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A câmara de Santarém realizou uma prospecção arqueológica preventiva para requalificar o jardim da República, recolhendo dez esqueletos de época medieval e uma estela funerária, segundo o arqueólogo da autarquia.
António Matias disse à Agência Lusa que a obra de requalificação do jardim contíguo ao convento de S. Francisco "será acompanhada por arqueólogos" e "avançará sem qualquer problema", acrescentando que os achados remetem para um período entre os séculos XII e XIV.
O arqueólogo afirmou à Lusa que na prospecção, que terminou na segunda-feira, foi encontrada "uma sucessão de três planos de enterramento, depois dos dois primeiros, foram recolhidos mais oito indivíduos" em dois metros quadrados de terreno, explicando que "o mesmo espaço funerário foi sendo utilizado ao longo do tempo".
"Utilizavam a mesma fossa para sepultar mais indivíduos", afirmou António Matias, acrescentando que serão feitas "análises para saber se havia aproveitamento familiar, ou não".
Segundo o arqueólogo, a estela funerária "não tem indicação de idade, mas é da época medieval, apresentando numa face a cruz dos templários e na outra uma estrela de oito pontas", que "identificava uma sepultura de uma criança com idade entre os dois e quatro anos".
O vice-presidente do município disse à Lusa que a "prospecção preventiva já foi dada como concluída" e serviu para "preparar a intervenção" no espaço contíguo, salientando que os achados "não vão condicionar a intervenção" que tem início previsto para Novembro.
Segundo o arqueólogo António Matias, os esqueletos e a estela funerária estão armazenados na reserva do Museu Municipal a aguardar tratamento, lavagem e marcação.
(31 de Jul 2007). Lusa/Fim: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/hFEY
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