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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Quarta-feira, 29.01.14

Descoberta arqueológica indica que a Arca de Noé não era a única

Uma tábua de argila da Mesopotâmia antiga – atual Iraque – com cerca de 4.000 anos foi revelada esta semana pelo Museu Britânico. Ela traz detalhes sobre a construção de uma arca gigante que deveria abrigar animais “dois a dois”. Mas não é uma referência ao relato do Antigo Testamento sobre Noé. Embora seja uma história semelhante, descreve a construção de uma embarcação redonda e não retangular como a da Bíblia. A tábua está gerando discórdia entre os arqueólogos.

Irving Finkel, o responsável pela tradução das inscrições, está lançando um livro sobre o assunto, “The Ark Before Noah [A Arca Antes de Noé]. Ele é especialista em línguas antigas e conta que estava de posse da tábua do tamanho de um telefone celular há alguns anos. Desde que a comprou dedicou-se a estudar as inscrições cuneiformes dos antigos mesopotâmicos que a cobrem.

Finkel não tem dúvidas que esse é “um dos mais importantes documentos humanos já descobertos”. “Foi uma verdadeira surpresa, algo de parar o coração… a descoberta que a embarcação deveria ser redonda… É uma coisa perfeita. Ela nunca afunda, sendo leve para carregar”, explica. Conta ainda que um documentário de televisão será filmado este ano mostrando uma tentativa de construir a arca redonda seguindo as instruções da tábua de argila.

Contudo, outros especialistas criticam Finkel por não ter compartilhado seu achado com a comunidade científica e estar usando sensacionalismo para promover seu livro. David Owen, professor de Estudos sobre o Oriente Médio da Universidade de Cornell, e Elizabeth Stone, especialista em antiguidades da Mesopotâmia, que trabalha na Universidade Stony Brook, de Nova York, comemoram a descoberta, mas acreditam que há pontos controversos. Mesmo assim, ambos concordam que uma arca redonda faz sentido, pois há muitos registros de antigas embarcações com esse formato na antiga Mesopotâmia.

Segundo o livro de Finkel, a tábua registra que uma divindade ordena a construção de uma embarcação gigante “redonda, como uma enorme rosquinha”, teriam cerca de 75 metros de diâmetro e paredes de seis metros de altura, totalmente feita de madeira, amarrado por cordas e revestida em betume.

Finkel afirma saber que sua descoberta poderá causar polêmica entre os estudiosos que acreditam na história bíblica. Mas lembra que desde o século 19 a arqueologia tem mostrado relatos babilônicos sobre um dilúvio, muito semelhante à história de Noé.

Ele provoca, afirmando que o relato provavelmente foi repassado ​​aos judeus durante o exílio na Babilônia no século 6 a.C. Vai mais longe, afirmando que os métodos de datação confirmam que sua tábua é anterior ao período em que Noé teria vivido.

Fonte: 25.01.2014. Jarbas Aragão. Haaretz/The Blaze/Gospel prime: http://noticias.gospelprime.com.br/descoberta-arqueologica-arca-de-noe-redonda/

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por noticiasdearqueologia às 13:14

Quarta-feira, 29.01.14

Complexo de banhos islâmicos único em Portugal descoberto em Loulé

A professora Susana Martinez, ligada ao campo arqueológico de Mértola, não tem dúvidas sobre a importância dos mais recentes achados, trazidos à luz do dia quando a câmara procedia à remodelação de rede de águas e esgotos. “Pode ter a certeza de que estes banhos islâmicos são únicos em Portugal”, sublinha. Mas, para já, não vão ficar acessíveis ao público, porque se trata de estruturas que estão muito frágeis e necessitam de ser consolidadas.

Uma parte deste património — constituído por banhos quentes, tépidos e frios — já era conhecida desde há meia dúzia de anos. O que agora aconteceu foi o alargamento das descobertas desses vestígios para o exterior da habitação que continha esses banhos.

