Quarta-feira, 15.05.13
A Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) revelou a descoberta de uma enorme pedreira da época do Segundo Templo, possivelmente da época de Jesus, além de uma chave, picaretas e cunhas de separação estão entre os artefatos descobertos.
O material tem mais de 2.000 anos e, segundo Irina Zilberbod, diretora de escavação da Autoridade de Antiguidades “Algumas dessas pedras tem mais de 2 metros de altura. As pedras gigantescas provavelmente foram cortadas para a construção dos magníficos edifícios da cidade”.
Algumas das pedras enormes pesam provavelmente centenas de toneladas, segundo os pesquisadores. No total, a equipe descobriu uma área de cerca de 3.500 metros quadrados, onde estariam as antigas pedreiras. Numa escavação similar, em 2007, os cientistas do AAI haviam descoberto outra pedreira datada do período do Segundo Templo. As pedras desta pedreira, teriam sido usadas pelo rei Herodes na reforma do templo edificado por ele e outros edifícios monumentais.
Os pesquisadores descobriram agora uma estrada datada do primeiro século ao lado da pedreira, que pode ter sido utilizada para transportar as grandes pedras. Eles acreditam que eram necessários muitos bois e troncos de árvore para deslocá-las.
Para Zilberbod a descoberta mostra que os bairros do norte da moderna cidade de Jerusalém estão edificados sobre a “cidade das pedreiras”, típica da época do Segundo Templo. Isso desfaz mais uma vez as tentativas dos muçulmanos de questionar a existência e a localização do Templo de Salomão, reconstruído pelos romanos e que era o centro de adoração judaica. No local, hoje existe a mesquita conhecida como Domo da Rocha, e a presença de judeus ali é proibida. Os ortodoxos defendem a reconstrução do templo naquele local, mas o espaço é disputado por islâmicos e judeus há séculos.
Fonte: (11.Mai.2013). Gospel Prime/Fox News.http://noticias.gospelprime.com.br/pedreira-segundo-templo-arqueologia/
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por noticiasdearqueologia às 21:29
Quarta-feira, 15.05.13
O arqueólogo responsável pelas escavações no topo de uma arriba da praia de santa Eulália, em Albufeira, admite ter descoberto um cemitério da época medieval, por ali ter sido encontrado um esqueleto praticamente completo.
O esqueleto, que deverá remontar aos séculos XV ou XVI, estava enterrado numa zona que o arqueólogo acredita ser um cemitério que existia em torno da Ermida de Santa Eulália, igreja com referências históricas, mas cuja localização é uma incógnita.
"Acreditamos que estamos numa zona em torno da ermida que, possivelmente, até poderia estar no lado do mar e ter desaparecido, ou então mais no interior desta elevação", disse Luís Campos Paulo à agência Lusa.
Esta não é a primeira vez que são descobertas ossadas naquele local, mas normalmente estão posicionadas de norte para sul e não de nascente para poente, como este último esqueleto, embora ambas as orientações estejam conotadas com o cristianismo.
O esqueleto, que se supõe ser de um homem e cujos braços estavam posicionados sobre a zona abdominal, vai agora ser retirado do topo da arriba e analisado pelos arqueólogos, que têm de concluir os trabalhos no terreno “em tempo recorde”.
A necessidade de rapidez no trabalho deve-se ao facto de, simultaneamente às escavações, estar a decorrer uma operação urgente de estabilização daquela arriba, promovida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), face ao agravamento do risco de derrocada causado pelos temporais de inverno.
Devido à presença daqueles vestígios, a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve - departamento da APA responsável pelos trabalhos -, decidiu reduzir ao mínimo o saneamento, fazendo uma proteção na base da arriba.
Segundo disse à Lusa o diretor regional da APA, Sebastião Teixeira, os primeiros metros da arriba estão "condenados" ao desaparecimento, uma vez que não é possível dar estabilidade a uma arriba sem cortá-la na crista.
