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O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...
Uma das maiores necrópoles do período Islâmico em Portugal foi descoberta em Beja, nas obras de modernização da Escola Secundária Diogo de Gouveia, tendo já sido encontrados 250 esqueletos, revelou hoje a coordenadora dos trabalhos arqueológicos.
«Esta necrópole é, certamente, uma das maiores encontradas no país», garantiu à Agência Lusa Raquel Santos, que coordena a equipa da Neoépica, empresa que está a efetuar a arqueologia preventiva associada às obras.
Os trabalhos decorrem desde novembro de 2009 e a necrópole tem estado a ser escavada pelos arqueólogos, no âmbito das obras de modernização da Escola Secundária Diogo de Gouveia (Liceu de Beja), a cargo da Parque Escolar.
Fonte: 10 Fev 2011). Diário Digital / Lusa: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?se
Na semana da Bolsa de Turismo de Lisboa e na fase inicial do programa de desenvolvimento do eixo da Romanização que liga Conímbriga, Rabaçal, Santiago da Guarda ao Fórum Romano de Tomar, promovido pela Associação de Desenvolvimento Local Terras de Sicó, é pertinente falar de estratégias para os territórios de baixa densidade demográfica.
O programa de Valorização de Recursos Endógenos (PROVERE) em causa, parte da valorização do património arqueológico Romano, junta os municípios de Condeixa, Penela, Ansião, Alvaiázere, Soure, Ansião e Tomar, vários investidores privados na área da hotelaria, turismo e fileira agro-alimentar, o sistema científico nas áreas da arqueologia com vista a fazer a prospecção de novos sítios romanos neste eixo, estruturando uma nova marca turística de dimensão nacional e internacional.
Esta rede de parceiros que visa a valorização do território e o aumento do fluxo de turistas e visitantes irá permitir investimentos públicos de valorização dos espaços envolventes aos sítios arqueológicos, como é o caso de Santiago da Guarda e Rabaçal, a construção de um espaço museológico dedicado ao Fórum Romano, em Tomar e, ainda, um centro de informação e de eventos em Condeixa-a-Nova, permitindo uma nova frente de relacionamento com o Museu de Conímbriga, assumindo-se como porta de entrada deste novo eixo territorial da Região Centro.
Em Conímbriga, tendo arrancado as expropriações para se poder iniciar o programa de escavações do anfiteatro romano, objectivo essencial à ambição de uma nova dinâmica do espaço, espera-se que o Ministério da Cultura e o Instituto de Museus e Conservação, bem como o Programa Operacional de Valorização do Território encontrem as soluções necessárias para alavancar financeiramente este projecto âncora para a região Centro.
Num tempo em que a execução do QREN é baixa e que a tendência será perder-se selectividade nas candidaturas, seria muito mau que os bons projectos de investimento de proximidade integrados em estratégias de eficiência colectiva, fossem perdidos por falta de comparticipação nacional do Estado.
A estes projectos públicos juntam-se outros de origem privada, como é bom exemplo o Hotel Duecitânea, na antiga fábrica de papel da Ponte do Espinhal, junto ao Rio Dueça. Trata-se de um hotel de charme cuja decoração e conceito se baseiam na cultura da Romanização, tornando-o assim num espaço de qualidade diferenciadora.
Se juntarmos a este eixo temático, a gastronomia típica destas Serras de Sicó, poder-se-á encontrar novo fôlego para desenvolver a produção do queijo tradicional do Rabaçal e valorizar o azeite de Sicó, atraindo jovens que pretendam investir nestas fileiras cujo problema não é a comercialização mas a diminuta produção.
Ao longo da Estrada Romana que ligava Olissipo a Bracara Augusta, no tempo em que estes Vales e Serras eram o eixo principal de circulação, vai assim desenhar-se uma nova marca, um novo produto, novos investimentos privados, valorização de espaços públicos, tudo numa perspectiva integrada que merece ser olhada como exemplo, por quem decide.
Depois de mobilizar dezenas de actores para esta estratégia de valorização do Eixo Romano, é justo e essencial que Conímbriga seja apoiada pelo Estado Central e ganhe nova vida, até porque, tratando-se de um pequeno investimento, o retorno está garantido pela capacidade de risco de vários agentes privados e do esforço dos municípios envolvidos.
Fonte: (26 Fev 2011). Diário as Beiras: http://www.asbeiras.pt/2011/02/romanizac
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