O imprevisto sucedeu, recentemente, quando uma máquina abria uma vala para colocar uma caixa de águas pluviais no largo D. Pedro I. As arqueólogas do município detectaram depois, numa das praças onde se realiza o Festival Med, tanques e vestíbulos (pátios), que se encontram no seguimento do complexo dos banhos islâmicos públicos que tem estado a escavar há alguns anos.

O presidente da Câmara, Vítor Aleixo, manifesta o desejo de prosseguir o projecto arqueológico, colocando enfâse no sector turístico. “Vamos musealizar a área e dessa forma pretendemos valorizar a oferta cultural da região”. Para já, destaca, foi dado “mais um passo” no sentido de conhecer a cidade, fundada no final do período da ocupação islâmica.

A cultura, diz o autarca, é "um domínio em que Loulé se pretende afirmar”. Por seu lado, Susana Martinez, professora das Universidades de Coimbra e do Algarve, salienta a importância da descoberta, lembrando que “há outros banhos islâmicos, conhecidos na Península [Ibérica], mas estes em Portugal são únicos”, sublinha. Razão pela qual manifestou empenho em apoiar, através do centro de investigação de que faz parte, o projecto que está ser levado a cabo pela secção de arqueologia do município algarvio. “Não se trata de fazer investigação, por investigação. A arqueologia tem de servir as populações, é esta visão que partilhamos com a equipa de Loulé”, sublinha.

A chefe de divisão de Cultura do município, a arqueóloga Dália Paulo, diz por seu lado que há  vontade de dar continuidade às prospecções, mas admite algumas dificuldades. “Não queremos que a arqueologia impeça a vivência da praça [largo D. Pedro I]”, lembrando, ao mesmo tempo,  que daqui por alguns meses  se realiza mais uma edição do Festival Med.

Por isso mesmo, explica, após registo e estudo, estes vestígios do passado islâmico  voltarão  a ficar longe da vista. “Não nos choca que seja reenterrado [o complexo balnear], porque está muito frágil e precisa de ser consolidado”.  Entretanto, a  caixa de águas pluviais que foi metida dentro da estrutura vai ser desviada para outro local, por forma a não comprometer os vestígios arqueológicos.

Futuramente, a Câmara de Loulé pretende integrar os banhos islâmicos na lista de estruturas do mesmo género existentes na Península Ibérica, nomeadamente em Granada. Nesse sentido, diz a chefe de divisão de Cultura, está em estudo um plano para “envolver e repensar toda a zona histórica”. O próximo Quadro Comunitário de Apoio é visto como um instrumento que pode apoiar a concretização de um programa integrado de reabilitação e valorização do centro histórico que, como sucede em outras  cidades, perdeu habitantes e caminha para a degradação.

Fonte: Idálio Revez. 23.01.2014. Público: http://www.publico.pt/local/noticia/complexo-de-banhos-islamicos-unico-em-portugal-descoberto-em-loule-1620751

 

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por noticiasdearqueologia às 13:09

Quarta-feira, 29.01.14

Ponte da Barca: apresenta monografia 'Lindoso, uma paisagem com história' da autoria de Luís Fontes

