vedras) indiciam que, no III milénio Antes de Cristo, já existiam trocas comerciais regulares na Europa.



"Havia comércio pelo Mediterrâneo", afirma o arqueólogo Michael Kunst, adiantando que, "na Península Ibérica e especialmente na Estremadura, havia bastante marfim", que se julga ser de "elefantes indianos".

Michael Kunst é o director da exposição "Vasos campaniformes. Símbolos de uma comunidade cultural europeia há 5000 anos", que vai estar patente desde hoje e até segunda-feira, em Torres Vedras, no âmbito de um encontro de cerca de cem arqueólogos.


Segundo estes, vasos cerâmicos campaniformes descobertos em diferentes zonas da Europa indiciam que no III milénio AC existiriam já trocas comerciais regulares na Europa.


De acordo com os especialistas, nas épocas do Neolítico e Calcolítico surgiram numerosas inovações, entre as quais a invenção da roda, a utilização da força animal para o transporte e a domesticação do cavalo, que contribuíram para o estabelecimento de trocas comerciais a grandes distâncias.


"A cerâmica campaniforme estava presente em toda a Europa", o que é revelador da existência nessa época de intercâmbios", disse Michael Kunst.


"Há vasos campaniformes em França que foram analisados e que são originários da zona de Mafra", adiantou o especialista, que não afasta a hipótese de o transporte ser assegurado também por barcos egípcios, tendo em conta que foram encontrados desenhos desses barcos nessa cerâmica.


No Castro do Zambujal (Torres Vedras), um dos exemplos de povoados dessa época, foi também encontrada uma "concha do Mar Vermelho".


A produção cerâmica chegava também a outras zonas como a Bretanha, onde estes vasos chegaram enquanto "recipientes de qualquer coisa que era transportada", como ouro e marfim.


Os arqueólogos associam também os vasos campaniformes ao "nascimento de uma cultura comum" na Europa, tendo em conta que possuíam decorações com padrões muito semelhantes, independentemente da zona em que eram produzidos.


Por outro lado, os vasos eram também usados para "costumes de brindar", típicos de uma elite que começou a surgir e a "demonstrar riqueza e uma certa hierarquização", ao contrário do que acontecia no Neolítico.


Fonte: (01 Mai 2008). RTP: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=343210&visual=26&tema=5

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por noticiasdearqueologia às 00:28



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