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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Terça-feira, 02.10.07

O público de museus estatais aumentou 6% até Julho

Nos primeiros sete meses deste ano os museus portugueses tutelados pelo IMC-Instituto dos Museus e da Conservação registaram um aumento de 6% no número de visitantes. E, de um total de 27 instituições, apenas oito desceram face a igual período do ano passado. Foi o caso dos museus nacionais de Arte Antiga e de Arte Contemporânea/Chiado.
O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) sofreu a maior descida: até Julho de 2007, teve 64 719 entradas o que corresponde a uma quebra de 34% em relação a 2006. Para Manuel Bairrão Oleiro, director do IMC, esses números "têm a ver com o grande pico associado, no ano passado, à exposição da colecção Rau [inaugurada em Maio]. É difícil manter esse nível e, este ano, a exposição 'O Tapete Oriental' atrasou e só abriu em Julho, pelo que só terá efeitos no segundo semestre".
Quanto ao Museu do Chiado, a descida de 9% prende-se com opções programáticas: "Em 2006 teve as exposições mas chamativas no primeiro semestre. Este ano abre em Outubro 'Centro Pompidou: A Arte Vídeo', e o calendário reflecte-se nos visitantes", explica ao DN.
As restantes instituições que tiveram redução de público de Janeiro a Julho de 2007 são de âmbito regional ou local,e as percentagens terão de ser relativizadas face a totais mais modestos. Se no Museu Dr. Joaquim Manso o "tombo" foi de 58% e "não há explicação, a não ser, talvez, relacionada com o decréscimo de turistas", os 32% negativos do Museu Proença Júnior prendem-se com as "visitas escolares". Em termos gerais, "embora tenha subido ligeiramente, o público das escolas não tem crescido tanto como os outros públicos, o que é motivo de preocupação porque temos apostado forte nos serviços educativos. Mas algumas escolas têm tido limitações a nível da logística, seguro escolar ou transportes", esclarece o director do IMC.
O Museu José Malhoa desceu 29% e foi o menos visitado a nível nacional, mas está em obras e só deve reabrir no primeiro semestre de 2008. O Museu da Cerâmica desceu 28% devido ao "calendário de exposições". O Museu dos Biscainhos caiu 5% porque "teve menos serviços educativos e menos visitas escolares". E o Museu do Traje, que também desceu 5%, "não tem ainda remontada a exposição permanente e tem sofrido com isso", admite Bairrão Oleiro.
Os que mais subiram:
O Museu dos Coches continua a ser o grande campeão de públicos. Mas no lado positivo da tabela destaca-se o Museu Nacional de Arqueologia, que teve mais 21 288 visitantes. Explicação? A "programação muito constante e de qualidade, e o bom trabalho dos serviços educativos", a par das inúmeras actividades realizadas no Dia e na Noite dos Museus - por causa disso mesmo, Maio é o melhor mês do ano para os museus.
Em Conímbriga, o fim das obras nas ruínas e a reabertura do restaurante fizeram retomar as excursões e saldaram-se em mais 14 421 entradas. O Soares dos Reis passou de 13 mil para 33 mil, graças ao "fim das obras no túnel de Ceuta e à estabilização interna". O Museu de Aveiro, parcialmente encerrado, continua a somar entradas graças ao túmulo da Princesa Santa Joana e aos claustros. O Museu D.Diogo de Sousa, reaberto em Junho, lucrou com os grupos escolares que visitaram os mosaicos descobertos na cave durante as obras. E o Museu Abade de Baçal passou de 79 (em 2006) para 6016, porque só reabriu em Dezembro.
Embora "satisfeito com estes resultados", o director do IPM recorda que "os números são apenas um indicador e não devem ter outra leitura mais alargada". Quando chega a hora de repartir o bolo orçamental, acrescenta, o IMC dá importância a factores "menos visíveis", como "o estado e conservação das colecções; a actualização e digitalização de inventários, e a capacidade de realizar exposições e propor itinerâncias".
À espera de um orçamento para 2008 semelhante ao deste ano (11,75 milhões de euros para despesas de funcionamento e cerca de 5,5 milhões de euros para programação), o director do IMC espera iniciar em breve as negociações que visam a transferência de sete museus para as respectivas autarquias. A saber: Abade de Baçal, Biscainhos, Cerâmica, Joaquim Manso, Tavares Proença Jr., Guarda e Terras de Miranda. |

In: Paula Lobo (2 Out 2007). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/2007/10/02/artes/publico_museus_estatais_aumentou_6_j.html

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por noticiasdearqueologia às 21:54


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