No âmbito das comemorações dos 500 anos do Foral de Lindoso que se assinalam a 5 de Outubro do corrente ano, vai ter lugar no próximo dia 24 de Janeiro, pelas 21h00, na Porta de Lindoso do Parque Nacional da Peneda Gerês, a presentação da Monografia “'Lindoso, uma paisagem com história” da autoria de Luís Fontes.
Nesta obra, que resulta do trabalho de investigação feito por este docente em Arqueologia na Universidade do Minho, é possível conhecer a evolução do povoamento naquele território ao longo do tempo. A sua edição contou com o apoio da Junta de Freguesia de Lindoso e do Município de Ponte da Barca e representa para Vassalo Abreu, Presidente da Câmara “uma obra essencial na compreensão da ocupação deste território fronteiriço que em tempos foi também concelho”.
Luís Fontes é arqueólogo da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho desde 1987 e docente naquela instituição de ensino superior. Ocupa ainda lugar como investigador do Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» - CITCEM.
É autor de quase de uma centena de artigos de referência científica, sobretudo de arqueologia medieval e do povoamento.
No seu currículo conta ainda com a direcção de uma série de trabalhos arqueológicos no Norte de Portugal, associados à arqueologia monástica, arqueologia da paisagem e arqueologia urbana, sobretudo na cidade de Braga; de inventários de património; de estudos de arquitectura e de projetos museológicos e interpretativos.
A sua dissertação de doutoramento - 'Paisagem e Arqueologia de um Espaço Serrano - O Termo de Lindoso, Ponte da Barca' - debruçou-se sobre a análise do povoamento em Lindoso. Os dados e as principais conclusões foram compilados na monografia que agora se apresenta.
Fonte: 20.01.2014. Correio do Minho/Nota do Gabinete de Comunicação da C.M. Ponte da Barca: http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=75572

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por noticiasdearqueologia às 13:01

Quarta-feira, 29.01.14

Arpão com 35 mil anos descoberto em Timor

Uma equipa de arqueólogos liderada pela australiana Sue O'Connor encontrou em Timor um arpão com 35 mil anos, noticiou a edição de janeiro do Jornal da Evolução Humana.

"O artefacto, talhado a partir de um osso, é notável pelo seu 'design', a sua complexidade sugere que os humanos na região faziam armas sofisticadas mais cedo do que o que se acreditava", refere a notícia, acrescentando que aqueles arpões serviam para se pescar peixes grandes em barcos.

Segundo a notícia, a "noção de que os nossos antecessores estavam equipados para fazer refeições de animais marinhos há 35 mil anos não é surpreendente".

Fonte: 23.01.2014. Destak/Lusa:http://www.destak.pt/artigo/185065-arpao-com-35-mil-anos-descoberto-em-timor

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por noticiasdearqueologia às 12:59

Quarta-feira, 15.01.14

Arqueólogos descobrem tumba de faraó que reinou no Egito há 3.800 anos

Sarcófago do soberano Sobekhotep Ier,  faraó da 13ª dinastia do Antigo Egito, pesa mais de 600 toneladas Foto: AFP 

Sarcófago do soberano Sobekhotep Ier, faraó da 13ª dinastia do Antigo Egito, pesa mais de 600 toneladas Foto: AFP

 

Uma equipe de arqueólogos americanos identificou uma tumba de 3.800 anos como sendo a de Sobekhotep Ier, um faraó da 13ª dinastia do Antigo Egito, indicou nesta segunda-feira o ministério egípcio das Antiguidades. 

Esta descoberta, realizada na localidade de Sohag (sul), é importante, já que os especialistas pouco sabiam sobre este faraó que "governou o Egito durante quatro anos e meio, o reinado mais longo da época", declarou uma autoridade do ministério, Ayman El-Damarani.

A equipe americana da Universidade da Pensilvânia descobriu há um ano o imponente sarcófago do soberano, que pesa mais de 600 toneladas.

Contudo, os arqueólogos só o identificaram há uma semana, após a descoberta de uma inscrição com o seu nome e o representando sentado no trono.

Urnas funerárias e objetos pertencentes ao faraó também foram encontrados no local.

Fonte: 06.01.2014. Terra.com: http://noticias.terra.com.br/ciencia/arqueologos-descobrem-tumba-de-farao-que-reinou-no-egito-ha-3800-anos,1af5681c2c253410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

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por noticiasdearqueologia às 13:31

Quarta-feira, 15.01.14

O rosto do homem de Stonehenge

O esqueleto de 5500 mil anos foi reconstituído por um escultor - e o resultado é impressionante

 

Sim, isso é uma escultura (e a base para ela está ao fundo da foto) (Foto: Divulgação)

 

Ao visitar o centro de exibições de Stonehenge, você vai se deparar com um sujeito de 5500 anos olhando em seus olhos. Ou quase. É que o famoso esqueleto do "Homem de Stonehenge", encontrado no sítio arqueológico pelos idos de 1860, foi reconstituído - e, agora, podemos ver como era o seu rosto.

