
Parte do conteúdo de três jazidas arqueológicas submersas do Antigo Egipto está representado na exposição que abre hoje no antigo matadouro de Legazpi, em Madrid, e que ficará patente até ao dia 28 de Setembro.
Intitulada Tesouros Submersos do Egipto, a mostra permite a visualização de algumas peças raras que foram recuperas pela equipa do arqueólogo submarino Franck Goddio na costa mediterrânica do Egipto.
Desde os anos 90 que este arqueólogo, em colaboração com autoridades egípcias, localizou os restos do lendário porto de Alexandria (com 600 hectares), assim como da lendária cidade de Heraclion (referenciada como desaparecida nos textos antigos e encontrada a sete quilómetros da costa) e parte da cidade de Canopo (a 35 quilómetros da actual Alexandria) - que se consideravam perdidas para sempre.
Peças únicas
Foram encontradas estátuas colossais, artefactos de templos e peças de joalharia únicas, datadas da época: entre os últimos faraós e Alexandre Magno; desde o período do domínio grego ao da conquista romana; e desde a época bizantina até ao começo do Islão, do tempo em que estas cidades desapareceram debaixo do mar mediterrânico devido a catástrofes naturais.
Dada a natureza destas descobertas, apenas uma pequena parte estará patente na mostra de Madrid que reúne 500 peças. Mas estará presente nesta exposição (que na Alemanha e França tiveram mais de milhão e meio de visitantes) a estátua mais alta de Hapi, deus da prosperidade do Rio Nilo, com 2000 anos de antiguidade.
As centenas de peças que compõem a exposição que abre hoje na cidade de Madrid são propriedade do estado egípcio que, entretanto, deu a sua autorização para que a exposição viajasse durante dois anos pela Europa. |
Fonte: (16 Abr 2008). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/2008/04/16/artes/segredos_egiptologia_revelados_madri.html