Os trabalhos vão envolver uma equipa de 12 pessoas, entre arqueólogos e estudantes, e surgem no âmbito de um projecto de investigação desenvolvido pelo Centro de Arqueologia de Arouca, que irá decorrer nos próximos quatro anos na bacia do rio Antuã.
O primeiro sítio a ser intervencionado é o castro de Salreu, um tipo de povoado da Idade do Ferro, que já estava referenciado desde há alguns anos, contou à Lusa o coordenador do projeto, António Silva.
“Havia uma série de indícios que confirmavam o sítio como um local de interesse arqueológico, nomeadamente alguns achados de superfície, a própria topografia e o topónimo castro”, acrescentou o arqueólogo.
Com estas pesquisas, pretende-se efectuar uma primeira avaliação do local no que respeita ao estado de conservação dos vestígios, estrutura do povoado e cronologia da sua ocupação.
“Vamos ver que estruturas é que estão conservadas, que tipos de materiais aparecem e ver o potencial do sítio, quer em termos de investigação quer em termos de musealização”, adiantou António Silva.
Os trabalhos financiados pela Câmara de Estarreja envolvem um investimento de dez mil euros e contam com a colaboração da Junta de Freguesia de Salreu e da Fundação Solheiro Madureira.
O projeto abrange ainda outros sítios arqueológicos da região, designadamente o castro de Ul, em Oliveira de Azeméis, e o povoado de S. Julião da Branca, em Albergaria-a-Velha.
Os resultados serão apresentados nas II Jornadas do Património de Estarreja a realizar a 23 de setembro.
O Centro de Arqueologia de Arouca é uma associação de investigação e defesa do património que desde há mais de 25 anos realiza trabalhos arqueológicos por todo o Entre Douro e Vouga.
Fonte: (25 Jul 2011). Lusa/Público: http://www.publico.pt/Local/castro-de-sa