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NOTÍCIAS DE ARQUEOLOGIA

O Património é um bem comum... Preservá-lo só depende de cada um de nós...



Terça-feira, 31.08.10

Descoberto próximo de Beja um dos maiores povoados fortificados da Idade do Bronze


A terceira campanha de escavações arqueológicas no Outeiro do Circo (Mombeja/Beringel) termina hoje e já é possível concluir que se está perante um dos maiores povoados fortificados da Idade do Bronze Final (1200-800 a.C.) do Sul da Península Ibérica.





O povoado, com cerca de 17 hectares, figura entre os maiores conhecidos desta época O povoado, com cerca de 17 hectares, figura entre os maiores conhecidos desta época (Foto: DR)





Durante as escavações realizadas nesta última campanha, que arrancou no início de Agosto, foi possível compreender como se estruturava a complexa muralha, que tem uma dimensão muito superior à inicialmente esperada pelos investigadores. É composta por um muro periférico de contenção a uma rampa de barro que consolidava a base de uma muralha na zona mais elevada. A conclusão dos arqueólogos é que toda a estrutura "servia como arma intimidatória mesmo a grandes distâncias".
O povoado, com cerca de 17 hectares, figura entre os maiores conhecidos desta época e que normalmente não ultrapassam os 5 a 6 hectares, "o que lhe permite atribuir um papel capital no controlo de um vasto e rico território no centro dos férteis "barros negros" de Beja.
Sabe-se também que o Outeiro do Circo não se encontrava isolado, mas dominaria uma vasta rede de pequenos sítios de planície que fariam a exploração deste território. É o caso de Arroteia 6, um pequeno povoado aberto, localizado a menos de um quilómetro do Outeiro do Circo. Este sistema defensivo apresenta-se muito complexo e "com raros paralelos no território nacional", acentuam os arqueólogos. Os trabalhos de pesquisa dirigidos pelos arqueólogos Miguel Serra e Eduardo Porfírio, membros do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto e da empresa de arqueologia Palimpsesto, dão continuidade aos realizados em 2008 e 2009.
Em anteriores escavações foi registada a presença de vários derrubes que fariam parte da muralha, juntamente com muitos fragmentos de cerâmica enquadráveis na Idade do Bronze, bem como vestígios de épocas mais recentes e outros de períodos mais recuados, comprovado na descoberta de um braçal de arqueiro.

Novas colaborações

Outra presença constante são os numerosos fragmentos de barro cozido, que poderão ter feito parte da estrutura da muralha, sugerindo-se a sua utilização como ligante para preenchimento de lacunas na construção, à semelhança do que se propôs para outros povoados muralhados da mesma época
As escavações integram-se no projecto de investigação A transição Bronze Final/1.ª Idade do Ferro no Sul de Portugal. O caso do Outeiro do Circo e são apoiadas pela Câmara de Beja, Junta de Freguesia de Mombeja e a empresa de arqueologia Palimpsesto.
Através da formalização de novas candidaturas, os responsáveis do projecto contam, no futuro, envolver outras instituições para prosseguir as investigações na estação arqueológica, que já em 1989 mereceu uma primeira apreciação num projecto elaborado pelos arqueólogos Rui Parreira e Teresa Matos Fernandes, sobre O Bronze do Sudoeste na Região de Beja, no então Instituto Português do Património Cultural.


Fonte: Carlos Dias (27 Ago 2010). Público: http://www.publico.pt/Cultura/descoberto-proximo-de-beja-um-dos-maiores-povoados-fortificados-da-idade-do-bronze_1453085



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por noticiasdearqueologia às 13:47

Terça-feira, 31.08.10

Sepultura com 12 mil anos em Espanha



Foi enterrada há 12 mil anos, com pinturas em tons de ocre, numa gruta, em El Miron, um conhecido local com vestígios do Paleolítico, na Cantábria, em Espanha. Agora, o investigador Manuel González Morales, do instituto internacional de investigações pré-históricas da Cantábria, fez a descoberta dos restos mortais, em escavações realizadas no local, segundo noticiou o El Mundo.