O trabalho foi feito pelo escultor sueco Oscar Nilsson, que usou informações sobre os ossos faciais e dentes do esqueleto para criar uma face compatível. O comprimento dos ossos e dos dentes, que dão ao homem uma estimativa de idade entre 25 e 40 anos, foram usados para determinar as marcas de sua pele e a definição dos músculos.

Fonte: Luciana Galastri (09/01/2014) Revista Galileu: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Arqueologia/noticia/2014/01/o-rosto-do-homem-de-stonehenge.html

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por noticiasdearqueologia às 13:25

Quarta-feira, 15.01.14

Memória e intervenção: a propósito dos 150 anos da Associação dos Arqueólogos Portugueses (1863-2013)

Fundada em 22 de Novembro de 1863, por Possidónio da Silva, ao longo deste século e meio de existência, a Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP) foi evoluindo, de forma a corresponder às mudanças ocorridas neste período de grandes transformações económicas, sociais e políticas.

Em meados do século XIX, numa altura em que o património histórico, artístico e arqueológico do país se encontrava num desolador estado de abandono, após décadas de instabilidade, provocada pela Guerra Peninsular e pela Guerra Civil que se seguiu, esta associação cedo se transformou na primeira associação de defesa do património do país, conseguindo obter o apoio da Casa Real e das personalidades mais destacadas do regime liberal para a salvaguarda do património cultural em risco, num altura em que o Estado não dispunha ainda de nenhuma estrutura capaz de o acautelar.

Na sua fase inicial, uma das mais importantes contribuições da AAP para a causa pública foi a elaboração das primeiras listas de edifícios a proteger e a classificar como Monumentos Nacionais, e o salvamento de importantes obras de arte em risco de destruição, constituindo com elas o que é hoje o mais antigo museu de História de Arte e Arqueologia do país, instalado num monumento de elevado valor histórico, artístico e simbólico, as ruínas da antiga Igreja do Carmo, que resgatou de uma utilização indigna, como estrumeira da então Guarda Municipal.

Com o advento da I República, a AAP perdeu, é certo, o título de “Real” que lhe havia sido concedido pelo Rei D. Luiz, mas ganhou prestígio suficiente para congregar um grupo de arquitectos, arqueólogos, historiadores de arte e outros cidadãos ilustres como Rosendo Carvalheira, José Pessanha, Adães Bermudes, Gustavo de Matos Sequeira, José Queiroz e dezenas de outros, espalhados pelo país, através dos quais foi definida e posta em prática pela República uma política coerente de defesa e valorização do património da nação, através das Comissões dos Monumentos.

O golpe militar do 28 de Maio de 1926, a criação da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais em 1929, e a instauração do Estado Novo, em 1933, afastaram a AAP do processo decisório referente à gestão dos monumentos do país, que passou a ser efectuada pela DGEMN, e remeteram-na para funções de investigação e de consultoria arqueológica e histórica e de comemoração de efemérides passadas.

Com a chamada “Primavera Marcelista”, a AAP começou a despertar para uma nova vida, depois de um longo período de letargia, sob a dinâmica introduzida pelo prof. Fernando de Almeida, abrindo as portas da AAP às novas gerações de arqueólogos.

A revolução do 25 de Abril e a restauração do regime democrático trouxe de novo a AAP para o centro da actividade arqueológica, tornando-a num local de debate dos problemas do sector, e de apresentação dos resultados das investigações arqueológicas que começaram a proliferar por todo o país, em jornadas, colóquios e em sessões normais de trabalho das suas secções especializadas, sendo publicados com regularidade.

