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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Terça-feira, 28.09.10

Encontradas pinturas rupestres na Somália

Candidatas a Património Mundial


Antílopes, girafas ou cobras são alguns dos animais representados com grande clareza nas pinturas que se acredita datarem de há 5000 anos. A descoberta foi efectuada por uma equipa de cientistas britânicos liderada pela arqueóloga Sada Mire, do Instituto de Arqueologia do University College London.
As imagens incluem também um homem a cavalo, pintado há cerca de 4000 anos, naquela que é uma das primeiras representações conhecidas de um caçador montado. Para Sada Mire a qualidade das pinturas é inequívoca: "Estas pinturas estão entre as melhores da pré-história".
Por causa das guerras e das secas, a Somália tem sido um país quase virgem em termos de investigação arqueológica. Precisamente por isso a arte rupestre "encontra-se extraordinariamente bem preservada."
António Martinho Baptista, do Centro Nacional de Arte Rupestre, em declarações ao PÚBLICO, esclarece que na Somália "a investigação é residual", sendo por isso natural que naquele país, como em toda a África, venham a ser descobertos novos sítios arqueológicos. "As pinturas parecem muito frescas - talvez porque a zona, muito quente e seca, permite uma boa conservação." Há outro factor que pode ter contribuído para a sua preservação: "Alguns dos locais descobertos são considerados tabu pelas povoações autóctones."




Quanto à datação das pinturas, o especialista aconselha prudência, porque "a pré-história africana vai até ao século XV, às Descobertas."
A ser certa a datação das pinturas, poderão ajudar a esclarecer aspectos da vida em comunidade naquela zona do globo. Entre eles, em que altura é que começaram a ser domados cavalos em África, algo que ainda é incerto. "Sabemos que a domesticação do cavalo é tardia na Europa, datando da Idade do Bronze, enquanto em África é ambígua."
As conclusões da investigação da equipa britânica liderada por Sade Mire serão publicadas este mês na revista Current World Archaelogy.


Fonte: Vítor Belanciano (20 Set 2010). Público: www.publico.pt/Cultura/encontradas-pinturas-rupestres-na-somalia_1456719



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por noticiasdearqueologia às 19:19

Terça-feira, 28.09.10

Alcácer do Sal: Escavações arqueológicas revelam passado desconhecido

Numa área de apenas 220 metros quadrados foi descoberto um manancial de vestígios que abarca 26 séculos e dá a conhecer o que era a vida nesta cidade desde a Idade do Ferro, passando pelos períodos romano e muçulmano, até ao século XIX.


As escavações arqueológicas na Igreja do Espírito Santo, em Alcácer do Sal, estão já na fase final e revelaram contornos do quotidiano portuário e fora de muralhas, pouco conhecido até agora.


Enquanto a zona dentro de muralhas é sobejamente conhecida, tendo sido alvo de profundo estudo que resultou até na abertura ao público, em 2008, da Cripta Arqueológica do Castelo de Alcácer do Sal - que resulta de uma escavação num a área de mais de mil metros quadrados - a zona junto ao Sado, ocupada e com forte movimento de pessoas e mercadorias desde tempos imemoriais, tem visto o seu estudo limitado ao acompanhamento arqueológico de obras públicas e particulares com incursão no subsolo.


As escavações na Igreja do Espírito Santo – tal como na área do largo do Rato, a menos de 50 metros e realizadas em 2007 - vieram alterar esta realidade, dando uma nova visão da ocupação espacial junto ao rio, assim como da importância dos contactos comerciais efectuados com povos como os Fenícios, Gregos e Cartagineses, que transformaram Alcácer desde o séc. VII/VI a.C., num dos núcleos urbanos mais importantes de Portugal.


Tudo começou com as obras de modernização do Museu Municipal Pedro Nunes, que funciona naquela igreja do século XIV desde 1914. O município não quis desperdiçar a oportunidade de conhecer um pouco mais do passado da cidade e, em vez de simplesmente avançar com a intervenção de restauro, resolveu levantar o lajeado e proceder a prospecção arqueológica, o que permitiu analisar a forma como a zona da nave foi sendo reutilizado enquanto espaço para enterramentos e entender o tipo de ocupação anterior à construção deste imóvel.


Os primeiros níveis detectaram cerca de 60 enterramentos, do século XV/XVI ao século XIX e materiais associados ao culto dos mortos. A análise antropológica das ossadas permite também conhecer doenças, alimentação e outros hábitos. Ao baixar o nível do terreno, os arqueólogos identificaram três graus de ocupação humana, presumivelmente entre o séc. III/IV a.C. e o séc. X/XI d.C., compostos por estruturas correspondentes a pequenas habitações e um nível de lixeira de um possível forno de produção de cerâmicas, havendo uma preponderância de vestígios romanos.


Entre os achados, destaque para fragmentos de cerâmica (nomeadamente importada) e algumas peças inteiras; restos de comida, que revelam não só o tipo de culturas agrícolas, como a alimentação praticada na época; e um dolium (enorme contentor para colocar cereais) datado da época romana.


Há dois anos que a Igreja do Espírito Santo acolhe as escavações, sempre de porta aberta para receber turistas ou simples curiosos interessados por arqueologia.


Fonte: (20 Set 2010). O Setubalense: http://www.osetubalense.pt/noticia.asp?idEdicao=539&id=18293&idSeccao=4035&Action=noticia

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por noticiasdearqueologia às 19:16

Terça-feira, 28.09.10

Roménia: Associação pede protecção para minas romanas ameaçadas

Uma associação romena que se opõe a um projecto de uma mina de ouro canadiana pediu à Comissão Nacional de Arqueologia para proteger um vasto sítio romano que consideram ameaçado pela mina, de acordo com um comunicado divulgado hoje.

 


A empresa Rosia Montana Gold Corporation (RMGC), que é controlada em mais de 80 por cento pela sociedade canadiana Gabriel Resources, apresentou recentemente no Ministério da Cultura romeno um novo pedido de autorização arqueológica para explorar a céu aberto o ouro contido nas minas romanas de Monte Camic, na aldeia de Rosia Montana (Oeste).


Um pedido idêntico aprovado em 2004 foi anulado por acórdão do tribunal de recurso, porque «iniciar uma actividade de mineração na área levaria à alteração dos vestígios arqueológicos protegidos».



 


Fonte: (18 Set 2010). Diário Digital / Lusa: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=469500

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por noticiasdearqueologia às 19:10


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