Dadas as características do achado, a equipa acredita ter identificado a primeira sepultura encontrada em Espanha do período cultural magdalenense (entre há 15 mil e 8000 anos), do Paleolítico Superior. Este período caracterizou-se pelo fabrico de utensílios em osso e por ritos fúnebres que incluíam justamente pinturas com ocre.


A descoberta aconteceu quando a equipa fazia escavações para poder datar gravuras que existem em rochas naquele local.


Fonte: (27 Ago 2010). Diário de Notícias: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/Interior.aspx?content_id=1649176




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por noticiasdearqueologia às 13:42

Terça-feira, 31.08.10

Ocupação romana no Castelo

Escavações arqueológicas em Crestuma revelam construções.

O desvendar do enigma do castelo de Crestuma, que vive na memória lendária da freguesia de Gaia, está mais perto. As escavações arqueológicas no Parque do Castelo, que terminam depois de amanhã, confirmam a ocupação romana daquele local.



A equipa de arqueólogos, coordenados por Gonçalves Guimarães e António Manuel Silva e patrocinados pelo Parque Biológico de Gaia, descobriram uma grande quantidade e variedade de vestígios, nomeadamente pedaços de cerâmica, oriunda da Fóssia, vidro romano, bocados de telhas, pedras trabalhadas e alinhamentos de construções antigas.


Os especialistas escavaram numa área no alto do parque do Castelo (na cota mais alta do cabeço) e na praia de Favaios, junto ao Douro.


Embora o espólio encontrado tenha de ser tratado durante os próximos meses pelos arqueólogos tarefeiros que prestam serviço no Solar Condes de Resende, já é possível confirmar que, de facto, existiu uma construção (uma espécie de fortificação romana) no alto do Castelo que teria como função o controlo das travessias do Douro. Certo é que esta campanha (à qual deverão seguir-se outras) prova a importância e o valor da estação arqueológica do Castelo de Crestuma na história do Vale do Douro nos períodos tardo-romano e altimediévico até à Idade Média.


O Parque Biológico de Gaia dá conta de que foram encontrados, ainda, vestígios romanos de grande porte que poderão estar relacionados com uma estrutura portuária e que toda a área do monte do lugar do Castelo acolheu construções no passado. “Tudo indica que terá sido ocupada ao longo de várias épocas”, especificou, ao JN, Nuno Gomes Oliveira, presidente da Empresa Municipal do Parque Biológico de Gaia.


Os alinhamentos de construções, descobertos no subsolo do Parque do Castelo, continuarão à vista. Para que os utentes possam compreender as descobertas, será colocada informação que incluirá uma planta muito sumária do núcleo de construções que terá existido naquele local, especifica Nuno Gomes Oliveira.


Após o trabalho de laboratório no Solar Condes de Resende, será desenvolvido um estudo científico sobre o lugar do Castelo, em Crestuma, nas áreas de arqueologia, geomorfologia, arqueobotânica, entre outras ciências.


Fonte: Carla Sofia Luz (24 Ago 2010). Jornal de Notícias:  http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Vila%20Nova%20de%20Gaia&Option=Interior&content_id=1647676



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por noticiasdearqueologia às 13:37

Terça-feira, 31.08.10

Gaia: Encontrados vestígios de estrutura portuária romana na praia fluvial de Favaios

Vestígios arquitetónicos romanos de grande porte que poderão ter a ver com uma estrutura portuária foram encontrados em escavações arqueológicas na praia fluvial de Favaios, anunciou hoje o Parque Biológico de Gaia.







Em comunicado, a empresa municipal que gere os parques de Gaia refere que as escavações confirmaram também "a existência de vestígios de construção no alto do Castelo de Crestuma que poderão ter a ver com as suas funções de controle do Rio Douro e da sua travessia naquelas épocas".


As escavações arqueológicas terminam sexta feira, estando programado para os próximos meses o tratamento por arqueólogos tarefeiros do espólio encontrado, a que se seguirá o estudo científico por especialistas em arqueologia, geomorfologia, arqueobotânica e outras ciências.