A liderança da luta pela defesa do complexo de Arte Rupestre do Côa, em 1994, reforçou o seu antigo prestígio e espírito de militância, que utilizou, logo no ano seguinte, em defesa da sua própria sede, o edifício histórico do Carmo, ameaçado pela construção de novas linhas do Metropolitano de Lisboa. Conseguiu-se assim, com o apoio da imprensa e da opinião pública, que fossem tomadas pelas entidades responsáveis todas as medidas necessárias à preservação e consolidação daquele monumento nacional, e à remontagem do museu nele instalado desde 1864.

Nas últimas duas décadas, a AAP tem prosseguido com firmeza e independência a sua missão de promotora da investigação arqueológica e da defesa, valorização e divulgação do património do país, através do diálogo com as entidades oficiais responsáveis pela sua gestão, da organização de reuniões científicas para apresentação dos resultados de investigações em curso, da realização de uma série de actividades destinadas a vários tipos de públicos, e da dinamização do Museu Arqueológico do Carmo (MAC), completamente renovado e reaberto ao público em 2001.

O vasto programa de comemorações que se desenvolveu ao longo de todo o ano de 2013 inclui a exposição Memória e Intervenção – 150 Anos da Associação dos Arqueólogos Portugueses, que estará patente na Biblioteca Nacional de Portugal, Campo Grande, Lisboa, até 31 de Janeiro de 2014, e na qual se procura apresentar a forma como esta associação e o seu museu foram evoluindo ao longo de século e meio de intervenção na sociedade, e o modo como encara a sua acção no futuro.

Uma das actividades mais importantes integradas nas comemorações foi, porém, oI Congresso da Associação dos Arqueólogos Portugueses, sem dúvida a maior reunião científica até agora realizada em Portugal no domínio da Arqueologia: foram apresentadas cerca de 150 comunicações e posters, da autoria de 260 arqueólogos de todo o país, abordando uma enorme diversidade de temas, demonstrando a vitalidade da Arqueologia em Portugal, a capacidade de mobilização da AAP, a relevância desta actividade científica e cultural, o seu elevado valor identitário e económico, e a sua potencial contribuição para o desenvolvimento sustentável do país, na actual conjuntura.

Fonte: J. M. Arnaud (18.12.2013) Publico: http://www.publico.pt/cultura/noticia/memoria-e-intervencao-a-proposito-dos-150-anos-da-associacao-dos-arqueologos-portugueses-18632013-1616649

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por noticiasdearqueologia às 13:21

Quarta-feira, 15.01.14

Arqueologia na Bahia - pinturas rupestres

 

Lagoa da Velha: pinturas rupestres agora examinadas

Lagoa da Velha: pinturas rupestres agora examinadas

 

Por meio de escavação iniciada em novembro 
do ano passado no 
sítio arqueológico 
Lagoa da Velha, no município de Morro do Chapéu, na Bahia, arqueólogos e antropólogos esperam entender melhor 
como viviam os habitantes daquela região há milhares de anos. As escavações integram um programa de pesquisa e manejo 
de sítios de arte rupestre da Chapada Diamantina, realizado pelo Instituto do Patrimônio Artístico 
e Cultural em parceria com o Departamento 
de Antropologia da Universidade Federal da Bahia. Originária de bacia sedimentar, com 1,6 bilhão de anos, a Chapada Diamantina 
é uma das mais ricas regiões do Brasil em cavernas, pinturas rupestres e fósseis animais e vegetais. 
Na primeira etapa 
do projeto, os pesquisadores mapearam 67 sítios de pinturas rupestres, onde encontraram objetos lascados que podem dar novas pistas sobre os hábitos dos povos antigos daquela região. A segunda etapa, lançada em julho do 
ano passado, prevê, além das escavações, 
a identificação e o estudo das pinturas 
e gravuras rupestres encontradas. 
O sítio de Lagoa 
da Velha faz parte 
da mesma formação geológica que abriga 
a serra das Paridas, 
em Lençóis, onde os pesquisadores já haviam encontrado pinturas rupestres de animais, vegetais, formas geométricas e humanas, feitas com pigmentos vermelhos e amarelos.