"O que nós esperamos é recolher o máximo de informação possível da área que irá ser afetada pela obra e que poderá vir a ser perdida com o saneamento desta arriba", referiu o arqueólogo da Câmara Municipal de Albufeira.
Além do suposto cemitério medieval, foram descobertos no topo da arriba vestígios de um complexo fabril do período romano usado para a salga de peixe e onde se confecionava o "garum", produto feito à base de vísceras de peixe muito apreciado na época e exportado para outros países.
A descoberta, que remonta a 2004, quando a equipa de arqueólogos do município realizou sondagens de diagnóstico naquela área, já permitiu a recolha de várias peças pertencentes a vasilhas, taças, cântaros ou ânforas, estas últimas do período romano.
O espólio e toda a informação recolhida (levantamentos topográficos, desenhos e fotografias) vão ser transportados para o Museu Municipal de Albufeira, concluiu Luís Campos Paulo.
A equipa de arqueólogos terá cerca de um mês para concluir os trabalhos, que decorrem em simultâneo com as intervenções para a consolidação da arriba.
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por noticiasdearqueologia às 21:19
Quarta-feira, 15.05.13
foto Mariana Bazo/Reuters
O lago Titicaca, a 4 mil metros de altitude na Cordilheira dos Andes, entre a Bolívia e o Peru, esconde restos de civilizações com mais de 2 mil anos, que um inovador projeto de arqueologia subaquática pretende revelar.
"É o primeiro projeto de escavação subaquática" na Bolívia, disse à EFE o investigador belga Christophe Delaere, diretor do projeto "Huinaimarca", promovido pelo Ministério da Cultura da Bolívia e pela Universidade Livre de Bruxelas (ULB), para investigar inúmeros locais da costa colombiana, especialmente a cultura pré-Inca Tiwanaku, que estão atualmente sob a água.
O projeto, previsto para três anos e desenvolvido em conjunto por especialistas de ambas as instituições, foi lançado em Abril de 2012 com levantamentos geofísicos.
Em fevereiro os primeiros mergulhos permitiram localizar e identificar seis sítios arqueológicos subaquáticos na parte inferior do lago Titicaca, na Bolívia.
Delaere disse à EFE que "há quase 600 quilómetros quadrados de território de cultura Tiwanaku na água" e que estas escavações já permitiram encontrar muros domésticos, estruturas cerimoniais e modelos de terraços agrícolas.
Espera-se que a terceira fase do projeto, que será decisiva para o futuro da investigação, comece em junho e julho, altura em que a equipa pretende usar sofisticadas técnicas arqueológicas subaquáticas, com a ajuda de vinte arqueólogos da Bélgica, Bolívia, Peru, Espanha, França e Itália, a maioria deles mergulhadores científicos especializados em arqueologia subaquática.
Fonte: (11.Mai.2013). Jornal de Notícias: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=3214495#_page0
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por noticiasdearqueologia às 21:09
Quarta-feira, 15.05.13
São mais de dois milénios de história deitados abaixo para a construção de uma estrada. Um empreiteiro precisava de pedra para a execução da infraestrutura e extraiu-a de uma das maiores pirâmides Maias de Belize, na América do sul.
A povoação Maia de Nohmul, local onde o monumento está situado, fica em terreno particular, mas a lei do país prevê a proteção do Estado a qualquer vestígio arqueológico pré-hispânico.
Para os arqueólogos a situação é dramática: “Ter de ver as imagens da destruição em Nohmul é, em muitos aspetos, provavelmente, um dos piores golpes que já senti, filosófica e profissionalmente, o que aconteceu tem tanto de deplorável como de imperdoável”, afirma Jaime Awe, Responsável pelo Instituto de Arqueologia de Belize.
Para as autoridades, o empreiteiro não podia confundir a pirâmide, que se destaca na paisagem, com uma rocha de origem natural. A polícia está a vigiar o local e a investigar o incidente.
Fonte (15 Mai 2013). Euronews. http://pt.euronews.com/2013/05/15/belize-empreiteiro-destroi-piramide-milenar-para-construir-estrada/
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por noticiasdearqueologia às 21:01