Fonte: (24 Ago 2010). LUSA: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/11433670.html






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por noticiasdearqueologia às 13:33

Terça-feira, 31.08.10

Múmias: entrámos dentro delas - Museu Nacional de Arqueologia

Deitadas numa nuvem de algodão, e enroladas em lençóis brancos, dentro das caixas de madeira que as hão-de transportar, as três múmias egípcias do Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Lisboa, pareciam... mortos.



A múmia de Pabasa prepara-se para entrar na máquina de TAC A múmia de Pabasa prepara-se para entrar na máquina de TAC (Miguel Manso)





Curiosamente, essa manhã de sexta-feira foi o único momento de todo o processo que vamos contar em que elas fizeram lembrar mortos. Mais tarde, libertas dos lençóis brancos, eram apenas uma presença silenciosa, confortável, com um discreto sorriso simpático, parecendo olhar com alguma ironia para a azáfama que as rodeava.
Comecemos então por essa manhã de sexta-feira, dois dias antes de as três múmias serem levadas para as instalações do IMI (Imagens Médicas Integradas), na Av. da República, em Lisboa, para fazerem radiografias digitais e TAC (tomografia axial computorizada). Na sala de antiguidades egípcias do MNA, o entusiasmo era grande.
O egiptólogo Luís de Araújo, do Instituto Oriental da Faculdade de Letras de Lisboa, andava de um lado para o outro entre as caixas onde as múmias já estavam deitadas. "Temos que estar preparados para tudo", avisava. "Pode haver, no meio das faixas de linho, amuletos, mas também pode não haver nada."
Eram os últimos preparativos para dar início ao Lisbon Mummy Project, um estudo inédito em Portugal e só possível através de uma parceria entre o IMI, que disponibilizou as instalações e a equipa de investigação liderada por Carlos Prates, a Siemens, que patrocina o projecto e disponibiliza uma estação de trabalho de pós-processamento avançado da informação digital, e o MNA, cujo director, Luís Raposo, coordena uma equipa que integra Luís de Araújo e ainda o arqueólogo Álvaro Figueiredo, do University College de Londres.
Primeiro as apresentações. Quem são as três múmias, duas com sarcófago e uma sem, que aguardam pacientemente nas suas camas de algodão? Da primeira, sabemos o nome - e logo, numa familiaridade que nos parece natural, começamos todos a referir-nos a ele como Pabasa. Que este era o seu nome e que foi sacerdote semati algures entre os séculos III e I a.C. - ou seja, explica Luís de Araújo, era o responsável por vestir a estátua do deus Min - é algo que ficamos a saber pelo texto escrito no sarcófago, hieróglifos que o professor decifra rapidamente percorrendo-os com um dedo.
Mas, quanto a informação, é apenas isso. "Ao contrário do que muita gente julga, estes textos não contam a vida do defunto. Nem há espaço para isso", continua Araújo. "São textos mágicos e profilácticos que pedem coisas para garantir a eternidade do defunto. E a eternidade só se garante com duas coisas: uma é acreditando que há uma vida eterna, e a outra é tendo um corpo bem conservado e bem alimentado. Eles são muito pragmáticos. Pedem pão, cerveja, carne de bovino, de aves, leite, vinho, incenso, baixela, roupas, um belo sarcófago."
A única das múmias que não tem "um belo sarcófago" (não se sabe porquê, provavelmente ter-se-á perdido) torna-se inevitavelmente menos familiar, já que temos que nos referir a ela como "múmia ptolemaica" (é dos séculos IV-I a.C.). O museu descreve-a como um "corpo humano, aparentemente masculino, envolvido em sudário de linho [...]. Não se consegue perceber a inscrição do nome do defunto, que não apresenta o título ou a profissão." Mas a esperança de todos na sala é que daí a dois dias já saibamos muito mais sobre ele.


Fonte: Alexandra Prado Coelho (24 Ago 2010). Público: http://www.publico.pt/Cultura/mumias-entramos-dentro-delas_1452649



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por noticiasdearqueologia às 13:28


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