Fonte: (13-01-2014) fapesp: http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/01/13/arqueologia-na-bahia/

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por noticiasdearqueologia às 13:15

Segunda-feira, 13.01.14

Crescimento da arqueologia brasileira esbarra na falta de profissionais e de infraestrutura

Rio de Janeiro – A arqueologia brasileira cresceu e apareceu em 2013. São dezenas de sítios arqueológicos descobertos pelo país e centenas de milhares de artefatos sendo recompostos e estudados. Somente no Rio de Janeiro, foram encontradas mais de 200 mil peças da época do Império, várias intactas, na antiga Estação da Leopoldina, no centro, um trecho da Estrada Real do início do século 18, no centro-sul fluminense. Milhares de objetos do século 19 estão em processo de estudo após sua descoberta no Cais do Valongo, zona portuária, local onde embarcaram mais de 1 milhão de escravos africanos e que concorre ao status de patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Se por um lado o crescimento e a valorização da prática foram bem-vindos pelos arqueólogos, o aumento vertiginoso da demanda por profissionais, por fiscalização e por locais adequados ao armazenamento das relíquias é motivo de apreensão para a categoria.

Para o responsável pela pesquisa arqueológica na Leopoldina, Cláudio Prado de Mello, a falta de investimento por parte do poder público na infraestrutura e na contratação de pessoal põem em risco a integridade de centenas de milhares de objetos que não apenas fazem parte da história do país como também podem ajudar a sociedade a entender melhor o seu passado.

“Os arqueólogos estão escavando, mas não há onde guardar [as peças]. Tem material jogado. É uma questão física, não há espaço. Os museus não têm verbas, os funcionários ganham pouco, a fiscalização e a regulamentação da prática são frouxas”, critica Prado de Mello. “Nos países de primeiro mundo, os museus investem em reformas, ampliam seus espaços. Aqui, ninguém se responsabiliza pelo material”.

O Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (Ipharj), do qual ele faz parte, pretende credenciar-se junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para se responsabilizar pela guarda e estudo do material encontrado na Leopoldina. “O que é um absurdo, pois acaba transferindo o que deveria ser do Estado para as instituições privadas”.

Apesar das críticas, Prado de Mello acha que 2013 foi um ano muito positivo para a arqueologia em relação ao aumento da conscientização da população a repeito da importância de se preservar o patrimônio histórico.

“A população, de forma geral, está respeitando muito o trabalho da arqueologia. A sociedade está se mobilizando para salvar patrimônios como o Museu do Índio, por exemplo [no Rio de Janeiro]. Na Leopoldina, havia uma pressão para se destruir tudo, mas conseguimos preservar este sítio com o apoio da sociedade”, explica.

“Devido à Copa e às Olimpíadas, a cidade [Rio] está sendo escavada toda, então é muito importante que, além da sociedade, o poder público também tenha consciência da importância dos sítios e achados arqueológicos”, completou.

O arqueólogo Eduardo Neves, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP), ponderou que o desafio do setor no Brasil é equiparar a quantidade das pesquisas à qualidade dos trabalhos. “Esse crescimento é bom, mas gera uma série de problemas. Não temos um bom controle de qualidade das pesquisas que estão sendo feitas, estamos produzindo muitos acervos que estão sendo guardados em locais pouco adequados”, lamenta.

Neves considera boa a lei referente ao patrimônio arqueológico, mas lamenta que o seu cumprimento não está se convertendo de fato em produção de conhecimento de melhor qualidade. “Falta planejamento nessas grandes obras, nos levantamentos preliminares, a arqueologia chega no final do segundo tempo e não dá para fazer algo de qualidade”, completa.

