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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Os governos de Portugal e da Namíbia assinaram, esta quarta-feira, um memorando de entendimento para a conservação e gestão do património cultural do navio português do século XVI naufragado ao largo de Oranjemund.
O protocolo foi assinado pelo secretário de Estado da Cultura de Portugal, Jorge Barreto Xavier, e a ministra da Juventude da Namíbia, Juliet Kavetuna, e estabelece a relevância do sítio arqueológico, os objetos materiais e o «conhecimento local».
O documento prevê, assim, a «investigação, documentação e publicação de informação, [a] partilha de informação, formação e educação, bem como a organização de exposições e de outras formas de promoção e valorização».
O memorando estabelece, ainda, a possibilidade de «acordos adequados com potenciais doadores» para a conservação do navio naufragado, bem como a «formação de três namibianos em Portugal, em áreas acordadas» pelas partes e a «criação e gestão de um museu para o navio naufragado».
O navio português foi descoberto em abril de 2008, ao largo da Namíbia, por geólogos que procuravam diamantes, e ter-se-á afundado quando regressava a Portugal.
As investigações permitiram encontrar moedas de ouro e prata, colocadas à guarda do Banco da Namíbia, peças de canhão, presas de marfim, ouro, prata, cobre e estanho, bolas de chumbo da marca da Coroa Portuguesa fugger e um terço.
A embarcação tinha 300 toneladas e, segundo o arqueólogo Bruno Werz, teria três mastros e cerca de 30 metros de comprimento. O naufrágio terá ocorrido após a colisão com uma rocha.
Segundo o relatório de duas missões arqueológicas portuguesas, assinado por Francisco Alves, do então Instituto de Gestão do Património Arqueológico e Arquitetónico (IGESPAR), entre os achados estaria uma moeda de dez cruzados, «de ouro, de inexcedível pureza, prestígio e raridade».
Fonte: (15-05-2013). A Bola: http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=402145
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