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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

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Quarta-feira, 27.10.10

BRASIL: Atividade agrícola em sítio arqueológico de Rondônia pode chegar a 8.000 anos


"Se não era agricultura propriamente dita, eles, no mínimo, estavam fazendo um manejo intenso dos recursos vegetais



O sítio arqueológico conhecido como Garbin não existe mais. Tragado pelas obras da Usina Hidrelétrica Santo Antônio em Rondônia, em seu lugar ficará o vertedouro da barragem -- uma espécie de válvula de escape da usina.

Antes que o sítio sumisse, porém, arqueólogos desenterraram ali sedimentos e artefatos que podem indicar que a agricultura na Amazônia foi "inventada" há uns 7.700 anos -- uma das datas mais antigas do continente, e a mais velha do Brasil.


 
Arqueólogo Eduardo Bespalez mostra pedaço de cerâmica decorada que acaba de ser desenterrado na ilha do Japó
Arqueólogo Eduardo Bespalez mostra pedaço de cerâmica decorada que acaba de ser desenterrado na ilha do Japó.

A pista de que a técnica foi dominada em época tão remota é indireta, mas forte. Trata-se da chamada terra preta, solo rico em matéria orgânica que, até onde se sabe, só surge com o acúmulo constante de dejetos de origem animal e vegetal, característico do uso intensivo desses recursos."Se não era agricultura propriamente dita, eles, no mínimo, estavam fazendo um manejo intenso dos recursos vegetais", diz o arqueólogo Renato Kipnis, sócio da empresa Scientia Consultoria Científica e um dos coordenadores do trabalho.RESGATEKipnis e seus colegas andam zanzando para cima e para baixo da BR-364, perto de Porto Velho, desde 2008. Por lei, as compensações ligadas a uma usina do porte da de Santo Antônio, no rio Madeira, exigem o resgate de possíveis bens de interesse arqueológico que apareçam na construção. A empresa do arqueólogo venceu a licitação para fazer o serviço."Imagine só quando percebemos que os principais sítios estavam bem no canteiro da obra", brinca Ricardo Márcio Martins Alves, gerente de sustentabilidade da Santo Antônio Energia. "Mas logo conseguimos nos organizar para que o trabalho dos arqueólogos fosse feito."A equipe da Scientia descobriu que, em paralelo com a rodovia moderna, corria uma hidrovia pré-histórica. A calha do Madeira na região está coalhada de sítios, que abrangem ambas as margens do rio e também as ilhas e pedrais (rochas de corredeiras) no meio do leito. Há gravuras rupestres, cerâmica decorada, artefatos de pedra e terra preta para dar e vender."O incomum é que no sítio Garbin havia terra preta associada a artefatos de pedra, e não a cerâmica", diz a arqueóloga gaúcha Silvana Zuse, que integra a equipe.Vasculhar esses instrumentos em busca de restos vegetais microscópicos pode indicar o que, afinal, os moradores do Garbin cultivavam. A aposta mais óbvia: mandioca, a lavoura amazônica por excelência."É chato saber que vários sítios vão sumir. Mas, se não fosse pela obra, dificilmente teríamos tanta verba para trabalhar aqui", diz a geóloga Michelle Mayumi Tizuka.

Fonte: REINALDO JOSÉ LOPES - 24 OUt 2010. Rondoniadinâmica.com: http://rondoniadinamica.com/ler.php?id=20288&edi=1&sub=7



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por noticiasdearqueologia às 13:18

Quarta-feira, 27.10.10

LÍBANO: Novas descobertas são feitas na necrópole romano-bizantina de Tiro



Um esqueleto da era Romana foi encontrado em uma tumba durante as excavações arqueológica.


 



Esqueletos, sarcófagos e cerâmicas datando da época romana e bizantina foram descobertos perto da necrópole da antiga cidade de Tiro, no sul do Líbano, anunciou o responsável pelas escavações nesta quinta-feira à AFP.


"As novas descobertas fazem parte da necrópole do sítio de Al Bass", na periferia da cidade portuária, informou Ali Badaoui, arqueólogo e responsável do Ministério libanês da Cultura pelos vestígios em Tiro (85 km ao sul de Beirute).


Cerca de 50 esqueletos de crianças, de mulheres e de homens, sarcófagos, jarros e cerâmicas remontando a estas duas épocas foram descobertos por uma equipe libanesa, a centenas de metros da necrópole, famosa por seus sarcófagos e mosaicos.


"Os esqueletos da época romana são reconhecíveis já que foram enterrados na areia; quanto aos sarcófagos, remontam da época bizantina", explicou Badaoui.


As escavações, iniciadas há dois meses, foram conduzidas a pedido do Departamento de Antiguidades ligado ao Ministério da Cultura ante um pedido de construção no local.


"Foi realmente uma surpresa, não esperávamos isto por causa da pouca areia acumulada no lugar", disse Badaoui.


"A descoberta forneceu novas informações sobre a geografia da cidade antiga, bem como sobre os hábitos sociais das diferentes épocas", acrescentou o arqueólogo.


Tiro (Sul, em árabe) era a principal cidade-estado do território da Fenícia, que corresponde ao atual Líbano, antes de passar para domínio grego, romano e depois muçulmano, por ser especialmente cobiçada por causa de seu porto, de importância comercial estratégica.


Além dos sarcófagos em pedra e mármore luxuosamente decorados, a necrópole de Tiro é conhecida por seu arco do triunfo e seu hipódromo romano.











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por noticiasdearqueologia às 13:13

Quarta-feira, 27.10.10

Junto às pirâmides de Gizé: Descoberto túmulo com perto de 4000 anos no Egipto



Um túmulo descoberto perto das pirâmides de Gizé por arqueólogos no Egipto tem cerca de quatro mil anos e pertencerá a um sacerdote, noticia hoje a agência AFP.



Parede do túmulo Parede do túmulo (Reuteurs / Goran Tomasevic).

 





Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egipto, disse à AFP que a sepultura é da época da 5ª Dinastia, que se estendeu aproximadamente de 2514 a 2374 A.C., e que pertenceu a Rudj-ka, um dos sacerdotes que liderava o culto dedicado ao faraó Khafre. Este faraó, também conhecido por Chephren, construiu a segunda maior das três pirâmides de Gizé.
Segundo Hawass, esta descoberta pode indicar a existência de um cemitério perto do planalto de Gizé. O mesmo especialista disse à agência Associated Press que túmulo era esculpido em pedra, e que as suas paredes estão decoradas com várias pinturas que mostravam Rudj-ka e a sua mulher.
Hawass disse ainda que a pirâmide e o culto dedicado ao faraó Khafre continuaram a funcionar muito depois da sua morte. Uma das funções do sacerdote era liderar uma série de rituais e orações junto às estátuas do faraó morto.
Fonte: Vítor Bruno Pereira (19 Out 2010). Público:http://www.publico.pt/Cultura/descoberto-tumulo-com-perto-de-4000-anos-no-egipto_1461787



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por noticiasdearqueologia às 12:57


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