A diretora do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), Rosana Najjar, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) destaca que a meta do órgão para 2014 é justamente enfrentar o problema da falta de locais adequados de armazenamento e da falta de diagnóstico das coleções.

“Em abril receberemos 80 novos arqueólogos que nos darão fôlego para a fiscalização e, neste ano, já conseguimos estabelecer um ritmo bom com maior qualidade nas autorizações. Além disso, estamos conseguindo abrir diálogo e estreitar as relações e os entes dos licenciamentos: empreendedores, órgãos de licenciamento e pesquisadores”, diz.

Rosana ressaltou que o Iphan pretende visitar cada instituição com acervos, pelo menos uma vez, até o fim do ano que vem. “Faremos uma grande vistoria e depois um diagnóstico e um plano com regras para análise, conservação e guarda da coleção. Em seguida, daremos um prazo para que as instituições se adequem”.

O CNA é responsável pela autorização e permissão de todas as pesquisas arqueológicas no país, seu acompanhamento e fiscalização, além da implementação de ações de socialização do patrimônio arqueológico. Até a segunda semana de dezembro, segundo Rosana, houve 1.361 pesquisas autorizadas, quase o dobro do ano passado.

Cerca de 95% das pesquisas feitas são de contrato, quando há exigência de arqueólogos em obras de impacto ambiental, como rodovias e hidrelétricas. Para atender a essa demanda, o órgão tem cerca de 40 arqueólogos distribuídos entre 27 superintendências.

Fonte: Flávia Villela. (01.Jan.2014). Agência Brasil : http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-01/crescimento-da-arqueologia-brasileira-esbarra-na-falta-de-profissionais-e-de-infraestrutura

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por noticiasdearqueologia às 13:58

Terça-feira, 07.01.14

Arqueologia: Neandertais praticavam incesto e sexo interespécies

Reprodução de família de Neandertais (Foto: Jaroslav A. Polák/Flickr/Creative Commons)

(foto:Jaroslav A. Polák/Flickr/CreativeCommons)

 

Cientistas e antropólogos da Universidade de Berkeley, na Califórnia, concluíram o mais completo e detalhado sequenciamento de DNA do Homem de Neandertal e descobriram que os primeiros Homo Sapiens, os Neandertais, os Denisovans (um terceiro grupo, uma subespécie do humano que conhecemos hoje) e um quarto grupo de hominídeos costumavam se reproduzir entre si - ou seja, a reprodução interespécies era bem comum. Além disso, a análise revelou que os Neandertais costumavam se reproduzir com familiares.

A sequência de DNA analisada vem do osso do dedão do pé de uma mulher Neandertal que viveu há cerca de 50 mil anos. Ela, inclusive, era filha de um homem e uma mulher que eram parentes - possivelmente meio irmãos que dividiam a mesma mãe, ou eram tio e sobrinha, avô e neta.

O genoma foi comparado com o DNA dos humanos modernos, dos Denisovans e de uma quarta espécie hominídea, ainda misteriosa, descoberta recentemente por cientistas. A pesquisa estima que entre 1,5% e 2% dos DNA modernos de humanos não-Africanos possam ser conectados aos Neandertais.

Com a comparação, os cientistas descobriram que os Neandertais e os Denisovans eram bem próximos geneticamente, e que seu ancestral comum se separou do dos ancestrais dos humanos modernos cerca de 400 mil anos atrás. O estudo constatou que pelo menos 87 genes específicos dos humanos hoje são bem diferentes dos genes correspondentes nos Neandertais e Denisovans - e aí pode residir a explicação sobre o fato de nós termos permanecido no planeta e eles terem sido extintos.

Fonte: (19 Dez 2013). Revista Galileu: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Arqueologia/noticia/2013/12/neandertais-praticavam-incesto-e-sexo-interespecies.html

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por noticiasdearqueologia às 13:17

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