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Sexta-feira, 07.06.13

Olmecas de San Lorenzo comercializavam há 3.800 anos com povos do México e Guatemala

Uma máscara olmeca de jadeíta do 10º-6º séc. a.C., no Museu de Arte Metropolitano, Nova York
Um estudo sobre a datação de centenas de obsidianas encontradas no sítio arqueológico de San Lorenzo, na costa sul do Golfo do México, revelou que a civilização olmeca manteve uma grande rede comercial com outras regiões do México e da Guatemala entre 1800-800 a.C.
Os resultados da pesquisa liderada pelo arqueólogo Hirth Kenneth da Universidade Penn State dos Estados Unidos foram publicadas na revista Science.
O relatório confirmou que os olmecas viveram na área antes do desenvolvimento das primeiras cidades maias do período pré-clássico da Guatemala, cuja construção começou por volta de 1000 a.C., segundo outros estudos do arqueólogo Richard Hansen.
Uma gigante cabeça olmeca (Estatuetas olmecas (Museu Nacional de Antropologia, México/Wikimedia)
Hirth Kenneth explicou que os olmecas, conhecidos por suas esculturas de cabeças monumentais, são a primeira grande civilização mesoamericana que ocupou a região de San Lorenzo e emergiu como uma grande potência política entre 1400-1000 a.C.
O pesquisador diz que foram feitas análises químicas de alta precisão da obsidiana, uma pedra negra vulcânica encontrada nas oficinas olmecas, e que a obsidiana foi importada para a fabricação de ferramentas de corte para escultura e arquitetura.
Estes artefatos de obsidiana, um total coletado de 852 peças, provêm do México e da Guatemala, fonte da matéria-prima.
Os resultados proporcionam “uma visão geral do desenvolvimento das redes de comércio inter-regional do primeiro grande centro olmeca na Mesoamérica”, entre 1800-800 a.C.
Para os arqueólogos ainda é um mistério de onde veio o conhecimento artesanal e como se distribuíam os produtos acabados, segundo o Departamento de Arqueologia da Universidade Penn State. As investigações começaram em 2012 e continuarão até 2014.
Além de Kenneth, participaram do estudo a pesquisadora Ann Cyphers do Instituto da Universidade Nacional Autônoma (INAH), Robert Cobean do Instituto Nacional de Antropologia e História do México, Jason De Leon da Universidade de Michigan e Michael Glascock da Universidade de Missouri.
A cultura olmeca se tornou conhecida no século XIX, quando se descobriu sob a terra inúmeras cabeças esculpidas de pedra de até dois ou três metros de altura. Todas com características e expressões distintas e cobertas com um tipo de chapéu.
De acordo com uma reportagem em vídeo, uma das cabeças olmecas foi encontrada coberta com uma espessa camada de barro posta intencionalmente, o que se acredita fazer parte de algum tipo de ritual.
A versão mais divulgada explica que os ancestrais dos maias migraram para o Golfo do México e desenvolveram a cultura olmeca, no entanto, informes do governo mexicano acrescentam que novos estudos destacam que foram os descendentes dos olmecas que migraram para a área de Petén na Guatemala para misturar-se com os locais e dar origem à grande civilização maia do período pré-clássico.
Estudos atuais da civilização maia pré-clássica na Bacia do Mirador em Petén, dirigidos pelo arqueólogo Richard Hansen, revelam que os primeiros ocupantes começaram a construir suas grandes cidades e pirâmides em 1000 a.C., após o grande desenvolvimento e declínio dos olmecas.
Fonte: (11-04-2013. Ciência & Tecnologia: http://www.epochtimes.com.br/olmecas-de-san-lorenzo-comercializavam-ha-3-800-anos-com-povos-do-mexico-e-guatemala/

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